quarta-feira, 31 de outubro de 2012

A SEMANA NA DIVERSIDADE: FUTEBOL HOLANDÊS CONTRA A HOMOFOBIA, MARCHA DAS BEES EM TAIWAN, URUGUAI NA VANGUARDA E LANA WACHOWSKI - PRIMEIRA DIRETORA TRANSEXUAL DE HOLLYWOOD


Para essa postagem, separei matérias muito especiais:

CAMPANHA BEM HUMORADA CONTRA A HOMOFOBIA NO FUTEBOL HOLANDÊS
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TAIWAN: MILHARES NAS RUAS MARCHAM A FAVOR DO CASAMENTO GAY
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COM NOVAS LEI, URUGUAI É O PAÍS MAIS DIVERSO DA AMÉRICA LATINA
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LANA WACHOWSKI, PRIMEIRA DIRETORA TRANSEXUAL DE HOLLYWOOD: "CHEGUEI A ESCREVER UMA CARTA DE SUICÍDIO PARA MEUS PAIS"
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Leia!

CAMPANHA BEM HUMORADA CONTRA A HOMOFOBIA NO FUTEBOL HOLANDÊS

Segundo o Lancenet, a Federação Holandesa de Futebol (KNVB) lançou hoje uma curiosa e bem humorada campanha contra a homofobia no futebol local.

No vídeo, um jogador vestido de armário bate uma bola com os companheiros e age, normalmente, tratato como igual pelos outros.

Confira:


TAIWAN: MILHARES NAS RUAS MARCHAM A FAVOR DO CASAMENTO GAY

Segundo a AP, dezenas de milhares de pessoas se manifestaram no sábado em Taipei para pedir a legalização do casamento homossexual em Taiwan, durante a décima edição da Parada do Orgulho Gay.

AP
As bees tawanesas foram às ruas

"O tema deste ano é a luta pela igualdade de direitos no casamento. Os homossexuais também são contribuintes e pedimos os mesmos direitos básicos de qualquer casal heterossexual", declarou Mu Chuan, um dos organizadores da manifestação.

Os organizadores esperavam 50 mil pessoas, algumas delas provenientes da Europa.

COM NOVAS LEI, URUGUAI É O PAÍS MAIS DIVERSO DA AMÉRICA LATINA

Depois de o Senado do Uruguai aprovar por 17 votos a 14 a lei de despenalização do aborto e se tornar um dos primeiros países da América do Sul em conceder o procedimento para todos os casos, a pequena nação entrou de vez para um pequeno grupo de países em que os poderes constituídos legislam a favor da população diversa.

O projeto foi proposto pela coalizão governista Frente Amplio e aprovado pela Câmara de Deputados, antes de passar pelos senadores - o texto seguiu para promulgação do presidente José Mujica.

A lei prevê que as mulheres possam abortar nas 12 primeiras semanas de gestação, após avaliação do governo - as grávidas que querem abortar passarão por uma junta de especialistas para poderem justificar o aborto, que será feito depois de cinco dias.

Segundo números oficiais, no Uruguai acontecem todos os anos mais de 30 mil abortos, mas ONGs dizem acreditar que o número real seja o dobro.

A proposta de legalização do aborto foi apresentada pela primeira vez em 2008, mas foi vetada pelo então presidente Tabaré Vázquez, que é médico, imaginem vocês.

Editoria de Arte/Folhapress

Com a nova lei, o Uruguai se tornou, ao lado de Cuba, Guiana e a Cidade do México, um dos poucos lugares na América latina que permitem a retirada de fetos sem condições.

Em outros países - como infelizmente  aqui no Brasil - o procedimento médico só é autorizado em caso de estupro e risco de morte para a mãe.

Pior é no Chile, onde o aborto é proibido em todas as circunstâncias.

O Congresso uruguaio ainda discute dois temas polêmicos: a legalização do consumo da maconha e o casamento entre homossexuais.

Inveja de um país assim.

LANA WACHOWSKI, PRIMEIRA DIRETORA TRANSEXUAL DE HOLLYWOOD: "CHEGUEI A ESCREVER UMA CARTA DE SUICÍDIO PARA MEUS PAIS"

A diretora da trilogia "Matrix", Lana Wachowski, revelou, ao receber um prêmio da Campanha de Direitos Humanos, em São Francisco - Califórnia, que chegou a escrever uma carta de suicídio destinada ao seus pais.

Lana decidiu assumir a transexualidade em 2002 - até então, ela vivia como um homem chamado Larry.

Em seu longo discurso, ela contou todo o preconceito que sofreu desde criança: até a terceira série, ela tinha cabelos compridos, costumava brincar com as meninas e todos os alunos da escola pública onde estudava usavam calça jeans e camiseta.

As coisas, no entanto, pioraram quando ela foi transferida para uma escola católica, onde as meninas usavam saia e os meninos, calça e Lana, então Larry, teve de cortar os cabelos.

Em uma certa manhã, meninos e meninas foram divididos em duas filas distintas e sem saber para qual fila ir, ela ficou parada entre as duas e acabou apanhando da freira que cuidava das crianças.

Reuters
Lana Wachowski na pré-estreia do filme "A Viagem/Cloud Atlas", na Califórnia (24/10/12)

A diretora - que dirigiu a trilogia de sucesso ao lado do irmão, Andy, e que agora volta a fazer sucesso com o longa "A Viagem/Cloud Atlas" - disse que escreveu a carta de suicídio aos seus pais na adolescência porque queria convencê-los de que não tinham culpa por ela ser transexual.

Decidida a se jogar na frente de um trem, a diretora só mudou de ideia porque um senhor apareceu e a encarou por um longo período.
"Eu não sei por que ele não parou de me olhar. Tudo que eu sei é que, por causa disso, eu estou aqui", disse.

Ela contou ainda que uma voz em sua cabeça dizia para ela:
"Eu sou uma aberração, há algo de errado comigo, por isso eu nunca serei amada".

Lana afirmou que tinha muito medo de falar sobre isso em público, de ter que "confessar" coisas sobre sua vida em um programa de TV, de ter de lidar com as lágrimas do apresentador.
"Estou aqui porque quando eu era jovem, eu queria muito ser escritora, eu queria ser cineasta, mas eu não encontrei alguém como eu no mundo e parecia que meus sonhos foram impedidos simplesmente porque meu gênero era mais incomum que os outros".

Casada com uma mulher - que não revela o nome - Lana disse que com o tempo descobriu que poderia ser amada não apesar das diferenças, mas por causa delas.

Grande Lana - eu adoro ela!
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Até +!

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