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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

'LUGAR DE REPÓRTER É NA RUA' ACERTA NA MOSCA AO TRANSFORMAR O REPÓRTER RICARDO KOTSCHO EM NOTÍCIA


Acabei de ler um livro que deveria ser obrigatório para todo mundo que um ousar se intitular jornalista.

Afinal, o pessoal que já sai totalmente pautado das redações hoje em dia deveria se ater ao básico - bloco, caneta e fontes confiáveis e a rua só.

É o que o jornalista, ou melhor, repórter - como ele gosta de ser chamado - Ricardo Kotscho utiliza até hoje em suas apurações diárias.

Seu perfil foi estudado e pesquisado pelos jornalistas Mauro Junior e José Roberto de Ponte para escrever o livro que eu acabei de ler - Lugar de Repórter Ainda é na Rua.

Os autores esmiuçaram os bastidores do jornalismo brasileiro por meio das muitas andanças jornalísticas de Kotscho, e transformaram o jornalista na própria notícia.

Arquivo Pessoal / Divulgação
Jornalista Ricardo Kotscho sendo entrevistado por vários repórteres, como ele; autores transformaram-no em notícia no livro
Kotscho, sendo entrevistado por colegas

"Dê uma de artista e faça de conta que você está com a melhor matéria do dia na mão. Pegue só o tema que lhe deram, esqueça o resto da pauta e vá à luta"
Ricardo Kotscho, repórter

A obra acompanha as mudanças das redações nos últimos 50 anos - desde a década de 1960 até hoje - e o leitor entenderá o que levou Kotscho a buscar um jornalismo imparcial, mas humano - suas fontes têm sua experiência focada dentro do contexto em que são personagens.

Considerado por vários jornalistas o melhor repórter das últimas décadas, Kotscho trabalhou nos principais veículos de comunicação do país, como os jornais Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo, Jornal do Brasil, Jornal da República, nas revistas IstoÉ e Época e nas TVs Globo, SBT, Bandeirantes e CNT/Gazeta.
Atualmente, escreve uma coluna - Balaio do Kotscho - no iG, é repórter especial da revista Brasileiros  e é comentarista do Jornal da Record News .

Kotscho é reconhecido pelas importantes reportagens que produziu em sua carreira e pela difusão do lema "lugar de repórter é na rua".

A jornalista e colunista da Folha Eliane Cantanhêde e o repórter especial e membro do Conselho Editorial da Folha Clóvis Rossi escreveram a apresentação do volume.
Ricardo Setti, Zuenir Ventura, Ancelmo Gois, Mino Carta, Ruy Castro, William Waack, entre outras estrelas do jornalismo brasileiro, têm seus depoimentos sobre Kotscho publicados na obra.

O livro é uma delícia de se ler e inteligentemente não entra na seara política de Kotscho - que é PT e Lula de carteirinha.

Para quem gosta de bom jornalismo.

Título:
Lugar de Repórter Ainda é na Rua
Subtítulo:
O Jornalismo de Ricardo Kotscho
Autores:
José Roberto de Ponte, Mauro Junior
Editora:
Tinta Negra Editorial
Edição:
1
Ano:
2010
Idioma:
Português
Especificações:
Brochura | 360 páginas
Quanto:
R$35,91
Onde Comprar:
Cotação do Klau:

terça-feira, 7 de junho de 2011

SAIBA QUEM É GLEISI HOFFMANN, NOVA MINISTRA-CHEFE DA CASA CIVIL

A presidenta Dilma surpreendeu e convidou a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) para assumir a vaga deixada por Antonio Palocci na Casa Civil.

Em nota divulgada no fim da tarde desta terça (7), a secretaria de Comunicação da Presidência confirmou o pedido de saída do ministro e o convite à senadora, que o aceitou - na verdade, como bem narrou o ótimo Josias de Souza em seu blog, Dilma já tinha escolhido Gleisi desde ao menos segunda à tarde, e foi ela quem defenestrou Palocci, que ainda se sentia seguro no cargo, principalmente depois da decisão do cabotino Procurador Geral da República, Roberto Gurgel, de não processar o então ministro da casa Civil, imposto a Dilma por Lula.

A nova ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, é senadora em primeiro mandato, tem 45 anos, e é casada com o ministro Paulo Bernardo, das Comunicações, que também foi cotado para a Casa Civil depois de 23 dias de PalocciGate.

Gleisi iniciou sua vida política ainda na adolescência, como militante do movimento estudantil, e filiou-se ao PT em 1989.

Foi secretária de Estado no Mato Grosso do Sul e secretária de Gestão Pública de Londrina,uma das maiores cidades do Paraná.

Ela participou da equipe de transição do governo Fernando Henrique para o governo de Lula, em 2002 e, posteriormente, foi diretora financeira da hidrelétrica de Itaipu.

Em 2006, ela concorreu pela primeira vez ao Senado pelo PT do Paraná, mas não conseguiu se eleger apesar de ter conseguido mais de 2 milhões de votos (45% do total).

Sofreu nova derrota em 2008, quando se candidatou à prefeitura de Curitiba, até ser eleita senadora no final do ano passado, tendo se tornado a primeira mulher a representar o Paraná no Senado.

Ag.Senado
A então senadora Gleisi Hoffmann fala da tribuna do senado da República

Formada em Direito pela Faculdade de Direito de Curitiba, Gleisi também é especialista em Gestão de Organizações Públicas e Administração Financeira.

Com a indicação de Gleisi, Doutora Dilma coloca na Casa Civil - como já vinha indicando que faria - um nome que mescla capacidade técnica e política.

A nova ministra-chefe da casa Civil não chega a ser, como era a hoje presidente quando ocupava o posto, totalmente voltada para a condução dos assuntos do dia a dia do Planalto, mas também não tem tanta influência política no PT e no governo como tinha Palocci antes da - nova -  crise que o derrubou.

A indicação da senadora foi mesmo surpreendente, e eu separei a participação do comentarista de política Ricardo Kotscho, no Jornal da Record News de agora a pouco, que fez o melhor comentário analítico sobre a escolha da senadora para a Casa Civil:


Ao contrário do que boa parte da mídia andou escrevendo, desta vez Lula não teve participação no desfecho da crise, bem diferente do que aconteceu há duas semanas, quando passou dois dias estrelando reuniões e roubando a cena em Brasília, na tentativa de salvar Palocci e recompor a articulação política do governo, desenvoltura que não pegou nada bem, pois passou a impressão de que Dilma era uma presidente fraca e tutelada pelo antecessor.

Gleisi foi uma escolha pessoal da presidenta Dilma, que não ouviu ninguém antes de anunciar a decisão e apenas comunicou o nome da escolhida ao ex-presidente e ao vice, Michel Temer.

Ela vai ser uma espécie de Dilma de Dilma, uma gerente gestora de projetos do governo, como a própria presidente lhe pediu na conversa em que a convidou, para surpresa também da própria nova ministra.

Após a primeira grave crise que enfrentou, - e que se arrastou por longos 23 dias - posso dizer que esta terça foi um dia histórico pois, com apenas um gesto, Dilma assumiu pessoalmente o comando político do governo, sem intermediários, dando uma nova cara à equipe: a sua cara.

Quem sabe agora, a presidenta se desvencilhe de vez da sombra do seu antecessor e finalmente governe pelas suas próprias pernas.

A torcida - minha inclusive - é grande.