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sexta-feira, 4 de novembro de 2016

'THE CROWN': SÉRIE SOBRE OS PRIMEIROS ANOS DE REINADO DE ELIZABETH II É IRRESISTÍVEL E ESPETACULAR


SINOPSE:

A trama da nova série original Netflix, em dez episódios, é focada na família real mais poderosa do mundo, escancarando seus bastidores não muito nobres e também nas audiências semanais realizadas entre a Rainha Elizabeth II (Claire Foy) e os primeiros-ministros britânicos, de 1952 até os dias de hoje - o primeiro a aparecer é Winston Churchill (John Lithgow).

A primeira temporada vai do casamento de Elizabeth com Philip Mountbatten (Matt Smith), o duque de Edimburgo, em 20 de novembro de 1947 -  e termina dez anos depois.

Baseada na peça 'The Audience', encenada por Dame Hellen Mirren.

CRÍTICA:

A série 'The Crown' é uma superprodução de US$ 124 milhões (R$ 400 milhões),  que pretende humanizar a biografia da Rainha da Inglaterra, Elizabeth II, de 90 anos, além de mostrar um outro lado da Casa de Windsor.

O drama conta como Elizabeth Alexandra Mary (Claire Foy), filha de George VI (Jared Harris), o rei gago, deixou de ser Princesa para virar a comandante do Império Britânico, numa ascensão marcada por desavenças e barracos típicos de uma família plebeia.

A atriz britânica Claire Foy interpreta a rainha Elizabeth em The Crown, nova série da Netflix - Divulgação/Netflix
A atriz britânica Claire Foy interpreta a rainha Elizabeth - Netflix

Com dez episódios, a primeira temporada tem como ponto de partida o casamento de Elizabeth com Philip Mountbatten (Matt Smith), o duque de Edimburgo, em 20 de novembro de 1947, e termina dez anos depois.

Cada temporada da série pretende mostrar uma década da vida da Rainha.

A entrada de Philip na família real britânica foi cheia de controvérsias: primo de segundo grau da então futura rainha, ele não tinha muito dinheiro e era considerado estrangeiro, por ser filho de pai grego.

Suas três irmãs não foram convidadas para o casamento porque eram casadas com nobres alemães - supostamente nazistas.

Pouco mais de quatro anos após o matrimônio, o Rei George VI morreu e Elizabeth, sua filha, foi nomeada Rainha.

A mudança afetou Philip, que se incomodava com o fato de não poder mais andar ao lado da mulher - o protocolo o fazia ficar sempre atrás.

O casal discutiu muito por causa disso - e a série reconstitui os diálogos.


Vanessa Kirby é a princesa Margaret, a irmã atrevida da rainha Elizabeth- Netflix

Enquanto Elizabeth se casava e ganhava a coroa, sua irmã ficava cada vez mais afastada da rotina de sua família.

Alvo preferido dos paparazzi da época, a Princesa Margaret (Vanessa Kirby) tinha uma vida social ativa e não saía das colunas sociais.

Ela protagonizou um grande escândalo quando vazou para a imprensa a notícia de que iria se casar com um homem divorciado - os jornais detonaram a ideia e taxaram o caso como um "romance real que coloca a monarquia em risco".

Mas Elizabeth tinha um reino para cuidar, fazia reuniões semanais com o primeiro-ministro Winston Churchill (John Lithgow) - e eles discutiam sobre tudo, incluindo qual deveria ser o sobrenome do marido dela.

A Rainha procurava não se intimidar frente ao experiente político e evitava ceder às suas pressões.

Elizabeth era bem avaliada pela classe política, por ser progressista e contemporânea, ao contrário do conservador Churchill.

Resultado de imagem para the crown netflix cartaz brasileiro
 Claire Foy como Elizabeth e Matt Smith como Phillip  - Netflix

 Assinado por Michele Clapton, vencedora do Emmy e conhecida pelo trabalho em 'Game of Thrones', da HBO, o luxo do figurino chama a atenção.

Em entrevista para o site Fashionista, a figurinista contou que buscou ser muito fiel à história e que, basicamente, replicou o que foi documentado em fotos.

Só na primeira temporada, foram usadas cerca de 7.000 roupas, das quais 350 feitas feitas à mão.

Algumas peças tiveram de ser adquiridas nos Estados Unidos, de mulheres que viveram no período logo após a Segunda Guerra Mundial.

Com tudo isso, se você for ver a série, esperando um "The Real Housewives" da família real, esqueça.

O criador Peter Morgan - que divide a função de showrunner com o diretor Stephen Daldry ('Billy Elliot', 'As Horas' e 'O Leitor') - assina os dez episódios da primeira temporada de e segue o clima de 'A Rainha' (que lhe rendeu uma indicação ao Oscar por Melhor Roteiro Original).

A tensão é estabelecida através de olhares e gestos.

Em determinado momento, uma briga violenta entre Elizabeth e seu marido, Philip (Matt Smith) é apresentada ao espectador sem áudio, mas transmite a gravidade da situação.

A série não tem medo de tomar seu tempo para acompanhar os acontecimentos históricos e muitos vão se surpreender ao perceber que Elizabeth não é o centro das atenções do piloto.

O problema é que, muitas vezes, esse ritmo se torna repetitivo e pode perder a atenção do espectador.

Pensando em sua totalidade, a série apresenta certa falta de consistência ao dosar conflitos políticos e dramas pessoais.

Enquanto alguns episódios são tão completos que poderiam gerar filmes, outros pecam pela lentidão ou por seguir um caminho educativo demais.

Numa situação paradoxal, a série apresenta subtramas dispensáveis e/ou pouco desenvolvidas, mas é agraciada com um elenco eficiente.

Como Rainha Elizabeth II, a performance de Claire Foy merece aplausos, de pé.

Desde o primeiro momento, seu trabalho traz humanidade para a monarca, capaz de derrubar todos os preconceitos que giram ao redor de sua figura.

Ao longo da temporada, a doce e tímida moça cede lugar para a firme governante -  e essa transformação é feita com maestria pela atriz, muitas vezes sem uso de palavras.

Quem também rouba a cena é John Lithgow, numa composição singular do polêmico Primeiro-Ministro Winston Churchill.

Foto John Lithgow
John Lithgow interpreta o Primeiro-Ministro Winston Churchill
Sua atuação é incrível e mostra uma interessante dinâmica com a protagonista, mesmo com seu personagem só apresentando novas camadas emocionais no final da temporada.

Matt Smith como Phillip apresenta um trabalho bem diferente de 'Doctor Who', retratando um homem contraditório: dono de ideais modernos, mas frustrado ao ser subordinado da esposa numa sociedade (ainda mais) machista.

Vanessa Kirby aproveita a chance de brilhar e representa sua Princesa Margaret com charme e emoção.

Inclusive, seu drama - que eu não vou contar aqui - é um dos melhores dilemas do show, capaz de mobilizar o espectador até o sensacional embate final entre as duas irmãs, que é de cortar o coração.

Jared Harris, Eileen Atkins e Alex Jennings também trazem os lados humanos de grandes figuras públicas e ajudam na identificação com o público.

Por enquanto, uma segunda temporada de 'The Crown' não foi confirmada, mas rumores apontam que a pré-produção de novos episódios já começou.

Caso aconteça, não será surpresa, já que as performances do elenco principal devem atrair atenção da crítica especializada e o drama tem muito potencial.

Sem falar que histórias interessantes não irão faltar.

Afinal, são 64 anos do reinado de Elizabeth II... até agora...

Série irresistível e espetacular.

TRAILER:


FICHA TÉCNICA:
'THE CROWN'
Título Original:
The Crown
Série Original Netflix
Gênero:
Drama, Histórico, Biografia
Número de Episódios:
10
Duração dos episódios:
60 minutos
Criada por:
Peter Morgan, Stephen Daldry
Produtores Executivos:
Andy Harries, Robert Fox, Matthew Byam-Shaw
Elenco Principal:
Claire Foy, Matt Smith, John Lithgow, Jared Harris, Eileen Atkins, Alex Jennings
País:
EUA
Status:
Em produção
Direção do ep 1:
Vermin Catcher
Roteiro do ep 1:
Peter Morgan
Exibição:
Netflix

COTAÇÃO DO KLAU:

terça-feira, 9 de setembro de 2014

A SEMANA NO CINEMA


Confira:
'BATMAN V SUPERMAN': NOVO BATMÓVEL FINALMENTE REVELADO
*****
'STAR WARS VII': MILLENIUM FALCON E X-WING FOTOGRAFADOS NO SET
*****
'LEGIÃO DOS SUPER-HERÓIS': GRUPO FUTURISTA DA DC COMICS PODE VIRAR FILME
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'SHAZAM': PRESIDENTE DO ESTÚDIO NEW LINE DÁ DETALHES SOBRE O LONGA
*****
'HOMEM DE FERRO 4' SEGUE SEM PREVISÃO, DIZ ROBERT DOWNEY JR.
*****
'CAPITÃO AMÉRICA 3' VAI REMODELAR UNIVERSO CINEMATOGRÁFICO DA MARVEL
*****
'TOP GUN 2' SERÁ RODADO MESMO COM SUICÍDIO DO DIRETOR
*****
'ANJOS DA LEI 3' É ANUNCIADO
*****
"TRASH": NOVO FILME DE STEPHEN DALDRY VAI ENCERRAR O FESTIVAL DO RIO
*****
AL PACINO ELOGIA 'GUARDIÕES DA GALÁXIA', PEDE PAPEL NOS LONGAS DA MARVEL E FINALMENTE CONTA PORQUÊ RECUSOU PAPEL DE HAN SOLO EM 'STAR WARS'
*****
Veja:
'BATMAN V SUPERMAN': NOVO BATMÓVEL FINALMENTE REVELADO

Depois do horroroso Tumbler da trilogia de Chris Nolan - nunca existiu um automóvel mais feio - a produção de 'Batman v Superman: Dawn of Justice' parece ter se tocado e criou um batmóvel à altura do Morcego, agora interpretado por Ben Affleck.

O novo veículo foi flagrado pelo site Movie Pilot, num beco em Detroit hoje e agora sim, tem cara de carro do Batman, mesmo que a foto tirada de cima mostra o que parece ser um esquema de pintura de camuflagem ou um filtro na fotografia.

Veja as fotos:



Não se sabe se esta é a forma como o veículo irá aparecer na versão final do filme ou se o que vemos é uma capa envoltória para esconder a aparência real.

Na foto oficial de maio, onde o batmóvel aparece ao lado de Ben Affleck como o Batman, as cores foram retiradas e também não ficou claro como o projeto final iria aparecer.

Vamos aguardar - mas que esse é bem legal, é!

'STAR WARS VII': MILLENIUM FALCON E X-WING FOTOGRAFADOS NO SET

Depois de retomar as filmagens no Reino Unido após a recuperação de Harrison Ford, 'Star Wars: Episódio VII' teve dois segredos revelados essa semana.

Um piloto de uma escola de aviação sobrevoou o Pinewood Studios - arredores de Londres - e fotografou as naves Millennium Falcon e X-Wing que estão posicionadas por lá.

Veja:

Ambientado trinta anos depois de 'Star Wars: Episódio VI - O Retorno De Jedi', o novo episódio terá um trio de jovens protagonistas.

Daisy Ridley, John Boyega, Adam Driver, Oscar Isaac, Andy Serkis, Lupita Nyong'o e Gwendoline Christie são as grandes novidades do elenco.

'Episódio VII' tem direção de JJ Abrams e chega aos cinemas em dezembro do ano que vem.

'LEGIÃO DOS SUPER-HERÓIS': GRUPO FUTURISTA DA DC COMICS PODE VIRAR FILME

A Legião de Super-Heróis pode ganhar um filme.

Segundo o Latino Review, a Warner Bros. teria enviando o projeto de um longa do grupo futurista da DC Comics para diversos roteiristas em busca de ideias para uma adaptação ao cinema.

Criado por Otto Binder e Al Plastino na década de 50, o time de heróis do século XXX e XXXI viaja no tempo e tem ligação com Superman, Superboy, Supergirl e o vilão Darkseid.

Entre os membros formadores estão Relâmpago, Cósmico e Satúrnia e o grupo pode ser visto recentemente numa animação muito boa, exibida pelo Cartoon Network.

Na sua versão mais recente, introduzida nos Novos 52, o grupo viaja ao nosso presente para evitar uma catástrofe no futuro e acaba preso no século XXI.

A Legião dos Super-Heróis - DC Comics

Não há informação se o longa entraria na lista de filmes da DC até 2020.

Depois de 'Batman V Superman: Dawn of Justice', o estúdio agendou as estreias de mais 9 filmes ainda não revelados, previstos para 5 de agosto de 2016, 23 de junho de 2017, 17 de novembro de 2017, 23 de março de 2018, 27 de julho de 2018, 5 de abril de 2019, 14 de junho de 2019, 3 de abril de 2020 e 19 de junho de 2020.

Também são aguardados os filmes 'Shazam', 'Liga da Justiça', 'Mulher-Maravilha' e 'Aquaman'.

'SHAZAM': PRESIDENTE DO ESTÚDIO NEW LINE DÁ DETALHES SOBRE O LONGA

Nessa semana, o presidente do estúdio New Line (conglomerado Warner), Toby Emmerich, confirmou que Dwayne “The Rock” Johnson será o anti-herói Adão Negro no filme do 'Shazam',

Depois, forneceu mais detalhes sobre a adaptação de HQ.

Darren Lemke - roteirista de ‘Jack, o Caçador de Gigantes’ e ‘Turbo’ - escreverá ‘Shazam‘, que terá produção de Johnson e Hiram Garcia – a dupla já trabalhou junta em ‘Viagem 2: A Ilha Misteriosa’ e ‘Hércules’.

“Nós amamos Dwayne e temos uma relação de sucesso com ele há anos”, disse Emmerich, em entrevista ao site EW.

“Quando olho para Dwayne, vejo como ele é cheio de vida e como se encaixa perfeitamente em um filme da DC. Personagens de quadrinhos possuem um carisma único e ele será capaz de transmitir isso”, concluiu.

O Adam Negro e o ator Dwayne Johnson - EW

O executivo confirmou ainda que ‘Shazam‘ não terá ligação com o universo de ‘Liga da Justiça‘.

“Apesar de ser um personagem da DC, Shazam não é um membro da Liga da Justiça, nem faz parte dos quadrinhos da Marvel. O tom do filme será único, diferente de todos os outros filmes de super-heróis”, disse Emmerich, acrescentando que o longa “será divertido e terá humor”, mas com ameaças “reais”.

Sobre a versão de The Rock para Adão Negro, ele disse:

“Adão Negro é um personagem complexo. O vilão em filmes de heróis, normalmente, é o que torna o filme atraente. E acredito que a abordagem e visão de Dwayne para o personagem vai fazer tudo ficar bem convincente e divertido”.

‘Shazam‘ deve chegar aos cinemas em 2016, ocupando uma das dez datas misteriosas agendadas pela Warner Bros.

'HOMEM DE FERRO 4' SEGUE SEM PREVISÃO, DIZ ROBERT DOWNEY JR.

A Marvel nunca confirmou oficialmente, mas boa parte dos fãs espera que um quarto filme da série Homem de Ferro seja anunciado em breve.

Ao que tudo indica, porém, o anúncio não será feito tão cedo.

No Festival de Toronto para apresentar na mostra competitiva seu último longa, 'O Juiz', Robert Downey Jr., ator que vive o personagem nas telonas, disse que 'Homem de Ferro 4' está longe de sair do papel.

"Não há nada programado. Não, não há plano para um quarto Homem de Ferro", disse o ator, em entrevista à Variety.

Robert Downey Jr. dá entrevista em Toronto, durante o TIFF - Variety

O ator também desconversou ao ser perguntado se outro ator poderia futuramente assumir o papel.

"Gosto da ideia de que serei eu mesmo [a viver o Homem de Ferro], como se eu fosse o diretor de elenco da Marvel", brincou.

Vale lembrar que Downey Jr. acabou de rodar recentemente as suas sequências em 'Os Vingadores: A Era De Ultron' - que estreia no ano que vem - e também tem participação confirmada em 'Os Vingadores 3' - previsto para 2018.

'CAPITÃO AMÉRICA 3' VAI REMODELAR UNIVERSO CINEMATOGRÁFICO DA MARVEL

Nessa semana, enquanto divulgavam o DVD e Blu-ray de ‘Capitão América 2: O Soldado Invernal‘, os diretores Joe e Anthony Russo seguem adiantando novidades do terceiro filme solo do herói, que também será comandado por eles.

Ao Crave Online, os cineastas disseram que os eventos de ‘Capitão América 2‘, que serão continuados em ‘Capitão América 3‘, terão grande impacto nos próximos filmes da Marvel.

Segundo eles, o título e premissa da vindoura sequência foram planejados há uma década.

“A grande questão que sabíamos que tínhamos de lidar em ‘Capitão América 2′ era a queda da Hydra. Da mesma forma, há uma grande ideia central em ‘Capitão América 3′, mas como chegaremos lá só cabe a nós. E acho que por isso a Marvel tem sido tão bem sucedida, porque eles têm um caminho tão claro, onde tudo está interligado e sendo construído de uma forma tão emocional [...] Se você conversar com Kevin Feige [chefão da Marvel], descobrirá que o título [do filme] está na cabeça dele há dez anos. É tudo parte do mapa que ele está delineando, tudo parte de um plano maior.”

Mesmo com a Marvel já sabendo os rumos da franquia do herói, os irmãos Russo salientam que são eles quem têm o controle sobre personagens e premissa.

Joe e Anthony Russo, diretores de 'Cap.América 2 e 3' - Collider

“Tudo está aberto a interpretação. ‘Capitão América 3′ vai alterar o universo [cinematrográfico da Marvel] de alguma forma. Mas em relação ao vilão, arco principal da trama e tom do filme, tudo isso é por nossa conta.”

‘Capitão América 3‘ começa a ser rodado em abril de 2015, em Atlanta.

Antes, Chris Evans volta a interpretar o personagem em ‘Os Vingadores 2‘ - segundo especulações, liderando uma possível nova formação de heróis do grupo.

‘Capitão América 3‘ estreia em 6 de maio de 2016.

'TOP GUN 2' SERÁ RODADO MESMO COM SUICÍDIO DO DIRETOR

A sequência de ‘Top Gun – Ases Indomáveis‘ vai acontecer, mesmo após o suicídio do diretor Tony Scott, que dirigiu o primeiro e também dirigiria o segundo.

Segundo o Hollywood Reporter, a Paramount Pictures contratou o pouco conhecido Justin Marks - do inédito ‘Mogli: O Menino Lobo‘ - para trabalhar em uma nova versão do roteiro, já que a primeira versão, entregue por Ashley Miller e Zack Stentz  - de ‘X-Men: Primeira Classe‘ - foi descartada, com Peter Craig (‘Atração Perigosa’) escrevendo a última versão.

Estrela do primeiro, Tom Cruise negocia retornar como o aviador Pete Maverick Mitchell.

Tom Cruise, em foto promocional de 'Top Gun' - Paramount Pictures

O estúdio já havia dado sinal verde para a sequência do clássico dos anos 80, e teria o produtor Jerry Bruckheimer e o diretor Tony Scott novamente no comando.

Porém, o projeto foi engavetado após o suicídio de Scott, irmão do também diretor Ridley.

No longa de 1986, Pete “Maverick” Mitchell (Cruise) é um jovem piloto de caça da Marinha dos Estados Unidos que é selecionado para participar do curso Top Gun na Navy Fighter Weapons School, após seu companheiro abandonar a aviação de caça.

Lá se envolve com Charlotte Blackwood (Kelly McGillis), sua instrutora de astrofísica, e tem uma rixa com seu concorrente rival Tom “Iceman” Kazensky (Val Kilmer).

'ANJOS DA LEI 3' É ANUNCIADO

Se a parte 2 é sucesso nos EUA e nem tanto no restante do mundo - Brasil inclusive - segundo o Deadline, o roteirista Rodney Rothman (‘Anjos da Lei 2′) foi novamente contratado para escrever a próxima sequência, ‘23 Jump Street‘.

Phil Lord e Chris Miller, diretores dos dois primeiros filmes, vão supervisionar o trabalho de Rothman - não foi confirmado o retorno da dupla à direção.

Foto promocional de 'Anjos da Lei 2' - Divulgação

Já adiantado por Ice Cube no final do segundo filme, ‘Anjos da Lei 3‘ deve mostrar os personagens de Jonah Hill e Channing Tatum se infiltrando agora numa faculdade de medicina.

O longa será produzido por Lord, Miller, Hill, Tatum e Neal Mortiz e ainda não há previsão de lançamento.

‘Anjos da Lei 2‘ surpreendeu em sua estreia nos EUA, abrindo sua bilheteria com ótimos US$ 60 milhões. 

Essa é a segunda maior estreia para uma comédia R-rated (maiores de 17 anos), atrás de ‘Se Beber, não Case! 2‘ e na frente de sucessos como ‘Vizinhos‘ e ‘Ted‘

A estreia também foi 65% maior que o primeiro filme, que arrecadou US$ 36 milhões em março de 2012.

"TRASH": NOVO FILME DE STEPHEN DALDRY VAI ENCERRAR O FESTIVAL DO RIO

Agora é oficial: o longa 'Trash - A Esperança Vem Do Lixo' vai fechar a edição deste ano do Festival do Rio.

Dirigido por Stephen Daldry - dos premiados 'Billy Elliot' e 'As Horas' - o longa é baseado em um best-seller de Andy Mulligan adaptado por Richard Curtis - do elogiado 'Questão De Tempo'.

No longa, rodado no Rio de Janeiro, três adolescentes que vivem em um lixão encontram ao acaso uma carteira que contém instruções para encontrar um tesouro.

Atores estreantes foram escolhidos para os papéis principais e o longa ainda tem Martin Sheen, Rooney Mara, Selton Mello e Wagner Moura no elenco.

O filme será exibido no Festival do Rio em 7 de outubro e chega aos cinemas brasileiros dois dias depois, em 9 de outubro.

Confira o trailer de 'Trash':


AL PACINO ELOGIA 'GUARDIÕES DA GALÁXIA', PEDE PAPEL NOS LONGAS DA MARVEL E FINALMENTE CONTA PORQUÊ RECUSOU PAPEL DE HAN SOLO EM 'STAR WARS'

Ao Deadline, o Festival de Veneza na semana passada, Al Pacino confessou ter se encantado com ‘Guardiões da Galáxia’.

“Não era um filme que eu assistira de boa vontade, mas meus filhos me pediram para ir ver com eles, e devo admitir que tinha preconceito – mas o filme é bom!”.

Depois, o ator se derreteu em elogios ao filme e revelou seu interesse em entrar para o universo cinematográfico da Marvel.

“Eu entendi o filme engenhoso que eles fizeram; as invenções, o desempenho atraente dos atores. ‘Guardiões’ tem um quê de Shakespeare em alguns momentos. Me empolguei com a ação, a ótima trilha [...] Eu faria qualquer papel (no universo Marvel), se sentir que se encaixa comigo. Tudo é possível.”

Por fim, Pacino se mostrou disposto a estrelar uma sequência de ‘Guardiões da Galáxia’.

“Eu interpretei Dick Tracy e fui indicado para o Oscar, então… oras! O que mais posso dizer?”, se candidatou.

‘Guardiões da Galáxia‘ se tornou o filme mais visto do ano nos EUA.

A ação da Marvel arrecadou US$ 262,1 milhões até o momento, ultrapassando ‘Capitão América: O Soldado Invernal‘, também do estúdio, que liderava as bilheterias do ano com US$ 259,7 milhões arrecadados.

Al Pacino durante o Festival de Veneza - AFP

Já hoje, Pacino estava no Festival de Toronto e finalmente falou porquê recusou o papel de Han Solo na saga 'Star Wars', que acabou sendo feito por Harrison Ford.

Antes de Ford, o diretor George Lucas considerou diversos atores para o papel - dentre eles Jack Nicholson, James Caan, Robert De Niro, Burt Reynolds e Al Pacino, que seria seu favorito.

Pacino lembrou o porquê de ter rejeitado esse papel.

Sua primeira resposta quando perguntaram sobre o personagem foi "Quem?".

Ao ser lembrado, afirmou que foi em uma época, logo após 'O Poderoso Chefão', que todo e qualquer papel era oferecido a ele sem pensar se seria uma boa escolha ou se ele de fato sabia atuar, tudo por causa do sucesso do filme.

E quando ofereceram ''Star Wars', o ator não entendeu o roteiro e acabou rejeitando-o - "Outra oportunidade perdida!", disse ele.

Durante a entrevista, Pacino também comentou mais uma vez de sua admiração por 'Guardiões Da Galáxia' e, embora tenha rejeitado 'Star Wars', está aberto a entrar no mundo da ficção cientifica.

"Estou pronto pra virar da Marvel", afirmou.
*****
Até +!

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

'TÃO FORTE E TÃO PERTO" TEM ELENCO NOTÁVEL, ABORDA UMA FERIDA AMERICANA, MAS TRAMA SE PERDE PELO CAMINHO


A tragédia das Torres Gêmeas em 11 de setembro de 2001 é ainda um tema difícil de ser digerido pelos americanos.

Tanto que, passados quase onze anos do atentado terrorista que pôs os EUA de joelhos perante à Al Kaeda, muito poucos filmes ou séries foram produzidos por Hollywood tendo os atentados, ou como pano de fundo, ou como trama principal.

Que eu me lembre, a trama da série CSI:NY começa com os atentados e com o protagonista Mac Taylor - vivido por Gary Sinise - perdendo sua mulher nas torres gêmeas, e só.

Precisou um diretor do calibre do inglês Stephen Daldry para enfiar o dedo na ferida ainda não cicatrizada da alma americana e fazer o drama "Tão Forte e Tão Perto" - que tem duas indicações ao Oscar 2012: melhor filme e melhor ator coadjuvante, para a lenda Max von Sydow.
Divulgação
Tom Hanks e Sandra Bullock, em cena do filme

Aqui, acompanhamos a jornada de Oskar - Thomas Horn - um menino de 11 anos que sofre com a morte do pai - Tom Hanks, maravilhoso em uma ponta - no World Trade Center.

Linda - Sandra Bullock -, sua mãe, tenta mas não consegue comunicar-se com Oskar, e ele nem sabe o quanto a magoa por essa indiferença emocional, pois é como se o menino não aceitasse o fato de ter sido ela a sobrevivente - não o pai, que era totalmente devotado a dele, criando brincadeiras e tarefas criativas para a mente inquieta de Oskar, que pode ter a síndrome de Asperger, um distúrbio que afeta sua socialização.

Para lidar com a dor da perda do pai, Oskar primeiro cria uma espécie de oratório em sua homenagem e onde ouvimos uma gravação na secretária eletrônica que registrou as últimas ligações do pai quando ele já estava preso no World Trade Center em chamas - e que ele escondeu da mãe.
Divulgação
Thomas Horn e Tom Hanks, em cena do filme

Depois, desenvolve uma complexa estratégia para descobrir para que, afinal, serve uma misteriosa chave encontrada no armário do pai,num pequeno envelope, em que estava escrita a palavra "Black".

A partir daí, Oskar decide partir em uma busca pela cidade de Nova York - na lista telefônica, encontrou 472 pessoas com o sobrenome Black, que passa a procurar - sem nada informar à mãe, que aparentemente nada sabe.

O plano do garoto é bem arriscado, pelo tamanho da tarefa e por cruzar a cidade a pé, sem usar transporte público, em busca dos Blacks.

Já na primeira visita,ele encontra Abby Black - Viola Davis, de "Histórias Cruzadas" - e ela, apesar de estar sendo abandonada pelo marido, William - Jeffrey Wright - naquele momento, atende o menino mas não tem nenhuma informação sobre a chave.

A busca prossegue e, enquanto Oskar percorre toda a cidade sem ser tocado por qualquer perigo, nem propriamente maltratado por ninguém, ele ganha um companheiro de investigação, um misterioso inquilino de sua avó, interpretado pela lenda das telonas Max von Sydow.
Divulgação
Max von Sydow e Thomas Horn, em cena do filme

O velho, sabe-se lá por quê, não fala, comunica-se por escrito e especialmente pelas mãos, numa das quais já escreveu "sim" e na outra, "não" - que é pra facilitar sua vida.

Pena que, do modo como foi escrito, o roteiro vai perdendo o foco, a busca de Oskar começa a ser improvável cada vez mais e o drama real e profundo da desestruturação desta família por uma tragédia absurda, que atingiu milhares de outras em Nova York, se perde.

Não dá para acreditar, por exemplo, na passividade da mãe em aceitar que Oskar se arrisque pelas ruas de Nova York à procura de estranhos - um detalhe mais adiante explica algo sobre essa atitude dela e com certeza se poderia ter suspeitado disso antes, mas a explicação chega de forma tardia à trama.

Assim, o que prometia ser uma jornada emocionante perdeu-se pelo caminho, apesar do inegável talento de todos do elenco.

Confira o trailer do filme:
*****
"TÃO FORTE E TÃO PERTO"
Título original:
Extremely Loud and Incredibly Close
Diretor:
Stephen Daldry
Elenco:
Tom Hanks, Sandra Bullock, John Goodman, Max von Sydow, James Gandolfini, Jeffrey Wright, Thomas Horn, Adrian Martinez, Zoe Caldwell, Gina Varvaro
Produção:
Scott Rudin
Roteiro:
Eric Roth
Fotografia:
Chris Menges
Trilha Sonora:
Nico Muhly
Duração:
129 min.
Ano:
2011
País:
EUA
Gênero:
Drama
Cor:
Colorido
Distribuidora:
Warner Bros.
Estúdio:
Paramount Pictures/ Warner Bros./ Scott Rudin Productions
Classificação:
12 anos
Cotação do Klau:

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

FESTIVAL DE BERLIM:CONFIRA TUDO O QUE ACONTECEU NA NOITE DE QUINTA E HOJE


Vamos atualizar o que de melhor aconteceu na Berlinale 2012, ontem à noite e hoje?
DEPOIS DE 'METRÓPOLIS' EM 2011, BERLINALE 2012 DÁ NOVA VIDA A 'OUTUBRO', DE EISENSTEIN
***
DOCUMENTÁRIO CELEBRA MARILYN NOS 50 ANOS DA SUA MORTE
***
SEM HANKS E BULLOCK, 'TÃO FORTE E TÃO PERTO' É APRESENTADO PELO DIRETOR, VON SYDOW E THOMAS HORN
***
MAX VON SIDOW FALOU SOBRE SEU PAPEL EM 'TÃO FORTE E TÃO PERTO', DA CARREIRA E DOS DIRETORES COM QUEM TRABALHOU
***
ANGELINA JOLIE É RECEBIDA POR MINISTROS ALEMÃES
***
E A ESTREIA DE ANGELINA JOLIE NA DIREÇÃO MOVIMENTA E DIVIDE BERLINALE
***
FILME FRANCO-SENEGALÊS MOSTRA ÚLTIMO DIA DE VIDA DE UM PAI QUE SABE QUE VAI MORRER
***
'ENCURRALADO EM LAS VEGAS' GANHARÁ REMAKE COM JASON STATHAM NO PAPEL QUE FOI DE BURT REYNOLDS
***
ALEMANHA APOSTA EM 3D BASEADO EM ANIMAÇÃO DOS 70
***
Agora, vamos lá:

DEPOIS DE 'METRÓPOLIS' EM 2011, BERLINALE 2012 DÁ NOVA VIDA A 'OUTUBRO', DE EISENSTEIN
Após "Metropolis" de Fritz Lang, em 2010, o Festival de Berlim dá nova vida a um outro monumento do cinema - "Outubro", de Serguei¯ Eisenstein, um afresco sobre a Revolução Russa, censurado quase desde seu lançamento na então União Soviética.

A figura de Lênin, interpretada por um ator cheio de mimetismo, aparece aí pela primeira vez no cinema, e suas famosas cenas de multidão são utilizadas com frequência nas aulas de história para contar a revolução bolchevique.

"Outubro" - realizado em 1927-1928 para marcar o décimo aniversário da revolução - é uma das obras maiores e um dos raros filmes totalmente concluídos pelo cineasta russo.

Verdadeira superprodução, o filme - rodado após o "Encouraçado Potemkin" - apresenta como figurantes milhares de verdadeiros operários, soldados e marinheiros de Petrograd dando a algumas cenas, como a tomada do Palácio de Inverno, um aspecto de quase documentário.
Divulgação
Cena de "Outubro", de Eisenstein

O Exército Vermelho também está presente: o cruzador Aurora que, no dia 25 de outubro de 1917, deu o sinal da insurreição, aparece em algumas cenas do filme.

Projetado pela primeira vez no dia 14 de março de 1928 no Teatro Bolshoi, esta obra-prima que tinha como vocação servir a causa da União Soviética foi, no entanto, proibida de ser divulgada nas telas do país depois que a "primeira conferência do Partido sobre o cinema" (15-21 de março de 1928) reprovou o "formalismo" do filme.

A presença do personagem de Leon Trotski em algumas passagens, num momento em que o ex-chefe do Soviet de Petrogrado acabava de perder a luta pelo poder para Stalin, representou também uma terrível desvantagem para Eisenstein.

Assim, até os anos 60, o filme permaneceu sob sete chaves e o negativo original foi perdido.

Na seção retrospectiva da Berlinale 2012, a equipe do festival escolheu dar destaque aos vínculos entre os cinemas russo e alemão, principalmente através de um estúdio de cinema germano-soviético dos anos 20, - o Mejrabpom.

E "Outubro" também é considerado emblemático das ligações entre os cinemas dos dois países, já que a primeira verdadeira representação do filme com sua trilha musical completa aconteceu em Berlim, em 1928, com a composição de autoria de Edmund Meisel, um maestro alemão que já havia escrito a partitura de "Potemkin".

O ritmo rápido e a construção melódica desejados por Meisel estavam de acordo com a montagem entrecortada de Eisenstein, que escolheu pontuar sua recitação cronológica dos dias de outubro com evocações simbolistas, voltadas para esclarecer o espectador sobre o sentido da revolução.

Na noite desta sexta, a Berlinale apresenta, então, "Outubro", a partir de uma cópia totalmente restaurada e com a música de Meisel, "reconstruída" pelo compositor contemporâneo Bernd Thewes e interpretada pela orquestra sinfônica da rádio de Berlim - apenas os elementos da versão para piano da música original existiam ainda, nos arquivos cinematográficos russos.

"Graças à música de Meisel e a ajuda de Bernd, o que ouvimos hoje torna o filme ainda mais magnífico e penso que Eisenstein ficaria realmente muito feliz", considerou Naum Klejman, diretor do Museu de Cinema de Moscou e estudioso do cineasta.

Aguardando "Outubro" aqui em SP com ansiedade; "Metrópolis", restaurado e exibido ao ar livre, no Ibirapuera, foi muito legal.

DOCUMENTÁRIO CELEBRA MARILYN NOS 50 ANOS DA SUA MORTE

Às produções para o cinema que celebram a Diva das Divas Marilyn Monroe no cinquentenário da morte da atriz pode-se acrescentar "Fragments" - documentário inspirado no livro de mesmo nome coeditado por Stanley Buchthal, que vai assinar o filme como produtor.

Em Berlim, Buchthal disse que, entre os atores contratados para ler trechos de cartas, documentos e textos de e sobre a Diva estão: Uma Thurman, Viola Davis, Lindsay Lohan, Paul Giamatti e Evan Rachel Wood.

Arquivos do Klau
Imagem de uma das muitas biografias da Diva das Divas

Lily Taylor, Zoe Saldana, David Strathainrn, Jennifer Ehle, Murray Abraham, Vanessa Shaw, Michelle Monaghan e Gretchen Mol também fazem parte do projeto.

Giamatti lerá como George Cukor e Murray Abraham como o psiquiatra da atriz.

Produzido pela francesa StudioCanal, o filme está em produção e tem que ficar pronto antes de 5 de agosto, data em que a  morte de Marilyn completa 50 anos.

SEM HANKS E BULLOCK, 'TÃO FORTE E TÃO PERTO' É APRESENTADO PELO DIRETOR, VON SYDOW E THOMAS HORN

Sem Tom Hanks e Sandra Bullock, "Tão Forte e Tão Perto" foi representado em Berlim pelo diretor Stephen Daldry e pelos atores Thomas Horn, 14  e Max von Sydow,  82 anos - os astros americanos não fizeram muita falta, já que sua participação no filme é pequena.

Horn e Von Sydow, que contracenam durante a maior parte da ação, fizeram as honras com requintes de sofisticação e inteligência.

Inspirado no livro de mesmo nome de Jonathan Safran Foer, o filme acompanha a luta pessoal de Oskar (Horn) para superar o trauma da perda do pai (Hanks), vítima dos ataques às Torres Gêmeas em 11 de setembro de 2001.

Sua peregrinação torna-se ainda mais dolorosa quando se percebe que o personagem sofre de uma síndrome que pode ser comparada a uma forma leve de autismo.
Reuters
O diretor Stephen Daldry e os atores Thomas Horn e Max Von Sydow apresentam "Tão Forte e Tão Perto" no Festival de Berlim (10/2/12)

Acompanhado por um senhor de idade mudo que supostamente aluga um quarto no apartamento de sua avó, o menino varre a cidade de Nova York em busca de uma pessoa de sobrenome Black que saiba dizer onde a chave que seu pai deixou serve.

Von Sydow é o misterioso personagem que acompanha o menino pela cidade: ele não fala, só se comunica por meio de mensagens escritas em pequenos blocos de anotações.

Uma das razões que fez um dos atores preferidos de Ingmar Bergman aceitar o papel foi o roteiro e o desafio de fazer um personagem diferente do padrão.
"Seres humanos são seres humanos, falem ou não", disse Von Sydow ao ser questionado sobre a natureza do personagem. 
"Fiquei comovido com o roteiro e isso foi o que me fez aceitar o papel. É muito chato receber convites para fazer sempre os mesmos papéis."

Confira o trailer do filme:

Em seu primeiro grande papel no cinema, Horn contracena com duas grandes estrelas do cinema americano (Hanks e Bullock) e uma lenda do cinema mundial (Von Sydow).
"Eu me diverti muito, principalmente por causa dos outros atores", disse ele.
"Poderia ficar intimidado, mas eles sempre me apoiaram e me ajudaram muito."

Escolhido por meio de testes, Horn ficou famoso por ganhar um concurso.
Daldry explicou que o menino tem uma formação muito diferente de seu personagem e ficou fascinado com a inteligência e a articulação dele.

Famoso pela habilidade com que dirige crianças, o cineasta disse que não tem mágica ou truques para isso.
"Não tem nada de complicado, é a mesma coisa que trabalhar com atores adultos", disse ele. "Ensaiamos muito. E posso dizer que ele estava bem preparado".

O longa está previsto para estrear no Brasil no dia 24 de fevereiro.

MAX VON SIDOW FALOU SOBRE SEU PAPEL EM 'TÃO FORTE E TÃO PERTO', DA CARREIRA E DOS DIRETORES COM QUEM TRABALHOU

Lenda das telas, Max Von Sydow - indicado ao Oscar por "Tão Forte e Tão Perto" - aproveitou sua presença na Berlinale para falar de sua extensa carreira e agradecer as oportunidades que recebeu na vida.

"É uma profissão apaixonante. Graças à Deus tive muitas oportunidades, tudo gira em torno das oportunidades. Se não tiver oportunidades não poderá demonstrar nada do que tenha sido feito com teu talento", declarou o ator sueco.
Reuters
O ator Max von Sydow participa de coletiva de imprensa para promover "Tão Alto, Tão Perto" no Festival de Cinema de Berlim (10/2/2012)

Sydow também afirma que teve muita sorte em sua carreira, incluindo o teatro.

Segundo o ator - que completará 83 anos em abril - os palcos são "particularmente apaixonantes", um trabalho feito "mais em equipe que o cinema", onde também aprendeu muito.

"O que mais significou para mim foi o senhor (Ingmar) Bergman. Aprendi muito com ele e também sinto saudades. Foi uma experiência extraordinária e única trabalhar com ele, que era uma grande inspiração em muitos níveis", disse o ator.

Para Sydow, o cineasta sueco, que morreu em 2007, não tem um filme melhor que outro, todos são importantes.
No entanto, se tivesse que escolher um filme seria provavelmente "Pelle, O Conquistador", do cineasta dinamarquês Bille August.

"É uma história maravilhosa e mereceu o Oscar de melhor filme de língua não inglesa em 1989", disse o ator - por sua atuação neste filme, Sydow também foi indicado ao Oscar de melhor ator.

Agora, mais de 20 anos depois, o ator volta a ser indicado por sua interpretação em "Tão Forte e Tão Perto", do diretor britânico Stephen Daldry.
"Foi interessante porque foi diferente, diferente de papéis normais. Desfrutei muito, foi fascinante", detalha Sydow.

Segundo o ator, "uma das coisas apaixonantes de atuar é que cada novo personagem que tem que representar é uma nova personalidade. É como se tivesse novos amigos, que podem deixar pegadas. Os papéis que interpretamos é como se fossem velhos amigos. É apaixonante".

Sydow também destacou que teve muita sorte em trabalhar com cineastas "verdadeiramente criativos", como Stephen Daldry, considerado por ele como "um maravilhoso diretor de cinema".

"Como trabalhei durante muito tempo com Bergman, realmente não posso comparar ele com nenhum outro nome. Mas, tive muita sorte e muitas oportunidades maravilhosas", aponta.

"Estou interessado nas pessoas, na história e em como deveria ser nosso mundo", declarou o ator, que também fez questão de revelar um pequeno segredo: "Se pudesse realizar um desejo na vida, seria apertar um botão e ser capaz de falar e entender qualquer idioma".

Essa simplicidade comovente é Max von Sydow, um dos maiores atores de todos os tempos e que prova, a cada dia, que idade cronológica, em se tratando de artistas, realmente não importa.

ANGELINA JOLIE É RECEBIDA POR MINISTROS ALEMÃES

Angelina Jolie esteve  hoje em Berlim  para participar do Festival, e aproveitou a estada na capital alemã para ser foi recebida pelos ministros alemães das Relações Exteriores e de Desenvolvimento - Guido Westerwelle e Dirk Niebel, respectivamente - em sua qualidade de embaixadora extraordinária da organização mundial das Nações Unidas para os refugiados (Acnur).

"O trabalho de Angelina Jolie como embaixadora extraordinária é altamente reconhecido. Seu trabalho faz com que o destino dos refugiados chegue a uma grande parte da opinião pública", relata o Ministério de Ajuda ao Desenvolvimento germânico em comunicado.
AFP
A atriz e diretora Angelina Jolie, com o Ministro do Exterior da Alemanha Guido Westerwelle.

Segundo a nota oficial, o Ministério alemão "fornecerá de maneira suplementar 2 milhões de dólares para o trabalho da Acnur na Bósnia-Herzegóvina e no Quênia".
No país africano, o dinheiro será usado para ajudar 50 mil crianças dos campos de refugiados de Dadab e Kakuma.

Jolie  receberá também um prêmio na cerimônia do "Cinema for Peace", na próxima segunda (13), por sua luta contra a guerra e o genocídio.

Após se reunir com a atriz, o chefe da diplomacia alemã assinalou que "os alemães sabem por sua própria história o quanto é duro e importante que é trabalhar de maneira crítica sobre o próprio passado para a construção de um futuro feliz e em comum".

E A ESTREIA DE ANGELINA JOLIE NA DIREÇÃO MOVIMENTA E DIVIDE BERLINALE

Muito disputada pelos jornalistas que cobrem o Festival de Berlim 2012, a sessão para a imprensa de "In The Land of Blood and Honey", na tarde da quinta (9), ganhou uma sala extra para acomodar o excedente de pessoas que ficaram de fora da projeção original.

O filme de estreia na direção de Angelina Jolie faz parte da mostra Berlinale Special - não concorre aos Ursos de Prata e Ouro - mas está entre os eventos mais populares desta Berlinale, embora tenha dividido opiniões ao final das projeções.

Em várias ocasiões, Jolie disse que escolheu a Guerra na Bósnia como tema de seu primeiro filme porque foi a guerra de sua geração: ela tinha 17 anos quando o conflito começou, nos anos 1990, e se envolveu com as Nações Unidas.

Outra justificativa foi a de que a atriz convertida agora em diretora queria entender a guerra por todos os lados.

Divulgação
Cena de "In the Land of Blood and Honey", dirigido por Angelina Jolie

O filme, cujo roteiro também é assinado por Jolie, mostra como um inocente encontro às cegas entre a muçulmana Ajla (Zana Marjanovic) e o sérvio Danjel (Goran Kostic) evolui depois que o conflito étnico ganha volume.

Aprisionada pelo batalhão comandado por Danjel, Ajla torna-se refém do homem por quem havia se apaixonado.
A partir daí, a trama evolui como conflitos dessa natureza evoluem: de forma caótica, em geral violenta e sem muita lógica.

Com Rade Serbedjiba completando o elenco no papel de um general sérvio linha-dura, "In The Land of Blood and Honey" se fortalece da boa química entre o trio de atores que forma o núcleo central de protagonistas.

Mas é o máximo de contribuição que Jolie poderia dar nesse sentido, já que sua direção parece tão caótica e contraditória como a relação entre o casal de personagens principais.

Confira o trailer do filme:

"In The Land of Blood and Honey" foi quase todo rodado na Hungria por causa dos opositores do longa na Bósnia: em outubro de 2010, um ministro bósnio cancelou as licenças para filmagem concedidas ao filme alegando falta de documentação.
Isso aconteceu logo depois que vítimas da guerra - em sua maioria mulheres - ficaram contrariadas com detalhes do roteiro, que disseram tratar do amor entre um estuprador e sua vítima.

Vítimas da violência sexual na Bósnia chegaram a escrever à agência de refugiados da ONU, dizendo que Jolie não merecia seu papel como embaixatriz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), e que não conhecia o suficiente sobre o conflito - uma bobagem, pois quem viu, disse que o filme não aborda nada disso.

FILME FRANCO-SENEGALÊS MOSTRA ÚLTIMO DIA DE VIDA DE UM PAI QUE SABE QUE VAI MORRER

No segundo dia da Berlinale 2012, o filme franco-senegalês "Aujourd'hui" tirou pela primeira vez a plateia formada por jornalistas que cobrem o evento da "zona de conforto".

O filme, dirigido por Alain Gomis, acompanha o último dia na vida de Satché (o ator e cantor americano Saul Williams), um jovem pai de família senegalês que percorre a cidade revisitando lugares e amigos nas 24 horas que lhe restam.
Getty Images
O diretor Alain Gomis, no tapete vermelho da Berlinale 2012

Terceiro longa-metragem da carreira de Gomis, o filme se vale de tradições e lendas da cultura africana para acompanhar um homem em busca do sentido de sua vida - não é algo novo no cinema: Ingmar Bergman fez o mesmo no clássico "Morangos Silvestres", a diferença está na forma como os personagens se comportam ao longo desta última jornada.

Enquanto o personagem de Bergman se transforma ao longo de seu último dia, o de Gomis está ciente desde o início sobre o que pensam dele, para o bem e para o mal.

Satché percorre esse último dia com a serenidade e alegria de quem revisita os locais e pessoas de sua infância - e termina a jornada em família.
Divulgação
Cena de "Aujourd'hui"

É difícil dizer a esta altura do festival quais as chances de um filme com o perfil de "Aujourd'hui" na disputa pelos Ursos.

Para Gomis, no entanto, o fato de fazer parte do evento já significa um prêmio para ele. "Acredito profundamente no poder do cinema", concluiu.

'ENCURRALADO EM LAS VEGAS' GANHARÁ REMAKE COM JASON STATHAM NO PAPEL QUE FOI DE BURT REYNOLDS

O Festival de Berlim não é apenas o primeiro certame europeu multicultural de grande porte do calendário cinematográfico.

É também a primeira oportunidade para os estúdios do mundo inteiro venderem seus principais projetos e para os investidores fazerem suas apostas no European Film Market.

É lá que são anunciados grandes projetos, como a refilmagem de "Encurralado em Las Vegas" (1987) - com Jason Statham no papel que foi originalmente de Burt Reynolds, sob a direção de Brian De Palma.
AP Photo
O ator Jason Statham cumprimenta o público em Berlim

O roteiro ficará a cargo de William Goldman - que escreveu o script original e o livro no qual o filme foi inspirado.

O personagem principal, no entanto, será o mesmo: um ex-viciado em jogo que vende proteção para os chefões que controlam a jogatina ilegal.

Às publicações especializadas na indústria do cinema, os produtores disseram que as filmagens começam na França entre o fim deste ano e o início de 2013.

ALEMANHA APOSTA EM 3D BASEADO EM ANIMAÇÃO DOS 70

Uma das tendências do European Film Market (EFM) no Festival de Berlim 2012 é o 3D.

Depois de comprovada a eficácia do formato nas bilheterias americanas, os europeus e outros territórios estão investindo cada vez mais na tecnologia da terceira dimensão.
Divulgação
Cena do filme alemão "Wickie and The Treasure of the Gods"

Na Alemanha, por exemplo, a aposta é o blockbuster "Wickie and The Treasure of the Gods", filme de ação e aventura inspirado em uma popular série de animação dos anos 70 na qual um garoto viking ajuda seu pai, o chefe da aldeia, com inteligência e não força bruta.

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Com Reuters, AP, AP Photo, Getty Images, Efe e Alessandro Giannini/UOL, em Berlim