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sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

'REDENÇÃO': GERALD BUTLER BRILHA COMO TRAFICANTE QUE VIROU MISSIONÁRIO


Uma milícia mata os habitantes de um vilarejo localizado ao sul do Sudão, e um dos soldados exige que uma criança que mate a própria mãe, para sua vida ser poupada.
A mulher, uma mártir, acena com a cabeça, autorizando o filho.

A cruel cena do começo de Redenção não entrega os rumos que a trama tomará e também não prepara o espectador para o que virá.

Baseado na vida do norte-americano Sam Childers - que largou as drogas e o crime quando se converteu a uma igreja pentecostal -  a história seria comum, não fosse uma segunda conversão que o tornaria o "pregador-metralhadora" - o 'Machine Gun Preacher' do título original.

Divulgação
Gerald Butler é Sam Childers, ex-traficante que virou pastor evangélico no Sudão

Longe das drogas, Childers - interpretado por Gerard Butler - é um bem-sucedido construtor e fiel praticante da igreja, até que, em um dos cultos, um pastor roga por ajuda às crianças africanas.

O pedido bate fundo em Childers, que parte para o Sudão com o objetivo de construir casas para os desabrigados, vítimas da guerra civil - que na época em que a trama se desenrola já durava 20 anos - e é o catalisador para sua segunda transformação.

Ao vivenciar os resultados dos massacres, ele acredita que Deus o guiou até lá, onde constrói uma igreja e um orfanato, apesar dos perigos dos grupos paramilitares.

O local, inóspito, torna-se rapidamente um refúgio para as crianças da região, e Childers, um inimigo do perigoso grupo LRA, que oferece uma recompensa por sua cabeça.

Graças à sua vida pregressa, ele tem alguma experiência com armas e, assim, torna-se um guardião na defesa dos seus órfãos.

Divulgação
Gerald Butler, em cena de "Redenção"

Não é fácil o caminho de Childers, que se afasta de sua mulher Lynn - Michelle Monaghan -, da filha Paige - Madeline Carroll - e até do próprio Deus, em sua empreitada, pois as nuances da personalidade do "pregador- metralhadora" mostram como são duvidosas as linhas morais em situação de emergência.

Divulgação
Gerald Butler e Michelle Monaghan, em cena do filme

O ator escocês Gerard Butler aparece maravilhosamente bem como o protagonista, pois consegue caracterizar com grande acerto os difíceis níveis da psicologia de seu personagem.

O mesmo se pode dizer do trabalho do talentoso diretor alemão - radicado nos EUA - Marc Forster.
Diretor do visceral A Última Ceia (2001), do sensível Em Busca da Terra do Nunca (2004) e do vigoroso 007 - Quantum of Solace (2008), Forster trafega e revela espantoso conhecimento de gêneros tão diferentes e, aqui, maneja-os com muita propriedade e, como demonstrou em O Caçador de Pipas (2007),o diretor também não se esquece de que trabalha em Hollywood e, por isso, não deixa de adocicar a trama com recursos fáceis, muitas vezes inconsistentes, mas com resultado final muito bom.

Como o pastor continua seu trabalho no Sudão, a história não tem um ponto final, recorrendo a fotos do verdadeiro Sam Childers e família, além de imagens aterradoras dos conflitos.

A produção não fez muito sucesso nos Estados Unidos e chegou a receber críticas de organizações ecumênicas sobre a religião associada à guerra - o que é uma tolice, pois, ao deixar aberto o desfecho, Forster delega ao espectador o difícil ônus do debate moral que a obra provoca.

Confira o trailer do filme:

*****
REDENÇÃO
Título original:
Machine Gun Preacher
Diretor:
Marc Forster
Elenco:
Gerard Butler, Michelle Monaghan, Kathy Baker, Michael Shannon, Madeline Carrol, Souleymane Sy Savane, Grant R. Krause, Reavis Graham, Peter Carey, Barbara Coven
Produção:
Robbie Brenner, Craig Chapman, Marc Forster, Deborah Giarratana, Gary Safady
Roteiro:
Jason Keller
Fotografia:
Roberto Schaefer
Trilha Sonora:
Asche and Spencer, Thad Spencer
Duração:
130 min.
Ano:
2011
País:
EUA
Gênero:
Ação
Cor:
Colorido
Distribuidora:
Imagem Filmes
Estúdio:
Moonlighting Films/ GG Filmz/ Safady Entertainment
Classificação:
16 anos
Cotação do Klau:

sexta-feira, 1 de julho de 2011

"OS PINGUINS DO PAPAI" SÓ PROVA QUE, COM UM BOM ROTEIRO, JIM CARREY ARREBENTA

O ator Jim Carrey esteve no Rio de Janeiro, no começo dessa semana, para promover seu mais novo trabalho - Os Pinguins do Papai, que estreia hoje em cópias dubladas e legendadas.

Na entrevista coletiva, o ator acima da média defendeu obstinadamente seus "colegas de cena".
"Todos nós somos estranhos, e os pinguins são o reflexo disso na natureza. Eles são aves, mas também parecem meio peixes".

AgNews
Jim Carrey, na entrevista coletiva no Rio de Janeiro

As perguntas, lógico, foram em sua maioria de como foram feitas as cenas - no filme, dirigido por Mark Waters, Carrey contracena com... seis pinguins!

Carrey respondeu que foram usadas aves reais e mecânicas, mas confessou que gostou mesmo foi de trabalhar com os bichos de verdade.
"Eles são imprevisíveis, por isso engraçados. Não esperam marcação de cena, nem nada. Começavam a gritar do nada", disse o ator.

Carrey conta que também levou diversas bicadas de seus "colegas", mas não se importou com isso. 
"Eu precisava atrair a atenção deles, por isso meus bolsos estavam cheios de peixes, e eles corriam atrás de mim. Quando se vai alimentá-los, eles não diferenciam o dedo de uma sardinha e querem engolir tudo".

Carrey hospedou-se no hotel ícone Copacabana Palace, e na terça, babou e emocionou-se muito aos pés do Cristo Redentor.

AgNews
O ator, em visita ao Corcovado, na terça (28)

Hoje, imagens já mostravam o ator americano - babado e emocionado - nas ruínas peruanas de Machu-Pichu, também parte do seu périplo latino-americano de divulgação desse longa, onde Carrey é Popper, um empreiteiro de sucesso, que está tão centrado em sua ambição que não percebe o quanto se distanciou do filhos - interpretados por Madeline Carroll e Maxwell Perry Cotton, duplinha  muito boa.

Popper não vê o pai - que era um explorador - há anos e, quando este morre, deixa de herança um pinguim, e não tardam a chegar outros cinco.

Assim, os seis passam a viver no sofisticadíssimo duplex  novaiorquino de Popper, que adapta seu lar às condições climáticas das aves - as janelas passam a ficar o tempo todo abertas, e isso em pleno inverno.

Divulgação/Fox
Maxwell Perry Cotton e Jim Carrey, em cena do filme

Fazia tanto frio, que Carrey comentou na entrevista: "Rodar as cenas em que o apartamento está bem frio foram os piores momentos".

Aos poucos, com a ajuda dos inseparáveis pinguins, Popper volta a ter humanidade, e volta novamente a ter boa convivência com seus filhos e até com a ex-mulher - Carla Gugino.

Na vida real, Carrey contou que é bem próximo de sua filha, Jane Erin, e de seu neto, Jackson Riley Santana, de pouco mais de um ano.

Divulgação/Fox
Popper, seu filho e os pinguins, no Central Park coberto de neve

Quando perguntam sobre como é ser avô, o ator faz cara de bravo e diz que não quer falar sobre o assunto, ameaçando até mandar tirar a repórter da sala.

Brincadeira, claro, como tantas outras que fez durante a coletiva, recheada com suas caras e bocas e bom humor, para logo depois comentar: "Ele nasceu no mesmo hospital que minha filha havia nascido. Foi fascinante. Estou adorando a experiência".

Mas não é apenas de crianças que Carrey diz gostar.
Ele conta que pretende trabalhar com todos os tipos de animais que existem no mundo - "Até com os híbridos ou os mutantes eu quero fazer filme. Já pensou uma mistura de peixinho dourado com gato, que fica se caçando o tempo todo? Mas, tenho de confessar, os pinguins são meus favoritos".

Para esta que foi sua primeira viagem ao Rio, Carrey confessou que pediu ajuda ao amigo Rodrigo Santoro, com quem contracenou em O Vigarista do Ano - no qual faziam um casal de namorados. "Desde criança eu era fascinado por esta cidade. Na escola, cheguei a montar uma maquete dela para um trabalho. E agora pude conhecer os lugares reais. No Cristo Redentor, notei que havia gente de todos os cantos do mundo, tirando fotos, se divertindo. Quero ir a Ipanema, conhecer a famosa garota. Gostaria também de ir me divertir na Floresta Amazônica".

Ele disse que finalmente resolveu vir para o Brasil de tanto ser convidado pelos brasileiros. "Eles não me deixam sozinho. Nas redes sociais, ficavam falando para eu vir para cá. E a primeira razão para vir, foi para dizer 'oi'", explicou, soltando o cumprimento em português - a relação de Carrey com as redes sociais é bem próxima, tanto que, no domingo postou um vídeo, feito por ele mesmo de um ônibus da torcida do Grêmio, que jogou contra o Botafogo no Rio.

Divulgação/Fox
Cena muito legal, onde Popper dança com as aves

"Eu acho interessante, porque são oportunidades para as pessoas se aproximarem. Acho que a questão já aparecia de certa forma em O Show de Truman", diz, lembrando do filme lançado em 1998, onde interpretou um homem que tem a vida televisionada sem que soubesse, desde o nascimento.

Esse é um dos dramas - e um dos pontos mais altos - da filmografia do ator, que confessa gostar de trabalhar em todos os gêneros, embora seja mais conhecido pelas comédias.
"Gosto de fazer filmes que incomodem as pessoas, como 'Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças', que é tão original, e tem um tema muito universal".

O filme tem uma direção segura e inventiva, e Nova York está maravilhosa coberta de neve.

O elenco coadjuva  Jim Carrey  com classe, e o ator dá seu show costumeiro quando topa com um roteiro bom como esse.

Diversão para toda a família.

Confira o trailer do filme:

*****
OS PINGUINS DO PAPAI
Título original:
Mr. Popper's Penguins
Diretor:
Mark Waters
Elenco:
Carla Gugino
Madeline Carroll
Angela Lansbury
Ophelia Lovibond
Philip Baker Hall
James Tupper
Maxwell Perry Cotton
Pepper Binkley
Kelli Barrett
Produção:
John Davis
Roteiro:
Sean Anders
John Morris
Jared Stern
Fotografia:
Florian Ballhaus
Duração:
Nada cansativos 94 min.
Ano:
2011
País:
EUA
Gênero:
Comédia
Cor:
Colorido
Distribuidora:
Fox Film
Estúdios:
Paramount Pictures
Nickelodeon Movies
Davis Entertainment
Twentieth Century-Fox Film Corporation
Kerner Entertainment Company
Classificação: 
Livre
COTAÇÃO DO KLAU: