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segunda-feira, 24 de agosto de 2020

'POWER': NOVO LONGA DA NETFLIX É CRIATIVO, TEM AÇÃO DAS BOAS E ELENCO ESPETACULAR


SINOPSE:

A notícia de que uma nova pílula capaz de liberar superpoderes para cada um que a experimentar começa a se espalhar nas ruas de Nova Orleans.

Poderes como pele à prova de balas, super força e invisibilidade apareceram em usuários, porém, é impossível saber o vai realmente acontecer até tomá-la.

Mas tudo muda quando a pílula acaba aumentando o crime na cidade, fazendo com que o policial local (Joseph Gordon-Levitt) se una a um traficante adolescente (Dominique Fishback) e um ex-soldado com sede de vingança (Jamie Foxx) para combater o poder com poder, chegando na origem da pílula.

CRÍTICA:

Mesmo mais errando do que acertando, a Netflix ao menos conta com a melhor das intenções na hora de aprovar seus projetos.

Grandes nomes do cinema são só elogios, afirmam ter ganhado na parceria total liberdade criativa para fazer seus filmes como queriam, o que não estavam mais encontrando nos estúdios em lançamentos nos cinemas.

Já fizeram projetos para a Netflix pesos pesados como Martin Scorsese, os irmãos Coen e Spike Lee, por exemplo.

E com Power (Project Power), seu mais recente lançamento – que estreou no streaming em dia 14 de agosto – a produtora cria seu próprio universo de super-heróis, pronto para ser consumido pelos aficionados.

Mas não apenas isso, na mistura ainda são adicionados elementos do cinema policial – como corrupção, traficantes, oficiais honestos e corruptos, e drama racial, resultando num sabor que mais agrada do que repele.

A boa surpresa é que Power se mostra um filme de ação eficiente, repleto de efeitos especiais bem trabalhados e uma estética psicodélica insana que funciona muito a favor de sua narrativa.

Ou seja, um prato cheio para quem curte o gênero – mesmo que seu roteiro por vezes se mostre demasiadamente simplista.

O elenco tem atuações inspiradíssimas: Jamie Foxx (vencedor do Oscar por Ray), Joseph Gordon-Levitt e Rodrigo Santoro estão espetaculares, mostrando que levam a brincadeira muito a sério.

Escrito pelo jovem romeno Mattson Tomlin (que em breve será um grande nome em Hollywood devido ao texto do vindouro The Batman), a trama apresenta uma realidade onde pílulas de “superpoderes” são produzidas e comercializadas clandestinamente.

A coisa funciona assim: através do material genético dos mais variados animais exóticos, seus dons (como velocidade, camuflagem, força, e outros milagres da natureza) são inseridos nesta droga, ativando estas capacidades em cada usuário distinto. Ou seja, enquanto uns podem se disfarçar no ambiente como uma camaleão (se tornando invisíveis), outros absorvem fortes impactos como os rinocerontes, por exemplo.

Cabe a cada um descobrir seu poder, ou até mesmo morrer ao ingerir a substância – é um jogo perigoso.

É claro que uma substância tão repleta de possibilidades, e incrivelmente perigosa, chama atenção de todo tipo de grupo de pessoas e o item logo se vê nas ruas, vendido como drogas por traficantes.

Assim encontramos nossa protagonista, a menina Robin (Dominique Fishback, sensacional), que sonha em ser rapper, tem dificuldades com as figuras de autoridade no colégio e ganha a vida vendendo tais produtos ilícitos em becos.

Sorte dela que tem a proteção do policial Frank (Joseph Gordon-Levitt), que a trata como uma irmã mais nova, cobrindo seus rastros e infrações.

Pela premissa podemos notar que Tomlin usou como molde o livro de Alan Glynn, que virou o filme Sem Limites (2011), sobre uma pílula da “inteligência”, e acrescentou muito mais variáveis quanto ao que o medicamento poderia trazer a seu consumidor.

Jamie Foxx é Art, um sujeito bad ass desesperado em descobrir o paradeiro e encontrar sua filha.

Rodrigo Santoro vive um dos baddies, como o traficante que comercializa o MacGuffin que todos perseguem.

O roteiro de Power é criativo, mas logo se estagna seguindo por um caminho previsível, no qual vemos exatamente aonde vai chegar com bastante antecedência.

Mas Power conta mais por sua jornada, onde boas cenas consecutivas sem amontoam, seja através da interação dos personagens, seus relacionamentos críveis, bons diálogos, montagem eletrizante, trilha frenética e uma fotografia de deixar vidrado na tela – dona de cores vibrantes de neon.

O design de produção é outro destaque.

Os elementos citados são crédito dos cineastas Henry Just e Ariel Schulman, dupla responsável por Nerve: Um Jogo Sem Regras (2016), que aqui consegue sobressair ao que vem sendo feito na plataforma no quesito do escapismo e de entretenimento.

Foxx e Levitt já apostaram no subgênero antes, variando em resultados (O Espetacular Homem-Aranha 2 e O Cavaleiro das Trevas Ressurge, respectivamente), mas aqui realmente mergulham em seus desempenhos, com a intensidade de um drama policial que busca prêmios.

E quanto a nosso conterrâneo Rodrigo Santoro: o brasileiro número 1 em Hollywood na atualidade entrega sua atuação com o inglês mais impecável da carreira, quase despido do sotaque latino, além, é claro, de aparentar diversão a cada frame com o retrato de um vilão “Bondiano”.

Power tem como grande atrativo a capacidade de instigar, a cada virada tirando tensão de suas cenas, mesmo que deslize no terceiro ato – almejando a inevitável continuação, um artifício esperado para este tipo de produção.

No meio de uma constante enxurrada de superproduções que parecem cada vez mais massificadas, diferindo muito pouco umas das outras, é sem dúvidas louvável uma proposta que tente trilhar um caminho próprio.

Que venha a continuação!

GALERIA DE IMAGENS:



TRAILER:


FICHA TÉCNICA:
POWER
Título Original:
Power Project
Gêneros:
Ficção Científica, Suspense, Ação
Direção:
Henry Joost, Ariel Schulman
Elenco:
Jamie Foxx, Joseph Gordon-Levitt, Dominique Fishback, Rodrigo Santoro
Nacionalidade:
EUA
Exibição:
Netflix
Estreia:
14 de agosto de 2020
Duração:
1h51min

COTAÇÃO DO KLAU:

'POWER': RODRIGO SANTORO FALA SOBRE O SEU TRABALHO NA SUPERPRODUÇÃO DA NETFLIX

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Rodrigo Santoro fala como foi a preparação para personificar o vilão Biggie, o que há de mais interessante no roteiro de 'Power', responde perguntas dos fãs e mostra sua transformação para a fase 'monstro' do vilão
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Leia a entrevista completa:

AC: Em um vídeo de bastidores de Power, Jamie Foxx e Joseph Gordon-Levitt contaram que, em uma de suas cenas mais intensas, você foi aplaudido no set. Como foi este momento?

Rodrigo: Pois é, eu não sabia que eles tinham falado sobre isso antes de o vídeo ser divulgado. Isso aconteceu na cena da transformação, que foi a mais desafiadora em vários sentidos. Eu usei cinco peças de próteses diferentes para a transformação do Biggie, mas eu tive que fazer tudo isso corporalmente - mesmo com o CGI. Na cena, estava todo mundo focado, porque era toda uma questão de como expressar fisicamente o efeito da pílula. No final deste dia, após ter feito a cena, o pessoal aplaudiu e foi um momento muito gratificante e marcante. Eu não sabia que o Joseph comentaria isso (no vídeo), mas os dois estavam assistindo pois também estavam na cena. Então, assim como a equipe, ambos participaram do processo e observaram tudo. Fiquei super lisonjeado por eles falarem isso. São dois grandes artistas que admiro muito.

AC: O filme traz reflexões acerca da capacidade do ser humano em ser "maior e melhor", mas também sobre olhar para os poderes invisíveis que às vezes nos esquecemos - como é o caso do talento da jovem Robin em cantar. Foi isso o que mais te atraiu quando leu o roteiro?

Rodrigo: Foi a metáfora central. Primeiro, eu achava que o roteiro tinha um approach bem interessante com relação ao gênero, ao superpoder. Muitas pessoas - inclusive ouvi comentários de amigos - olham para o filme como um filme de super-heróis. Mas a história está entre uma coisa e outra. Ela não tem um formato dentro do gênero e, principalmente, não tem um herói como protagonista. Power apresenta pessoas normais que tomam uma substância e cada uma desenvolve um superpoder. Por isso, a metáfora que mais me provocou questionamentos foi a questão do desejo insaciável do ser humano pelo poder. Este é o pilar central da história: o humano querer sempre ter mais, conquistar mais. O que nós somos capazes de fazer? Este é um filme de ação, mas que toca nessas questões. A personagem Robin, por exemplo, simboliza uma das milhares de pessoas deste mundo que possui um grande talento, mas não tem a menor oportunidade para exercê-lo. Através da relação dela com Art, também se discute a importância de descobrir e se conectar com seu poder interno. Não que isso seja uma solução rápida para os problemas sociais e a desigualdade social que está no mundo - especialmente em nosso país. Mas isso traz o olhar para dentro: encontrar a força e transformá-la em nossa voz. E, aliado a tudo isso, existe o meu personagem, que não é apenas um vilão mas, sim, um vendedor. Um chefe de marketing megalomaníaco, com a visão de transformar com a pesquisa genética proveniente de animais.

2) Como foi o seu processo de desenvolvimento de Biggie? Ele é tido como vilão, mas é possível compreender que sua intenção é engrandecer a humanidade à sua maneira.

Rodrigo: Para mim, essa questão do vilão é muito curiosa. É uma visão pessoal mesmo. Eu me concentrei em tentar humanizar o personagem e não fazer um traficante malvado e cruel. Não era procurar fazer o antagonista dos super-heróis. Biggie tem uma personalidade bem contraditória; na superfície você consegue perceber que ele aparentemente está no controle da situação, mas assim que a situação se complica, a verdadeira essência do personagem se revela de forma escancarada. Ele é um homem inseguro, medroso, que usa a pílula para ficar forte e se autoafirmar. Inclusive, com relação aos superpoderes, todos os personagens os manifestam de formas diferentes. Era até uma piada interna entre os membros da equipe, pois os poderes têm a ver com cada um. Sempre questionávamos isso, apesar de não haver a necessidade ou pretensão de explicar isso no filme. O Biggie também é um personagem que não entra no lugar do vilão. Por que ele não pode ser frágil e quase um covarde? Foi exatamente na direção oposta que procurei trabalhar com os diretores.

AC: Power poderia ter sido lançado em algumas salas de cinema caso o cenário fosse outro em 2020. Como você está lidando com a pandemia enquanto artista? Sente que as pessoas passaram a valorizar mais o audiovisual (especialmente o brasileiro) no isolamento social?

Rodrigo: Particularmente, como eu acredito que todo mundo tem encarado diante dos efeitos dessa pandemia, tudo é um exercício diário. Não dá nem para te falar que 'eu faço isso'. Eu trabalho na casa, eu nunca fui tão pai quanto nos últimos meses... Claro que sempre que existe um tempo, a minha atenção foca muito na arte. Acho que ficou extremamente claro para todos o valor da arte e do audiovisual - assim como da música, dos livros, das séries... Sem contar as apresentações virtuais. Esses dias eu assisti a uma peça de teatro virtual. 'É a mesma coisa?', não, mas estamos procurando um caminho de reinvenção. O importante é que esse movimento está acontecendo enquanto as coisas não melhoram. O audiovisual tem sido um companheiro de muita luz. Eu tenho, sim, contado muito com ele e, quando paro para pensar em viver os dias atuais sem essa companhia, sem a internet também, nem imagino como seria.

4) E o que pensa sobre a atual discussão sobre "cinema versus streaming", que ficou mais forte durante a pandemia?

Rodrigo: Nós vivemos tempos de muita mudança. Eu sinceramente gostaria muito que os cinemas permanecessem. Eu amo o ritual de compartilhar aquele momento com outras pessoas, mas nós não podemos deixar de entender o que o streaming tem proporcionado aos espectadores neste momento. Não é uma coisa ou outra; acho que existe espaço para as duas coisas. O streaming tem a facilidade da conveniência, o que eu acho o mais importante: dar acesso a muitas pessoas, muitas que não teriam condições financeiras para ir ao cinema tantas vezes. Então, existe uma democratização importante. Mas isso não tira, de maneira nenhuma, o valor inestimável de uma sala de cinema. Eu amo e tenho saudades, mas continuo vendo meus filmes, séries, shows, documentários e peças através da internet. Estamos reiventando a nossa relação com o mundo e a internet é o pilar dessa relação.

5) Visto seus trabalhos em Power, Westworld, Turma da Mônica, Ben-Hur, etc, que se passam em narrativas de ação e fantasia, você sente vontade em atuar em projetos focados estritamente no drama no futuro, como em Un Traductor?

Rodrigo: Un Traductor foi uma experiência muito importante. Eu adoro essas histórias. É da onde eu venho, por onde comecei. Bicho de Sete Cabeças foi meu primeiro longa-metragem, então eu possuo uma relação forte com o cinema independente. Mas eu não consigo escolher ou planejar os projetos dessa forma, por categoria. Eu me guio pelas histórias, personagens e artistas com quem vou trabalhar, sempre levando em conta o quanto aquela experiência vai me agregar como ator e ser humano. A gente não pode esquecer que, enquanto estamos trabalhando, estamos vivendo. Trabalho também é vida. Então, eu não olho para a minha carreira de maneira estratégica. Às vezes algo acontece quando leio um roteiro, é uma espécie de química. Procuro ficar muito atento a me escutar, a escutar o que estou sentindo, porque essa é a forma que me parece mais fiel e orgânica a quem eu sou. Uma escolha profissional obviamente passa pelo lado racional, pela experiência... Mas a porção instintiva em mim normalmente é quem fala mais alto.

Power é sobre superpoderes - e superpoderes são polêmicos.

Qual é o melhor? Quais os riscos? Como usá-los?

Para responder algumas perguntinhas sobre o tema (e outras, nem tanto), Rodrigo Santoro, o vilão mucho loko no filme, deu essa outra entrevista à Netflix.

Assista:


Por fim, nesse vídeo, Santoro mostra como foram as muitas horas de maquiagem para transformar seu personagem num monstro.

Veja:

quarta-feira, 15 de julho de 2020

'POWER': FILME DE SUPER HERÓI COM JAMIE FOXX E RODRIGO SANTORO GANHA PRIMEIRO TRAILER

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Rodrigo Santoro segue em alta em Hollywood e assinou contrato com a Netflix para participar de vários filmes do streaming
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Além de estrelar o inédito ‘Sete Escravos‘, que abordará o tema tráfico de pessoas, Santoro também está na ficção científica ‘Power’, onde divide a tela com Jamie Foxx, Joseph Gordon-Levitt e Dominique Fishback.

Hoje, o longa ganhou seu primeiro trailer.

Assista:


Confira a sinopse oficial:
“Nas ruas de Nova Orleans, começa a se espalhar uma misteriosa pílula que desbloqueia superpoderes exclusivos para cada usuário. O problema: você não sabe o que vai acontecer até que tome ela. Enquanto alguns desenvolvem pele à prova de balas, invisibilidade e super força, outros exibem uma reação mais mortal. Mas quando a pílula eleva o crime dentro da cidade a níveis perigosos, um policial local (Joseph Gordon-Levitt) se une a uma traficante adolescente (Dominique Fishback) e um ex-soldado abastecido por uma vingança secreta (Jamie Foxx) para combater o poder com poder e arriscar tomar a pílula para rastrear e parar o grupo responsável por criá-la”.

As fotos da produção:








Power: Rodrigo Santoro cria supervilões em trailer de filme de ...

‘Power‘ estreia no dia 14 de agosto na Netflix.

sábado, 31 de agosto de 2019

OSCAR 2020: COM FILME CUBANO, RODRIGO SANTORO ENTRA NA DISPUTA

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'O Tradutor' foi exibido em Sundance e estreou no Brasil em 4 de abril
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Rodrigo Santoro está na disputa pelo Oscar 2020, mas não pelo Brasil.

Pela primeira vez na história do país, Cuba indicou ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro um longa protagonizado por um estrangeiro.

O filme é O Tradutor, cuja trama acompanha Malin (Rodrigo Santoro), um professor universitário de literatura russa que vê sua vida transformada ao ser designado como intérprete na ala infantil de um hospital cubano.

Ele deve ajudar na comunicação entre os médicos e crianças vítimas do acidente nuclear de Chernobil que acabam de chegar a Havana.

Relutante a princípio, Malin passará por uma profunda mudança.

O longa foi exibido na última edição do Festival de Sundance e estreou nos cinemas brasileiros em 4 de abril.

Veja o trailer:

quinta-feira, 27 de junho de 2019

'TURMA DA MÔNICA - LAÇOS': MESMO COM TRAMA FRACA, LIVE ACTION EMOCIONA E NOS DEVOLVE À INFÂNCIA


SINOPSE:

Floquinho, o cachorro do Cebolinha (Kevin Vechiatto), desapareceu.

O menino desenvolve então um plano infalível para resgatar o cãozinho, mas para isso vai precisar da ajuda de seus fiéis amigos Mônica (Giulia Benite), Magali (Laura Rauseo) e Cascão (Gabriel Moreira).

Juntos, eles irão enfrentar grandes desafios e viver grandes aventuras para levar o cão de volta para casa.

CRÍTICA:

Turma Da Mônica - Laços, que estreia nesta quinta, leva para o cinema o maior ícone da cultura pop brasileira e faz isso com bastante fidelidade ao material original.

Carisma, nostalgia e aventura dão o tom dessa obra divertida, focada nas crianças e por isso mesmo, se esquecendo de agradar os adultos da mesma forma.

O longa acompanha a trama da cultuada Graphic Novel homônima lançada em 2013 pelos irmãos Vitor e Lu Cafaggi.

Na trama, Floquinho desaparece e a turma precisa se unir para encontrar o cachorro de estimação do Cebolinha.

Cascão, Mônica e Magali se juntam ao garoto, criam um plano infalível e partem em uma aventura que vai mudar suas vidas.

O filme é nostálgico e mexe com quem leu a turminha nos quadrinhos.

O melhor é que o filme está lotado de easter eggs com referências aos gibis, conta com a presença do Louco (Rodrigo Santoro), do Homem do Saco (Ravel Cabral) e até uma aparição de Maurício de Sousa no melhor estilo Stan Lee - tudo é bem legal de se ver.

Pena que, em termos de trama, a história de Laços funciona melhor nas páginas do que na tela e, assim, a aventura não chega ao nível de histórias como Os Goonies, Conta Comigo ou Esqueceram De Mim.

O longa peca ainda pelas atuações e diálogos.

A turminha não está tão afinada como gostaríamos, o elenco sofre um pouco para pegar o tom lúdico dos quadrinhos e isso fica claro desde o início.

Em termos de roteiro, Mônica é coadjuvante de seu próprio filme e Cebolinha é irritante e desrespeitoso com seus amigos de forma desnecessária.

Embora uma lição seja aprendida aí, fato é que o que vemos Cebolinha fazer na tela só reforça comportamentos tóxicos.

Faltou um ajuste aí para conversar melhor com o cinema e com os dias atuais.

São questões que importam, principalmente, para os adultos.

Já a criançada deve se divertir horrores com a comédia física, piadas típicas da turma e momentos fofos.

O filme é colorido, os cenários bem detalhados e fica claro que toda a produção colocou muito amor nessa obra e isso já vale o ingresso do cinema.

Sem falar que é ótimo ver uma produção brasileira com tanta qualidade técnica.

Daniel Rezende novamente mostra que trata o cinema como algo sério, profissional e sabe conduzir bem o longa.

Ele não teve trabalho fácil ao lidar com crianças, animais e florestas na produção e mesmo assim conseguiu um filme coeso e divertido.

Sem falar na pressão de pegar alguns dos personagens mais importantes da nossa cultura e criar algo inédito com eles.

Temos aqui sem dúvida uma bela adaptação para os cinemas.

É difícil não se apaixonar pelos personagens em live-action, pois todo mundo que teve infância leu suas histórias se envolveu com eles em algum ponto de suas vidas.

O filme captura bem esse espírito e suas falhas não tiram a magia de ver a amada turminha nas telonas.

GALERIA DE IMAGENS:
Turma da Mônica - Laços : Poster
Turma da Mônica - Laços : Poster

Turma da Mônica - Laços : Poster

Turma da Mônica - Laços : Poster

Turma da Mônica - Laços : Foto

Turma da Mônica - Laços : Foto

Turma da Mônica - Laços : Foto

Turma da Mônica - Laços : Foto

Turma da Mônica - Laços : Foto

Imagem relacionada

TRAILER:


FICHA TÉCNICA:
TURMA DA MÔNICA - LAÇOS
Gênero:
Aventura
Direção:
Daniel Rezende
Elenco:
Giulia Benite (Mônica), Kevin Vechiatto (Cebolinha), Laura Rauseo (Magali), Gabriel Moreira (Cascão), Monica Iozzi (Dona Luiza), Paulo Vilhena (Seu Cebola) Ravel Cabral (Homem do Saco), Rodrigo Santoro (Louco)
Roteiro: 
Thiago Dottori
Produção:
Bianca Villar, Cao Quintas, Cassio Pardini, Charles Miranda, Fernando Fraiha
Fotografia:
Azul Serra
Estúdio:
Biônica Filmes, Latina Estúdios, Quintal Digital
Distribuidora:
Paris Filmes
Ano de Produção:
2018
Estréia:
27/06/2019
Classificação Indicativa:
Seis anos

COTAÇÃO DO KLAU:

sábado, 2 de março de 2019

'O TRADUTOR': RODRIGO SANTORO ENCARA CRIANÇAS DE CHERNOBIL EM TRAILER EMOCIONANTE

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Baseado em fatos reais, O Tradutor, estrelado por Rodrigo Santoro ganhou um novo trailer emocionante
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Confira:


Na trama, que se passa em 1989, Cuba recebe vítimas do desastre nuclear russo de Chernobyl para tratamento médico e um professor de literatura russa (Rodrigo Santoro) é convocado para ajudar no trabalho.

Rodrigo Barriuso e Sebastián Barriuso sãos os diretores do longa, que chega aos cinemas brasileiros no dia 28 de março.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

'TURMA DA MÔNICA - LAÇOS' TEM PRIMEIRO TRAILER DIVULGADO

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A Paris Filmes divulgou o primeiro trailer do longa dirigido por Daniel Rezende
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O vídeo traz mais detalhes da aventura da turminha do bairro do Limoeiro - e o clássico arremesso do coelhinho Sansão em um dos momentos de braveza da Mônica (Giulia Benite), claro.

Confira:

No elenco principal, veremos Giulia Benitte como Mônica, Kevin Vechiatto como Cebolinha, Laura Rauseo como Magali e Gabriel Moreira como Cascão, além de Monica Iozzi, Paulinho Vilhena Rodrigo Santoro e Ravel Cabral.

O longa é baseado na obra homônima lançada em 2013 pelos irmãos Vitor e Lu Cafaggi, que se tornou a graphic novel brasileira mais vendida do país.

Na trama, a turminha clássica das histórias em quadrinhos embarca numa grande aventura em busca do cão Floquinho.

Turma Da Mônica - Laços chega aos cinemas dia 27 de junho de 2019.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

CCXP: SEGUNDO DIA FOI DOMINADO PELA FOX

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O segundo dia da CCXP foi dominado pela Fox, que levou as estrelas de X-Men, Jéssica Chastain e Sophie Turner, ao palco
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O dia ainda contou com painel das brasileiras reconhecidas pelo seu ativismo, como Débora Falabella, Leandra Leal, Camila Pitanga e Taís Araújo e a autora Estela Renner para falar sobre Aruanas, nova série da Globoplay.

Um dos painéis mais esperados do ano, a Fox Film 2019 trouxe Sophie Turner e Jessica Chastain para falar do novo filme dos mutantes.

Ao fim do painel, as atrizes foram ovacionadas pelo público.

O auditório Cinemark teve ainda a primeira exibição do filme Aquaman, a mais esperada do dia.

O público lotou o auditório e vibrou com cada cena de ação.

Após o filme, o ator Jason Momoa, protagonista do filme, foi reproduzido em holografia e tentou conversar com os visitantes.

Além dele, Zachary Levi, de Shazam!, subiu ao palco deixando todos os presentes extasiados.

O desenhista Maurício de Sousa apresentou as novidades da clássica Turma da Mônica e os fãs dos personagens do gibi puderam ver o trailer inédito do filme Turma da Mônica Laços, que chega ao cinema de junho de 2019, com presença do elenco.

O dia também contou com muito público, um pouco de bagunça da organização, especialmente no encerramento do evento e na saída dos carros do estacionamento, mas é preciso reconhecer que a cada ano o São Paulo Expo e a CCXP aprendem com os anos anteriores e procuram resolver questões como essas.

MAURÍCIO DE SOUZA
O painel da Maurício de Sousa Produções foi cheio de novidades, mas com certeza o trailer exclusivo de Turma Da Mônica - Laços foi o que levou o público à loucura.

O vídeo mostra o sumiço do Floquinho e como a turma se une para resgatar o cachorro, algumas coelhadas e muita fidelidade com o que conhecemos dos personagens nos quadrinhos.

Foi revelado também um teaser com a caracterização do elenco.

Veja:


A surpresa ficou pela revelação do personagem de Rodrigo Santoro: o ator será o Louco, sucesso nas histórias do Cebolinha.

Veja:

Outro anúncio de peso foi a presença da HBO na animação Astronauta Propulsão que será feita com base na arte de Danilo Beyruth, autor da Graphic MSP do personagem. 

Quem estava no auditório Cinemark XD também viu um Sneak Peek da animação da Turma da Mônica Jovem que será exibida na Cartoon Network.

Ainda no universo das animações foi anunciada a segunda temporada de Biduzidos com um vídeo muito engraçado da galinha Giselda

Além de relembrarem as parcerias de Mônica Toy com Hello Kitty e Astro Boy
Neste momento, Maurício de Sousa comentou que o Japão está recebendo muito bem as animações da MSP: "Estamos invadindo o Japão".

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Maurício desenha ao vivo e é ovacionado na CCXP
A volta dos games está ganhando cada vez mais força. 

Eles relembraram o lançamento de Mônica e a Guarda dos Coelhos e anunciaram Astronauta Toy Corrida Espacial, um jogo mobile com ares de Mario Galaxy. 

Os aplicativos Banca da Mônica e Quero Ser Mônica Toy também ganharam destaque, além da promessa de mais cinco lançamentos em 2019.

PAINEL DA FOX
O público foi ao delírio na tarde desta sexta com o painel da Fox.

O estúdio apresentou 15 minutos de cenas de X-Men: Fênix Negra com a presença de Sophie Turner, Jessica Chastain e o diretor Simon Kinberg, além de materiais inéditos de seus próximos lançamentos voltados ao universo geekie.

No total, foram duas horas de painel com as seguintes atrações:

Era Uma Vez Um Deadpool abriu o espaço com a transmissão do trailer oficial, seguido do trailer de O Menino Que Queria Ser Rei.

Depois o painel ficou mais empolgante com uma dublagem ao vivo de uma cena de Dragon Ball Super - Broly e na, sequência, esferas do dragão deram tom com uma bola gigante na plateia animada.

Na vez de Alita: Anjo De Combate, o diretor Robert Rodriguez mandou mensagem a todos, mostrou uma cena inédita da superprodução científica e exibiu o trailer.

Para encerrar, foi a vez de Sophie Turner entrar no palco ovacionada, seguida de Jessica Chastain e Simon Kinberg.

Apesar de ser no final da programação, Fênix Negra era o momento mais aguardado pelas pessoas.

As atrizes e o diretor falaram sobre o lançamento do filme e fizeram algumas revelações.

Sobre a possível ligação com o MCU, Kinberg disse que "não existe uma conexão entre eles, mas Marvel e Kevin estão envolvidos no processo e eu me sinto inspirado pelo trabalho que eles fazem. A oportunidade que temos de ver um filme como Fênix Negra é graças a todo o trabalho que a Marvel vem fazendo".

Turner comentou sobre sua experiência como a Fênix, bem diferente neste filme, e que foi muito legal interpretá-la.

Chastain conversou sobre o mistério de sua personagem e que luta contra todos os X-Men na trama:

"Posso dizer que ela é muito forte e encoraja Jean a abraçar seu poder e sua força. E também... será que posso falar isso? Eu vou dizer: Eu lutei contra todos os X-Men no filme. E eu sou muito durona, então foi divertido", relata.

O painel de Fênix Negra

Assim que eles terminaram de falar, o painel transmitiu a mesma cena de X-Men: Fênix Negra apresentada na Comic Con de Nova Iorque.

O vídeo começa com um ônibus espacial decolando e, assim que chega ao espaço, uma "nuvem solar" danifica a nave.

Na mansão Xavier, Fera diz para Charles que a nova nave não foi feita para subir.

Mas uma ligação do presidente muda tudo e os X-Men decolam para salvar a tripulação.

No espaço quase todos são salvos, mas o comandante fica para trás.

O salvamento do resto do time é uma daquelas cenas do Mercúrio, porém mais curta que nos últimos dois filmes.

Jean Grey volta para resgatar o capitão.

Ela e Noturno o salvam, mas ele não consegue devolver Jean para nave dos X-Men.

Ela recebe o impacto da "nuvem solar" e o absorve.

Noturno a resgata.

Eles são heróis na Terra e na mansão são elogiados por Xavier na frente dos alunos mais novos.

Mística e Xavier discutem, ela afirma que ele colocou a vida de todos em risco e que só pensa em seu ego.

"Você deveria mudar o nome do grupo para X-Women", frase da Mística ao dizer que sempre as mulheres salvam os homens no grupo.

AQUAMAN NÃO CONSEGUE FALAR E É SALVO POR SHAZAM
O último painel desta sexta foi um dos mais barulhentos desses cinco anos de CCXP - e o motivo foi incrível: a plateia do auditório Cinemark XD pode acompanhar a pré-estreia de Aquaman uma semana antes do lançamento.

Após a exibição veio a maior surpresa do painel: Jason Momoa apareceu ao vivo em um holograma diretamente de Nova York.

Porém a conversa não aconteceu como esperado já que o protagonista de Aquaman não conseguia ouvir as perguntas de Érico Borgo, apenas ver o público enlouquecido.

Para amenizar a frustração, Zachary Levi, o Shazam em pessoa, entrou no palco e arrancou gargalhadas do público - o painel com o ator acontece no domingo.

sábado, 16 de junho de 2018

'WESTWORLD': SEGUNDA TEMPORADA TEM MENOS MISTÉRIO E MAIS ATENÇÃO AOS PERSONAGENS


SINOPSE:

Westworld é um parque temático futurístico para adultos, dedicado à diversão dos ricos.

Um espaço que reproduz o Velho Oeste, povoado por androides – os anfitriões – programados pelo diretor executivo do parque, o Dr. Robert Ford (Sir Anthony Hopkins), para acreditarem que são humanos e vivem no mundo real.

Lá, os clientes – ou novatos – podem fazer o que quiserem, sem obedecer a regras ou leis.

No entanto, quando uma atualização no sistema das máquinas dá errado, os seus comportamentos começam a sugerir uma nova ameaça, à medida que a consciência artificial dá origem à "evolução do pecado".

Entre os residentes do parque, está Dolores Abernathy (Evan Rachel Wood), programada para ser a típica garota da fazenda, que está prestes a descobrir que toda a sua existência não passa de bem arquitetada mentira.

CRÍTICA:

A primeira temporada de 'Westworld' criou uma intrincada trama para confundir os espectadores, mas desenvolveu pouco seus personagens, até porque a maioria deles eram robôs com programações bem definidas.

A curiosidade ao redor da trama, dos segredos do parque que recria o velho oeste era o que a série tinha de melhor, assim como sua ação desenfreada e absurdamente violenta.

Foto Ed Harris
Fotos dessa Postagem: Divulgação/HBO
Já a nova temporada expande o universo e a mudança óbvia é a tentativa de trazer um pouco mais de leveza para a trama, com alguns momentos simplesmente focados na diversão da situação vivida por esses personagens e menos foco no caráter sombrio da humanidade.

A primeira temporada mostrava como os visitantes abusavam dos seres do parque e trabalhou bem ideias clássicas da ficção científica sobre consciência, exploração e o que é ser humano, além da crueldade inerente em todos nós, mas a segunda temporada parece mais voltada para ação e menos na questão filosófica da coisa toda.

Foto

O que pode ser bom, tanto para o desenvolvimento dos personagens quanto para capturar novos públicos.

Entretanto, os personagens humanos, com exceção do Homem de Preto, ainda são os mais rasos e desinteressantes da obra, especialmente os já manjados vilões corporativos.

Os flashbacks ainda fazem parte da trama e fica claro que o programa não pretende adotar uma narrativa linear por enquanto, ainda bem. O mais interessante pra mim até agora é a construção dos personagens, com arcos mais claros, todos mais perto do livre arbítrio.

A forma como Maeve e Dolores se tornam líderes nessa revolução é algo reconfortante após tudo o que sofreram.

Foto Jeffrey Wright

Com Maeve atrás de sua filha e Dolores de vingança, o outro destaque é Bernard, em paz com sua realidade (ele descobriu ser um robô) e numa posição perfeita para desvendar os reais interesses da companhia.

A jornada dos três os leva a novas áreas do vasto parque e logo no primeiro episódio descobrimos que os robôs estão atravessando as fronteiras e misturando as temáticas.

Dito isso, não espere uma mudança drástica, o primeiro capítulo abre portas promissoras, mas não chega perto dos melhores momentos da série até aqui.

E claro, violência, abusos e personagens presos em suas próprias narrativas ainda ocupam boa parte do tempo.

Foto Evan Rachel Wood

Visualmente, a série continua incrível e vale cada minuto em frente à TV, até porque a trilha sonora e as cenas de ação também mandam bem.

Já os diálogos continuam desiguais e variam entre intrigantes e bem construídos a clichês bobos, algo do tipo "eu tenho um último papel para interpretar: eu mesma", como diz Dolores olhando para o horizonte.

Nesse retorno, apesar de algumas boas mudanças, falta a sensação da possibilidade de grandes descobertas, da existência de mistério maior do que uma simples revolução.

Embora a série insinue alguns segredos potencialmente curiosos, nada no primeiro episódio é capaz de gerar a empolgação que nos fez grudar na TV em 2016.

Foto Rodrigo Santoro

Mais direta, agressiva e focada nos personagens, a série traz mudanças promissoras e mesmo com um primeiro capítulo apenas "bom", consegue manter o nível para continuar a ser uma das minhas preferidas da atualidade.

Estou ansioso para ver como tudo vai terminar, mas a jornada mudou de foco e resta saber se o balanço entre mistério, desenvolvimento de personagens, ação e questões filosóficas será encontrado neste segundo ano. Torço para que sim.

TRAILER:


FICHA TÉCNICA:
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'WESTWORLD'
Gênero:
Drama, Faroeste, Ficção científica, Suspense
Criado por:
Jonathan Nolan, Lisa Joy
Elenco:
Evan Rachel Wood, Thandie Newton, Jeffrey Wright, Sir Anthony Hopkins, Ed Harris, Rodrigo Santoro e outros
Produtor Executivo:
J.J. Abrams
País:
EUA
Produção:
Bad Robot, Warner Bros. Television
Exibição:
HBO
Dias e horários de exibição:
Domingos, 22h
Status:
Em andamento
Duração dos episódios:
52 minutos

COTAÇÃO DO KLAU: