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quarta-feira, 11 de abril de 2012

CÂMARA APROVA PROJETO QUE ENDURECE A LEI SECA, MAS NÃO É O BASTANTE PARA COLOCAR BÊBADOS ASSASSINOS NA CADEIA


A Câmara dos Deputados aprovaou na noite de hoje texto que endurece a Lei Seca e aumenta as ferramentas para que a polícia comprove a embriaguez dos motoristas - o texto aprovado ainda precisa passar por votação no Senado e só depois segue para sanção da presidenta Dilma.

O UOL  e o G.1 destacam que o principal ponto do texto é a ampliação das possibilidades de provas, consideradas válidas no processo criminal, de que o condutor esteja alcoolizado, já que a lei atual ficou enfraquecida pela decisão tomada no fim de março pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) de que a embriaguez só poderia ser comprovada pelo teste do bafômetro ou por exame se sangue - na prática, muitos motoristas se recusam a realizar os exames.

Segundo a versão aprovada pelos parlamentares, não será mais necessário que seja identificada a embriaguez do condutor, mas uma "capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou outra substância psicoativa que determine dependência", e a comprovação dessa condição poderá ocorrer por "teste de alcoolemia, exame clínico, perícia, vídeo, prova testemunhal ou outros meios de prova admitidos em direito".
Divulgação
CAMPANHA NÃO FOI ACIDENTE
Logo do Movimento "Não Foi Acidente"

O texto também prevê o chamado direito à contraprova - ou seja, caso o condutor não concorde com os resultados destes testes, poderá solicitar que seja realizado o teste do bafômetro, por exemplo.

Os deputados retiraram do texto a menção expressa à possibilidade do uso de fotos como evidência, mas, segundo assessores do Ministério da Justiça, uma imagem ainda pode ser utilizada como evidência caso o juiz assim entenda.

O projeto infelizmente - na minha opinião - manteve os teores alcoólicos limitados pela lei - eu sou a favor de tolerância zero de álcool para motoristas, e justamente por isso, sou um defensor do Movimento Não Foi Acidente, que pretende apresentar uma petição pública que prevê a tolerância zero - você já assinou? Assine aqui!

A multa está prevista para quem for flagrando dirigindo com qualquer teor de álcool no sangue. Já o crime de conduzir o veículo embriagado só é constatado por uma concentração igual ou superior a 0,6 gramas de álcool por litro de sangue.

Uma novidade do projeto é a previsão de que o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) regulamente os testes para verificar quando o motorista estiver sob o efeito de qualquer "substância psicoativa" - hoje, o Código de Trânsito Brasileiro prevê a proibição de se dirigir sob o efeito destas substâncias, mas não trata da fiscalização.

O projeto aprovado pelos parlamentares ainda dobra o valor atual da multa para quem for pego dirigindo com qualquer teor de álcool no sangue - a punição, que hoje é de R$ 957,70, passa para R$ 1.915,40 - e esse valor é dobrado novamente caso o motorista tenha cometido a mesma infração nos 12 meses anteriores.

Outra mudança de última hora foi a previsão de que o recolhimento de um veículo, caso seja necessário, só poderá ser feito por serviço público ou licitado pela regra do menor preço - hoje, o funcionamento desta regra varia de estado para estado.

Para o relator do projeto, deputado Edinho Araújo (PMDB-SP), o texto foi uma resposta direta à decisão do STJ.
"Há um vácuo legal, jurídico, em que as provas ficam sujeitas à submissão do condutor", disse ele, para quem o texto sintetiza o conteúdo de outros 24 projetos que tratam do mesmo assunto.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, esteve no Congresso para apoiar a votação do projeto. 
Segundo o ministro, os dados coletados pelo ministério apontam que o número de pessoas que admite beber antes de dirigir caiu após a aprovação da lei original.

Ele também alertou para o número de internações hospitalares causadas por acidentes automobilísticos.
"Apertar a lei seca e apertar a fiscalização da lei seca pode salvar vidas no nosso país e pode reduzir também o número de pessoas que ficam com deficiências físicas ou outros tipos de deficiências em decorrência de acidentes de carro ou de moto", disse o ministro.

Tolerância Zero para bêbados que matam ao volante - e cadeia dura para eles.
Este é o projeto ideal, pelo qual eu ainda vou continuar batalhando.

quarta-feira, 28 de março de 2012

'NÃO FOI ACIDENTE': ASSINE A PETIÇÃO PÚBLICA PARA AUMENTAR O RIGOR DA 'LEI SECA'


Os veículos de comunicação do Grupo Bandeirantes entraram com tudo nesta segunda (26) em uma campanha pelo aumento do rigor nas punições a motoristas que dirigem após o consumo de bebidas alcoólicas.

O objetivo é reunir pelo menos 1,3 milhão de assinaturas, em todo o Brasil, para a proposição de um projeto de lei de iniciativa popular, que vai alterar a Lei nº 9.503, de 1997 - até agora, 277.727 pessoas já aderiram.

A campanha vai engrossar as fileiras do movimento “Não Foi Acidente”, criado pelo engenheiro Rafael Baltresca, de 32 anos, que teve a mãe e a irmã mortas em um acidente provocado por um motorista embriagado no ano passado - a iniciativa do jovem foi mostrada no quadro "Proteste Já" do “CQC” no último dia 12 de março.
Divulgação
O engenheiro Rafael Baltresca

A enorme repercussão do quadro do fez com que o Grupo Bandeirantes mobilizasse jornalistas, artistas, produtores e todos os demais funcionários nesta cruzada.

Até sexta (30), os veículos do grupo trarão reportagens especiais sobre o assunto, buscando ampliar o número de adesões à proposta de mudança da lei - o "Jornal da Band" vem exibindo nessa semana uma série especial dedicada ao tema, que começou com a trágica história de Rafael.
Após atropelar a mãe e a irmã de Baltresca, o motorista – que não foi preso – se recusou a fazer o exame do bafômetro, o que é permitido pela lei, e testemunhas confirmam que ele estava completamente embriagado.

A série vai mostrar outros casos semelhantes de impunidade, que reforçam a necessidade de mudanças urgentes na legislação.

No último dia 19, Rafael foi entrevistado no "Mais Você" - Globo - por Ana Maria Braga, e na ocasião, falou sobre a petição pública e mais uma vez pediu um recrudescimento das leis de trânsito, muito lenientes com os motoristas.

Os números da violência no trânsito assustam cada vez mais: a cada ano essa guerra nas ruas mata 40 mil brasileiros e custa R$ 8 bilhões - 40% dos acidentes com vítimas fatais são provocados por motoristas embriagados.

O promotor de Justiça Tomás Busnardo Ramadan elogiou a iniciativa.
“Nos moldes atuais da lei, fica a sensação de impunidade. É preciso melhorá-la”, afirmou.

Você pode assinar a petição pública, e assim fazer sua parte para que mortes no trânsito não fiquem impunes.

Basta clicar no ícone da campanha - ao lado dessa postagem - ou clicar aqui.

Simples assim.