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segunda-feira, 6 de junho de 2011

A SEMANA ILUSTRADA


O caso Palocci, ainda rendendo; Neymar, perdendo o anel; o desmatamento; FHC e a maconha...

Confira essas, e muitas outras, nas foto charges exclusivas do Blog.

Veja:











quarta-feira, 16 de março de 2011

MUDANÇA DE SEXO: O QUE ACONTECE APÓS A OPERAÇÃO?

Quem não se lembra da mais famosa transex brasileira, Roberta Close?

Ela ficou famosa ao estampar a capa de uma revista masculina em 1984, e foi até musa de uma música de Erasmo Carlos.

Hoje, Ariadna Thalia Arantes, famosa por ter participado da atual edição do reality show "bbb", repete, em menores proporções, a façanha.

Este mês, a cabeleireira publica fotos mais do que sexys na edição brasileira da "Playboy", provando que depois da cirurgia de mudança de sexo - que fez em 2001 -está realizada e feliz com o corpo.
“Operei na Tailândia com um médico indicado por uma amiga, e assim que acordei da anestesia me lembro da alegria que senti ao conferir que tudo tinha sido feito mesmo (risos)”, revela.

WorldpressAriadna Thalia

A morena afirma que só faltava o procedimento para sentir-se mulher de verdade.
“Mudou um pouco de tudo: minha personalidade, meus desejos e a forma de viver. Hoje tenho qualidade de vida e tudo se transformou para melhor”, confessa.

Ariadna afirma que o procedimento e o pós-cirúrgico foram bem tranqüilos, e ressalta que não sentiu dor.
“Eu preferi me mudar. Morava em Madureira pouco antes da cirurgia, fui para o Realengo. Lá, ninguém me conhecia e a adaptação foi bem tranqüila”.

Ela também diz que não teve nenhuma consequência após a operação.
“Hoje, vou ao ginecologista como uma mulher normal, faço controle hormonal para ver se está tudo certo no canal vaginal e na uretra, e minha vida depois da participação no programa está repleta de oportunidades, com novos trabalhos e o carinho do público que eu adoro”.

Ariadna promete aproveitar o espaço e quer seguir carreira como modelo fotográfica e de passarela, além de fazer um curso de teatro mais pra frente.
A CIRURGIA NO BRASIL

Para o urologista Carlos Adib Cury, pioneiro em cirurgias de mudança de sexo no País, o Brasil vem evoluindo nessa área, embora esteja atrasado 50 anos em relação à Europa porque o procedimento era proibido por aqui até 1998.

O médico, que tem 40 anos de profissão e uma centena de cirurgias realizadas, traz à tona a realidade nacional:
“Há um transexual masculino para cada 30 mil homens e um transexual feminino para cada 100 mil mulheres. É preciso aceitar e respeitar o desejo de cada um. Embora muitos transexuais já tenham conseguido o novo registro civil com mais facilidade após o procedimento, ainda existe muito preconceito. Cerca de 10% da população brasileira é homossexual, bissexual ou travesti. Já os transexuais são raros. A diferença é que o travesti se veste de mulher, mas traz trejeitos masculinos, assim como uma agressividade típica, enquanto o transexual é mulher”, explica.

A partir do momento em que se resolve pela mudança de sexo, é preciso ter um diagnóstico bem estabelecido.
“São dois anos de análise com psicólogo e psiquiatra, além da equipe multidisciplinar que é composta por um endocrinologista, assistente social e cirurgião”, alerta o médico.

A prevenção e acompanhamento constantes antes do procedimento é regra para que haja um resultado positivo.
“É importante acompanhar a vivência no gênero, ou seja, se vestindo, se portando, usando outro nome, fazendo uso de hormônios, enfim, levando o mesmo estilo de vida que vai ter após ser operado”, explica Alexandre Saadeh, psiquiatra coordenador do AMTIGOS - Ambulatório de Transtorno de Identidade de Gênero e Orientação Sexual do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.

"Como a triagem e preparo antes da operação são maçantes, é praticamente impossível encontrarmos um caso de arrependimento pós-cirúrgico, e uma das virtudes do nosso trabalho é que nenhuma paciente nossa se arrependeu da cirurgia. Eles se sentem muito confortáveis depois da mudança porque atribuem o seu complexo a genitália, já que se sentem plenamente mulheres”,
lembra Adib.

Divulgação HC-FMUSP

Vista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo-USP

Quanto ao prazer, o cirurgião afirma que o feixe vásculo nervoso do pênis é preservado em toda sua extensão, e transformado em um clitóris.
“Colocamos a glande no fundo da vagina que está sendo construída, preservando assim toda a sensibilidade. No caso das mulheres, elas tomam hormônios masculinos que aumentam de volume o clitóris cerca de 4 a 5 cm, e na cirurgia ele é solto da vagina, proporcionando e mantendo a sensibilidade e o prazer”.

O Hospital das Clínicas realiza duas cirurgias por mês em SP.

A VIDA REAL

Vivian Fantin
tem 39 anos e é uma bióloga de sucesso.

Fez a cirurgia em junho de 2010 e agora está realizando as cirurgias estéticas.

Durante sua visita ao consultório para a retirada de pontos da intervenção estética, ela nos concedeu a seguinte entrevista:

Pergunta: Qual a sensação de ter se tornado mulher?
Vivian Fantin: Muito grande, logo que acordei da anestesia eu fiz questão de colocar a mão (risos). Mas a sensação é inexplicável, pela primeira vez eu senti que era eu.

O que mudou na sua vida?
Tudo. Antes eu tinha receio de entrar nos lugares, de ser discriminada. Hoje eu vou em qualquer lugar e gosto muito mais de mim e do meu corpo.

Como foi a primeira vez como mulher?
Foi ótimo, esse sonho era mais meu que dele, mas foi muito bom. Nos conhecemos antes da cirurgia e ele é heterossexual e nos apaixonamos. Hoje tudo está melhor.

E quanto ao preconceito? Você passou por isso? Como se sentiu?
Olha eu sofri muito preconceito sim, principalmente dos travestis e homossexuais amigos meus que ficaram contra mim e a cirurgia. Muitos não falam mais comigo e acham que eu mutilei meu corpo. Perdi muitos amigos. Eles acham que depois de um tempo a gente enlouquece, o que não é verdade. Eu renasci.

Qual a sua relação com sua nova genitália?
Muito boa (risos)! Tenho todas as sensações e já tive 3 orgasmos depois da operação, (risos).


ARRASANDO NO EXTERIOR

Lea T
, a primeira supermodelo transgênero do mundo, anunciou sua operação para mudança de sexo.

A bela morena de 28 anos assumiu sua condição aos 25, a duras penas.
“Aos 12 anos eu já era um menino bem feminino. Tentei aceitar meu corpo de homem porque seria mais fácil, mas não consegui”.

A modelo, que ficou conhecida internacionalmente por campanhas de marcas famosas como a Givenchy, é autêntica.

Revista Quem

Lea T, no último carnaval, no Rio de Janeiro

Em uma entrevista à mais assistida apresentadora dos EUA, Oprah Winfrey, Lea contou como esconde o órgão masculino para fotografar e desfilar por passarelas fashion.
“É um trabalho árduo e doloroso, tenho que virá-lo todo para trás e é mais complicado quando tenho que me sentar para fotografar, por exemplo”, disse.

A filha do ex-jogador de futebol Toninho Cerezzo fez questão de enfatizar que seu pai é amoroso e a apóia o tempo todo - durante o carnaval, perguntado a respeito, Cerezzo disse: "Para mim, pouco importa se é Leo ou Lea; é minha filha, e eu a amo muito".

A cirurgia de Lea acontece ainda neste mês de março, na Itália.

*****
Matéria base:Renata Rode, para o UOL
Redação final: Cláudio Nóvoa

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

LEA T., A TRANSEXUAL BRASILEIRA QUE ABALOU O MUNDO DA MODA

Entre cruzes e espinhos, a brasileira Lea T., 28, abriu seu caminho na moda.

Apadrinhada pelo amigo Riccardo Tisci - diretor criativo da Givenchy - estrelou desfiles e campanha da grife francesa, e acaba de ser o maior sucesso e a presença mais comentada da São Paulo Fashion Week, desfilando para Alexandre Herchcovitch.

Karel Losenicky/Way Model/DivulgaçãoA modelo Lea T.

Em contrapartida, ganhou o pesado título de "primeira top transexual do mundo".
"Se eu pensar nisso de ser pioneira, nem saio da cama", disse a modelo, em entrevista exclusiva à coluna Última Moda, assinada por Vivian Whiteman e publicada na "Folha de São Paulo".

Estrela de editoriais das maiores revistas do mundo - incluindo a última edição da influente revista "Love", onde aparece beijando a também top Kate Moss - Lea, que nasceu Leandro, mora em Milão, para onde foi ainda criança, por conta da carreira internacional de seu pai, o ex-jogador de futebol - e da seleção brasileira - Toninho Cerezo.

Love / DivulgaçãoLea T. beija Kate Moss, em foto para a capa da revista "Love"

De Milão, por telefone, falou sobre família, carreira e do preconceito que enfrenta diariamente - confira:

Pergunta -Por que você acha que Tisci te chamou para ser um dos rostos da Givenchy?

Lea T. - Pela nossa amizade. Conheci o Riccardo há uns dez anos, ele era recém-formado e estava batalhando pra entrar no mercado. Sempre nos ajudamos. E quando ele me chamou para fazer trabalhos para a Givenchy, primeiro como assistente dele e depois como modelo, eu estava passando por uma fase muito difícil, de depressão...

Veja
Lea T. desfila para Alexandre Herchcovitch no último domingo
(30), na SPFW 2011


O que estava acontecendo?

Assumir a realidade de ser transexual é muito complicado. Sabe, comecei a pensar no futuro e não via nenhuma perspectiva, nada que pudesse ultrapassar o preconceito que eu sentia e sinto em relação a mim. E aí veio o Riccardo, que é capaz de entender a complexidade de um conflito humano. Ele me deu uma voz para que eu pudesse enviar uma mensagem.

Divulgação / Givenchy
Lea em imagem para o catálogo da Casa Givenchy


E que mensagem é essa?

Que transexual não é sinônimo de promiscuidade, como muitos pensam. Que podemos ter amigos, batalhar por uma carreira, por nossa vida, que não precisamos baixar a cabeça, com vergonha de nós mesmos.

Quando você fez uma foto nua para a "Vogue" francesa, qual foi seu objetivo?

Mostrar o que eu sou hoje, meu corpo, minha verdade. Infelizmente, tudo foi deturpado, muita gente repercutiu aquilo como se fosse pornografia. Fiquei arrasada.

A indústria da moda posa de tolerante quando o assunto é gênero e sexualidade. Essa imagem é verdadeira?

Não. É claro que existem pessoas esclarecidas, mas tenho de me cuidar para não ser explorada, ridicularizada. Numa sessão de fotos, queriam que eu vestisse uma camiseta com um pênis desenhado. Desse choque barato, raso e burro não participo. Fora aqueles que me pedem pra ficar pelada entre uma foto e outra na frente de uma equipe gigante. Sobra hipocrisia e falta respeito.

Divulgação / Givenchy
Lea - de batom vermelho - em imagem para out-doors da Givenchy, espalhados por toda Europa


Você faz um tratamento preparatório para a operação de mudança de sexo. Como isso afeta seu corpo?

Tomo muitos hormônios, que mexem com tudo, das formas do corpo ao humor. Fico cansada, com sono, triste, ansiosa. Além disso, para ser modelo, tenho de me encaixar no padrão das meninas, mas, mesmo com os hormônios, minha estrutura óssea é masculina.

E como o fato de você ser famosa tem afetado sua família, especialmente seu pai, que é um atleta conhecido?

Ai, é um sofrimento só. Escreveram em sites e jornais, no Brasil, que meu pai me odiava, que tinha nojo de mim. Isso é mentira. Eu amo o meu pai, e ele me ama. Não é fácil pra ele entender as escolhas que fiz para a minha vida, mas são dificuldades que enfrentamos com amor.

Qual foi a sensação de desfilar na São Paulo Fashion Week?

Quando publicaram absurdos sobre mim no Brasil, eu chorei, fiquei com raiva, falei que nunca mais pisaria aí. Mas repensei essa questão e acho que não tenho de ter medo. Se aceitei ser modelo para passar uma mensagem, não posso me acovardar.

Você faz análise?

Sim. Preciso muito da análise porque sou discriminada o tempo inteiro. Sou apedrejada diariamente: aguento olhares tortos e ofensas da hora que saio de casa até o momento que entro de volta. Se não fosse a análise, viveria trancada e deprimida.

O que é ser feminina?

Desde pequena meu pai dizia, "esse menino é muito feminino". É engraçado, porque eu não era do tipo que brinca de boneca e quer botar as roupas da mãe. Era uma coisa minha, de jeito mesmo. Acho que a feminilidade é assim, algo natural, que se mostra no cotidiano. Se eu saio de casa de moletom, sem make, pra andar com o cachorro, ninguém percebe que nasci homem.
*****

Depois d SPFW, a agenda de Lea T. mostra que ela vai dar uma entrevista no programa de Oprah Winfrey - segundo o site da revista "Elle".

Ela será uma das últimas entrevistadas da apresentadora americana, que vai deixar o programa para tocar sua própria emissora de TV - a entrevista ainda não foi gravada, e deve ir ao ar ainda em fevereiro nos Estados Unidos.

Também acaba de entrar no ranking mais importante de modelos do mundo, o do site Models.com.

A top brasileira aparece na quadragésima posição, acima de beldades como a argentina Dafne Cejas (47ª) e a holandesa Patricia van der Vliet (46ª).

O perfil de Lea no site mostra trabalhos como o desfile de alta costura da Givenchy e os editorias na "Vogue" francesa e na "Vanity Fair" italiana.

Atualmente, a top é agenciada em Milão, Nova York, Paris e São Paulo.
Lea me parece simples, muito inteligente e dona de personalidade própria.
É com transexuais assim, aparecendo cada vez mais na grande mídia, que o preconceito pode, enfim, diminuir.