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sábado, 3 de outubro de 2015

'BLINDSPOT': AGENTE LINDA E SEM MEMÓRIA EM AÇÃO DE PRIMEIRA


Memória, e não a falta dela.

Essa é a premissa de "Blindspot", série exibida nos EUA pela NBC e que o Warner Channel estreou no Brasil na última terça (29) para uma primeira temporada de oito episódios.

A cena inicial já foi sensacional: a protagonista (Jaimie Alexander, a Lady Sif dos filmes do Thor) aparece nua e só, em plena madrugada na Times Square em NY, um dos lugares com mais pessoas por metro quadrado do mundo, coberta de tatuagens recentes e sem nenhuma lembrança.

Jaimie Alexander, na cena inicial de 'Blindspot' - Fotos dessa postagem: Divulgação/NBC
Aos poucos, descobrimos que a moça é cheia de habilidades especiais que pressupõem um treinamento militar barra-pesada (o nome do seriado, "ponto cego", alude ao que não se vê imediatamente na moça e em sua história).

Mas é preciso ir além da cena inicial com jeitão videoclipe, reprisada á exaustão, para vermos a alma por trás desse intrigante thriller de ação.

O tema central, as lembranças, perpassa não só a protagonista em sua amnésia aparentemente programada por um vilão ou cúmplice, como também outros personagens cujas memórias são uma assombração constante - do agente do FBI que perdeu a amiguinha de infância ao piloto militar traumatizado após uma operação com "drones" que terminou por matar civis e tudo com pitadas saudáveis de crítica política, indispensáveis hoje em dia pelo bem da verossimilhança.

Jaimie Alexander aparece arrebatadora, com beleza e talento em partes iguais e difíceis de se ver nas séries atuais.

Ela é Jane Doe -nome dado nos EUA a mulheres não identificadas, algo como "Joana-ninguém" no bom português - aparentemente uma agente especial que é alvo de um experimento com memória - e que remete, evidentemente, à cinessérie "A Identidade Bourne".

Em seu corpo tatuado, estão as pistas para elucidar uma sequência de crimes que ainda está por ocorrer e a motivação de seu algoz.

A primeira é o nome do agente do FBI Kurt Weller (Sullivan Stapleton), que a ajudará a desmontar o enigma.

Sullivan Stapleton é ao agente do FBI Kurt Weller
Aí entra a memória para a qual a série de fato apela: a conexão afetiva do espectador com a irresistível brincadeira infantil de caça ao tesouro, que serve para construir o clímax para os episódios seguintes.

Com a direção rápida de Mark Pellington - experiente com videoclipes e com o bom suspense "O Suspeito da Rua Arlington" (1999) - "Blindspot" ganha um ritmo de "The Blacklist" e "24 Horas" - só não espere a precisão milimétrica do roteiro desta última em seus melhores anos.

Não há nada errado em não tentar reinventar a roda, afinal, nem toda série precisa transcender.

Mas é preciso que a execução seja precisa e que os "cliff hangers" - a deixa que nos leva a querer assistir ao próximo episódio - não se desgastem.

Por ora, em plena temporada de estreias nos EUA, a audiência americana aprovou, somando 10,6 milhões de espectadores na primeira exibição do piloto e 9,1 milhões no segundo episódio, líder no horário.

Com duas semanas, vale por as fichas no diretor e no produtor Martin Gero (de "Bored to Death", série da HBO com Jason Schwartzman e Zach Galifianakis exibida de 2009 a 2011).

Gostei.

CONFIRA O TRAILER DE 'BLINDSPOT':

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"Blindspot"
Onde:
Warner Channel
Quando:
Terças
Horário:
22h30

COTAÇÃO DO KLAU:


sexta-feira, 7 de março de 2014

'300: A ASCENSÃO DE UM IMPÉRIO': SHOW VISUAL DE ENCHER OS OLHOS, ROTEIRO E TRAMA INEXISTENTE


A trama de '300: A Ascensão de um Império', que entra em cartaz hoje em 494 salas em todo o Brasil, acontece paralelamente à Batalha das Termópilas, mostradas no primeiro '300' (2006) e leva a guerra para o mar, à medida que o general grego Temístokles (Sullivan Stapleton) tenta unir a Grécia ao liderar um exército contra as poderosas forças persas, lideradas por Xerxes I (Rodrigo Santoro), um mortal que virou deus, e por Artemesia (Eva Green), uma vingativa comandante da marinha.

E tome cenas de batalha, muito sangue e muita violência, marcas da estupenda graphic-novel de 1998, publicada originalmente em cinco edições pela editora Dark Horse e publicada no Brasil pela Editora Abril utilizando o mesmo formato, com o título 'Os 300 de Esparta' - a história tem roteiro, desenho e arte-final de Frank Miller e foi pintada por Lynn Varley.

Cena do longa - Fotos dessa Postagem - Divulgação/Warner Bros. Brasil

A continuação do sucesso - com a mesma linda fotografia de Simon Duggan que recria à perfeição a graphic novel - começa com o rei persa Xerxes (Santoro), montado a cavalo, erguendo seu machado e decapitando o Rei Leonidas.

O trama salta então para a rainha Gorgo (Lena Headey) contando aos espartanos a histórica Batalha de Maratona: neste enfrentamento épico entre atenienses e persas, o General Themistokles (Sullivan Stapleton) mata o rei persa com uma flechada e, segundo Gorgo, este foi um erro pois ele deveria ter matado o filho do rei, Xerxes, um jovem normal à época.

Rodrigo Santoro interpreta novamente Xerxes I, rei persa semideus de 3 metros de altura

Antes de morrer, o rei persa diz ao filho que só um deus pode derrotar os gregos.

A ambiciosa Artemisia (Eva Green, espetacular) ouve a palavras do monarca moribundo e convence Xerxes a passar por um ritual que o transforma no gigante deus da guerra de mais de três metros de altura que conhecemos no primeiro longa.

Essa introdução magnífica nos leva a pensar que Xerxes será o personagem central da trama, mas não é o que acontece pois, daí em diante o longa foca mesmo na guerra naval entre Themistokles e Artemisia.

O que o espectador vê a partir daí são muitas cenas de batalha, pontuadas por 'slow-motions' fascinantes e sangue digital jorrando pra todo lado, com tudo fotografado como na HQ - ou seja, ação cinematográfica com design de game, o que, se alguns gostam, outros mais puristas detestam.

Eva Green interpreta a ambiciosa Artemisia

É tanta cena de combate que a certa altura não sabemos mais quem está brigando com quem mas, aqui, não importa muito quem vai vencer ou perder, pois o espectador não torce de fato por ninguém,  nem se aproxima dos personagens.

Afinal, o longa foi claramente concebido para ser uma ode ao CGI (Imagens Geradas por Computador), um show tecnológico muito bem acabado e vazio pois quem quer ver muita pancadaria não se importa se há ou não uma história permeando e dando sentido ao espetáculo - como, aliás, o diretor do primeiro e agora só roteirista desse segundo longa, Zack Snyder, sempre faz questão de destacar.

Para os que acham que uma boa trama e um bom roteiro ainda sejam a base de um filme é melhor não perder seu tempo e nem ir ver.

Sullivan Stapleton interpreta o general grego Temístokles

Como espetáculo cinematográfico, porém, essa continuação funciona como show visual de encher os olhos.

Confira o trailer do longa:


*****
'300: A ASCENSÃO DE UM IMPÉRIO'
Título Original:
300: RISE OF AN EMPIRE
Direção:
Noam Murro
Roteiro:
Kurt Johnstad, Zach Snyder - baseados na obra de Frank Miller
Elenco:
Andrew Pleavin, Andrew Tiernan, Ashraf Barhom, Ben Turner, Callan Mulvey, Christopher Sciueref, Evan Green, George Georgiou, Jack O'Connell, Mark Killeen, Peter Ferdinando, Rodrigo Santoro, Steven Cree, Sullivan Stapleton, Trayan Milenov-Troy, Yigal Naor
Produção: Bernie Goldmann, Deborah Snyder, Gianni Nunnari, Mark Canton, Thomas Tull, Zack Snyder
Fotografia:
Simon Duggan
Duração:
103 min.
Ano:
2013
País:
Estados Unidos
Cor:
Colorido
Estreia no Brasil:
07/03/2014
Distribuidora:
Warner Bros
Estúdio:
Atmosphere Entertainment MM / Cruel & Unusual Films / Hollywood Gang Productions / Legendary Pictures / Warner Bros. Pictures
Classificação:
18 anos
Cotação do Klau: