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segunda-feira, 4 de julho de 2011

BIOGRAFIA DE PAUL NEWMAN É PARA SE LER DE UM FÔLEGO SÓ


A lenda das telonas Paul Newman e seu irmão Art praticavam todo tipo de esporte disponível quando eram crianças mas, pesar da diversidade de atividades, Paul não era realmente bom em nenhum deles.

"Cara, eu era o rei dos acidentes. Se tivesse uma árvore com um galho meio bambo, pode ter certeza que era nele que eu subia... e pronto!", conta o astro de Hollywood em sua deliciosa biografia - Paul Newman: Uma Vida.

Nela, toda a trajetória do ator é contada - desde sua infância até a morte em 2008 -  e revela a verdadeira paixão de Newman pelo futebol, carreira que não pode seguir por ser muito baixo - no ensino médio, disputava torneios com crianças da sexta série.

Foi sua mãe, Theresa, que percebeu o jeito do menino para a atuação - Paul creditava essa influência por ela ser uma atriz frustrada, descontando no filho a carreira que não pode seguir.

Separei abaixo um trecho:

"O rapaz desenvolvera um senso de autocrítica e via falhas onde outros talvez não vissem nada de mais.

Isso o tornou reticente, cauteloso e levemente introvertido. Hugh Leslie, que cresceu a cinco casas de distância dos Newmans na Brighton Road e foi colega de classe de Paul durante todo o ensino médio, lembrou-se que "ele não era tímido, mas acho que era meio caladão, meio modesto. Participava das atividades escolares, mas não era gregário nem mesmo sociável". Segundo ele, os Newmans "eram boa gente, bons vizinhos", mas Paul nunca se destacou na família.

Pior ainda, ele demorou a crescer. Tinha mais ou menos a estatura mediana de um garoto, mas no início da adolescência parou de crescer, o que lhe causou problemas naquilo de que mais gostava. "Eu queria tanto jogar futebol... E joguei, no início do ensino médio", dizia ele. Don Mitchell, o capitão desse time escolar, guardou vívidas lembranças do talento de Newman. "Ele jogava de centroavante para nós, e não tinha medo de ninguém", comentou Mitchell. "Era capaz de atingir o adversário. Era parrudo. Podia ter feito luta livre". Mas não cresceu, e isso lhe custou. "No ensino médio, na nona série", lembrava-se Paul, "eu continuava a pesar menos de cinquenta quilos e media, mais ou menos, um metro e sessenta. Por isso precisei de uma dispensa especial para não jogar com os pesos leves, porque os pesos leves eram todos da sexta série. E eu preferia morrer a jogar com aqueles garotinhos". A dispensa não veio e ele não participou de esportes organizados no ensino médio.

Mas começava a desabrochar em outros aspectos, aspectos talvez menos interessantes para um garoto folgazão, mas rapidamente notados por quem é sua mãe. "Ele era um garotinho tão bonito", disse Theresa Newman a um repórter em 1959. "Parecia até vergonha desperdiçar tanta beleza num menino". Tornou-se também uma daquelas pessoas que lutam contra uma reticência inata exagerando na compensação em determinadas situações, posando de farrista ou de exibido. Não se sentia à vontade, mas nas circunstâncias certas era capaz de incorporar outra pessoa e se soltar. "Paul era o palhaço do bairro", lembra-se Theresa. "Ele se exibia, cantando e representando em todo tipo de festinha do bairro".

O exibicionismo juvenil vazou para o palco. Na Escola Elementar Malvern, Paul fez i papel de organista numa peça escolar, sacudindo o corpo e fingindo cantar em italiano ("eu compensava em volume o que me faltava em afinação", dizia ele). Aos sete anos, fez o bobo da corte numa peça intitulada The Travails of Robin Hood, cantando uma canção especialmente escrita para a ocasião por seu tio Joe. "Não gostei", comentou Paul mais tarde. "Me senti tão desconfortável e nervoso quanto me sinto hoje no palco. Eu tinha uma entrada e uma saída. Foi um grande sucesso. Minha família ficou cheia de orgulho e admiração".

Biografia de um grande ator, geralmente, já é bem saborosa de se ler.

E sendo esse ator um da grandeza de Paul Newman, então, as páginas ficam absolutamente deliciosas.

Paul Newman: Uma Vida
Paul Newman: Uma Vida
AutorShawn Levy
TraduçãoRegina Lyra
Editora: Agir
Edição: 1
Ano: 2010
Idioma: Português
Especificações: Brochura | 560 páginas

Quanto
: R$ 50,92
Onde comprar: Telefone 0800-140090 ou 
Pelo site da: Livraria da Folha
Cotação do Klau:

sábado, 26 de março de 2011

TENESSEE WILLLIAMS: NOS 100 ANOS DO SEU NASCIMENTO, VISCERAL AUTOR AMERICANO CONTINUA SENDO LIDO, ENCENADO E ADMIRADO PELAS NOVAS GERAÇÕES

Tenessee Williams é um raro tesouro para as novas gerações.

Considerado o grande renovador do teatro americano, Williams, que completaria 100 anos neste sábado (26), ainda é um dos autores nascidos nos EUA mais lidos e encenados, com a contínua representação nos palcos de clássicos como
"Um Bonde Chamado Desejo" e reedições editoriais.

Autor de dezenas de obras de teatro e vários livros de relatos como
"A Noite da Iguana e Outras Histórias", disse em mais de uma ocasião que começou a escrever porque achava "a vida insatisfatória".

Nascido em 1911 no estado sulista do Mississipi, filho de um vendedor de sapatos e de uma cantora, Thomas Lanier Williams estudou jornalismo na Universidade do Missouri, mas logo revelou ter mais interesse pela ficção.

Durante a Grande Depressão, trabalhou por vários anos em uma fábrica de sapatos de Nova Orleans, o que influiu notavelmente em sua obra e contribuiu para sua carreira como grande retratista - na fábrica, sofreu uma crise nervosa, que o obrigou a deixar o trabalho e retornar à literatura.

Arquivos do Klau
O escritor americano Tenessee Williams, em imagem dos anos 70

Suas obras se caracterizam por diálogos rápidos e pungentes, que retratam a decadência, frustração sexual e violência reprimida da América, através de personagens autodestrutivos.

Muitos deles refletiam a própria personalidade do escritor, que escancarava sua homossexualidade e dependência de álcool e drogas em suas obras.

Entre seus personagens mais conhecidos sobressaem Stanley Kowalski e Blanche DuBois, protagonistas de "Um Bonde Chamado Desejo", cuja bem-sucedida versão cinematográfica dirigida por Elia Kazan, em 1951, transformou as interpretações de Marlon Brando e Vivien Leigh num dos maiores clássicos das telonas.

No entanto, os dramas de Williams - que trocou seu nome em 1939 pelo do estado natal de seu pai, Tennessee - nem sempre foram bem recebidos, devido à dureza de sua escrita.

O cardeal de Nova York, Francis Spellman, qualificou o roteiro do filme
"Boneca de Carne" (1956), também dirigido por Kazan, como "repugnante, deplorável, moralmente repulsivo e ofensivo aos padrões cristãos da decência".

Apesar de o filme "Um Bonde Chamado Desejo" ser frequentemente censurado - algumas de suas cenas tiveram que ser cortadas, já para a versão final - Williams foi ganhando pouco a pouco o reconhecimento do público e da crítica.

Foi agraciado com o Prêmio Pulitzer de Teatro em duas ocasiões: primeiro por
"Um Bonde Chamado Desejo", em 1948; depois por "Gata em Teto de Zinco Quente", em 1955, além de ter recebido o Prêmio Tony de Teatro por seu drama "A Rosa Tatuada", em 1951.

Entre o final dos anos 40 e o início dos anos 60, o dramaturgo produziu a maior parte de suas melhores obras, época que coincidiu com sua relação com Frank Merlo, soldado americano de origem siciliana, com quem viveu entre 1947 e 1962.

Com a morte de Merlo em 1963, Williams mergulhou no mundo de drogas e álcool, o que o levou a ser hospitalizado em 1969.

O centenário de seu nascimento coincide com a morte nesta semana de
Dame Elisabeth Taylor, que recebeu uma indicação ao Oscar por sua magistral atuação como Maggie, a protagonista, junto a Paul Newman, em "Gata em Teto de Zinco Quente" (1958).

Durante os anos 70, Williams se concentrou em escrever suas memórias e, em 1980, apresentou sua última obra, que travata da relação tempestuosa de F. Scott fritzgerald - autor de "O Grande Gatsby" - com sua esposa Zelda, que foi um grande fracasso.

Apenas três anos depois, em 25 de fevereiro de 1983, Williams morria, aos 71 anos de idade, em seu quarto do Hotel Elyseé de Nova York, após uma mistura de álcool e comprimidos.

Agora, por ocasião dos cem anos de seu nascimento, a Biblioteca dos Estados Unidos lança uma edição com mais de 33 dramas de Williams, em 2.053 páginas - até o momento, os únicos dramaturgos representados nesta prestigiosa coleção foram Eugene O'Neill, George S. Kaufman, Arthur Miller e Thornton Wilder.

O texto de Tenessee Williams continua atual, crucial e duro, um dos maiores exemplos da sociedade americana no século 20, e será sempre um raro prazer ver qualquer um deles encenado, nos palcos ou nas telonas.

*****
A Livraria da Folha tem alguns bons livros e filmes, baseados na obra de Tenessee Williams em oferta; separei dois livros e um DVD:

49 Contos de Tennessee Williams
"49 CONTOS DE TENESSEE WILLIAMS"

Nesta reunião de contos, Tennessee Williams, dono de um tom de voz narrativo envolvente, apresenta uma galeria de personagens frágeis, insensatos, perdidos.
Por vezes, são maravilhosamente loucos ou desvairadamente lúcidos, mas sempre apaixonantes.
É por amor que constrói os personagens de suas peças, diz Tennessee Williams no relato autobiográfico que serve de prefácio a esta obra.
Entre os 49 contos selecionados, há alguns textos inéditos e outros que apareceram pela primeira vez em revistas americanas.

De: R$ 54,00
Por: R$ 45,90

Link para comprar:

Um Bonde Chamado Desejo
"Um Bonde chamado desejo"
Um triunfo na literatura, no teatro e no cinema.
Assim se consagrou essa peça.
Desde sua publicação em 1947, foi aclamada na literatura com o prêmio Pulitzer,
no teatro com a magistral interpretação do então novato Marlon Brando
e no cinema com o estouro de bilheteria que foi o filme de Elia Kazan.
É o retrato de uma sociedade decadente, personificada por Blanche DuBois,
uma bela mulher que volta para a casa da irmã por não ter mais para onde ir.
À beira da loucura, traumatizada e sofrida, ela entra em confronto com o mundo
rude e viril do cunhado, Stanley Kowalski.
Essa tensão, estabelecida entre o refinamento e a brutalidade,
mostra uma família em ruínas num mundo conflituado,
sem lugar para o amor e para a sensibilidade.
Um dos grandes textos do século 20.
De: R$ 14,00
Por: R$ 11,90
Link para comprar:

Gata em Teto de Zinco Quente
"GATA EM TETO DE ZINCO QUENTE"

"Eu não estou vivendo com você".
Maggie dispara a frase secamente contra Brick.
"Nós ocupamos a mesma jaula, isso é tudo".
As cruas emoções e diálogos brilhantes de Tenessee Williams ecoam como uma tempestade nesta versão cujas ardentes performances e tema adulto transformaram-na em um campeão de bilheterias.
R$ 29,90
LINK PARA COMPRAR:

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