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quinta-feira, 22 de maio de 2014

FESTIVAL DE CANNES: NOVO LONGA DO DIRETOR DE 'O ARTISTA' DECEPCIONA


Sempre que um filme é premiado ou faz muito sucesso, o trabalho seguinte do diretor gera muita expectativa.

Não foi diferente com Michel Hazanavicius, diretor de 'O Artista', que apresentou nesta quarta, 21, 'The Search', mais um concorrente à Palma de Ouro em Cannes.

O filme, no entanto, decepcionou.

A trama se passa na época da guerra da Chechenia contra a Rússia, no final do anos 1990, e foca quatro personagens: um menino checheno que vê seus pais sendo mortos e a irmã mais velha sendo levada pelos soldados russos – e acaba fugindo com o irmão caçula; uma assistente social e sua chefe que tentam ajudar os refugiados; e um rapaz preso por porte de maconha que vira soldado.

A vida de todos eles será entrelaçada por fotos e circunstâncias que fogem ao controle de cada um.

Cartaz do longa - Divulgação

O grande pecado do filme é não explorar a fundo os personagens, o que acaba sendo também um desperdício dos atores, entre eles a esposa do diretor, Bérénice Bejo, que faz a assistente social.

Por conta do roteiro superficial, cheio de possibilidades e que nem clímax tem, o filme acaba sendo bem inferior ao que se esperava dele.

O único destaque é a belíssima fotografia.

O diretor Michel Hazanavicius e sua mulher, a atriz Berenice Bejo, em Cannes - Le Figaro

Na coletiva de imprensa, diretor e elenco foram recebidos com frieza - em tempos de conflito na Ucrânia, Hazanavicius negou ter sido essa sua inspiração.

“O filme nasceu do desejo de denunciar a indiferença das pessoas em relação a conflitos como esse. Claro que essas histórias são contadas em reportagens jornalísticas, mas as pessoas tendem a esquecer o lado negro da História”.

'The Search' ainda não tem previsão de estreia no Brasil.

Confira o trailer de 'The Search':

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Com Agências Internacionais

terça-feira, 18 de setembro de 2012

A SEMANA NO CINEMA


Confira o que você vai ver aqui:

TOP 10 BILHETERIAS - EUA
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TOP 10 BILHETERIAS - BRASIL
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'BATMAN O CAVALEIRO DAS TREVAS RESSURGE' É RECORDISTA MUNDIAL DE BILHETERIA
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'ROBOCOP': REMAKE DE JOSÉ PADILHA COMEÇOU A SER FILMADO - CONFIRA FOTOS DO SET
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SUICÍDIO DE ATOR MOSTRA A PENÚRIA EM QUE VIVEM ESTRELAS DO CINEMA SOVIÉTICO
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SOB DIREÇÃO DE MICHEL HAZANAVICIUS, TOM HANKS E NATALIE PORTMAN ESTRELARÃO DRAMA DE GUERRA
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E POR FALARMOS EM TOM HANKS, ELE NARRARÁ E APRESENTARÁ DOCUMENTÁRIO PRODUZIDO POR RIDLEY SCOTT SOBRE LINCOLN
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'THOR 2': FOTOS DOS BASTIDORES
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'TED' ESTREIA SEXTA AQUI NO BRASIL, E DIRETOR JÁ COGITA SEQUÊNCIA
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OSCAR 2013: NA CATEGORIA FILME ESTRANGEIRO, 'INTOCÁVEIS' REPRESENTARÁ FRANÇA E 'O PALHAÇO', O BRASIL
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'O GRANDE GATSBY' JÁ TEM DATA DE LANÇAMENTO
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'HOMEM DE FERRO 3': ARTE MOSTRA HERÓI E A MÁQUINA DE COMBATE
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ENTREVISTA - BEN AFFLECK: "NÃO QUERO SER DONO DE CASA"
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Agora, vamos lá!

TOP 10 BILHETERIAS - EUA
01. RESIDENT EVIL 5: RETRIBUIÇÃO
02. PROCURANDO NEMO
03. POSSESSÃO
04. OS INFRATORES
05. PARANORMAN
06. OS MERCENÁRIOS 2
07. THE WORDS
08. O LEGADO BOURNE
09. A ESTRANHA VIDA DE TIMOTHY GREEN
10. OS CANDIDATOS

TOP 10 BILHETERIAS - BRASIL
01. RESIDENT EVIL 5: RETRIBUIÇÃO
02. OS MERCENÁRIOS 2
03. ABRAHAM LINCOLN: CAÇADOR DE VAMPIROS
04. E A VIDA CONTINUA... (2012)
05. PARANORMAN
06. INTOCÁVEIS (2011)
07. O LEGADO BOURNE
08. TOTALMENTE INOCENTES
09. VIZINHOS IMEDIATOS DE 3º GRAU
10. UM DIVÃ PARA DOIS

'BATMAN O CAVALEIRO DAS TREVAS RESSURGE' É RECORDISTA MUNDIAL DE BILHETERIA

"Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge", terceiro capítulo da saga do Batman por Christopher Nolan, acabou de ultrapassar as bilheterias do longa anterior.

Com os lucros gerados na semana passada, o filme chegou à marca de US$ 1,042 bilhão nos cinemas de todo o mundo - "O Cavaleiro das Trevas" (2008) rendeu US$ 1,003 bilhão em toda sua carreira.

Com esses números, "O Cavaleiro das Trevas Ressurge" é o 10º longa de maior bilheteria da história do cinema (sem ajustar à inflação) e deve ganhar o 9º lugar ainda neste fim de semana, já que ainda rende cerca de US$ 400 mil por dia - "Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas" lucrou US$ 1,043 bilhão.

Divulgação - Warner Bros.

Apesar do terceiro filme da franquia do Morcego não ter rendido mais que o anterior nos Estados Unidos - US$ 100 milhões a menos - o mercado internacional foi decisivo.

"O Cavaleiro das Trevas Ressurge" rendeu US$ 603 milhões fora dos EUA, contra US$ 469 milhões do segundo longa do herói.

Mas o campeão de bilheteria em 2012 deve ser mesmo "Os Vingadores - The Avengers", que alcançou a marca de US$ 1,5 bilhão e é o terceiro maior filme da história, só perdendo para "Avatar" e "Titanic".

'ROBOCOP': REMAKE DE JOSÉ PADILHA COMEÇOU A SER FILMADO - CONFIRA FOTOS DO SET

Começaram no sábado (15), em Toronto, Canadá, as filmagens de "RoboCop", novo filme de José Padilha - "Tropa de Elite" - em seu primeiro trabalho para Hollywood.

O longa tem no elenco os atores Joel Kinnaman - o protagonista Murphy - Gary Oldman, Michael Keaton e Samuel L. Jackson, além de Abbie Cornish, Jackie Earle Haley, Michael K. Williams, Jay Baruchel, Jennifer Ehle e Marianne Jean-Baptiste.

"É muito empolgante pensar que começamos as filmagens de 'RoboCop'. Eu tenho um elenco dos sonhos e um time de produção criativa incrível e estamos todos muito dedicados, trabalhando para fazer um filme que não apenas vai existir junto com o primeiro, mas também quebrar barreiras, ser relevante para o público de hoje e que vai se sustentar sozinho", disse Padilha no sábado.

O roteiro, assinado por Josh Zetumer e Nick Schenk, é baseado no filme de 1987, escrito por Edward Neumeier e Michael Miner.

A trama se passa em 2029 e narra a vida de Alex Murphy (Joel Kinnaman) um policial que ao ser ferido tem sua vida salva pela tecnologia robótica do conglomerado multinacional OmniCorp.

A partir daí ele ganha novas habilidades e luta para conter a onda de crimes e corrupção da cidade de Detroit.

A estreia de "RoboCop" está prevista para 09 de agosto de 2013 nos Estados Unidos e 16 de agosto de 2013 no Brasil.

Ontem, imagens divulgadas pelo site Coming Soon do set mostram Kinnaman com o traje do ciborgue - muito parecido com a arte divulgada tempos atrás - depois coberto por um roupão, a atriz Abbie Cornish, que interpretará a esposa de Alex Murphy, além dos carros de polícia futuristas.

Coming Soon





Ainda é cedo para tirar conclusões sobre o novo visual, já que algumas partes do roteiro, reveladas na internet, mostram que o Robocop terá mais de uma versão no filme.

SUICÍDIO DE ATOR MOSTRA A PENÚRIA EM QUE VIVEM ESTRELAS DO CINEMA SOVIÉTICO

A trágica morte do ator russo Aleksander Beliavski, que segundo aponta a investigação policial se atirou por uma janela no sábado passado, trouxe à tona mais uma vez as misérias da nova Rússia ao evidenciar a precariedade e o esquecimento no qual vivem muitas estrelas do cinema soviético.

Um debate que agrada à imprensa russa e que ressurge várias vezes no país que herdou a cultura da União Soviética e também suas estrelas de renome nacional e internacional, cultivadas e mimadas em um tempo que não lhes deixou transformar sua popularidade em algo mais que a fama.

Homens e mulheres insignes, embora tenham gozado de muitos privilégios brindados pelo regime soviético, a maioria não pôde sequer economizar, pelo menos não de maneira legal, porque nunca tiveram os salários de seus colegas do outro lado da Cortina de Ferro.

"Agora que estão aposentados, a pensão que recebem deixa uma sensação de tristeza. Inclusive os mais distintos, condecorados com o título de 'Artista do Povo', recebem um máximo de 13 mil rublos (cerca de R$ 1 mil)", lamentou à Agência Efe Valeria Gushina, diretora do Grêmio de Atores de Cinema da Rússia.

Movie Space
Aleksander Beliavski, estrela do cinema russo que se matou por não poder pagar suas contas

Beliavski, que subiu do terceiro andar no prédio em que vivia até o quinto para saltar pela janela apesar de seus 80 anos, era uma autêntica estrela de seu tempo, memória viva de toda uma geração que o viu em alguns dos filmes mais queridos primeiro pelo público soviético e depois também pelo russo.

Desejado e amado por milhões de mulheres que ainda lembram seus inesquecíveis papeis, no ocaso de sua vida Beliavski não podia pagar as contas de luz e telefone, comentou Valeria.

Era um dos 50 atores soviéticos que recebia ajuda financeira do Grêmio, integrado à União Cinematográfica da Rússia presidida pelo oscarizado diretor e ator Nikita Mijalkóv, a quem muitos criticam por não defender com toda sua influência e poder os que foram durante anos seus companheiros de cena.

"Os velhos atores não devem morrer na indigência, não devem pular de prédios. Seus filmes deram milhões ao Estado, são transmitidos um sem-fim de vezes na televisão, que cobra uma ingente quantidade de dinheiro por suas emissões", denunciou em seu blog outra estrela soviética, o ator de comédias Stanislav Sadalski.

Os atores soviéticos não recebem nem um centavo pelos direitos de transmissão de seus filmes, revelou a diretora do Grêmio.
"O presidente de nossa União Cinematográfica deve fazer com que cada ator receba seu centavo, inclusive pelos episódios nos quais aparece", reivindicou Sadalski.

Valeria, consciente da polêmica que frequentemente envolve o cineasta mais internacional da Rússia, apressa-se em lembrar que o próprio Mijalkov criou um fundo para ajudar os veteranos do cinema.
"Se não fosse por este fundo, não haveria dinheiro nem para o enterro de muitos", garantiu.

A tragédia, digna do celuloide, se repete ano após ano, cada vez que outro rosto conhecido deixa o mundo na precariedade e no abandono.
"São muitos os que necessitam de uma ajuda que esperam como um reconhecimento à sua carreira, à sua arte, mas nunca como uma esmola", comentou Gúshina, concluindo que "é inútil implorar ao Estado".

País que vivde uma ditadura disfarçada só pode tratar assim seus artistas, né, Camarada Putin?

SOB DIREÇÃO DE MICHEL HAZANAVICIUS, TOM HANKS E NATALIE PORTMAN ESTRELARÃO DRAMA DE GUERRA

Michel Hazanavicius, diretor vencedor do Oscar  2012 por “O Artista”, irá dirigir um drama que se passa na Segunda Guerra Mundial e que terá Tom Hanks como protagonista.

Chamado “In The Garden Of Beasts”, o filme será baseado nas histórias verídicas de William Dood (Hanks), professor de história que se torna o embaixador americano na Alemanha nazista.

AP Photo
O diretor francês Michel Hazanavicius no último Festival de Cannes

O elenco contará ainda com Natalie Portman, no papel de Martha, filha de Dodd que se entrega ao clima pré-guerra em Berlim antes de perceber o lado escuro do regime nazista.

Promete!

E POR FALARMOS EM TOM HANKS, ELE NARRARÁ E APRESENTARÁ DOCUMENTÁRIO PRODUZIDO POR RIDLEY SCOTT SOBRE LINCOLN

Tom Hanks será o narrador e apresentador do documentário produzido por Ridley Scott sobre a figura do ex-presidente americano Abraham Lincoln - informou o canal "National Geographic".

"Killing Lincoln" é uma produção televisiva de duas horas de duração e que apresentará o ator Billy Campbell no papel de uma das figuras históricas mais veneradas dos EUA, artífice do fim da escravidão e responsável pela modernização do país, que chegou Casa Branca em 1861 e foi assassinato em 1865.

Reuters
Tom Hanks no Festival de Toronto (8/9/12)

"É estranho dizer que a morte de Abraham Lincoln é uma história desconhecida, mas isso é um fato", afirmou Tom Hanks, em uma nota divulgada pela "National Geographic".

O ex-presidente americano Abraham Lincoln foi assassinado no dia 14 de abril de 1865 com um disparo efetuado pelo ator John Wilkes.

Na ocasião, ao lado da esposa Mary, Lincoln assistia o terceiro ato da comédia "Our American Cousin", no Ford's Theatre de Washington.

Em relação a esse episódio histórico, Hanks afirmou que "é assombroso ver como esta tragédia fundamental em nossa história pode ser contada apenas com algumas palavras: Ford's Theatre, John Wilkes Booth e etc".

"O assassinato de Lincoln não é somente uma passagem de nossa história, foi um momento que marcou nosso caráter na época, agora e para sempre", declarou o ator.

A produção, que será dirigida por Adrian Moat, usará elementos de ficção e também contará com imagens geradas por computador, algo característico da Scott Free Productions, a produtora de Ridley Scott e seu irmão Tony, que se suicidou no final do mês de agosto.

Segundo a "National Geographic", os irmãos Scott aparecem como produtores executivos de "Killing Lincoln", que tem estreia prevista para o início de 2013.

'THOR 2': FOTOS DOS BASTIDORES

E não param mais de sair fotos do set do novo filme do Thor, atualmente sendo rodado em Londres.

Agora, você vê mais imagens dos bastidores, divulgadas por diversos sites:






Ainda não há muitos detalhes sobre a trama de "Thor: The Dark World".

O que se sabe apenas é que a aventura deve ser mais espacial do que o primeiro longa e também que explorará os vários reinos de Asgard.

A continuação tem Chris Hemsworth novamente como Thor, Natalie Portman no papel de Jane Foster, Tom Hiddleston vivendo Loki, Zachary Levi como Fandral, Sir Anthony Hopkins vivendo Odin, Jamie Alexander novamente como Lady Sif, Idris Elba vivendo Heimdall, Stellan Skarsgard como Dr. Erik Salvig, além de  Alice Krige e Christopher Eccleston, entre outros.

A estreia acontece em 8 de novembro de 2013 no Brasil.

'TED' ESTREIA SEXTA AQUI NO BRASIL, E DIRETOR JÁ COGITA SEQUÊNCIA

Seth MacFarlane - criador de séries de televisão como "Uma Família da Pesada" e "American Dad!" - e diretor de “Ted” - que estreia nesta sexta (21) no Brasil - disse ao site TMZ que está cogitando uma sequência do filme.
“Nós estamos pensando sobre isso”.

MacFarlane se encontrou em Nova York nesta semana com os roteiristas de “Ted”, Alec Sulkin e Wellesley Wild, logo depois que Steve Burke, diretor executivo da NBC Universal, confirmou um novo filme sobre a trama.

“Nós gostaríamos de ver ‘Ted 2’ assim que pudermos”.

Divulgação
O urso Ted e Mark Mark Wahlberg como John, em cena do longa "Ted"

O longa, protagonizado por Mark Wahlberg e Mila Kunis, traz como protagonista um divertido e desbocado urso de pelúcia.

“Ted” arrecadou US$ 395 milhões nas bilheterias norte-americanas, um número considerado excelente para um lançamento R-rated e de um personagem até então inédito.

Confira a crítica do longa, na próxima sexta, aqui no Blog.

OSCAR 2013: NA CATEGORIA FILME ESTRANGEIRO, 'INTOCÁVEIS' REPRESENTARÁ FRANÇA E 'O PALHAÇO', O BRASIL

O sucesso de bilheteria "Intocáveis", comédia dirigida por Eric Toledano e Olivier Nakache, foi selecionada hoje pelo Centro Nacional do Cinema e da Imagem Animada (CNC) para representar a França na 85ª cerimônia do Oscar.

O filme, protagonizado por François Cluzet e Omar Sy, é uma comédia que celebra a amizade entre duas pessoas de âmbitos sociais muito diferentes, foi visto nas salas francesas por quase 20 milhões de pessoas e continua em cartaz aqui no Brasil - o Blog de Klau deu a ele a cotação "Ótimo".

Divulgação
O cartaz de "Intocáveis"

Também foi o filme francês mais bem-sucedido nas bilheterias estrangeiras, já que, com 23,1 milhões de ingressos vendidos, superou o recorde de "O Fabuloso Destino de Amélie Poulain", de Jean-Pierre Jeunet.

No ano passado, o cinema francês foi o grande vencedor da noite, pois o filme mudo "O Artista", de Michel Hazanavicius, ganhou cinco estatuetas, entre elas as de melhor filme, melhor diretor e melhor ator (Jean Dujardin).

Já aqui no Brasil, O MinC - Ministério da Cultura anunciou que o melhor filme do ano passado, 'O Palhaço', foi o escolhido para tentar a sorte na maior premiação do cinema.

No longa, Benjamim (Selton Mello) e Valdemar (Paulo José) formam a fabulosa dupla de palhaços Pangaré e Puro Sangue.

Divulgação
O cartaz de "O Palhaço"

Benjamim é um palhaço sem identidade, CPF e comprovante de residência, vive pelas estradas na companhia da divertida trupe do Circo Esperança, mas acha que perdeu a graça e parte em uma aventura atrás de um sonho.

Selton Mello dirige e estrela.

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood anunciará os indicados ao Oscar 2013 no dia 10 de Janeiro.

Já a premiação acontece em 24 de Fevereiro de 2013.

'O GRANDE GATSBY' JÁ TEM DATA DE LANÇAMENTO

Nova adaptação do clássico literário de F.Scott Fritzgerald - considerado um dos melhores livros americanos de todos os tempos - "O Grande Gatsby" chegará aos cinemas norte-americanos no dia 10 de maio de 2013.

Uma semana depois o filme estrelado por Leonardo DiCaprio, Tobey Maguire, Joel Edgerton e Carey Mulligan será lançado internacionalmente.

O anúncio foi feito por Dan Fellman e Veronika Kwan Vandenberg, representantes da Warner Bros.

"O público está ansioso para descobrir como ficou a adaptação de um dos livros mais queridos de todos os tempos. Isso nos motivou a acreditar que seria uma bela maneira de dar o pontapé inicial nos filmes que lançaremos durante o verão", contou Fellman.

Divulgação - Warner Bros.
Da esq para a dir: Tobey Maguire,Leonardo DiCaprio, Joel Edgerton e Carey Mulligan, em cena de "O Grande Gatsby"

Dirigido por Baz Luhrmann - de "Moulin Rouge - O Amor em Vermelho" -, o longa estava originalmente previsto para estrear no final de 2012, mas acabou sendo adiado pelo estúdio para o começo da temporada de verão nos Estados Unidos, época em que os estúdios costumam colocar seus principais filmes no mercado.

A trama gira em torno de Nick Carraway (Maguire), um jovem que passa a frequentar as festas do seu vizinho milionário Gatsby (DiCaprio) e vira um grande confidente, testemunhando um mundo de sonhos, ilusões e decepções, que caminham sem freios para uma grande tragédia.

'HOMEM DE FERRO 3': ARTE MOSTRA HERÓI E A MÁQUINA DE COMBATE

Foi divulgada uma arte que pode ser do longa "Homem de Ferro 3", de acordo com o site Worst Previews.

O que parece dar mais credibilidade ainda à notícia é que o ator James Badge Dale foi flagrado usando a armadura na versão vermelha, branca e azul, exatamente como aparece na ilustração abaixo.

Worst Previews
A arte mostra o Homem de Ferro e a Máquina de Combate, agora na versão patriota

O que se pensou, na época, é que se tratava do Patriota de Ferro.

Entretanto, foi divulgado a seguir que era o Máquina de Combate, amigo de Tony Stark.

A história da amizade entre eles, nos quadrinhos, começou quando o bilionário (gênio, playboy, filantropo) o salvou na Guerra do Vietnã.

Tempos depois, foi a vez de James Rodhes - agora um militar de alta patente - ajudar Stark a superar o alcoolismo - o amigo chegou até a usar a armadura do Homem de Ferro em algumas missões, mas teve sérios efeitos colaterais e Stark então decidiu construir a armadura do Máquina de Combate para que Rodhes pudesse usá-la.

Nos primeiro longa do Herói (2008), ele foi interpretado por Terrence Howard; já no segundo (2010), o papel ficou com Don Cheadle.

"Homem de Ferro 3" tem previsão de estreia para 03 de maio de 2013 no Brasil e coloca Stark contra um grupo de cientistas recrutados pelo IMA.

Por conta de uma nanotecnologia Extremis que caí nas mãos do grupo, o herói acaba sendo obrigado a injetar uma fórmula do soro em si mesmo para aumentar seus poderes, começa a controlar objetos eletrônicos com a mente e a própria armadura em nível celular.

ENTREVISTA - BEN AFFLECK: "NÃO QUERO SER DONO DE CASA"

Ben Affleck está na capa da edição de outubro da revista "Details".

Durante entrevista à publicação, o ator contou que não pretende ser um "dono de casa".

Ben é casado com a atriz Jennifer Garner - os dois se conheceram durante as filmagens de "Demolidor" e o casal é pai de Violet, Seraphina e Samuel.
"Eu não quero ser um dono de casa. O trabalho é muito importante para mim e eu gosto de trabalhar", disse Ben, que atualmente está promovendo "Argo", seu mais novo projeto como diretor. e que fez sucesso no Festival de Toronto.

Divulgação - Details Magazine
A capa da edição de outubro

No entanto, Ben ressaltou que para se aventurar em um projeto é preciso que o "trabalho tenha um significado importante".

"Se eu pensar que estou perdendo meu tempo no trabalho logo imagino que poderia estar em casa com as crianças", opinou ele.

Sem muito tempo para aproveitar a vida doméstica, Ben conta com apoio da mulher, Jennifer
 "Eu não sou muito presente, mas minha esposa é muito paciente, ela quem faz tudo", garantiu o ator.
*****
Até +!

sábado, 25 de fevereiro de 2012

SPIRIT AWARDS: NO PRÊMIO PARA CINEMA INDEPENDENTE, 'O ARTISTA' TAMBÉM LEVOU - QUASE - TUDO


"O Artista" confirmou mais uma vez ser o longa favorito desta temporada de prêmios e ganhou nas principais categorias do Spirit Awards - considerado o Oscar do cinema independente -, na tarde deste sábado em festa dentro de uma grande tenda armada na praia de Santa Mônica, Los Angeles.

O longa-metragem francês - rodado nos EUA, sem diálogos e em preto e branco - ficou com o troféu de melhor filme, direção (Michel Hazanavicius), fotografia (Guillaume Schiffman) e ator (Jean Dujardin, que não estava presente).

Getty Images
Michel Hazanavicius segura seu troféu de melhor diretor do Spirit Awards 2012

Outros favoritos do Oscar também receberam prêmios: o prêmio de melhor roteiro foi para "Os Descendentes", o de filme estrangeiro para "A Separação" e Christopher Plummer ganhou como ator coadjuvante - por "Toda Forma de Amor".
Getty Images
A lenda Christopher Plummer, melhor coadjuvante por "Toda Forma de Amor"

Shailene Woodley, 20, ganhou de Jessica Chastain e Anjelica Huston na categoria atriz coadjuvante pelo papel de filha rebelde de George Clooney - em "Os Descendentes".

Just Jared
Shailene Woodley,melhor atriz coadjuvante

"Sete Dias com Marilyn" deu o prêmio de melhor atriz para Michelle Williams - que disputa o Oscar amanhã.

Getty Images
Michelle Williams e seu Spirit Awards 2012 de melhor atriz

Na categoria documentário, venceu "The Interrupters", de Steve James, sobre violência em Chicago.

Ao contrário do Oscar, o Spirit Awards tem as categorias melhor primeiro filme e roteiro de estreia: "Margin Call - O Dia Antes do Fim" e "50%" ganharam, respectivamente.

O troféu John Cassavetes, para trabalhos feitos com menos de US$ 500 mil, ficou com "Pariah".

O comediante Seth Rogen foi o apresentador da noite, com piadas arriscadas, mas que renderam boas risadas da plateia.
"'Drive' faz com que os judeus pareçam tão assustadores que eu pensei que Mel Gibson tivesse dirigido", disse o ator.
Getty Images
Seth Rogen, apresentador da noite

Rogen também atua num dos filmes indicados ao Spirit Awards, "50%", sobre um jovem com câncer.
O longa levou prêmio de melhor roteiro de estreia para Will Reiser, que escreveu baseado em sua história pessoal.

O Spirit Awards foi criado em 1984 e é considerado o Oscar do cinema independente por premiar filmes americanos, ou sobre a cultura americana, feitos com menos de US$ 20 milhões (cerca de R$ 36 milhões).

Em 2011, "Cisne Negro" foi o grande vencedor, com os prêmios de melhor filme, diretor, fotografia e atriz - para Natalie Portman.
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Com agências internacionais

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

'O ARTISTA' FOI O GRANDE VENCEDOR DO PRÊMIO CÉSAR


"O Artista" obteve nesta sexta (24) o César de melhor filme, máxima premiação do cinema francês.

"É um filme que vem debaixo e que ninguém queria no começo. E agora estamos por cima, é uma bela história, é muito emocionante", disse Michel Hazanavicius, que também ganhou o César de melhor diretor por esta obra.
Divulgação

Veja a lista dos principais premiados:

Melhor Filme: 
"O Artista", de Michel Hazanavicius

Melhor Diretor: 
Michel Hazanavicius, por "O Artista"

Melhor Atriz: 
Bérénice Bejo, por "O Artista"

Melhor Ator: 
Omar Sy, por "Intouchables"

Melhor Atriz Coadjuvante: 
Carmen Maura, por "As Mulheres do Sexto Andar"

Melhor Ator Coadjuvante: 
Michel Blanc, por "L'Exercice de l'Etat"

Reuters
Michel Hazanavicius e Bérénice Bejo, na noite do César

Melhor Filme Estrangeiro: 
"A Separação", de Asghar Farhadi

Melhor Documentário: 
"Tous au Larzac", de Christian Rouaud

Melhor Filme de Animação: 
"Le Chat du Rabbin", de Joann Sfar e Antoine Delesvaux

Melhor Música Original: 
Ludovic Bource, por "O Artista"

Melhor Curta: 
"L'Accordeur", de Olivier Treiner

Melhor Fotografia: 
Guillaume Schiffman, por "O Artista"

* Com informações da AFP

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

OSCAR 2012: CONFIRA DUAS ENTREVISTAS COM MICHEL HAZANAVICIUS, DIRETOR DE 'O ARTISTA'


A cerimônia de entrega dos prêmios da Academia de Hollywood é no domingo (26).

Nessa postagem, você vai acompanhar duas entrevistas com  Michel Hazanavicius , diretor do filme sensação da temporada - "O Artista".

Confira:

HAZANAVICIUS: "NUNCA SONHEI COM O OSCAR"

O filme mais premiado do ano não é um épico de Hollywood ou um drama com grandes atores americanos.

É um filme mudo e preto-e-branco como aqueles dos anos 1920 do século passado, dirigido por um francês desconhecido, com atores franceses.

“O Artista”, mistura de drama, comédia e romance sobre um astro do cinema mudo de Hollywood que não se adapta ao novo cinema falado, começou sua trajetória de sucesso em maio de 2011 - no Festival de Cannes - e é o filme mais premiado dessa temporada.

Michel Hazanavicius, o tal francês desconhecido que dirigiu “O Artista”, também vem colecionando prêmios: um deles é o prestigioso prêmio de melhor diretor do Director’s Guild - o sindicato da categoria em Los Angeles - batendo pesos-pesados como Martin Scorsese e Woody Allen, o que o credencia como favorito ao Oscar.
Arte: Blog de Klau
O diretor Michel Hazanavicius

Em entrevista ao repórter Tiago Stivaletti - do UOL - por telefone de Los Angeles, com a voz blasé típica dos franceses, Michel não parece deslumbrado com a chance de ganhar a estatueta.
“Sim, isso tudo é inacreditável, mas nunca sonhei com o Oscar. Mais incrível é lembrar que, quando o filme foi rodado em Los Angeles, ainda não tinha distribuidor nos EUA. Depois de lançado aqui, o amor pelo filme foi gerando uma acolhida cada vez maior”.

Nas últimas semanas, ele recebeu os parabéns de gente como Meryl Streep, Lauren Bacall, Clint Eastwood, o inglês Stephen Frears e três dos seus concorrentes ao Oscar de melhor filmeMartin Scorsese (“A Invenção de Hugo Cabret”), Alexander Payne (“Os Descendentes”) e Steven Spielberg (“Cavalo de Guerra”).

Para Michel, “O Artista” é um filme americano, francês ou internacional?
“Prefiro dizer que ele é internacional, sem pátria. A nacionalidade das pessoas não é uma coisa que me apaixona. Mas claro que o filme é impregnado da mitologia americana, mais do que de qualquer elemento francês”.

Como todo diretor estrangeiro que faz sucesso nos EUA, Michel tem recebido muitos novos roteiros para filmar.
Hollywood não arrisca: se um diretor fez muito sucesso com uma ficção científica, por exemplo, vai receber muitas propostas do mesmo gênero.

Mas, no caso de “O Artista”, que tipo de história chega a ele – outros filmes mudos em preto-e-branco?
“É uma boa pergunta. Recebo roteiros de todos os tipos, mas nada de filmes de gênero ou de grande orçamento. Alguns são comédias, outros são filmes de época, quase todos filmes com grandes papéis para os atores”.

Com a agenda maciça de divulgação em torno de “O Artista”, Michel ainda não bateu o martelo sobre o próximo projeto.
“Descobri que a parte mais importante de um filme não é a preparação, a escolha dos atores, a filmagem ou a montagem – é a decisão sobre qual filme dirigir. É aí que não dá para se enganar”. 

A única coisa certa é que o novo longa será falado em inglês. 
Se “O Artista” sair coroado do Oscar 2012, ele terá mais uma boa pilha de roteiros em cima da mesa para aumentar sua dúvida.

*****
HAZANAVICIUS FALA SOBRE OS DESAFIOS DO CINEMA MUDO

A limusine para na frente do casal, na porta do hotel cinco estrelas, em Los Angeles. 
"Só podem ser estrelas de cinema", diz, tentando adivinhar, um hóspede.

Talvez se não falasse tão alto e não estivesse tão colorida num vestido azul brilhante, seria mais fácil reconhecer Bérénice Bejo, atriz do filme mais improvável e comentado da temporada, mudo e preto e branco.

Ela está ao lado de Michel Hazanavicius, seu marido, que escreveu e dirigiu "O Artista". 

No longa, o astro do cinema mudo George Valentin (Jean Dujardin) se nega a entrar para os filmes falados, na Hollywood dos anos 20. O ator conta com a ajuda da dançarina Peppy Miller, interpretada por Bejo.

"Fizemos apesar de tudo, apesar do senso comum. Há algo de tocante nisso", diz Hazanavicius, no bar do mesmo hotel, algumas semanas depois. 
Aos 44, ele é diretor de duas sátiras de espionagem protagonizadas por Dujardin, uma delas rodada no Rio.
Reuters
Hazanavicius e Bérènice Bejo, na noite de entrega dos prêmios Cesar

Leia a entrevista:

Folha - Quantas vezes você teve que ouvir se era louco?
Michel Hazanavicius - Muitas vezes, muitas. Quando eu falava sobre o filme, não me levavam a sério, apenas sorriam, mas não aquele sorriso legal, sabe? Quando comecei a trabalhar com Thomas [Langman, produtor], as coisas ficaram mais simples, virou um filme de verdade. Antes era mais fantasia. Acho que nem eu estava totalmente convencido.

Por que escolher, hoje, fazer um filme mudo hoje?
É um formato é incrível, um jeito muito diferente de contar uma história. Não sou especialista, mas amo filmos mudos. Os bons, claro, porque os ruins são realmente chatos, não dá para ver. É uma nova experiência para a plateia de hoje, funciona com outra parte do cérebro. Você preenche a falta de som com sua própria imaginação, faz o filme ficar muito mais próximo do público, que é envolvido no processo de contar história.

As pessoas acham que filmes mudos são filmes velhos porque foram feitos nos anos 20. Minha ideia era fazer um filme mudo hoje, mas sem ser velho, mesmo sendo de época, com o benefício de 80 anos de sofisticação de narrativa. Os atores têm uma atuação moderna, com os códigos de hoje e não dos anos 20. O uso da música é moderno, e não apenas um piano simples. Achei que tinha um filme que ninguém tinha feito antes.

O que deu mais trabalho?
O desafio técnico real foi o roteiro. Eu não tinha as mesmas ferramentas. Queria contar uma boa história, com boas sequências e bons personagens. Algo que não entediasse o público, este era o ponto. Mas você não tem as mesmas ferramentas, não lida com diálogos, com palavras, mas apenas imagens para contar a história. É uma grande diferença.

E o que muda para os atores?
Há 68 atores no filme e nenhum deles atuou mudo, de forma silenciosa. Era tudo muito natural. Quando as pessoas pensam em filmes mudos, pensam logo em atuações exageradas. Mas não é verdade. Alguns atores atuavam de forma natural nos anos 20. E aqui pedi para eles agirem de forma bem natural também. A grande diferença é a forma como você escreve a história e como você faz para as pessoas entenderem sem palavras. O público percebe a performance de forma totalmente diferente. Quando não se tem palavras nem diálogos, você presta muito mais atenção nas imagens. Olha para os atores e foca em cada detalhe, em cada expressão. Por exemplo, quando Steven Spielberg faz um filme, você entende tudo com seus olhos, é um diretor muito visual. Tenho certeza de que se tirar o som de seu filme, você vai entender tudo.

Foi mais difícil achar locações dos anos 60 no Rio, quando você filmou "Agente 117 - Rio Não Responde Mais" (2009), ou agora em Los Angeles, quando veio em busca de cenários dos anos 20?
No Rio, dá para encontrar belas arquiteturas dos anos 60 em qualquer lugar. Há prédios muito interessantes no Brasil. E filmamos também em florestas, rios.

Tem uma cena dentro do Copacabana Palace?
Não, o hotel não era muito anos 60, tinha uma arquitetura meio neo grega. Era muito caro também. Filmamos em outro hotel em Copacabana, com uma pequena piscina, um lobby ótimo, o lugar era perfeito. Há também no Rio prédios dos anos 70 e até 80 que são tão estilísticos. E Brasília, claro, filmamos um dia, filmamos aquele prédio do Congresso.

Editoria de Arte/Folhapress
A biblioteca básica do diretor

E como foi em Los Angeles?
Aqui foi talvez mais difícil porque era anos 20. Há coisas que não dá para saber se é 1968 ou 1978, dá para aceitar certos prédios, ninguém vai saber. [A estética dos] anos 20 é mais exata e difícil de achar. Mas há muitos interiores e locações que estão em condições perfeitas, como restaurantes e teatros.

O formato diferente mudou seu jeito de filmar?
Normalmente, quando os diretores fazem um filme de época, eles recriam o que estão filmando, mas não recriam o jeito de filmar. O que eu fiz foi recriar o jeito de filmar. As luzes, os frames, o estilo de filmar, tentei respeitar tudo. Meu ponto é: se eu estou fazendo um filme que acontece nos anos 20, não vou usar uma "steadicam" [câmara acoplado ao corpo do operador] ou uma grande angular porque eu nunca vi pessoas nos anos 20 assim. Para mim, a câmera é o olho que você dá ao público. Seria muito estranho uma "steadicam" nos anos 20. Se você respeita o jeito de filmar, fica tudo muito mais preciso.

O que acha de Hollywood gastar tanto em novas tecnologias e um filme como o seu roubar a cena e os prêmios?
Não sei como explicar. Não é meu trabalho. Meu trabalho é fazer filmes e tento dar o meu melhor. Era um filme que queria fazer a qualquer custo, apesar de muita gente. Estou muito feliz com a resposta. Acho que Harvey Weinstein serve para isso, ele é um maestro para apresentar o filme. Há muitos trabalhos maravilhosos todos os anos, e a gente se sente muito sortudo de estar aqui. Ele pegou esse filme, achou que era lindo, cuidou do lançamento, apresentou para a imprensa, levou a festivais, tomou seu tempo. Formou as melhores condições possíveis para o público apreciar o trabalho. Talvez o filme relembre as pessoas porque elas gostam de cinema acima de tudo. Há algo meio infantil, você olha como se fosse pela primeira vez. É uma história "era uma vez", num filme bem estranho, em preto e branco, eles falam e você não ouve. É uma estranha representação da realidade. Não é nada realístico. É um show. Não sei, talvez as pessoas se sintam tocadas porque é um filme muito improvável, que vem de lugar nenhum.

Você se sente um peixe fora d'água nessas premiações?
Não, porque um peixe fora d'água morre [risos]. Me sinto como uma criança na Disneylândia. Olho para todos os lugares e vejo ícones. É realmente incrível. Dois dias atrás tive uma conversa com Meryl Streep e ela foi tão simpática. Ontem alguém me contou que Lauren Bacall viu o filme duas vezes na sequência e, no dia seguinte, viu pela terceira vez. Estas coisas são inacreditáveis.

Sente que está carregando a bandeira da França?
Oh, não, não. Eu realmente não ligo para isso. Não tenho vergonha de ser francês, mas também não tenho orgulho. Eu não tenho bandeiras. Sou diretor de cinema.

Apesar de ser um filme sobre o cinema mudo e falado, qual a mensagem da história para o público de hoje?
As pessoas ficam tocadas pelo formato, mas elas temem que seja apenas um artifício. E ficam felizes de que há uma história por trás. Tem a história de amor e todo mundo ama histórias de amor, mas não é esse o ponto. Há algo sobre como o mundo está girando cada vez mais e mais rápido. No século 19, por exemplo, você nascia num mundo e morria no mesmo, nada quase mudava. Hoje você nasce num mundo e vai morrer num outro muito mais diferente. O jeito de trabalhar, de ter família, o jeito de se comunicar, viajar, tudo está mudando. Isto significa que teremos que enfrentar estes períodos de transições e nos adaptar. Isto é um temor para muita gente. Quando eu era criança, pessoas passavam a vida toda trabalhando na mesma fábrica ou no mesmo escritório. As pessoas têm medo do futuro, das crises. Então talvez isto ressoe no filme. Outra coisa, e digo isto porque muita gente me falou: as pessoas se sentem tocadas pela forma como foi feito. É um filme muito improvável, ninguém acredita no filme. E acho que existe algo tocante nisto, fizemos apesar de tudo, apesar do senso comum.

Dá para comparar o personagem do filme, um ator do cinema mudo que se nega a fazer filmes falados, com atores de hoje hesitantes com processos tecnológicos, como o CGI [imagens geradas por computador através de uma performance real, como em "Avatar"]?
Não sei, acho que não. Sabe, se tivesse que votar para o Oscar, eu votaria em Andy Serkis. Eu amo "Planeta dos Macacos: A Origem". É maravilhoso, muito bem escrito, muito bem trabalhado. E a performance do personagem é inacreditável, faz com que as pessoas acreditem que um macaco possa falar. Mas você pode ter Andy Serkis e Jean Dujardin num filme bem tradicional. É a diversidade do cinema. Um dos dramas do passado é que a geração dos filmes falados nunca voltou para ver os filmes mudos. Então meu único medo é se todas as TVs virassem 3D e ninguém mais assistisse a 2D. Seria uma vergonha. Há tantos filmes maravilhosos. Mas não acho que o futuro irá matar o presente. Será uma continuação.

Como você começou a ver filmes mudos?
Quando eu era criança, lembro que meu avô me levava com meu irmão para um cinema onde passavam apenas filmes mudos, Charles Chaplin, Buster Keaton e "O Gordo e O Magro". Mas eram mais esquetes de comédia, não filmes tradicionais. Esses eu conheci mais tarde na vida. E quando já era diretor, realmente virou uma fantasia fazer um filme mudo. E preciso dizer que não sou o único. Você não imagina quantos diretores já vieram me dizer que sonham em fazer. Alguns deles estão na corrida pelo Oscar. Mas não vou dizer nomes...

E como faz para encontrar esses filmes hoje em dia?
Esse é o grande benefício da internet, dá para achar de tudo. Na Amazon, por exemplo. Em Paris, temos a Cinemateca, que tem uma programação incrível.

É verdade que seu próximo filme será um remake de "The Search" (1948)?
Não será um remake total. O original se passa na Segunda Guerra Mundial, sobre uma mãe à procura do filho, que por sua vez cruza com um soldado do exército americano. O cenário é a Europa e a Alemanha do pós-guerra. Queremos fazer nos dias de hoje, com outros cenários.

Matéria de Fernanda Ezabella - correspondente da Folha em Los Angeles