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quarta-feira, 17 de junho de 2020

'SPENCER': KRISTEN STEWART SERÁ LADY DIANA NO NOVO LONGA DE PABLO LARRAÍN

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A atriz Kristen Stewart assinou contrato para interpretar a princesa britãnia Diana em ‘Spencer‘, drama biográfico do diretor Pablo Larraín – que também dirigiu ‘Jackie‘
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O filme será apresentado e vendido no próximo Festival de Cannes.

Segundo o Deadline, ‘Spencer‘ foi escrito por Steven Knight e “acompanha um fim de semana crítico no início dos anos 90, quando Diana decidiu que seu casamento com o príncipe Charles não estava funcionando e que ela precisava se desviar de um caminho que a colocasse na linha de um dia ser rainha.”

A produção de ‘Spencer‘ está prevista para o início de 2021.

O filme “se passa em três dias” e gira em torno de uma das “férias finais de Natal de Diana na Casa de Windsor, na propriedade de Sandringham, em Norfolk, Inglaterra”.

“Kristen é uma das grandes atrizes de hoje. Para fazer isso bem, você precisa de algo muito importante no cinema, que é um mistério. Kristen pode ser muitas coisas, e ela pode ser muito misteriosa e muito frágil e, finalmente, muito forte também, e é disso que precisamos. A combinação desses elementos me fez pensar nela. A maneira como ela respondeu ao roteiro e como ela está se aproximando do personagem, é muito bonito de se ver. Eu acho que ela fará algo impressionante e intrigante ao mesmo tempo. Ela é essa força da natureza”, disse Larraín ao Deadline.

Em ‘Jackie‘, de 2016, Larraín escalou Natalie Portman como Jackie Kennedy.

Pelo papel, Portman foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

'JACKIE': GRANDE ATUAÇÃO DE NATALIE PORTMAN COMO A EX-PRIMEIRA DAMA AMERICANA TORNA O LONGA IRRESISTÍVEL


SINOPSE:

O filme conta a história da viúva do presidente dos Estados Unidos John F. Kennedy, Jacqueline Kennedy (Natalie Portman).

Focado nos quatro dias posteriores ao assassinato de seu marido, a trama mostra como ela lida com os traumas gerados por algo que ficou marcado na história.

CRÍTICA:

'Jackie', em exibição em 56 salas em todo o Brasil, mostra o drama da mais famosa primeira dama dos Estados Unidos diante da morte de seu marido, o icônico John F. Kennedy.

Histórias sobre os bastidores do poder são válidas para entendermos melhor certos eventos, mas, mesmo diante desse caso tão norte-americano, a grande atuação de Natalie Portman transforma essa narrativa em algo universal, afinal a protagonista é retratada sem filtros, algo raramente visto em obras do tipo.

A atriz está incrível, segura e determinada a criar a mais fiel e humana versão de Jackie Kennedy que o cinema já viu.
Jackie : Foto Natalie Portman
Natalie Portman interpreta Jackie Kennedy - Fotos dessa Postagem: Divulgação/Bac Films
Ela domina o filme e acompanhar sua intensa jornada é hipnotizante, independentemente da personagem ser ou não uma grande figura histórica.

A forma como mostra insegurança, firmeza, tristeza e força é marcante e mostra que Portman, de fato, é uma das grandes intérpretes do cinema atual.

A trama começa semanas após o assassinato de JFK com uma entrevista de Jackie a um repórter (Billy Crudup).

Ela revive aquelas momentos sem medo de mostrar sua dor e insegurança ao jornalista, mas sem permitir que esses fatos cheguem ao público.

O ponto principal era justificar a necessidade que sentiu de transformar o funeral do marido em um grande espetáculo para elevar seu nome ao status de lenda, algo que, 54 anos depois, podemos concluir que de fato aconteceu.

O chileno Pablo Larraín ('O Clube') reconta, de forma marcante, o momento do assassinato, as horas imediatamente seguintes e o impacto sobre Jackie quando ela se dá conta da realidade.

Com flashbacks, a trama nos leva a momentos da vida do casal na Casa Branca, à gravação do famoso programa de TV em que a primeira dama apresenta sua residência oficial ao povo americano, mas o foco está mesmo nos eventos após o fatídico crime.

O elenco de apoio faz um grande trabalho, especialmente Peter Sarsgaard como Bobby Kennedy e Billy Crudup como jornalista com a tarefa de ultrapassar as barreiras emocionais de Jackie e vislumbrar a verdadeira mulher por trás do ícone.

Jackie : Foto Natalie Portman, Peter Sarsgaard
Peter Sarsgaard como Bobby Kennedy 
Esses atores proporcionam a base para Natalie Portman encarar esse personagem de forma tão poderosa.

Apesar do bom trabalho dos coadjuvantes, o mérito é da atriz, capaz de convencer mesmo nos momentos de maior desespero ou descontrole, sem deixar de recriar a presença impactante da figura conhecida pelo público.

Não por acaso, Portman segue como a favorita em levar para casa o Oscar de Melhor Atriz.

Larrain mantém a câmera próxima a Natalie em todos os momentos para aumentar o impacto emocional, especialmente quando a atriz circula pelos quartos vazios da Casa Branca, ligeiramente bêbada e usando vestidos extravagantes ao som de discos antigos - a trilha sonora de Mica Levi é realmente muito boa.

Jackie : Foto
Billy Crudup como o jornalista que fez histórica entrevista com Jackie
Dito isso, algumas cenas parecem coreografadas demais e as discussões de Jackie com o padre interpretado por John Hurt parecem fora de contexto e tiram parte da imersão por sua falta real de propósito.

Fora essas pequenas falhas, Jackie desafia os padrões de biografias ao mostrar sua protagonista de forma muito mais crua do que poderíamos esperar.

Portman encarna a personagem de maneira impressionante, a ponto de sentirmos suas dúvidas e sua dor ao longo de toda a obra.

Embora a narrativa não traga nada novo do ponto de vista histórico, é o drama e a atuação de Portman que fazem dessa obra algo impactante, não por se tratar de Jackie Kennedy, mas por mostrar uma mulher forte e sempre tão segura de si diante de sua maior provação.

(Crítica de Daniel Reininger - CineClick)

PRÊMIOS E INDICAÇÕES:
Oscar - Melhor Atriz - Natalie Portman
Oscar - Melhor Figurino
Oscar - Música (Original Score)

TRAILER:


FICHA TÉCNICA:
'JACKIE'
Título Original:
JACKIE
Gênero:
Biografia
Direção:
Pablo Larraín
Roteiro:
Noah Oppenheim
Elenco:
Beth Grant, Billy Crudup, Caspar Phillipson, Corey Johnson, David Caves, Don Whatley, Georgie Glen, Greta Gerwig, John Hurt, Lindsay Dyan Epp, Marla Aaron Wapner, Matthew Bowerman, Max Casella, Natalie Portman, Nathan Ferguson, Neal McNeil, Peter Sarsgaard, Richard E. Grant, Sunnie Pelant, Yann Bean
Produção:
Ari Handel, Darren Aronofsky, Juan de Dios Larraín, Mickey Liddell, Pascal Caucheteux, Scott Franklin
Fotografia:
Stéphane Fontaine
Montador:
Sebastián Sepúlveda
Trilha Sonora:
Mica Levi
Duração:
100 min.
Ano:
2016
País:
Chile / Estados Unidos / França
Cor:
Colorido
Estreia:
02/02/2017 (Brasil)
Distribuidora:
Diamond Filmes
Estúdio:
Jackie Productions / Jackie Productions (II)
Classificação:
14 anos

COTAÇÃO DO KLAU:


sexta-feira, 25 de maio de 2012

FESTIVAL DE CANNES: LONGA CHILENO COM GAEL GARCÍA BERNAL LEVOU PRÊMIO DA QUINZENA DOS REALIZADORES


"No", filme dirigido pelo chileno Pablo Larrian e protagonizado por Gael García Bernal, ganhou nesta sexta o Art Cinema Award na Quinzena dos Realizadores, mostra paralela ao Festival de Cinema de Cannes..
Divulgação
Gael García Bernal, em cena de "No"

“No” revisita um dos mais importantes episódios da história recente do Chile: em 1988, então há 15 anos no poder, o ditador Augusto Pinochet foi obrigado, por pressão internacional, a promover um referendo para saber se o povo ainda o queria como presidente.

Gael interpreta René Saavedra, o publicitário que promoveu a campanha do “Não” a Pinochet, que saiu vencedora e deu início à redemocratização do país.

O filme mostra como a campanha da oposição teve que deixar de ser “pesada”, cheia de imagens sobre as torturas do regime de Pinochet, para abraçar a linguagem da publicidade que tomava conta da TV já naquela época.

Criou-se assim uma campanha “positiva”, cheia de humor e imagens leves.

“Meu trabalho foi fazer uma espécie de download de informações sobre a época, para entender o contexto e entrar no ritmo, nas microesferas da vida chilena”, comentou Gael García Bernal, que desde o brasileiro “O Passado” (2007) não encontrava um papel tão bom.

“Eu era criança nos anos 80. O filme retrata esse imaginário sujo que eu e outras pessoas ainda têm dessa época, uma memória cheia de dor”, explicou o diretor Pablo Larraín – que já havia dirigido os excelentes “Tony Manero” e “Post Mortem”.

De acordo com o site "The Hollywood Reporter", a Sony comprou nesta semana os direitos para exibir o filme nos Estados Unidos.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

FESTIVAL DE CANNES: CONFIRA MAIS FILMES DA QUINTA


Nesta quinta, um filme latino-americano teve mais de três minutos de aplauso ao final da sessão na mostra paralela Quinzena dos Realizadores, no festival de Cannes.

É o chileno “No”, estrelado pelo mexicano Gael García Bernal e que revisita um dos mais importantes episódios da história recente do Chile: em 1988, então há 15 anos no poder, o ditador Augusto Pinochet foi obrigado, por pressão internacional, a promover um referendo para saber se o povo ainda o queria como presidente.
Divulgação
Gael García Bernal, em cena de "No"

Gael interpreta René Saavedra, o publicitário que promoveu a campanha do “Não” a Pinochet, que saiu vencedora e deu início à redemocratização do país.

O filme mostra como a campanha da oposição teve que deixar de ser “pesada”, cheia de imagens sobre as torturas do regime de Pinochet, para abraçar a linguagem da publicidade que tomava conta da TV já naquela época - criou-se assim uma campanha “positiva”, cheia de humor e imagens leves.

“Meu trabalho foi fazer uma espécie de download de informações sobre a época, para entender o contexto e entrar no ritmo, nas microesferas da vida chilena”, comentou Gael García Bernal, que desde o brasileiro “O Passado” (2007) não encontrava um papel tão bom.

“Eu era criança nos anos 80. O filme retrata esse imaginário sujo que eu e outras pessoas ainda têm dessa época, uma memória cheia de dor”, explicou o diretor Pablo Larraín – que já havia dirigido os excelentes “Tony Manero” e “Post Mortem”.

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Palma de Ouro em 2010 por “Tio Boonmee que pode recordar suas vidas passadas”, o tailandês Apichatpong Weerasethakul apresentou nesta quinta, fora de competição, seu novo filme, “Mekong Hotel”.

Foi difícil conter a decepção com o novo trabalho – apesar de ter apenas uma hora de duração, alguns espectadores saíram antes do filme terminar.

Depois do choque de criatividade de “Tio Boonmee...”, o tailandês mostrou uma obra com cenas mal iluminadas que mais parece um filme de estudante, ou um ensaio para um outro filme melhor.

“Mekong Hotel” é todo passado no hotel do título, que fica à beira do rio Mekong, fronteira natural entre a Tailândia e o Laos, onde uma moça conhece um rapaz e eles se apaixonam.

Ela vive o tempo todo no quarto com a mãe e Apichatpong insere aqueles elementos surreais que marcaram sua obra e que dão ao filme um certo encanto: a mãe é uma espécie de vampira, diz que vive há 600 anos naquele quarto, e numa cena aparece comendo as tripas da filha.
Divulgação
Cena de "Mekong Hotel"

Mas o resultado fica mesmo próximo do rascunho e do filme caseiro, tudo embalado por uma melodia chorosa de violão que toca do começo ao fim do filme, sem interrupção.

O diretor afirma que a música mimetiza o curso ininterrupto do rio, mas o que consegue mesmo é causar um tédio mortal.

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Ainda na quinta, a competição do festival apresentou seu pior filme até agora: o austríaco “Paradies: Liebe” (Paraíso: Amor), de Ulrich Seidl, cuja trama acompanha Teresa, uma senhora austríaca de meia-idade que, seguindo o conselho de uma amiga, embarca numa viagem de turismo sexual para o Quênia, na África.

Carente, Teresa se envolve com um nativo e se apaixona, para logo perceber que ele só quer o seu dinheiro.
Divulgação
Cena de “Paradies: Liebe”

Não contente com o erro, envolve-se ainda com um segundo, que só quer a mesma coisa.

Jogando na chave do humor negro, o filme é repleto de cenas de sexo constrangedoras – na principal, quatro amigas contratam um adolescente para “dar de presente” a Teresa no seu aniversário, e começam um jogo para saber quem consegue excitá-lo primeiro.

Seidl aborda o tema sem piedade, exibindo mulheres acima do peso, com os seios caídos, em busca de belos jovens como objetos sexuais, mas o cineasta evita um olhar moralista e não julga as personagens.

"O que me interessa é retratar a realidade. No Ocidente, ninguém olha para as mulheres de mais de 50 anos. É muito difícil para elas ter uma vida sexual. Assim a África é para elas um presente", disse o diretor austríaco.

"E para os jovens da praia, é uma maneira de sobreviver. Para eles, a maior conquista é ter uma relação de longo prazo com uma mulher branca, porque isto representa um emprego a longo prazo", concluiu na entrevista coletiva.

Confira o trailer de "Paradies:Liebe":

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Com Tiago Stivaletti, do UOL