Depois de muita especulação, a Amazon anunciou que produzirá a série baseada em 'O Senhor dos Anéis', após encerrar as negociações com os detentores dos direitos da obras J.R.R. Tolkien
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O acordo prevê várias temporadas e até mesmo a possibilidade da criação de um spin-off ambientado na Terra-Média, além de explorar o passado de personagens e do universo de Tolkien.
"Estamos honrados de trabalhar com a Tolkien Estante and Trust, com a HarperCollins e a New Line nesse novo projeto para a televisão e estamos animados para levar os fãs de O Senhor dos Anéis em uma nova jornada épica na Terra-Média", disse em comunicado oficial, Sharon Tal Yguado, supervisor das séries do Amazon Prime Video.
Matt Galsor, representante dos detentores dos espólidos de Tolkien comentou:
"Estamos felizes que a Amazon, com seu longo compromisso com a literatura, é o lar da primeira série de TV de O Senhor dos Anéis".
Por enquanto, a série da Amazon ainda não tem data de estreia.
Mestre dos mestres dos filmes de terror, o ator britânico Sir Christopher Lee foi o monstro de Frankenstein e a Múmia - até chegar ao personagem que, na época, final dos anos 1950, todos consideravam seu ápice, o definitivo: o Conde Drácula, que ele, um homem alto, de 1,91 metro, fazia com uma sensualidade e um tesão à flor da pele incomparáveis.
Christopher Frank Carandini Lee nasceu em Londres, 27 de maio de 1922 e ficou conhecido por sua versatilidade e longevidade cinematográfica, além de ser cantor de heavy metal, dos bons.
A carreira nas telona começou em 1948, no drama 'Corridor of Mirrors' e seu primeiro papel notável veio em 1958, no filme 'Drácula: O Vampiro da Noite', onde interpretou o Conde Drácula pela primeira vez.
Sua interpretação magistral do vampiro criado pelo escritor Bram Stoker se perpetuou em diversos longas, como 'Drácula, o Príncipe das Trevas' (1966), 'Drácula, o Perfil do Diabo' (1967), 'Sangue de Drácula' (1970) até o mais divertido deles - 'Drácula no Mundo da Minissaia' (1972).
Confira um compilado de cenas de Lee como Drácula:
Ao Lado de Peter Cusching (que fazia sempre o mocinho antagonista dos seus vilões), Lee foi definitivamente lançado ao estrelato como estrela da Hammer Films, estúdio britânico especializado no horror, no inesperado, no suspense e que tinha na grande criatividade de seus roteiristas e diretores sua marca maior.
Quanto sua carreira cinematográfica começou a declinar, graças ao seu parentesco com o autor Ian Fleming - ele era primo do criador de 007 - conseguiu uma entrevista com o poderoso produtor da cinessérie, Albert Broccoli, e humildemente pediu um papel - e ganhou!
O longa '007 Contra o Homem com a Pistola de Ouro' (1974) é considerado um dos mais fracos da saga Bond, mas, paradoxalmente, seu vilão Francisco Scaramanga é considerado um dos três melhores - ao lado de Ernst Stravo Blofeld e Auric Goldfinger.
Em suas memórias, seu grande amigo desde então, Sir Roger Moore, o Bond do longa, diz, entre risos: "Chris miseravelmente roubou o filme de mim".
Roubou mesmo: Moore era 007 pela segunda vez, o longa teve profundos cortes de orçamento e ele, Lee, soube aproveitar cada cena, cada diálogo, deixando seu Scaramanga simplesmente inesquecível.
Relembre cena de Lee com Moore no longa:
Voz poderosa, culto, gestos suaves e refinados, ver Lee nos sets, nos palcos ou nas entrevistas era um delírios para todos os sentidos.
Parecia que nunca ficava velho.
Mesmo começando a apresentar os problemas pulmonares que finalmente o matariam no último domingo (07), Lee foi capaz de fazer, sem dublês na maior parte do tempo, uma sensacional luta com sabres de luz em 'Star Wars: O Ataque dos Clones' (2002).
Esse segundo Conde na sua galeria, chamado Dookan, é um dos vilões mais lembrados pelos fanáticos fãs da saga.
Confira a cena:
No mesmo ano de 2002, já com 80 anos, Lee novamente se reinventou ao aceitar o convite do diretor neozelandês Peter Jackson para interpretar o mago Saruman em 'O Senhor dos Anéis', papel que repetiu várias vezes e o tornou ídolo dos cinéfilos mais jovens.
Veja cena de Lee ao lado de Sir Ian Mackellen, como Gandalf:
Paralelamente ao trabalho na saga criada por Peter Jackson, Lee engatou uma bem sucedida parceria com o diretor Tim Burton, em longas como 'A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça' (1999), 'A Fantástica Fábrica de Chocolate' (2005) e 'Alice no País das Maravilhas' (2010).
Em 2011, Christopher Lee recebeu das mãos de Tim Burton um Bafta especial pela carreira - The Guardian
A sua última aparição nas telonas foi em 'O Hobbit: A Batalha Dos Cinco Exércitos', filme que concluiu a saga adaptada por Peter Jackson.
Durante a Segunda Guerra Mundial, Lee lutou contra os nazistas quando serviu como voluntário no serviço de inteligência da Força Aérea Real Britânica e agregando sua carreira cinematográfica, ganhou o título de Cavaleiro Real das mãos do Príncipe Charles, passando a usar o título de Sir Lee, em 2009.
O herdeiro da coroa britânica, Charles, sagra Chris Lee Cavaleiro do Império, em outubro de 2009 - Daily Mail
Além da vasta carreira no cinema, Lee também criou seu espaço no mundo musical: aos 92 anos, ele lançou seu quarto álbum como cantor de heavy metal, chamado 'Metal Knight'.
Confira o vídeo do Omelete:
Segundo o jornal londrinoThe Telegraph, Sir Christopher Lee morreu no último domingo (07), no hospital Chelsea & Westminster, em Londres, onde estava internado há três semanas, se tratando de problemas respiratórios e falência cardíaca.
Birgit Kroencke, esposa de Lee, decidiu só informar à imprensa sobre sua morte depois de conversar com os membros mais próximos da família, nesta quinta (11).
Muito querido no mundo do cinema, Lee recebeu inúmeras homenagens de pessoas importantes da indústria e de fãs - muitos ilustres, como o primeiro ministro britânico David Cameron - mas as mais tocantes vieram de Peter Jackson e do também veterano ator Sir Ian Mckellen.
A dupla, que trabalhou com Lee nos três filmes da franquia 'O Senhor Dos Anéis' e nos dois de 'O Hobbit', divulgou uma carta cada, em que relembram os bons momentos passados com o ator.
Jackson iniciou sua carta dizendo:
"É com tremenda tristeza que descobri sobre o falecimento do senhor Christopher Lee. Ele tinha 93 anos, não andava bem de saúde, mas seu espírito continuava, como sempre, indômito".
O cineasta ainda falou sobre a admiração pelo ator:
"Eu fui sortudo o bastante de trabalhar com Chris em cinco filmes, apesar disso nunca me cansei de vê-lo em cena. Eu lembro que no meu aniversário de 40 anos (ele tinha 80 na época) ele me disse 'Você é metade do homem que eu sou'. Ser metade do homem que Christopher Lee é, é mais do que eu podia imaginar. Ele era um verdadeiro cavalheiro, em uma época em que os cavalheiros não são mais valorizados".
Jackson termina sua carta com uma certeza:
"Não haverá outro Christopher Lee. Ele tem uma lugar único na história do cinema e nos corações de milhões de fãs ao redor do mundo".
Peter Jackson entrega uma placa de agradecimento a Lee, após este rodar sua última cena como Saruman em 'O Hobbit: A Batalha Dos Cinco Exércitos' - Divulgação
Já Sir McKellen, em sua carta, relembra um episódio divertido envolvendo ele e Lee, na época em que se reuniram para as filmagens de 'O Senhor Dos Anéis'.
Sir McKellen, Sir Lee e Jackson, durante as filmagens de 'O Senhor dos Anéis' - Divulgação
"Quando eu cheguei na Nova Zelândia para começar as filmagens no papel de Gandalf, na primeira semana do século XXI, Peter Jackson organizou um jantar para algumas pessoas do elenco. Eu estava feliz bem ao lado de Christopher Lee, que eu conheci durante minha vida de ator-admirador. Ele tinha sido escalado para viver o Mago Saruman, mas a primeira coisa que ele me disse foi: 'Eu sempre pensei que eu deveria interpretar o Gandalf. Eu leio O Senhos dos Anéis todos os anos - as vezes duas vezes ao ano'".
Grande ator, grande figura, que fará uma falta imensa nas telonas, nos nossos DVDs e nos nossos corações.
Quando foi lançada, em 2001, a adaptação de "O Senhor dos Anéis" era uma aposta arriscada da produtora New Line.
Dividido em três longos filmes, gravados simultaneamente - ao custo de quase 300 milhões de dólares na Nova Zelândia - e dirigida por Peter Jackson, até então conhecido por seus filmes de terror - "Trash", "Fome Animal" -, nada garantiria o sucesso dos filmes com o grande público ou mesmo com os fãs dos livros de J. R. R. Tolkien.
Divulgação
Os atores Viggo Mortensen e Ian McKellen em cena do filme "O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei" (2003)
Anos depois da estreia no cinema, o sucesso de "O Senhor dos Anéis" pode ser medido nos muitos Oscar arrebatados pela trilogia - foram 17 prêmios, incluindo melhor filme para "O Retorno do Rei" -, pelo sucesso de bilheteria e finalmente pela produção das versões estendidas dos filmes, reunidas em novo box de DVD que chega ao Brasil via Warner com muito atraso - nos EUA, o mesmo box foi lançado em 2006.
As quase três horas de filme adicionais são apenas parte do conteúdo dessa brilhante caixa.
Seus 12 DVDs - por ora, a versão estendida de "O Senhor dos Anéis" só foi lançada em DVD, a previsão da Warner é que uma edição em Blue-ray venha em 2011 - são recheados de extras capazes de tirar o folêgo.
Entre as atrações estão a inspiração dos livros de Tolkien, a construção da Terra-Média na Nova Zelândia, documentários fascinantes - como "Um Dia na Vida de um Hobbit" -, entrevistas com o elenco, milhares de fotos comentadas pelos artistas, miniaturas das locações, storyboards para comparação com o filme, conceitos descartados - como a luta entre Aragorn e o vilão Sauron - e muito, muito mais.
A versão estendida não diminui o valor dos filmes originais - esses podem ser considerados a versão do diretor, a forma como Jackson quis exibir "O Senhor dos Anéis".
Os DVDs ampliam a compreensão da história, e acrescentam novas cenas que certamente empolgarão os fãs, como a passagem de Aragorn - Viggo Mortensen - nas Casas de Cura, e a queda da Montanha da Perdição.
Fica demonstrado, assim, um grande serviço aos fãs e prova do cuidado do diretor e de sua equipe na transposição da Terra-Média para o cinema, pois incluem centenas de efeitos especiais extras e até mesmo novas faixas para a trilha musical, compostas por Howard Shore e interpretadas pela Orquestra Filarmônica de Londres.
As cenas adicionais e os documentários fantásticos que compõem metade do conteúdo dos discos só provam: valeu a pena a longa espera.
Leia abaixo a resenha de cada um dos filmes e dos respectivos extras que compõem o box :
Trilogia Senhor dos Anéis - Edição Especial Estendida- 12 DVDs Distribuidora: Warner Filmes: "A Sociedade do Anel", "As Duas Torres", "O Retorno do Rei" Extras: Documentários, Bastidores das Filmagens, entrevistas com o elenco, diretor e equipes de produção, mapas interativos, galeria de fotos, figurino, storyboards, demonstração dos efeitos especiais Preço: R$199
