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quinta-feira, 10 de outubro de 2019

'GRETA': FOCANDO NOS MARGINALIZADOS E NOS SEM ESPERANÇA, LONGA É TRABALHO MAGISTRAL DE MARCO NANINI E DENISE WEINBERG


SINOPSE:

Pedro (Marco Nanini) é um enfermeiro gay de 70 anos, que trabalha em um hospital público de Fortaleza.

Sua melhor amiga é Daniela (Denise Weinberg), artista transexual que enfrenta graves problemas de saúde.

Quando ela precisa ser internada, mas não encontra leito disponível, Pedro sequestra um paciente recém-chegado, Jean (Démick Lopes) - e o abriga em sua casa.

Inicialmente, o enfermeiro tem medo do rapaz agressivo, que se esconde da polícia por ter assassinado um homem a facadas.

Depois, nasce entre eles uma relação de cumplicidade e afeto.

CRÍTICA:

Greta, que estreia hoje em circuito comercial depois de fazer sucesso em festivais mundo afora, se abre com uma visão pouco animadora do Brasil atual.

Os personagens são os marginais, os sobreviventes de um sistema falido: um enfermeiro gay de 70 anos de idade (Marco Nanini), solitário, que costuma se envolver emocionalmente com os pacientes do hospital; um ladrão que acaba de matar outro homem a punhaladas (Démick Lopes), buscando um local para se esconder, mas também um pouco de carinho; uma mulher transexual (Denise Weinberg) que pressente o fim devido a uma doença e deseja morrer em cena, se apresentando, por não enxergar mais sentido na vida.

Não temos aqui um filme desesperado, nem excessivamente dramático, embora transborde em cada imagem uma dose de melancolia.

Os personagens se relacionam por necessidade ou carência, o que se traduz num sexo frequente e paliativo, jamais motivado por amor.

Na trama, Pedro (Nanini) oculta Jean (Lopes) em seu apartamento enquanto teme perder Daniela (Weinberg).

Eles têm apenas um ao outro, e os laços que os unem são frágeis, podendo se romper a qualquer momento.

Não existem outros amigos, familiares, colegas de clube ou igreja: Jean parece sequer estar sendo procurado de verdade, enquanto Pedro oculta suas infrações no hospital sem grande esforço.

Afinal, ninguém se importa com eles.

“Acabou o tempo, viu?”, afirma Daniela a dois clientes de um motel.
A frase poderia se aplicar a todos os personagens em cena.

O principal mérito do projeto é o teor tão crítico quanto empático, traduzido em belas cenas da cidade de Fortaleza refletida no vidro do quarto durante uma conversa, ou uma cena de sexo entre dois personagens na cama.

O diretor Armando Praça demonstra apreço pelos planos fixos nos quais o espaço fora da imagem diz tanto quanto aquilo que é enquadrado.

No sexo, um fragmento dos corpos sugere a penetração logo ao lado; durante a fuga do hospital, o plano próximo de um carrinho de lavanderia representa todos os personagens ao redor do objeto.

Quando duas pessoas conversam, observamos o rosto de apenas uma delas.

A solidão também é ilustrada por essa fragmentação, a ausência de reciprocidade das comunicações, típica do plano e contra plano.

Porém, muitos diálogos são escritos demais - e a metáfora sobre Greta Garbo é utilizada em excesso por um personagem que poderia simplesmente estar assistindo a um filme da atriz ou ter os seus cartazes na parede, ao invés de verbalizar frases de efeito com frequência, fica muito cansativo.

Do mesmo modo, a escolha de uma atriz cisgênero para interpretar uma mulher transexual é contestável.

O diretor Praça se defendeu em Berlim, dizendo que escolheu a atriz trans Gretta Sttar para interpretar uma mulher cis, o que equilibraria a escalação e comprovaria que qualquer mulher poderia interpretar qualquer papel.

Só que essa lógica teria sentido se estivéssemos num contexto em que mulheres trans já ocupassem todos os papéis trans, não precisando portanto ser reduzidas a estas personagens.

Em pleno 2019, transexuais sequer ocupam papéis de transexuais, o que justifica que interpretem no mínimo estas personagens, para também interpretarem outros.

Na configuração final, a talentosa Weinberg, atriz cisgênero, ocupou um papel de destaque que poderia ter conferido merecido protagonismo a uma atriz trans.

Gretta Sttar, trans, foi escalada para um papel menos importante dentro da narrativa.

Exceto por esta questão, essencial numa obra que defende os marginais e a diversidade sexual e de gênero, o longa demonstra o melhor tipo de ousadia que se poderia esperar de um projeto do tipo: o fato de tratar com naturalidade, sem fetiches nem senso de espetáculo, o amor entre pessoas desprivilegiadas.

Praça filma o sexo como quem filma um abraço e assim, vivemos em tempos que o afeto pode ser uma força subversiva e, espera-se, transformadora.

Vale uma olhada.

Filme visto no 69º Festival Internacional de Cinema de Berlim, em fevereiro de 2019.

GALERIA DE IMAGENS:
Greta : Foto

Greta : Foto

Greta : Foto

Greta : Foto

TRAILER:


FICHA TÉCNICA:
GRETA
Gênero:
Drama
Direção:
Armando Praça
Elenco:
Marco Nanini, Démick Lopes, Denise Weinberg, Gretta Sttar
Roteiro:
Armando Praça
Produção:
João Vieira Jr., Nara Aragão, Armando Praça
Produtor Executivo:
João Vieira Jr.
Diretor de fotografia:
Ivo Lopes Araújo
Montadora chefe:
Karen Harley
Figurinista:
Thaís de Campos
Operador de Boom:
Moabe Filho
Autor da mixagem de som:
Nicolau Domingues
Montador de som:
Waldir Xavier
Produção:
Carnaval Filmes, Segredo Filmes
Distribuição:
Pandora Filmes
Data de lançamento:
10 de outubro de 2019
Duração:
1h37min
Nacionalidade:
Brasil
Classificação Indicativa:
18 anos

COTAÇÃO DO KLAU:

quinta-feira, 5 de abril de 2012

COM MAIS DRAMA E MENOS HUMOR, 'A GRANDE FAMÍLIA' REESTREIA COM O BATIDO RECURSO DO SALTO NO TEMPO


O artifício é mais que manjado.

A série "Dallas" - megassucesso dos 80 e que voltará ao ar nesse ano - teve uma reviravolta que entrou para a história dos seriados: no começo de sua nona temporada, Pamela Ewing acorda um belo dia e dá de cara com o marido Bobby, que tinha morrido na temporada anterior.
Tudo não havia passado de um sonho!

Mais recentemente, e depois de quatro temporadas, a ação de "Desperate Housewives" deu um salto de cinco anos: casais se separaram, algumas crianças cresceram, outras nasceram, e o seriado - que termina no mês que vem, depois de oito temporadas - ganhou uma sobrevida.

"A Grande Família" acaba de lançar mão do mesmo artifício do salto no tempo na estreia de sua 12ª temporada - que a Globo levou ao ar agora a pouco.

Nas primeiras cenas, Lineu - Marco Nanini -  e Nenê - Marieta Severo - parecem estar vivendo as benesses da nova classe média, e vão fazer sua primeira viagem ao exterior, para Buenos Aires.

Só que Lineu é atropelado ao salvar o neto Florianinho e fica quatro anos em coma, o que bagunçou a cabeça dos telespectadores fiéis à série, uma das mais leves ainda no ar.

Divulgação - TV Globo
Florianinho e Lineu - avô fica em coma e não viu neto crescer

Se o afiadíssimo elenco é o mesmo, o roteiro sério e dramático de hoje deu ao telespectador uma sensação de estranheza, com um final abrupto e a espera de que a ação iria continuar na semana que vem - o que não vai acontecer.

Quatro anos depois ao voltar do coma, Lineu é apresentado a tantas novidades em seu mundinho rotineiro que tem um chilique e é novamente internado.

Afinal, Dona Nenê está a um passo de um envolvimento amoroso com o doutor Romero - Juca de Oliveira, numa participação especialíssima, como o médico responsável por cuidar do patriarca da família Silva nesse tempo todo -, sua filha Bebel - Guta Stresser - agora é uma "perua" - com cabelão e lentes azuis -, o neto Florianinho - Vinícius Moreno - já é um adolescente malandro e folgado igual ao pai, Agostinho - Pedro Cardoso -, que aproveitou a ausência de Lineu para aumentar a sua frota de táxi, apropriando-se do carro do sogro e com Paulão - Evandro Mesquita - ainda como sócio.

As cenas de Nenê no hospital, esperando pelo retorno de Lineu e seu envolvimento amoroso com o doutor Romero foram um pouco carregadas demais - ela já estava quase partindo com o médico para Buenos Aires quando Lineu voltou do coma, sentindo-se traído pelo homem que salvou sua vida, em cenas muito bem interpretadas e dirigidas, mas sem o tom de comédia despretensiosa a que os fãs do seriado estão acostumados.

Divulgação
Cena da abertura em animação da série

O melhor do episódio ficou com o filho do casal, Tuco.
O personagem de Lúcio Mauro Filho arranjou um emprego na televisão, interpretando um tipo que lembrou muito um antigo sucesso seu no "Zorra Total" - uma bichinha divertida que detonava as teorias do seu "papi", Jorge Dória, sobre a sua masculinidade - a bichinha grita que só não "sai do armário" porque papai não deixa! - sen-sa-cio-nal!

Com uma equipe de redatores e diretores de primeira, "A Grande Família", mesmo tendo usado o recurso do salto do tempo manjado,  com certeza saberá dosar o equilíbrio entre  suas histórias e o humor leve e despretensioso  que sempre caracterizou uma das séries mais vistas e mais queridas da história da TV brasileira.

"A GRANDE FAMÍLIA" - 12ª TEMPORADA
Onde: 
Globo
Quando:
Quintas
Horário:
22:30h.
Cotação do Klau:

domingo, 13 de fevereiro de 2011

A SEMANA NA TV

DVD comemora os 10 anos de "A Grande Família"; a segunda temporada de "Glee"; Arnaldo Antunes na MTV; Bianca Bin encara sua primeira protagonista;Michael Rosembaum volta a "Smallville"; Peggy Rea, que trabalhou nos mais legais seriados da TV americana, morreu nesta semana.

Confira o resumo de notícias das telinhas:

DVD RESUME 10 ANOS DE "A GRANDE FAMÍLIA"

Os motivos das brigas e dos mal-entendidos são sempre diferentes, mas o espectador sabe que os problemas da família Silva vão se resolver no final... pelo menos até a chegada do próximo episódio!

Alguns dos episódios de "A Grande Família", série exibida pela TV Globo, foram lançados em DVD que busca resumir os dez anos do humorístico.

Num dos melhores, o metódico Lineu - Marco Nanini - procura um psicanalista para salvar seu casamento, só que, além de não conseguir fazer análise com uma mulher, sua esposa Dona Nenê - Marieta Severo - acha que a senhora que recebe as visitas do marido é amante dele.

Márcio Nunes/TV Globo/DivulgaçãoLineu - Marco Nanini -, Dona Nenê - Marieta Severo - e Tuco - Lúcio Mauro Filho - em cena do seriado "A Grande Família"

Outro personagem impagável é Agostinho Carrara, vivido por Pedro Cardoso.
Para ganhar dinheiro, o genro de Lineu resolve usar a casa da sogra para hospedar estrangeiros recém-chegados ao Rio.

Só que para isso, precisa lidar com os chiliques da mulher, Bebel - Guta Stresser.

O DVD possui ainda uma faixa extra dedicada a Rogério Cardoso (1937-2003), com um dos episódios em que ele vive Seu Flor, pai de Nenê.

Os caprichados extras também tem depoimentos dos colegas sobre como foi trabalhar com Cardoso, making offs e entrevistas com o elenco.

"A GRANDE FAMÍLIA - 10 ANOS"
DISTRIBUIÇÃO:
Som Livre
QUANTO:R$ 39, em média
CLASSIFICAÇÃO:14 anos


"GLEE" SEGUNDA TEMPORADA

Com absurdos quatro meses de diferença em relação aos Estados Unidos, o Brasil começou a ver a segunda temporada de "Glee".

Enquanto por aqui acompanhamos o retorno dos coralistas nerds ao McKinley High, por lá muita água já rolou - e se não quiser saber o que aconteceu, pare de ler por aqui.

A primeira metade da temporada é centrada no "bullying" que o aluno gay Kurt - Chris Colfer - sofre dos jogadores do time de futebol.

DivulgaçãoElenco faz versão da música "Thriller", de Michael Jackson, em episódio de "Glee"

Embalada pelo segundo Globo de Ouro seguido, a série voltou no último domingo às telinhas americanas, com seu primeiro episódio inédito do ano, onde os jogadores do time de futebol são obrigados a se juntar ao coral para vencer um jogo importante.

A turma fez um cover caprichadíssimo de "Thriller", de Michael Jackson 0 cantada com "Heads Will Roll", do Yeah Yeah Yeahs - e foi exibida fora de seu horário habitual - foi ao ar após o Super Bowl, maior evento esportivo e televisivo dos Estados Unidos.

O episódio teve 26,8 milhões de espectadores, o que o torna o mais visto dos últimos três anos na TV norte-americana.

Por aqui, a Globo comprou e ainda não exibiu um só episódio da série na TV aberta.
Mais uma grande sacanagem da líder para com os telespectadores brasileiros.

"GLEE" - 2ª temporada
QUANDO:
Quartas, às 22h
ONDE: Fox
CLASSIFICAÇÃO: Não informada


ARNALDO ANTUNES ESTREIA NA MTV

Com 30 anos de carreira musical e mesmo sem nunca ter comandado um programa de TV,
Arnaldo Antunes teve carta branca da MTV para criar sua própria atração.

O resultado: "Grêmio Recreativo Arnaldo Antunes", que estreia no dia 24 de março, com dez edições previstas, uma por mês.

No palco do programa nada convencional, um encontro entre amigos e convidados do músico, em um formato que mistura show, bastidores e bate-papo - uma espécie de "festa" no quintal do ex-Titãs, só que com plateia e em palcos de casas noturnas diferentes.

Após o ensaio do primeiro programa - que foi gravado no Studio SP, em São Paulo, na última quarta, a repórter Keila Jimenez, da Folha de S.Paulo, conversou com Antunes.

Ele se sente como um "curador" desses encontros que marcam a volta da música ao vivo à MTV.

Letícia Moreira/Folhapress O cantor e compositor Arnaldo Antunes

Folha - Como foi o convite para ter um programa na MTV?
Arnaldo Antunes - A Helena Bagnoli [presidente do canal] perguntou se eu tinha uma ideia e me convidou para fazer alguma coisa na TV.
Falei: não me vejo como apresentador nem como entrevistador, o que topo fazer é uma "jam". Sou um anfitrião. O negócio é reunir a galera para mostrar a diversidade e, ao mesmo tempo, criar encontros inusitados. O nome "Grêmio Recreativo" é isso: grêmio porque reúne as pessoas e recreativo porque é pra gente se divertir.


Já tinha imaginado ter um programa de TV?
Não, nem acho que é um programa de TV convencional. Me livrei das obrigações do papel de apresentador. Fica só o prazer.

Chamará Titãs e Tribalistas?
Vou, claro. Não quero chamar todos os Titãs juntos. Os Tribalistas tenho vontade.

Vai chamar só os amigos?
É uma curadoria, vale o trabalho antes de qualquer coisa. Primeiro, a afinidade estética. Depois, a afinidade afetiva, que também conta.

Como foi a escolha das casas noturnas para as gravações?
Não quis ter lugar fixo, podemos gravar até no Rio.

O que prefere ver em TV?
Telejornal, filme, programa de música. Pô, adoro programa de auditório.

Vê Silvio Santos (SBT)?
Se tiver zapeando e parar, fico vendo, acho bacana.

O que odeia ver na TV?
Não penso, não sei...

E novela?
É raro. Agora estou totalmente por fora. No fim das férias, vi o final da... como foi? Aquela que tinha o Tony Ramos ["Passione"].


BIANCA BIN SE PREPARA PARA SUA PRIMEIRA PROTAGONISTA NA PRÓXIMA NOVELA DAS 6

Bianca Bin viu sua carreira deslanchar rapidamente.

A atriz estreou na TV como a protagonista da temporada de 2009 de "Malhação", no ano seguinte, interpretou a Fátima de "Passione", e, antes do fim da trama de Silvio de Abreu, já estava escalada para interpretar Açucena, a mocinha de "Cordel Encantado", próxima novela das seis da Globo.
"Estou emendando uma coisa na outra, mas estou muito ansiosa. Quero começar a gravar logo".

A vontade de dar vida à nova personagem, no entanto, não disfarça a insegurança que Bianca sente, conforme ela mesma demonstra, na entrevista a seguir, feita pela repórter Luana Borges do site PopTevê.

Luiza Dantas /CZNA atriz Bianca Bin

Mas é justamente nesse "frio na barriga" que ela vê graça.
"Gosto de ter essa sensação de caminhar na beira do abismo porque isso é que me impulsiona, me tira do lugar confortável e me faz evoluir como profissional".

Essa ansiedade toda veio à tona quando Bianca fez o teste para o novo papel, e a resposta positiva veio só quinze dias depois, tempo suficiente para a atriz ficar apreensiva.
"Teste é sempre a mesma coisa. As pessoas vinham me falar que o meu tinha sido bom. Eu disse: 'Gente, não quero ouvir mais nada'".

Agora, ela se prepara para viver Açucena na novela "Cordel Encantado", onde ela interpretará uma cangaceira que descobre ser, na verdade, uma princesa - depois que essa revelação acontece, o nome da personagem passa a ser Aurora.

Essa não é a primeira vez que Bianca encarna jovens que pensam ser uma coisa e são outra: a Marina de "Malhação" achava que era filha de um homem, mas era de outro; a Fátima de "Passione" passou parte da história acreditando ser filha de sua avó.

Essas vivências na ficção, de certa maneira, ajudam Bianca a entender como será a cena em que Açucena descobrirá sua verdadeira identidade.
"São sequências tensas e dramáticas, que exigem um pouco mais de concentração da gente".

A diferença é que, dessa vez, trata-se de uma fábula e não de uma história contemporânea, e, por isso mesmo, Bianca não se preocupa em encontrar um compromisso com a realidade na hora de criar a personagem.
"Acho que a composição da Açucena vai ser mais por 'feeling' e pelo que o texto me dá como elemento".

A atriz está se dedicando às aulas de equitação e de prosódia - o sotaque é parte fundamental do processo.
"Considero o sotaque 50% da caracterização".

A ideia é falar de uma maneira que tenha influências de Pernambuco e da Paraíba, e, para isso, Bianca está escutando algumas músicas do cantor pernambucano Lenine, e viu entrevistas do escritor paraibano Ariano Suassuna.
"Estamos fazendo uma mistura para deixar uma coisa equalizada para o elenco inteiro. É mais uma filosofia do vocabulário, da língua, do ritmo da fala. É um estudo do sotaque".

Açucena, seria interpretada por Paola Oliveira - que teve de entrar às pressas em "Insensato Coração" no lugar de Ana Paula Arósio - mas Bianca não se sente substituindo Paola, ainda mais porque, quando um ator do elenco é trocado, vários outros podem ser realocados de outra maneira dentro da história.
"Estou tentando criar a minha versão da Açucena. Não estou encarando como uma substituição da Paola para buscar alguma coisa que ela faria", frisa ela, que prefere não eleger nenhum trabalho como o mais marcante.

Para a atriz, as duas personagens que interpretou na TV tiveram a mesma importância.
"A gente começa de um jeito e não tem como terminar da mesma forma. Cada ciclo de trabalho é uma grande mudança para mim".

MICHAEL ROSEMBAUM VOLTA COMO LUTHOR EM "SMALLVILLE"

Ontem, a Entertainment Weekly disse que Michael Rosenbaum - o Lex Luthor de "Smallville"- não voltaria para os últimos episódios desta décima e última temporada.

Hoje, é o Deadline que diz: Rosenbaum acaba de fechar acordo para voltar ao seriado e isso acontecerá no último episódio - com duas horas de duração - que será exibido no dia 13 de maio nos Estados Unidos.

A tentativa de trazer Luthor de volta neste último ano - ele saiu da série em 2008 - já vem de algum tempo e até agora não tinha dado certo. Mas a coisa mudou.
"Parece que as estrelas estão se alinhando, literalmente. Não poderíamos estar mais felizes com a volta de Michael. E com seu retorno, não há dúvidas de que ele será o grande rival da vida de Clark. Ele é o grande vilão da história", disseram os produtores Kelly Souders e Brian Petersen.

Divulgação

Michael Rosenbaum está de volta

E Rosenbaum também falou:
"Estou fazendo isso simplesmente por causa dos fãs que fizeram "Smallville" ser este grande sucesso. Agradeço toda a paixão deles e até suas ameças haha. Mal posso esperar para abraçar a equipe em Vancouver [onde o seriado é filmado] mais uma vez e ver meus velhos amigos novamente... Ah, e também fazer Lex virar o grande vilão que está destinado a ser".

O último episódio da série - que o SBT voltou a exibir todas as tardes na Tv aberta - está sendo aguardadíssimo, pelos boatos de que, finalmente, o Clark Kent interpretado por Tom Welling vestirá o uniforme azul e vermelho do Superman.
Vamos aguardar.

PEGGY REA

Essa postagem é dedicada à memória da atriz Peggy Rea, que atuou em muitos seriados de TV ao longo de uma longa carreira , incluindo "Os Gatões" e "Os Waltons".

A carreira da atriz começou década de 1950, quando ela apareceu no seriado "I Love Lucy", estrelado por Lucille Ball.

Durante os anos 1960 ela atuou em seriados como "Dr. Kildare", "Missão Impossível" e "The Red Skelton Hour".

No final dos anos 1970, Rea fez o papel de Rose Burton no drama familiar "OsWaltons", e nos anos 1980, foi Lulu Hogg em "Os Gatões", seriado cheio de cenas de ação.

Mais recentemente ela foi vista em seriados como "Step by Step" e "Grace Under Fire".

Rea morreu em 5 de fevereiro, aos 89 anos, de falência cardíaca em sua casa em Toluca Lake, comunidade da região de Los Angeles, revelou o "The Hollywood Reporter".


*****

ATÉ +!

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

"O BEM AMADO" VIROU MICROSSÉRIE. SE O FILME JÁ NÃO ERA GRANDE COISA...


"O Bem Amado" (2010), filme do diretor Guel Arraes, virou minissérie, e será exibido em quatro capítulos, de hoje a sexta.

A novidade é que a microssérie terá 26 minutos a mais dos 107 originais, já que vai mostrar cenas extras que foram cortadas na edição.

A ideia de transformar o filme em série surgiu antes mesmo do início das filmagens.
"Poder pensar nos dois formatos ao mesmo tempo quando se está em fase de planejamento e depois ainda no set de filmagem é muito rico", diz Arraes.

Marco Nanini interpreta Odorico Paraguaçu, prefeito da pequena cidade de Sucupira, cuja meta principal é inaugurar o cemitério municipal.
Quando finalmente Odorico consegue finalizar a obra, ninguém morre na cidade.
Em sua incansável trajetória de produzir um defunto, surge Ernesto - Bruno Garcia -, o moribundo primo das irmãs Cajazeiras, interpretadas por Drica Moraes - Jucinéia - , Andréa Beltrão - Dulcinéia -, e Zezé Polessa - Dorotéia.

O elenco tem ainda como destaques José Wilker - como o jagunço Zeca Diabo -, e Matheus Nachtergaele - como Dirceu Borboleta.

O filme - e com certeza a microssérie - não chegou nem perto dos originais: "O Bem Amado" já foi uma novela - a primeira produzida em cores na televisão brasileira - escrita por Dias Gomes e exibida pela Globo em 1973,
inspirada em uma peça de autoria do próprio Dias Gomes.

Intitulada "Odorico, o Bem Amado" foi levada nos palcos brasileiros com relativo sucesso, primeiro com a lenda Procópio Ferreira fazendo o protagonista Odorico, depois com Paulo Gracindo, que repetiu o papel na TV.

A novela foi um enorme sucesso, principalmente graças ao carisma dos protagonistas: Paulo Gracindo fez um Odorico histórico, Lima Duarte deu vida a Zeca Diabo, Emiliano Queiróz fez uma composição primorosa do secretário e pau pra toda obra de Odorico, Dirceu Borboleta, e as irmãs Cajazeiras - interpretadas por Ida Gomes, Dorinha Durval e Dirce Migliaccio - faziam o mix de humor e sexo com maestria.

O Globo
Paulo Gracindo como Odorico, rodeado pelas atrizes: Dorinha Durval, Ida Gomes e Dirce Migliaccio (da esqueda para a direita) -
em imagem promocional da novela

Em 1980, "O Bem Amado" virou série, mantendo o mesmo elenco principal; foi outro estrondoso sucesso.

O mal dos remakes é exatamente esse que "O Bem Amado" também sofreu: como os originais - novela e série - foram muito bons, o público esperava mais do filme de Guel Arraes, pelo texto, pelo diretor e pelo elenco escalado.

Infelizmente, não foi o que aconteceu: o filme foi só mais um a ocupar espaço nos cinemas no ano passado, e a minissérie deve servir para isso mesmo, só ocupar quatro dias de espaço na grade de programação da Globo.

Divulgação / Globo Filmes
Marco Nanini como Odorico, beija a mão de Drica Moraes como Jucinéia, sob os olhares de Zezé Polessa - Dorotéia - e Andréa Beltrão - Dulcinéia

E ainda vai ter 26 minutos a mais!

"O BEM AMADO"
O que é: minissérie em 4 capítulos, editada a partir de filme homônimo
Direção: Guel Arraes
Elenco:
Marco Nanini
José Wilker
Matheus Nachtergaele
Drica Moraes
Andréa Beltrão
Zezé Polessa
Bruno Garcia
Quando: de hoje (18) a sexta (21)
Onde: Globo, 23:30h
COTAÇÃO DO KLAU:

domingo, 9 de janeiro de 2011

A SEMANA NA TV

Katie Holmes desempregada novamente; "V" começa segunda temporada sensacional; atores de "Barrados no Baile" voltam a trabalhar juntos novamente; Justin Bieber em "Glee"; rumores sobre novo seriado da "Mulher Maravilha"; "O Bem Amado" volta novamente como série na Globo...

Essas e outras, no resumo semanal de notícias das telinhas!

Confira:


MINISSÉRIE SOBRE JACKIE KENNEDY PROTAGONIZADA POR MULHER DE
TOM CRUISE FOI CANCELADA
A rede de TV A&E decidiu cancelar a exibição da minissérie "The Kennedys", segundo o site da "Hollywood Reporter".

Reprodução

Katie Holmes, caracterizada como a primeira-dama americana Jackie Kennedy, nas gravações da minissérie

A produção vinha sendo alardeada como a mais cara do History Channel, um dos canais da rede.

Nela, Greg Kinnear fez o papel do ex-presidente Kennedy e Katie Holmes, a primeira-dama Jackeline.

"Apesar de ter sido produzida com o mais alto nível de qualidade, após ver o produto final, chegamos à conclusão de que a reconstituição dramática não se encaixa no padrão da marca History", comentou um representante da rede, em nota.

Inicialmente programada para o primeiro semestre deste ano, a minissérie causou controvérsia desde que foi anunciada, em 2009, já que estudiosos do período Keneddy afirmaram que havia distorções no roteiro, que chegou a ser modificado após as críticas.

Apesar do cancelamento nos Estados Unidos, a minissérie ainda está programada para ir ao ar no Canadá, em março.

Se nem os telespectadores americanos quiseram, é porque essa minissérie deve ser uma bomba.

Quanto vocês querem apostar que isso vai ser exibido por aqui, logo depois do Canadá?

E o cancelamento é péssimo para a carreira de Katie Holmes, que, desde que virou mulher de Tom Cruise e mãe de Suri - a garota enxaqueca - nunca mais fez nada que prestasse.

A sem noção teve a petulância de recusar voltar a interpretar a promotora Rachel Dawes - o interesse amoroso do herói, que tinha feito em "Batman Begins"(2005) - na continuação "Batman, o Cavaleiro das Trevas" (2008), e jogou o papel no colo da ótima atriz Maggie Gyllenhaal, que deu um banho de interpretação.

Vai acabar conhecida como "a mãe da Suri".


"BRANDON" E "DYLAN", JUNTOS NOVAMENTE

Os atores Jason Priestley, 41, e Luke Perry, 45, voltaram a trabalhar juntos, de acordo com o site E! Online.

Divulgação

Jason Priestley e Luke Perry

Os intérpretes de Brandon Walsh e Dylan McKay em "Barrados no Baile"(1990-2000) estão na equipe de "Goodnight for Justice", só que não contracenarão - Priestley é o diretor da produção.

"Quando entrei em 'Barrados no Baile', Jason já queria ser diretor. Sabia que ele iria me dirigir um dia", disse Perry.

Já Priestley declarou que se sente "honrado" de ter sido escolhido como diretor, já que o projeto foi desenvolvido pelo amigo.
"É sempre bom trabalhar com amigos", afirmou.

O filme, feito para televisão, vai estrear no Hallmark Movie Channel, nos Estados Unidos, no dia 29.

Relembre a abertura da série "Barrados no Baile":




Aguardando pra ver o resultado.


"GLEE" TERÁ EPISÓDIO ESPECIAL COM JUSTIN BIEBER

Segundo o site TV Line, o seriado musical "Glee" vai fazer um episódio especial com músicas do ídolo teen Justin Bieber.

Diversos sucessos do cantor devem ser incluídos, mas ainda não há certeza sobre quais.

Lucas Jackson/Reuters

O cantor adolescente Justin Bieber

De acordo com a publicação, o nome do cantor deve ser citado na trama, e não há planos para que o ídolo adolescente apareça no episódio.

"Glee" já fez especiais com as cantoras Madonna e Britney Spears, e Lady Gaga também teve várias músicas cantadas no seriado.

Mas uma participação de que eu mais gostei, foi com a atriz - e boa cantora! -
Gwyneth Paltrow.

Reveja:




O episódio "Justin" deve ir ao ar no dia 15 de fevereiro nos Estados Unidos.


"MAD MEN", QUINTA TEMPORADA

A premiadíssima série "Mad Men" terá uma quinta temporada, segundo anunciou o canal americano AMC nesta sexta-feira (7) - segundo informações da versão digital da "Hollywood Reporter", a rede ainda não anunciou a data de estreia da nova temporada.

Divulgação

O ator Jon Hamm como Don Draper na série "Mad Men"

A quarta temporada terminou no dia 17 outubro do ano passado, e, normalmente, o seriado é exibido no "midseason" - o intervalo das temporadas das demais séries.

As temporadas anteriores estrearam entre julho e agosto.

ATRIZ RUIVA DE "MAD MEN" QUER SER A NOVA "WONDER WOMAN" DA TELINHA

E já que estamos falando de "Mad Men": a estonteante ruiva Christina Hendricks, 35, está de olho no papel de Mulher-Maravilha, segundo o site WENN.

Recentemente, o produtor David E. Kelley - de "Ally McBeal" - assinou um contrato com a Warner Bros. e a DC Entertainment para produzir uma nova versão da série de televisão.

Apesar de o elenco ainda não estar fechado, o nome de Hendricks já apareceu na lista das possíveis intérpretes da heroína.

Divulgação/Arquivos do Klau - Arte: Cláudio Nóvoa

A atriz Christina Hendricks, de "Mad Men" e Lynda Carter, a Wonder Woman cult

"Não sei de onde saiu esse rumor, mas eu adorei", afirmou a atriz, conhecida pelo papel de Joan Harris,de "Mad Men".

"Esperei toda a minha vida para vestir aquela roupa e adoraria fazer o papel. Seria muito divertido!", comentou.

Uma tentativa de retomar a cult série foi abandonada nos anos 90, porque não se chegou a um consenso sobre quem seria a substituta da Diva Lynda Carter, que estrelou a série original
(1975 e 1979), e é sempre lembrada como A Mulher Maravilha - já que ninguém mais interpretou a amazona, nem nas telinhas, nem nas telonas - a princesa amazona aparece regularmente nas animações da "Liga da Justiça".

Relembre a "WW" de Lynda Carter: nessa cena Diana se transforma em WW - dando aquela rodadinha! - e ainda usa o laço da verdade para capturar um bandido! SEN-SA-CIO-NAL!




O que se espera é que a Warner e o produtor encontrem uma atriz tão carismática como Lynda Carter, porquê a Mulher Maravilha merece!


"V" : NO 2º ANO, SÉRIE ABUSA DE CLICHÊS DE FICÇÃO CIENTÍFICA

Depois de ser adiado nos EUA, "V" - série sobre alienígenas aparentemente bonzinhos que pousaram na Terra, mas que na real são lagartos verdes conquistadores - voltou nesta semana à TV americana, apostando na clássica fórmula das séries de ficção científica para atrair audiência e mantê-la no ar.

Reveja o teaser da primeira temporada:




Se antes não parecia à vontade dentro do gênero em que era incluído - e demorou para mostrar a real cara de lagarto dos visitantes, ao contrário da série dos anos 80 que a originou - agora, caiu de cabeça nos clichês nesse segundo ano - com uma profusão de ETs verdinhos de olhos esbugalhados, de dar medo... mas eu a-do-ro!

E ATENÇÃO:
Se não quiser saber nada sobre a nova temporada - que chega ao Brasil ainda neste semestre, na Warner - melhor parar a leitura por aqui - e continuar na próxima matéria:

A história volta com o mundo em pânico pois o céu está vermelho, e o clima piora quando começa uma chuva com cor de sangue.

Tudo parte do plano de Ana - papel da ótima atriz brasileira brasileira Morena Baccarin -, que quer se vingar dos rebeldes que tentaram matar os soldados que ela criaria a partir de uma sopa de girinos ETs.
Mas se complica porque, assim, expressa emoções humanas.

"V" parece ter recuperado também os efeitos especiais do original dos anos 80: há escatologias de todo tipo, de rostos derretendo a rabos pontudos.

E há um agrado para fãs da primeira versão: Jane Badler - a vilã lagartona Diana dos anos 80 - volta...como a mãe de Ana - a lagartixa de hoje!

Divulgação/Arquivos do Klau - Arte: Cláudio Nóvoa

Morena Baccarin e Jane Badler: lagartixa e lagartona!


SEN-SA-CIO-NAL!


DURANTE AS FÉRIAS ESCOLARES, TVA ABRE SINAL DE TODOS OS SEUS CANAIS INFANTIS


Desde o último dia 3 de janeiro, e até 15 de fevereiro,período de férias escolares no Brasil, a TVA resolveu abrir o sinal dos canais infantis Boomerang, Nickelodeon, Cartoon Network, Discovery Kids, Disney Channel, Disney XD, Playhouse Disney e TV Rá Tim Bum.

O Nickelodeon trará aos sábados episódios especiais da série "iCarly", a partir das 14h.
De segunda a sexta-feira, o destaque fica com uma seleção especial de episódios de
"Bob Esponja", na faixa das 11h30.

"Negócios em família" e "Heartleand" são as produções que serão exibidas na programação do Boomerang, que também exibirá “Maratonas Funday”, com os episódios das melhores séries do canal, aos domingos, a partir das 14h.

Na TV Rá Tim Bum, a programação conta com as atrações nacionais "Cocóricó" e
"Castelo Rá Tim Bum".

Relembre a turma do "Cocoricó" no clipe do musical "Pic Nic no Quintal":




Já o Disney Channel exibe a partir da sexta-feira (14), os novos episódios de "Jonas L.A.".

No Disney XD, entre os dias 24 e 28 de janeiro, será exibido um episódio duplo da série "Zeke e Luther", às 21h.

A criançada vai adorar - e depois, lógico, vai atormentar os pais para assinarem os canais!


BOB ESPONJA, 9ª TEMPORADA

E já que falamos no Bob Esponja: segundo o site Deadline Hollywood, a personagem mais sem noção dos oceanos vai ganhar uma nona temporada - com a renovação pelo canal infantil Nickelodeon, a série deve superar a marca de 200 episódios, e permanecer no ar pelo menos até 2012.

Divulgação

Bob Esponja, do canal infantil Nickelodeon

Nos Estados Unidos, a animação é a mais vista por crianças entre dois e 11 anos, além de ser a mais vista por todas as idades na televisão a cabo.

"Nunca imaginamos que ficaríamos no ar por tanto tempo, mas vamos seguir caminhando", afirmou o criador Stephen Hillenburg.
"O segredo [da longevidade] é tentar manter os episódios divertidos e simples e partir daí", completou.

Roteiros inteligentes, personagens carismáticos e animação de primeira: esse é o segredo para uma série durar tanto tempo no ar, sempre com qualidade.


GLOBO LANÇA "O BEM AMADO" EM FORMATO DE MINISSÉRIE, COM 26 MINUTOS A MAIS

"O Bem Amado" (2010) - filme do diretor Guel Arraes - foi transformado em série pela Globo e será exibido em quatro capítulos, a partir do próximo dia 18.

A novidade é que a microssérie terá 26 minutos a mais dos 107 originais do filme, já que vai mostrar cenas extras que foram cortadas na edição.

Relembre o trailer do filme:



A ideia de transformar o filme em série surgiu antes mesmo do início das filmagens.
"Poder pensar nos dois formatos ao mesmo tempo quando se está em fase de planejamento e depois ainda no set de filmagem é muito rico", diz Arraes.

Na trama, Marco Nanini interpreta Odorico Paraguaçu, prefeito da pequena cidade de Sucupira, cuja meta principal é inaugurar o cemitério municipal.

Quando finalmente Odorico consegue finalizar a obra, ninguém morre na cidade.

Em sua incansável trajetória de produzir um defunto, surge Ernesto - Bruno Garcia,- o moribundo primo das irmãs Cajazeiras, interpretadas por Drica Moraes - Jucinéia -, Andréa Beltrão - Dulcinéia - e Zezé Polessa - Dorotéia.

"O Bem Amado" já foi uma novela -a primeira a ser produzida em cores na televisão brasileira - escrita por Dias Gomes e exibida pela Globo em 1973.

A história foi inspirada em uma peça de autoria do próprio Dias Gomes, intitulada
"Odorico, o Bem Amado".

Em 1980, a Globo criou a série "O Bem Amado", e assim como na novela de 1973, Paulo Gracindo ficou com o papel de Odorico, Lima Duarte interpretou Zeca Diabo, e Emiliano Queiróz - atualmente como o Benedetto de "Passione" - fez um inesquecível Dirceu Borboleta, o ajudante de ordens e pau pra toda obra do prefeito.

No filme que agora virou série, além de Marco Nanini como Odorico, José Wilker faz Zeca Diabo e Matheus Nachtergaele deu vida a Dirceu Borboleta.

Se no filme as irmãs Cajazeiras ganharam ares de peruas, com modelitos extravagantes, no folhetim, as irmãs - feitas por Ida Gomes, Dorinha Durval e Dirce Migliaccio - eram beatas que usavam roupas comportadíssimas, mas que tinham sempre um senhor fogo no rabo por Odorico.

Vamos aguardar e ver se no formato TV esse projeto rende, pois nas telonas...

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ATÉ +!







sexta-feira, 23 de julho de 2010

"O BEM AMADO": "A FUNÇÃO DA COMÉDIA É DENUNCIAR OS ERROS DO HOMEM", DIZ O DIRETOR GUEL ARRAES

Ele é um político que assumiu a prefeitura da pequena Sucupira com a promessa de inaugurar o primeiro cemitério da cidade, só que o problema é que ninguém morre por lá.
É aí que ele tem a idéia de contratar um matador de aluguel para poder, enfim, organizar o grande evento de inauguração.
A saga de Odorico Paraguaçu é uma das mais conhecidas e queridas do povo brasileiro, e a personagem principal de “O Bem Amado” já foi interpretado no teatro - por Procópio Ferreira - em telenovela e depois em seriado - por Paulo Gracindo.

Décadas depois do sucesso da novela de Dias Gomes - a primeira a ser gravada e exibida em cores da história da TV brasileira - o diretor Guel Arraes leva a história para o cinema, que ainda hoje permanece atual.
“Só vale a pena recontar ‘O Bem Amado’ se verificar que algo mudou para justificar a nova versão,” diz o cineasta.

Globo Filmes - Divulgação
Odorico e as irmãs Cajazeiras, em cena do filme

Arraes quer que seu filme sirva para que os espectadores fiquem de olhos abertos nas atitudes de políticos, especialmente em ano de eleição como agora.
“A função da comédia é revelar e denunciar os erros do homem."

Para isso, “O Bem Amado” mostra um prefeito corrupto, planejando maneiras de embolsar os recursos públicos, e também apresenta o opositor de Odorico, que não pode ser considerado um bom caráter.
“Não tem como fazer uma sátira política se não criticar a direita e a esquerda”, explica o diretor.

Guel trabalha com atores que já estiveram ao seu lado em outros projetos, e traz novos integrantes para sua trupe.
“Mesmo os novos são pessoas que se encaixam no grupo, que é bem homogêneo, e quando se trabalha junto mais de uma vez, há vantagens e desvantagens. Primeiramente, que se ganha tempo.”
Guel dá como exemplo, sua parceria com Marco Nanini.
“Sei que posso exagerar nas marcações com o Nanini.”

Veja o trailer do filme:


O ator, que fez parte do elenco de outras obras do diretor, como “Lisbela e o Prisioneiro” e “Romance”, diz que “a primeira vez que se trabalha com um diretor é como um namoro”.
“Gosto da maneira como o Guel dirige. Incansável, exigente e planejado. A gente vai para o set para executar aquilo que já foi combinado.”

Já Andrea Beltrão apresenta os pontos desafiadores de uma parceria tão longeva. “O que mais você pode fazer para surpreender esse diretor que te conhece tão bem?”, questiona a atriz, que não quer que seu trabalho seja comparado ao do elenco da telenovela.
“O medo da comparação é paralisante, e esse filme é uma nova visão que cada pessoa pode trazer.”

Divulgação
Dirceu Borboleta e Odorico, em cena do filme

Os personagens de “O Bem Amado” são fortes, e a caracterização foi uma preocupação constante na concepção do filme. “A gente fez um glossário do Odoriquês,” diz Arraes, sobre as palavras estranhas usadas pelo personagem principal.
Marco Nanini dá créditos para termos como “stripteasicamente” aos roteiristas:
“Não há nada em minhas falas que não esteja no roteiro.” Para as entonações, Nanini usou depoimentos dados por políticos atuais em CPIs.

“A caracterização é uma parte muito divertida do trabalho”, diz Andrea Beltrão, que vive uma das três irmãs solteironas - as "Cajazeiras" - ávidas por levar o viúvo Odorico ao altar.
“Aquela peruca loura foi meu primeiro pedido,” disse a atriz.

José Wilker, que vive o matador Zeca Diabo, afirma que “umas das coisas que me levaram a composição do personagem foram a maquiagem e o figurino.”
Além disso, usou lembranças de família pra construir o cangaceiro.
“Eu me espelhei no meu pai - um homem de educação rasa, mas que procurava se instruir sobre o que é certo.”

Matheus Nachtergaele, que interpreta o funcionário público Dirceu Borboleta, fez um pedido inusitado para auxiliar no seu trabalho.
Pedi para que as roupas fossem sempre menores do que deveriam, para me ajudar na caracterização, postura e movimentação do personagem”.
No meio das filmagens, o ator teve uma fratura no braço, que acabou por limitar ainda mais seus movimentos.

O universo de Sucupira promete - e cumpre - a promessa de alegrar as platéias.
“Os personagens são muito bons. Todos são generosos, se complementam”, diz Matheus.
“Eles são figuras bem coladas a tipos que Dias Gomes conhecia”, completa Wilker, que já encarnou outro personagem fortíssimo de Dias Gomes, Roque Santeiro.
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CRÍTICA

A comédia "O Bem- Amado", de Guel Arraes, atualiza e também amplia os significados da peça de Dias Gomes - "Odorico, O Bem Amado ou Os Mistérios do Amor e da Morte", escrita em 1962 - que deu origem à novela - exibida em 1973 - e série - exibida entre 1980 e 1984.

Intérprete de Odorico Paraguaçu nesta versão, Marco Nanini foi quem deu o pontapé inicial no projeto, ao comprar os direitos da peça há cerca de quatro anos, chamando depois Arraes para a adaptação - este divide os créditos do roteiro com Cláudio Paiva.

A peça com Nanini foi um dos maiores sucessos do teatro brasileiro recente, o que possibilitou ao ator e ao diretor conseguirem ótimos patrocínios para o filme - Petrobras à frente, e produção - com a sempre competente Paula Lavigne.

Além das trocas de atores, como José Wilker no lugar de Lima Duarte no papel do cangaceiro Zeca Diabo, houve também radicais mudanças de tom nas caracterizações de personagens-chave.

É o caso das irmãs Cajazeiras - Ida Gomes, Dorinha Duval e Dirce Migliaccio, na telenovela e série - no filme rejuvenescidas e bem mais atrevidas - agora interpretadas por Andréa Beltrão, Zezé Polessa e Drica Moraes.
Drica, que se recupera de um transplante de medula por causa de uma leucemia, foi a mais lembrada e homenageada pelos colegas de elenco nas pré-estréias do filme.
Ela merece.

A história é conhecida: prefeito populista da cidadezinha de Sucupira, Odorico Paraguaçu (Nanini) desvia recursos públicos e constrói um cemitério como a grande obra de sua administração.
O tempo passa, não morre ninguém, e o principal opositor do prefeito, o político e jornalista Vladimir (Tonico Pereira), ganha argumentos para uma grande campanha através de seu jornal, "A Trombeta".

É quando Odorico, que tem uma relação amorosa com as três irmãs Cajazeiras, sabe por elas da existência de um primo, supostamente acometido por uma doença mortal (Bruno Garcia).

Mais uma vez a morte demora a aparecer, e o prefeito resolve trazer de volta à cidade o famoso Zeca Diabo (José Wilker), o cangaceiro que matou seu antecessor.

Preocupações com a atualidade da nova versão levaram, por exemplo, o diretor a mudar o final do filme quando já estava pronto.
O final anterior, que é o mesmo da peça original, colocava Vladimir, que a vida toda combateu ferozmente Odorico Paraguaçu, lendo um elogio fúnebre à beira de seu túmulo, finalmente inaugurando o cemitério superfaturado e até então inútil de Sucupira.

Neste novo final, o jovem jornalista Neco Pedreira (Caio Blat, no papel que foi de Carlos Eduardo Dollabela na telenovela e série - e que tem um relacionamento amoroso com a filha de Odorico - Maria Flor, ótima, no papel que foi da saudosa Sandra Bréa na telenovela) é visto numa reportagem de televisão que inclui imagens reais da campanha das "diretas já", em 1984.

Arraes justificou esta mudança como sua forma de "responder a um descrédito com a política, mostrando uma terceira via que a peça não tem".

Optando por situar a trama ao tempo da peça - o começo dos 60 - Arraes nos faz crer que a saga de Odorico é mesmo atemporal, e que políticos como ele, tão corruptos quanto adoráveis, ainda existem às centenas pelo Brasil afora.

Elenco excepcional, direção estupenda, direção de arte primorosa e uma história já conhecida por todos.

Saí do cinema sem (muitas) saudades do Odorico de Paulo Gracindo.

O filme será transformado em em microssérie de quatro capítulos em breve.
Afinal, o filme é copatrocinado pela TV Globo, e distribuído pela Globo Filmes.

"O Bem Amado"
Diretor: Guel Arraes
Produção: Globo Filmes e Paula Lavigne
Elenco Principal: Marco Nanini
Matheus Nachtergaele
José Wilker
Andrea Beltrão
Drica Moraes
Zezé Polessa
Maria Flor
Caio Blat
Gênero: Comédia
Duração: 100 mins
Ano: 2009
Data da Estreia: 23/07/2010
Cor: Colorido
Classificação: Não recomendado para menores de 12 anos
País: Brasil