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terça-feira, 10 de dezembro de 2019

'O IRLANDÊS': NOVO LONGA DE SCORSESE JÁ FOI VISTO POR 26 MILHÕES NA NETFLIX

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Novo longa de Martin Scorsese é estrelado por Robert Deniro e Al Pacino
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Depois de a produção alcançar 96% de aprovação no Rotten Tomatoes, site especializado em agrupamento de críticas, a plataforma anunciou que só na primeira semana, o filme teve uma audiência de 26 milhões de espectadores.

O filme aborda um dos grandes mistérios da história americana – o desaparecimento do lendário líder sindical Jimmy Hoffa – e se transforma em uma jornada monumental pelos corredores do crime organizado: seus mecanismos, rivalidades e associações políticas.

A saga épica fala sobre o crime organizado nos Estados Unidos pós-guerra. Contado através da perspectiva do veterano da Segunda Guerra Mundial Frank Sheeran (De Niro), um assassino profissional que trabalhou ao lado de algumas das personalidades mais marcantes do século 20.

Relembre o trailer:

quinta-feira, 28 de novembro de 2019

'O IRLANDÊS': BELO, LENTO, ARRASTADO - MAS UM GRANDE TRABALHO DE SCORSESE


SINOPSE:

Conhecido como "O Irlandês", Frank Sheeran (Robert De Niro) é um veterano de guerra cheio de condecorações que concilia a vida de caminhoneiro com a de assassino de aluguel número um da máfia.

Promovido a líder sindical, ele torna-se o principal suspeito quando o mais famoso ex-presidente da associação desaparece misteriosamente.

CRÍTICA:

Martin Scorsese não tinha feito um filme de gângster desde que ganhou o Oscar de Melhor Filme por Os Infiltrados, em 2006.

Talvez, por isso, ele deu tanta atenção aos detalhes de O Irlandês, obra criada para a Paramount e que a Netflix encampou.

E ele entrega um longa introspectivo e até mesmo melancólico para a abordar o tema da moralidade humana.

Tanto que um dos momentos marcantes do filme é quando a filha do protagonista, interpretada por Anna Paquin, pergunta perto do final: "Por quê?"

A personagem mal fala durante a obra, mas diz muito com olhares.

E essa simples pergunta, no momento em que é feita, tem um peso enorme.

Essa personagem é um vislumbre de consciência em um mundo sem lei e seu peso está exatamente em sua falta de ação.

O roteiro de Steven Zaillian (Gangues De Nova York) abrange décadas da vida de Frank "O Irlandês" Sheeran ( Robert De Niro), da década de 1950 até o início dos anos 2000.

Ele trabalhou para o chefe da máfia da Pensilvânia, Russell Bufalino (Joe Pesci), e, eventualmente, para o líder sindical Jimmy Hoffa (Al Pacino).

A narrativa procura focar no desenvolvimento dos personagens e são poucos os conflitos iniciais, enquanto vemos a relação de Frank e seus dois chefes evoluir.

Entretanto, aos poucos, começa a deterioração do relacionamento do protagonista com sua família e também a situação entre os seus chefões e amigos, levando a encruzilhadas interessantes.

Muito se falou sobre o rejuvenescimento digital de De Niro, Pesci e Pacino e, de fato, leva um tempo para acostumar, mas nunca é tão esquisito quanto nos filmes da Marvel e nem bizarro como a reconstrução Peter Cushing em Rogue One: Uma História Star Wars. 

Na verdade, as atuações são mais importantes do que a tecnologia e isso fica claro do começo ao fim.

Com atuações incríveis, o elenco é o grande motivo de ver essa obra.

Al Pacino incendeia o filme em diversos momentos com personalidade impactante e Pesci é a presença calma, porém amedrontadora, aquele tipo de gângster importante que ninguém quer enfrentar.

Mas esse é mesmo um filme de De Niro e o personagem é o cérebro e o coração dessa trama.

A duração de 3h30 e o ritmo arrastado da narrativa pedem um intervalo, pois o cansaço contribui para o quanto o espectador vai gostar ou não do filme.

A sugestão é que o longa seja visto em duas partes - fica mais fácil de assistir.

Independente disso, a verdade é que a edição poderia ter tido um maior desapego, afinal muitas cenas são repetidas ou desnecessárias.

Sem se arriscar, Scorsese fez um filme reflexivo, mas capaz de divertir como seus clássicos e ainda aprofundar questões humanas relevantes.

O cineasta navega por temas e situações que conhece bem e cria uma obra coesa e de muita qualidade, mas cansativa para ser assistida no cinema - o filme foi lançado em salas mundo afora para se credenciar ao Oscar 2020.

Belo, lento, arrastado - mas um grande trabalho de Scorsese.

GALERIA DE IMAGENS:
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O Irlandês : Poster

TRAILER:


FICHA TÉCNICA:
O IRLANDÊS
Título Original:
THE IRISHMAN
Gênero:
Suspense
Direção:
Martin Scorsese
Elenco:
Al Pacino, Aleksa Palladino, Anna Paquin, Bobby Cannavale, Domenick Lombardozzi, Harvey Keitel, Jack Huston, Jake Hoffman, Jesse Plemons, Joe Pesci, Kate Arrington, Kathrine Narducci, Larry Romano, Louis Cancelmi, Paul Ben-Victor, Ray Romano, Robert De Niro, Sebastian Maniscalco, Sharon Pfeiffer, Stephanie Kurtzuba, Stephen Graham
Roteiro:
Charles Brandt, Steven Zaillian
Produção:
David Webb, Emma Tillinger Koskoff, Gaston Pavlovich, Gerald Chamales, Irwin Winkler, Jane Rosenthal, Martin Scorsese, Randall Emmett, Robert De Niro, Troy Allen
Fotografia:
Rodrigo Prieto
Trilha Sonora:
Robbie Robertson
Montador:
Thelma Schoonmaker
Estúdio:
Fábrica de Cine, Sikelia Productions, STX Entertainment, Tribeca Productions
Distribuição e Exibição:
Netflix
Ano de Produção:
2019
Estréia:
14/11/2019
Duração:
3h.29min.
Classificação Indicativa:
16 anos

COTAÇÃO DO KLAU:

sexta-feira, 25 de outubro de 2019

POR QUE GRANDES DIRETORES AMERICANOS ESTÃO DESANCANDO OS FILMES DE SUPER-HERÓIS?

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As últimas semanas vêm sendo meio agitadas no meio das grandes produções inspiradas em histórias em quadrinhos, não apenas pelo desempenho fenomenal de Coringa nas críticas e bilheterias, mas por uma série de críticas gratuitas feitas por diretores consagrados ao “gênero” de super-heróis
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Sobrou até pra Jennifer Aniston, que não tem um currículo tão pesado quanto os diretores, porém ganhou bastante holofote por conta da semana de aniversário de Friends.

Pois bem, vamos relembrar as declarações que polemizaram o mundo do cinema nas últimas semanas:

AS ACUSAÇÕES:

Durante as entrevistas de divulgação de seu novo filme, “O Irlandês”, Martin Scorsese disse:
“Eu não vejo [os filmes de heróis]. Eu tentei, sabe? Mas aquilo não é cinema. Honestamente, o mais próximo que consigo pensar deles, por mais bem-feitos que sejam, com os atores fazendo o melhor que podem sob as circunstâncias, são os parques temáticos. Não é o cinema de seres humanos tentando transmitir experiências emocionais e psicológicas a outro ser humano”.

Poucos dias depois, ele voltou a comentar sobre o assunto:
“Os filmes da Marvel transformam cinemas em parques de diversão, são experiências diferentes. Como eu disse antes, isso não é cinema, é diferente. Se você gosta ou não é outro ponto e nós não deveríamos ser invadidos por isso. Isso é bom e está tudo bem para quem gosta desse tipo de filme. A propósito, sabendo o que acontece com eles agora, admiro o que eles fazem. Não é o meu tipo de entretenimento, simplesmente não é. Está criando outro tipo de público, que pensa que cinema é isso. E por isso é uma grande questão. Precisamos que as salas de cinema se imponham para permitir a exibição de filmes narrativos“.

Por fim, em entrevista à Entertainment Weekly, o cineasta esclareceu o seu ponto, explicando suas dificuldades com grandes estúdios e o que quis dizer com "filmes de parque de diversão".

Scorsese lança na Netflix O Irlandês em 27 de novembro e a parceria entre o cineasta e a plataforma de streaming surgiu da dificuldade de financiar o longa em estúdios tradicionais.

Originalmente produzido pela Paramount, a obra que utiliza tecnologia de rejuvenescimento facial e conta com atores importantes, como Robert De Niro e Al Pacino, gerou a preocupação de não ser capaz de se pagar nas bilheterias.

Nesse contexto, o diretor explicou como filmes de super-heróis são investimentos seguros, que acabam afastando estúdios de projetos como O Irlandês.

"Nós esperamos que existam cinemas que exibam filmes que não são isso. E se eles vão exibir, que cineastas ainda tenham oportunidades no streaming. Muda a experiência, mas de outra forma, daqui a dois ou três anos nem sequer acontecerá. Um bom cineasta chega e o filme tem que ser uma franquia, se não ele não pode mais ser feito."

Quanto a acreditar que filmes da Marvel não contam como cinema, o discurso de Scorsese mudou um pouco.

O diretor admite a qualidade de algumas produções, mas em geral só deixou seu ponto mais claro:
"As grandes adaptações de quadrinhos são filmes de parque de diversões, por mais bem feitos que muitos sejam, em todos os aspectos. É uma forma diferente de cinema, ou até mesmo uma forma inteiramente nova de arte."

Antes de chegar à gigante do streaming, O Irlandês será exibido nos cinemas, para estar apto a concorrer ao Oscar.

Nos Estados Unidos, o longa ficará nas telonas um mês antes de estar disponível online e no Brasil o filme poderá ser conferido nos cinemas a partir de 14 de novembro.

Quando Scorsese afirmou que os longas produzidos pelo Marvel Studios não são "cinema", isso aconteceu bem perto da estreia do último filme da DC Comics/Warner:Coringa, comandado por Todd Phillips e que tem Emma Tillinger Koskoff como produtora.

Koskoff  é uma parceira de longa data do cineasta e eles continuam a trabalhar juntos.

Ou seja, o comentário do cineasta só ajudou a aumentar a rixa entre Marvel e DC.

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O cineasta Martin Scorsese - EW
O segundo ataque veio da França.

Em Lyon, após receber o Prix Lumière, o diretor Francis Ford Coppola foi ainda mais incisivo:
“Quando Martin Scorsese diz que os filmes da Marvel não são cinema, ele está certo porque nós esperamos aprender algo do cinema, ganhar algo, [obter] algum esclarecimento, conhecimento, inspiração. Eu não sei o que alguém ganha assistindo o mesmo filme repetidas vezes. Martin foi bondoso quando ele disse que não é cinema. Ele não disse que é desprezível, que é o que eu acho que é”.

Ele aproveitou para falar sobre Megalopolis, um filme utópico que está na fila de espera há mais de vinte anos:
“Eu queria fazer um filme sobre uma expressão humana do que realmente é o paraíso na Terra. Eu diria que é o filme mais ambicioso [em que já trabalhei]. Mais do que ‘Apocalypse Now‘. Esse é o problema“.

O cineasta Francis Ford Coppola - EW
Por fim, a eterna Rachel Green, Jennifer Aniston, comentou, em entrevista à Variety:

“Você vê [os papéis] que estão disponíveis por aí e percebe que [as opções] estão cada vez menores. Só temos filmes grandes da Marvel ou coisas para qual não sou convidada. Para falar a verdade, eu realmente não tenho interesse em viver em uma tela verde”.

A atriz Jennifer Aniston - EW
Pois bem, vendo a situação de uma forma bem simples, nota-se que nenhum deles, com exceção do Coppola, tem uma birra mesmo com a Marvel, DC outra produtora de filmes de super-heróis.

Junto a uma visão elitista de que entretenimento não é arte e com a ideia de que a ousadia não é valorizada em Hollywood, eles estão se vendo cada vez mais longe de conseguirem fazer o que gostam.

Vale lembrar que o próprio Scorsese já deu declarações fortes contra os serviços de Streaming.

Em 2017, logo após assinar o acordo com a Netflix que o permitiu fazer “O Irlandês”, o diretor participou de uma sessão de perguntas em Londres e se mostrou bastante crítico ao streaming:
“O problema agora é que tudo ao redor do frame é distrativo. Você pode ver um filme em um iPad. Você pode colocar ele bem perto do seu rosto, no quarto, trancar a porta e assistir, mas ainda assim algo permanece brilhando aqui e ali. Mesmo quando você está vendo numa grande TV, existem outras coisas no recinto. O telefone toca. Pessoas entram e saem. Não é a melhor maneira”.

Apesar de ter seu projeto financiado pela Netflix, o diretor manteve a postura de velha guarda de criticar o formato.

Na época, quem se juntou a ele foi o também veterano Steven Spielberg, que fechou um contrato de exclusividade com o streaming da Apple em 2019 - ou seja, os princípios dos diretores estão diretamente ligados ao funcionamento do mercado.

E é aqui que entra a confusão toda.

As críticas recentes se mostram para um grito de socorro que clama desesperado: “queremos trabalhar!”.

Mesmo direcionando os palavreados ofensivos para os filmes de heróis, a grande necessidade comum a esses diretores e atores é o financiamento de seus projetos.

A compra da FOX pela Disney criou uma bolha econômica nunca antes vista na história do cinema, um monopólio de entretenimento assustador.

E como eles estão no topo, acabam sendo a meta a ser batida pelos estúdios rivais, financeiramente falando, claro.

Então, por mais que seja completamente insensível e desrespeitoso com a contribuição dessas lendas para o cinema, o problema é puramente mercadológico.

Por que um estúdio vai financiar um filme “de arte” que rende no máximo 300 milhões de dólares, se pode produzir longas que vão lucrar 1 bilhão?

É cruel, mas é como funciona o mercado.

A reclamação deles é completamente coerente no sentido da crítica mercadológica, mas esbarrar no elitismo pode não ser a maneira mais eficaz de atrair investidores para seus projetos.

Esses discursos aparentemente cheios de ódio clamam por ajuda, mas atingem no “inimigo” errado: jovens diretores.

Ao atacar filmes de heróis, os medalhões tentam fechar a maior porta para as promessas da direção internacional.

A DEFESA:

O diretor da franquia Guardiões da Galáxia, James Gunn, fez um comentário cirúrgico em seu Instagram sobre o caso:

“Muitos dos nossos avós pensavam que todos os filmes de gângsters eram a mesma coisa, frequentemente chamando eles de ‘desprezíveis’. Alguns de nossos bizavós pensavam o mesmo de Faroestes, e acreditavam que filmes de John Ford, Sam Peckinpah e Sergio Leone eram exatamente iguais. Eu lembro de um tio-bisavô com quem eu estava divagando sobre Star Wars. Ele respondeu dizendo: ‘Eu vi isso quando se chamava 2001[Uma Odisséia no Espaço] e, rapaz, foi chato!’. Super Heróis são simplesmente os gângsters/ cowboys/ aventureiros do espaço dos dias de hoje. Alguns filmes de heróis são horríveis, outros são lindos. Assim como filmes de gângsters ou faroestes (que são, antes de qualquer coisa, apenas FILMES) nem todo mundo vai conseguir apreciar eles, inclusive alguns gênios. E tá tudo bem. ❤️”

Gunn sabe que a fase dos heróis de Hollywood é passageira, assim como diversos outros gêneros já vivenciaram situação semelhante.

Para ele, um dos grandes expoentes da Era Heróica Cinematográfica, é uma situação extremamente desconfortável.

Deve ser dureza ver seus ídolos sofrendo para conseguirem financiamento para seus projetos e achando que é batendo no trabalho dos outros que vão conseguir alguma coisa.

Mas ainda assim, ele se mostra bastante lúcido quanto ao caso.

O diretor James Gunn - Marvel/Divulgação
Olhando pelo lado positivo, os filmes de heróis e as grandes franquias têm aberto cada vez mais espaço para diretores menos conhecidos poderem mostrar seu trabalho.

Foi assim com o espetacular Ryan Coogler, que ganhou os holofotes com Creed e fez um dos filmes mais etnicamente inclusivos dos últimos tempos: Pantera Negra.

O mesmo caso de Taika Waititi, que já tinha comédias independentes espetaculares no currículo, mas só foi ganhar atenção do grande público após dirigir Thor: Ragnarok.

Hoje, Taika emplaca críticas positivíssimas com um filme cômico sobre uma criança aconselhada por Adolf Hitler, Jojo Rabbit - e adivinhem só: provável candidato na próxima temporada de premiações.

O ator, roteirista, produtor e cineasta Taika Waititi - EW
O CEO da Disney, Bob Iger, se manifestou sobre as críticas dos cineastas, garantindo que os longas do MCU "são sim cinema", segundo o Deadline.

O presidente respondeu diretamente o recente comentário de Coppola, no qual o cineasta chamou as obras da editora como "desprezíveis":
"Usaria este termo para alguém que cometeu assassinato em massa. São filmes sim. Eles certamente têm o direito de reclamar sobre filmes".

O Presidente ainda sugeriu que ficaria feliz de ver uma disputa entre os filmes de Scorsese (Taxi Driver) e Coppola (O Poderoso Chefão) contra Taika Waititi (Thor: Ragnarok) e Ryan Coogler (Pantera Negra).

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O CEO da Disney, Bob Iger - The Wall Street Journal
Por fim, um dos mais renomados diretores de todos os tempos, Steven Spielberg, entrou na polêmica ao ter uma entrevista sua, de 2006 em Cannes, defendendo os filmes de super-herói.

Na ocasião, o diretor – responsável por grandes obras como A Lista de Schindler – fez vários elogios aos filmes de super-heróis como um todo, e também aos da Marvel.

“Gosto muito do Superman, de Richard Donner, do Cavaleiro das Trevas, de Christopher Nolan, e do primeiro Homem de Ferro, mas filme de super-heroi que mais me impressionou é um que não se leva muito a sério: Guardiões da Galaxia. Quando a projeção dele acabou, eu sai com a sensação de ter visto algo novo no cinema, sem qualquer cinismo nem medo de ser dark, quando necessário.

Existe uma diferença entre heróis e super-herois. O herói é uma pessoa comum que se depara com um fato grave e age para modifica-lo. Um herói é uma pessoa que, andando pela rua, vê um carro pegar fogo e corre para ajudar a pessoa que esta no banco do motorista, presa ao cinto de segurança, a se soltar. Super-heroi é uma pessoa que, diante da mesma cena, voaria até o carro e tentaria vira-lo de cabeça para baixo e sacudi-lo, usando sua superforça, até que o motorista se solte. Eu me identifico mais com o primeiro exemplo. Filmo heróis cotidianos.”

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O cineasta Steven Spielberg - O Globo


Por fim, Jon Favreau, ator e diretor do Universo Cinematográfico da Marvel, rebateu as críticas de Scorsese e Coppola em relação aos filmes do estúdio. 

De forma educada, Fraveau afirmou que é fã dos diretores e que eles têm o direto de expressar suas opiniões. (via Variety)

"Esses dois caras são meus heróis e eles ganharam o direito de expressar suas opiniões", disse ele. 

"Eu não estaria fazendo o que faço se eles não estivessem no meu caminho. Eles serviram como fonte de inspiração, você pode ver em Swingers - Curtindo A Noite que eu estava referenciando Marty. Para mim, eles podem expressar qualquer opinião que desejarem", completou Favreau.


Jon Favreau
O ator e cineasta Jon Favreau - Variety

          O certo é que vivemos uma época de incertezas financeiras.

Isso é nítido em qualquer setor de trabalho. Os empregos estão cada vez mais escassos e as empresas prezam cada vez mais exclusivamente pelo lucro.

Quem souber fazer mais dinheiro, indubitavelmente terá mais projetos aprovados. 
Além disso, a juventude parece possuir uma pequena vantagem sobre os mais velhos, por conta da necessidade de renovação.

Essa questão do monopólio Disney/ FOX é realmente preocupante e ainda vai render muito pano pra manga.

É uma competição desleal que dita os rumos do mercado e fecha as portas para os medalhões e os chamados “filmes de arte”.

Por fim, a reclamação dos diretores é sinal de que a água do mercado está batendo no pescoço dos grandes nomes, que se vêem sufocados à procura de verbas para externarem sua criatividade pulsante.

Mas não é adotando um discurso elitista que eles vão conseguir fôlego para sobreviver.

Há de se buscar alternativas enquanto a solução não vem e cobrar dos grandes estúdios oportunidades para todos.

sexta-feira, 27 de setembro de 2019

'UNCUT GEMS': FILME QUE PODE DAR OSCAR A ADAM SANDLER GANHA TRAILER

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A A24 divulgou o primeiro trailer do thriller criminal produzido por Martin Scorsese e estrelado por Adam Sandler
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Confira:


Na trama, Howard Ratner (Sandler) é um carismático joalheiro de Nova York, que está sempre atrás de vantagens.

Ao fazer uma série de apostas de alto risco que podem garanti-lo uma herança surpreendente, ele terá que planejar um ato grandioso, à medida que luta para manter o equilíbrio em sua família e nos negócios, enquanto ainda tenta derrubar seus adversários, tudo pela incansável busca pela vitória.

Confira o pôster:

O longa é dirigido pelos irmãos Josh e Benny Safdie e é inspirado no tempo em que o pai deles trabalhou no Distrito de Diamante de Manhattan.

Além de Sandler, o elenco conta com Lakeith Stanfield, Idina Menzel, Judd Hirsch e Eric Bogosian.

A produção tornou-se um inesperado sucesso, com 94% de aprovação no agregador de reviews Rotten Tomatoes.

A maioria das críticas dizem que o desempenho de Sandler é tão acima da média que o ator deve estar relacionado entre os finalistas do Oscar 2020.

Por enquanto, ainda não há previsão de estreia nos cinemas nacionais.

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

'O IRLANDÊS': FILME DE SCORSESE PARA A NETFLIX GANHA DATA DE ESTREIA

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O novo filme do aclamado cineasta Martin Scorsese ganhou sua data de estreia
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Mirando nas grandes premiações de 2020, a produção será lançada no dia 01 de novembro nos cinemas.

Depois, o longa entra para o catálogo da Netflix em 27 de novembro.

Relembre o trailer:


Robert DeNiro, Al Pacino, Joe Pesci, Harvey Keitel, Ray Romano, Anna Paquin e Bobby Cannavale estrelam o drama, que apresenta um mafioso conhecido como o Irlandês (De Niro), lembrando do seu possível envolvimento com a morte do sindicalista Jimmy Hoffa (Al Pacino).

terça-feira, 30 de julho de 2019

'O IRLANDÊS': DE NIRO E PACINO NO PRIMEIRO TRAILER DO NOVO LONGA DER SCORCESE

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'O Irlandês', dirigido por Martin Scorsese ganhou um trailer misterioso e cheio de tensão
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Baseado em uma história real contada no livro "O Irlandês: Os Crimes de Frank Sheeran a Serviço da Máfia"Martin Scorsese convocou estrelas de peso: Robert De Niro, Joe Pesci e Al Pacino, em sua primeira parceria com o cineasta - o vídeo revela as diversas idades que o ator terá no longa, graças a tecnologia VFX.

Confira o trailer:


De Niro é o irlandês Frank Sheeran, um veterano da Segunda Guerra Mundial que se tornou um assassino da máfia e foi acusado de envolvimento com o crime organizado, inclusive no desaparecimento de Jimmy Hoffa, interpretado por Al Pacino.

A trama pretende abordar a passagem de Sheeran pela Segunda Guerra Mundial e seu envolvimento com o Teamsters, uma espécie de "sindicato dos caminhoneiros" liderado por Jimmy Hoffa.

A fama do Irlandês, no entanto, vem com o "trabalho" que o colocaria como principal suspeito do desaparecimento de Hoffa.

Joe Pesci é o mafioso Russell Bufalino, da Pensilvânia, e o elenco ainda conta com Harvey Keitel, Ray Romano e Anna Paquin.

Apesar do trailer informar que o longa será lançado “em breve”, já se sabe que a estreia mundial acontecerá durante a abertura da 57ª edição do Festival de Nova York, em 27 de setembro.

Depois, o longa entra para o catálogo da Netflix.

sábado, 16 de fevereiro de 2019

OSCAR 2019: APÓS PROTESTOS, ACADEMIA VOLTA ATRÁS E VAI EXIBIR AO VIVO TODA A PREMIAÇÃO

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Esse parece ser o Oscar mais confuso de todos os tempos
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A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood voltou atrás na decisão de não apresentar quatro categorias do Oscar 2019 durante a cerimônia televisionada.

Na última segunda, o presidente John Bailey formalizou que as categorias de Melhor Edição, Melhor Fotografia, Curta Documentário e Cabelo e Maquiagem seriam apresentadas durante o intervalo comercial.

Só que a grande repercussão negativa fez a Academia mais uma vez reverter a mudança.

Em uma curta declaração, a Academia justificou que "ouviu o feedback de seus membros [...] e todas as categorias serão apresentadas sem edição, no formato tradicional."

A Associação de Diretores de Fotografia escreveu uma carta em agradecimento, alegando que "entendia que a decisão era difícil desde o início, fazendo com que a direção atual seja ainda mais corajosa."

Esta é apenas mais uma decisão polêmica que é revogada a respeito da 91ª edição do Academy Awards.

Além do questionável prêmio de "Melhor Filme Popular", que seria incluído nesta edição, a Academia recentemente anunciou que apenas duas das cinco canções indicadas seriam apresentadas ao vivo, o que também foi repensado com relatos de que Lady Gaga ameaçou boicotar a cerimônia caso a decisão fosse mantida.

Além disso, esta será a primeira cerimônia do Oscar sem apresentador nos últimos 30 anos.

A cerimônia do Oscar 2019 acontece no próximo dia 24 de fevereiro.

ENTENDA A POLÊMICA

Apesar de já ter anunciado há alguns meses que apresentaria algumas categorias durante os intervalos comerciais, foi apenas na última segunda (11) que a Academia, através do presidente John Bailey, formalizou quais seriam as "contempladas" da edição 2019.

Segundo a carta aberta enviada à imprensa e aos votantes, todo ano serão escolhidas de 4 a 6 categorias diferentes que deverão ficar de fora da cerimônia principal.

Após vários votantes terem reprovado a decisão nas redes sociais, o grupo - que incluiu Martin Scorsese, Quentin Tarantino, Alfonso Cuarón, Leonardo DiCaprio e dezenas de votantes - enviou uma carta aberta à AMPAS pedindo que a decisão fosse repensada.

Assinada por dezenas de cineastas, diretores de fotografia e montadores, a carta afirma, em um dos trechos:

"Relegar estas artes essenciais à produção do cinema a um status menor na cerimônia do 91º Academy Awards é nada menos do que um insulto a todos nós que devotamos nossas vidas e paixões a esta profissão escolhida.

O diretor do programa, Glenn Weiss, afirmou que ele vai determinar quais momentos de 'ressonância emocional' dos discursos dos quatro ganhadores serão selecionados para irem ao ar posteriormente.

O show vai cortar qualquer comentário adicional de apresentadores, bem como qualquer declaração dos indicados como bem querem.

Consideramos esta abreviação e potencial censura contrária ao espírito da missão da Academia."

Após isso, os líderes da Academia continuaram defendendo a decisão, chegando a acusar a imprensa de reportar falsas informações:

"Infelizmente, como resultado de matérias incorretas e publicações nas mídias sociais, houve uma corrente de desinformação que entristeceu muitos membros da Academia. Gostaríamos de reafirmar e explicar os planos para a apresentação dos prêmios, como endossados pelo quadro de governadores da Academia."

Ao longo da semana, uniram-se ao coro a Associação de Diretores de Fotografia, a sociedade de Montadores de Cinema norte-americanos e a Associação de Montadores Cinematográficos.

"Pedimos respeitosamente que a Academia e a ABC (emissora que exibe a cerimônia ao vivo) por favor considerem uma alternativa a esta decisão e honrem igualmente as pessoas que de fato fazem os filmes."

Após a onda de reprovação, mais uma novela chegou ao fim.

terça-feira, 16 de outubro de 2018

'CORINGA': BATMÓVEL DA CULT SÉRIE (1966-1968) É VISTO NO SET DO LONGA

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Aparição do carro, considerado o mais icônico de todos os tempos, surpreendeu a todos
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A produção de ‘Coringa’, longa estrelado por Joaquin Phoenix, segue a todo vapor.

Nessa semana, novo vídeo do set trouxe uma grande surpresa: nele, podemos ver o Batmóvel clássico, usado pelo Morcego interpretado por Adam West na bat-série dos anos 1960, passando pelas ruas sobre um guincho.

Assista:


O que será que o carro clássico fazia no set?

Relembre vídeos e imagens das filmagens de 'Coringa' em NY:





Just Jared

A trama deve explorar a cultura noturna da cidade de Nova York nos anos 1980, dando destaque inclusive a clubes de strip-tease.

Ou seja, é muito provável que o filme seja para maiores de idade.

O plano é lançar um novo selo chamado de DC Dark ou DC Black, parte de uma mudança de estratégia da Warner após o péssimo resultado de 'Liga da Justiça' nas bilheterias.

O longa contará com o orçamento de US$ 55 milhões, valor relativamente baixo.

A sinopse:
“20 anos antes do Batman salvar a cidade na trilogia de ‘Cavaleiro das Trevas’, Gotham era um lugar perigoso. Nos cantos onde o crime se escondia, um homem tenta escapar do seu terreno desafortunado, através de uma paixão pela teatralidade e pela comédia stand-up. No entanto, um dia ruim é tudo o que basta nesta cidade, e logo, este homem de boas intenções se tornou o criminoso mais perigoso de todos: o Coringa. Dirigido pelo indicado ao Oscar, Todd Phillips (‘Cães de Guerra’) e produzido pelo vencedor do Oscar, Martin Scorsese (‘Os Bons Companheiros’), esta prequel do indicado ao Oscar, Christopher Nolan, ‘Cavaleiro das Trevas’, vai explorar como o Palhaço Príncipe do Crime veio a se tornar o que é”.

Com direção de Todd Phillips e com Robert de Niro também no elenco, 'Coringa' tem produção de Martin Scorsese e estreia em 3 de outubro de 2019.

Foto do Topo: Adam West pilota o icônico Batmóvel 1966 - Fox Film do Brasil

quarta-feira, 11 de julho de 2018

'CORINGA': JOAQUIN PHOENIX CONFIRMADO COMO O PROTAGONISTA

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Confira também: De Niro entra para o elenco - Thomas Wayne deve aparecer no longa, que se passa nos anos 1980 - ficha técnica tem novos nomes confirmados
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Nessa semana, segundo o The Hollywood Reporter, finalmente Joaquin Phoenix finalizou seu contrato com a Warner Bros. para estrelar o filme solo do Coringa.

Segundo o Hashtag Show, a DC Films está cotando o ator Robert De Niro para que ele apareça no filme - o jornalista do Collider, Jeff Sneider, falou sobre o possível papel do astro e da relação do longa com a mitologia do Batman.

"Quanto ao papel de De Niro, não acho que ele vá interpretar um personagem cânone. Não acredito que seja um apresentador de TV que está dando notícias sobre o Coringa. Não tenho certeza. O que eu sei é que um personagem que tem um papel grande nesse filme é Thomas Wayne", comenta.

Até agora, nem a participação de De Niro nem a do personagem Thomas Wayne, pai de Bruce, foram confirmadas oficialmente no longa.

Vale lembrar que Thomas foi interpretado recentemente por Jeffrey Dean Morgan em 'Batman Vs Superman: A Origem Da Justiça'.

O diretor de fotografia Lawrence Sher ('Godzilla', 2014), que já trabalhou anteriormente com o diretor Todd Phillips nos filmes de 'Se Beber, Não Case!' e 'Cães de Guerra', deve ser confirmado na equipe técnica em breve.

Já o designer de produção Mark Friedberg ('Noé') e o premiado figurinista Mark Bridges ('Trama Fantasma'), além de Martin Scorsese como produtor, já foram confirmados.

Com o título de produção 'Romeo', o filme começa suas filmagens entre setembro e novembro deste ano, com uma trama que deve se passar em uma Gotham City dos anos 80, além de estar separado do atual Universo Estendido DC, fazendo parte de um novo selo para filmes independentes com os personagens da DC Comics.

O novo selo será chamado de DC Dark ou DC Black, parte de uma mudança de estratégia da Warner após o péssimo resultado de 'Liga da Justiça' nas bilheterias.

O longa contará com o orçamento de US$ 55 milhões, valor relativamente baixo.

A SINOPSE:
“20 anos antes do Batman salvar a cidade na trilogia de ‘Cavaleiro das Trevas’, Gotham era um lugar perigoso. Nos cantos onde o crime se escondia, um homem tenta escapar do seu terreno desafortunado, através de uma paixão pela teatralidade e pela comédia stand-up. No entanto, um dia ruim é tudo o que basta nesta cidade, e logo, este homem de boas intenções se tornou o criminoso mais perigoso de todos: o Coringa. Dirigido pelo indicado ao Oscar, Todd Phillips (‘Cães de Guerra’) e produzido pelo vencedor do Oscar, Martin Scorsese (‘Os Bons Companheiros’), esta prequel do indicado ao Oscar, Christopher Nolan, ‘Cavaleiro das Trevas’, vai explorar como o Palhaço Príncipe do Crime veio a se tornar o que é”.

Não existe ainda uma data de estreia anunciada.

Arte do Topo: Dark Horizons