Mostrando postagens com marcador Marco Ricca. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Marco Ricca. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

'HEBE': NOVA MINISSÉRIE DA GLOBOPLAY GANHA TRAILER E DATA DE ESTREIA

<>
Após ser apresentada na cinebiografia Hebe - A Estrela do Brasil, a história da icônica apresentadora brasileira será contada em uma minissérie exclusiva do Globoplay — que ganhou seu primeiro trailer e data de estreia
<>

Assista:


Após o fraquíssimo longa, que estreou em setembro, decepcionou os fãs da apresentadora e foi muito mal de bilheteria, todos retornaram ao estúdio e a série foi desenhada.

Agora o objetivo do projeto como minissérie é contar a vida toda da apresentadora, desde sua adolescência até o falecimento.

Andréa Beltrão e Valentina Herszage se dividem no papel da icônica apresentadora que revolucionou a TV no Brasil.

Em dez episódios, a trama mostrará momentos importantes da vida da artista, além de destacar sua personalidade marcante, uma mulher a frente do seu tempo, forte e corajosa, que lutava pelo direito de se posicionar sobre tudo aquilo que acreditava ser importante discutir.

O elenco tem nomes como Gabriel Braga Nunes, Caio Horowicz, Marco Ricca, Danton Mello, Daniel de Oliveira, Claudia Missura, Karine Telles e Emílio de Mello, dentre outros.

Desenvolvida pelos Estúdios Globo, o roteiro é assinado por Carolina Kotscho e dirigida por Maurício Farias, ambos também responsáveis pelo filme.

A minissérie “Hebe” ficará disponível para os assinantes da GloboPlay a partir desta sexta (13).

Na segunda (16), a Globo exibe os dois primeiros episódios na sequência na sessão de filmes 'Tela Quente'.

O que esperamos é que, como minissérie, a trama fica ao menos mais atrativa que o fraquíssimo filme levado nos cinemas.

quinta-feira, 26 de setembro de 2019

'HEBE - A ESTRELA DO BRASIL': LONGA MOSTRA POUCO DA HEBE REAL, MAS É RETRATO HISTÓRICO PODEROSO E IMPORTANTE


SINOPSE:

Hebe Camargo (Andréa Beltrão) se consagrou como uma das apresentadoras mais emblemáticas da televisão brasileira.

Sua carreira passou por diversas mudanças ao longo dos anos, mas foi durante a década de 80, no período de transição da ditadura para a democracia, que Hebe, ao 60 anos, tomou uma decisão importante.

A apresentadora passou a controlar a própria carreira e, independentemente das críticas machistas, do marido ciumento e dos chefes poderosos, se revelou para o público como uma mulher extraordinária, capaz de superar qualquer crise pessoal ou profissional.

CRÍTICA:

Nessa semana que antecedeu o aguardado lançamento do longa Hebe - A Estrela do Brasil, o filho único da apresentadora, Marcelo, veio a público para dizem em alto, claro e bom som, que ele não reconhece a mãe na Hebe que vemos no filme.

Duas situações irritaram Marcelo profundamente: no longa, Hebe sempre aparece bebendo uísque no camarim - ela detestava a bebida, e nunca bebia antes de apresentar seu programa - e em uma cena, se atrasa para entrar no palco - Hebe tinha profundo respeito pelo seu público, principalmente da plateia e nunca se atrasou um segundo sequer para entrar em cena.

E como eu convivi com a estrela justamente no período temporal retratado no filme, também posso atestar: se o musical, visto recentemente nos palcos, trazia Hebe em toda sua exuberância e brilho, o filme nos mostra uma mulher completamente distinta daquela com quem convivi e com o qual o público vibrava.

Sempre exuberante e muito autêntica, Hebe Camargo foi uma mulher à frente de seu tempo em muito aspectos.

Na memória do público, a apresentadora de TV mais querida do Brasil ficou marcada como uma mulher carismática e de sorriso largo, que distribuía selinhos e apelidos carinhosos - como o famoso "Gracinha".

Com roteiro assinado por Carolina Kotscho e direção de Maurício Farias, o longa foca o lado B da vida da estrela e seus conflitos pessoais por trás das câmeras.

Ambientado nos anos 80, década marcada pela censura no período final da ditadura militar, vemos um período complicado também na vida pessoal de Hebe.

Então diretor na Band, Walter Clark começou a gravar seu programa, que até então era levado ao ar, ao vivo, todo domingo à noite, diretamente do saudoso Teatro Bandeirantes, na Avenida brigadeiro Luis Antonio, no centro de São Paulo, numa vã tentativa de censurar o pensamento e as palavras da estrela.

Hebe não aceitou a censura interna, pediu demissão da Band e meses depois, estreava espetacularmente seu programa nas segundas-feiras do SBT, onde permaneceu por décadas, sempre com muito sucesso.

Nessa mesma época, Hebe viveu o divórcio conturbado de seu então marido, Lélio Ravagnani e até mesmo um processo da ditadura, que quase levou a apresentadora para a prisão.

Depois, eles ainda reataram e viveram juntos por mais um tempo.

Se tudo isso é novidade para o público, já que em frente às câmeras, Hebe era sempre alto-astral e glamurosa, não o é para quem a conhecia bem como eu - daí o estranhamento.

Como trabalho de atriz, Andréa Beltrão entrega um de seus melhores trabalhos no cinema nacional, evitando a perfeição que beira o caricato, trazendo leveza e confiança em sua atuação, algo difícil em cinebiografias de personalidades tão populares.

Ela cria sua própria Hebe, claro, respeitando trejeitos e manias como o piscar de olhos frenético e a risada inconfundível.

A atriz chegou a comentar em algumas entrevistas que foi um choque receber o convite já que não se parece fisicamente com a apresentadora.

No entanto, o que vemos em tela é segurança e o resultado de um intenso laboratório feito por ela durante a produção do longa.

É a Hebe dela, enfim - e não a nossa Hebe.

Na direção vemos uma dinâmica única para um filme do gênero.

Divertida e dramática, a produção cria uma atmosfera confortável ao espectador, mesmo que este não tenha acompanhado de perto o trabalho da apresentadora.

É um longa imersivo e profundo, que apesar de apresentar polêmicas ásperas sobre política, preconceito e violência doméstica, ainda mantém a sensibilidade para nos lembrar que Hebe era mulher, mãe e esposa antes de ser uma estrela da TV.

A roteirista teve base na vivência da apresentadora nos anos 80 usando documentos, fotos e relatos de Claudio Pessutti, sobrinho e ex-empresário de Hebe que a acompanhou durante longos anos.

Por isso, Carolina não recriou uma Hebe em seu roteiro, mas trouxe à tona a sua versão da mulher que conhecemos.

Mesmo trazendo clima nostálgico, o longa se tornou atual nesse período de polarização que vivemos no Brasil, oferecendo ao trabalho e aos ganchos mais diretos do roteiro para destacar as críticas sociais que a apresentadora fazia em seus programas e em entrevistas.

Uma de suas frases mais marcantes - "A Hebe não é de direita, a Hebe não é de esquerda, a Hebe é direta" - é destacada já no trailer e retrata bem o lado feminista, empoderado e independente que Hebe manteve durante sua vida.

Mesmo que apresente suas inseguranças, o filme acerta ao não deixar que o drama engula o lado forte da apresentadora, principalmente quando os conflitos com o ex-marido Lélio - vivido pelo ator Marco Ricca - potencializam a crítica à violência doméstica.

Outro ponto alto de seu empoderamento é quando ela, no auge de sua carreira, exige um salário maior no SBT, o que Silvio Santos paga sem pestanejar.

Além de mesclar o humor e o drama, o longa é uma homenagem à mulher que nunca desistiu de lutar por aquilo que acreditava e que, sempre ao vivo - falava sobre as injustiças sociais e os direitos da população brasileira.

E no final, quando sobem os créditos, é impossível não pensarmos sobre como seria se ainda tivéssemos a estrela, segurando um microfone e falando para as câmeras tudo aquilo que pensava.

Coitado do Bolsonaro...

Quem sabe a minissérie - feita a partir do filme e com muitas outras cenas inéditas - traga um pouco da Hebe que conheci.

Estreia ano que vem na Globo - e eu fico no aguardo.

GALERIA DE IMAGENS:
Hebe - A Estrela do Brasil : Foto

Hebe - A Estrela do Brasil : Foto

Hebe - A Estrela do Brasil : Foto

Resultado de imagem para hebe a estrela do brasil

Resultado de imagem para hebe a estrela do brasil

Imagem relacionada

Resultado de imagem para marco ricca hebe
TRAILER:


FICHA TÉCNICA:
HEBE - A ESTRELA DO BRASIL
Gênero:
Biografia
Direção:
Maurício Farias
Elenco Principal:
Andréa Beltrão, Caio Horowicz, Daniel Boaventura, Danton Mello, Gabriel Braga Nunes, Marco Ricca
Roteiro:
Carolina Kotscho
Produção:
Carolina Kotscho, Clara Ramos, Claudio Pessutti, Fernando Nogueira, Heloisa Jinsenji, Lucas Pacheco, Renato Klarnet
Fotografia:
Inti Briones
Estúdio:
Loma Filmes, Globo Filmes
Distribuidora:
Warner
Estréia:
26.9.2019
Ano de Produção:
2019
Duração:
120 min.
Classificação Indicativa:
14 anos

COTAÇÃO DO KLAU:

quinta-feira, 12 de abril de 2018

'AOS TEUS OLHOS': DANIEL DE OLIVEIRA SENSACIONAL EM TRAMA QUE NOS FAZ PENSAR MUITO ANTES DE VIRALIZARMOS FAKE NEWS


SINOPSE:

Rubens (Daniel de Oliveira) é um professor de natação carismático e extrovertido, que dá aulas para pré-adolescentes em um clube.

Querido por todos devido ao seu jeito brincalhão e parceiro, ele se vê em apuros quando um de seus alunos, Alex (Luís Felipe Melo), diz à mãe que o professor lhe deu um beijo na boca no vestiário.

Alegando inocência, Rubens é acusado pelos pais da criança e passa a ter que lidar com um verdadeiro linchamento virtual, que tem início através de mensagens de WhatsApp e explode de vez quando chega ao Facebook.

CRÍTICA:

Poucos filmes recentes lidam com tanta urgência com uma questão tão necessária da atualidade: a histeria coletiva gerada por rumores e notícias falsas que se espalham na internet.

'Aos Teus Olhos', novo longa de de Carolina Jabor ('Boa Sorte') e que estreia hoje, parte de uma peça dos espanhol Josep Maria Miró, 'O princípio de Arquimedes', para investigar como a verdade é apenas o resultado da disputa de narrativas – e não necessariamente aquilo que é real e factualmente verdadeiro.

A imagem pode conter: 1 pessoa, em pé
Daniel de Oliveira é o protagonista Rubens - Fotos dessa Postagem: Divulgação/Conspiração Filmes
O protagonista é Rubens (Daniel de Oliveira, premiado no Festival do Rio por esse trabalho), um professor de natação infantil que se dá bem com seus alunos e pais, até que um dia acaba acusado por um garoto, Alex (Luiz Felipe Mello), de o ter beijado quando estavam no vestiário.

É uma fagulha que, não custa muito, gera repercussões desastrosas e irreparáveis.

O roteiro, assinado por Lucas Paraizo, tem consistente construção narrativa, essencial para criar o clima pretendido para a trama, que se revela aos poucos, jogando com novos fatos, que fazem aparecer as informações que o público recebe.

A imagem pode conter: 1 pessoa, texto
Malu Galli é Ana
Nenhum personagem é destituído de nuances – especialmente o professor, cujo comportamento pode ter alguns elementos reprováveis, como flerte com alunas adolescentes.

Porém, a princípio, não parece que ele tenha assediado o garoto.

Os pais, Davi e Marisa, interpretados por Marco Ricca (também premiado no Festival do Rio) e Stella Rabello, têm um comportamento questionável, mas também compreensível, já que fica difícil manter a calma e a razão num momento em que seu filho revela que sofreu abuso.

Mas sofreu mesmo?

A imagem pode conter: 1 pessoa, texto e close-up
Luisa Arraes é Sofia
A criança, figura-chave na resolução da trama, é sempre, em qualquer obra, um ponto de vista pouco confiável – não que seja por maldade, mas, como diz o escritor Henry James em um de seus romances, "a criança vê mais do que pode compreender".

Carolina Jabor caminha, com seu filme, num terreno pantanoso de verdades incertas e questões delicadas, podendo facilmente cair em clichês, ou redenções.

A imagem pode conter: 1 pessoa, sentado e área interna
Stella Rabello é Marisa
Mas ela e seu roteirista não se entregam a resoluções fáceis e são até ousados – especialmente com a saída honesta que acham para o filme, sem vilanizar, nem martirizar o protagonista.

Bem entrosados, roteirista, diretora e ator buscam a construção humana de Rubens que, como qualquer pessoa, é fadado a contradições, medos e erros - e esse é o principal dos acertos do filme, ao tratar esse personagem sem protegê-lo ou jogá-lo na fogueira acesa pelos pais.

Eles mantêm uma relação um tanto tensa – o pai sempre é nervoso, o que deixa o filho Alex constantemente aflito - e a mãe é a primeira a entrar em desespero quando o garoto conta sua história.

A imagem pode conter: 1 pessoa, texto
Marco Ricca é Davi
Apesar de um tanto histérico, seu comportamento não é de todo injustificável; ela quer proteger o menino e age da maneira já clássica da atualidade – conta a história conforme chegou a ela num grupo de whatsapp e em redes sociais.

Assim, o tribunal digital começa a viralizar e a vida de Rubens não é a mesma.

O filme investiga exatamente o que sucede num mundo de certezas líquidas e pontos de vista em disputa.

Quem é o dono da verdade aqui?

Se todos os personagens têm a sua e seus argumentos, o filme não julga, muito menos condena, apenas expõe, com sagacidade, diversos pontos de vista e deixa que seu público tire sua própria conclusão.

Belo, denso e que faz pensar muito, antes de mandar a primeira fake news que nos chega pelas redes sociais pra frente.

TRAILER:


FICHA TÉCNICA:
AOS TEUS OLHOS
Gênero:
Drama
Direção:
Carolina Jabor
Elenco:
Daniel de Oliveira, Malu Galli, Marco Ricca, Stella Rabello, Luiz Felipe Melo, Luisa Arraes, Gustavo Falcão e outros
Roteiro:
Lucas Paraizo
Montador:
Sérgio Mekler
Trilha Sonora:
Sérgio Mekler
Produção:
Conspiração Filmes
Distribuidor:
Pagu Pictures
País:
Brasil
Data de lançamento:
12.4.2018
Duração:
1h30
Classificação Indicativa:
16 anos

COTAÇÃO DO KLAU:

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

‘DOCE DE MÃE’: FERNANDA MONTENEGRO BRILHA E FAZ TODOS BRILHAREM NO PRIMEIRO EPISÓDIO DA SÉRIE


Maior atriz brasileira em atividade, Fernanda Montenegro não para nunca.

Depois de ter vivido Dona Picucha no especial "Doce de Mãe", que a Casa de Cinema de Porto AlegreJorge Furtado à frente - produziu, que Globo levou ao ar ano passado e que deu a ela o Emmy internacional de Melhor Atriz – o prêmio de maior prestígio da TV mundial – ela topou voltar ao papel, agora na série homônima e que a Globo passou a exibir nessa quinta, num total de 14 episódios.

No episódio de estreia , os quatro filhos de Dona Picucha constatam que ela já não está mais dando conta de morar sozinha num enorme apartamento no centro de Porto Alegre e resolvem que ela precisa ir para um asilo - quem lhe dará esta notícia?

Fernanda Montenegro é Dona Picucha - Fotos dessa postagem: Divulgação/TV Globo

É que Dona Picucha resolveu receber em seu apartamento, já tarde da noite, um advogado argentino (Júlio Andrade) que vem lhe falar de um tal terreno que lhe fora deixado pelo seu falecido marido.

Crédula, Picucha assina para o advogado uma procuração, além de fornecer-lhe todos os seus dados – inclusive os bancários.

Quando ela se dá conta, o argentino se foi, para completo pânico dos filhos: o impulsivo Silvio (Marco Ricca), a prática dentista Susana (Mariana Lima), o gay antenado Fernando (Matheus Nachtergaele) e a irônica dona de casa Elaine (Louise Cardoso).

Só que, quando eles resolvem informar a mãe de sua decisão, que os surpreende é Picucha, que lhes diz: "Eu quero ir para um asilo!" - antes mesmo de ouvir o que eles tinham para lhe dizer.

Picucha e os quatro filhos

Os quatro mudos, e ela pergunta, toda animada: "Por que o silêncio? Tem lugares maravilhosos, verdadeiros hotéis de luxo. Lá eu vou ter gente da minha idade, recreação, atividades. Eu vou me divertir!", diz a idosa.

Logo depois, , Picucha descobre, em seus guardados, que o seu finado marido Fortunato teve um caso amoroso com uma babá que cuidava dos seus filhos e que dessa relação, eles tiveram uma filha .

Danada, Picucha vai atrás da moça e a encontra: ela é a médica pediatra Rosalinda (Drica Moraes), que trabalha num hospital no Centro, a poucos minutos de onde Picucha mora.

Como vai ter de deixar o seu apartamento, Picucha resolve alugá-lo para Rosa, pelo mesmo valor que a médica paga em um bairro afastado.

Picucha encontra Rosa, filha do seu marido, mas nada lhe diz

Lógico, os filhos se mostram contra, mas Dona Picucha acaba convencendo-os de que é o melhor negócio: vai deixar os móveis, pode aparecer lá de vez em quando e etc  - tudo sem contar-lhes que a moça é sua meia irmã.

No final, o advogado argentino reaparece - ele não era um salafrário como todos pensavam - explica que representa a imobiliária que quer comprar o terreno e diz que o valor é cerca de um décimo do que os filhos de Picucha esperavam faturar.

O roteiro de Ana Luiza Azevedo, Mauro Wilson e do também diretor geral Jorge Furtado é um achado de tão bom , pois arremata com naturalidade e bastante humor cada cena, onde Fernanda Montenegro brilha e deixa brilhar o restante do elenco.

O roteiro mostra os filhos de Dona Picucha muito bem delineados, cada qual com as suas características marcantes e bem diversificadas – e com ótimos atores e atrizes vivendo-os, a tarefa fica mais fácil.

Drica Moraes – uma das atrizes brasileiras que eu mais gosto de ver atuar - entrou para enriquecer a trama com a sua interpretação madura, precisa e envolvente.

Destaque também para a participação do veteraníssimo Emiliano Queiroz, que aparece na casa de repouso onde Dona Picucha vai morar.

Ah... a casa de repouso nunca mais será a mesma, por a velhota vai agitar tudo e todos – a toda hora.

Logo que chega, Picucha resolve animar o pedaço e sugere um jogo de mímica.

A colega idosa só consegue dizer depois de muito tempo que o título do filme que Picucha se desdobrava para dar a dica com a sua mímica era "A Noviça Rebelde Voadora".

Picucha fica emputecida com a lerdeza da nova amiga amiga: "É só 'A Noviça Voadora', sem o Rebelde!", reclama Picucha decepcionada por perder o jogo.

E explica: "Noviça Voadora" era a história de uma freira que voa...ideia de jerico”.

Ao passo que outro velhinho com memória cinéfila lembra: “Era interpretada pela Sally Field, que depois ganhou um Oscar pelo filme ‘Norma Rae’!”

Picucha fica emputecida com a tal "A Noviça Rebelde Voadora"

Depois, propõe um jogo de pôquer, e mais um e mais um, para desespero das enfermeiras do lugar.

Dona Picucha se torna encantadora na brilhante interpretação de Fernanda: cheia de vida, sem dar lugar à depressão e ao cansaço, ela procura viver a vida plenamente, cheia de vontade, cheia de projetos e objetivos a serem alcançados.

Absolutamente independente, é ela quem realmente comanda as vidas dos quatro filhos e, esperta, mesmo antes deles lhe sugerirem ir para um asilo, tomou a frente e pediu para ir - um senhor exemplo de vida.

A direção de Jorge Furtado é primorosa, a direção de arte, inspiradíssima – e é muito bom podermos rever uma atriz do quilate de Mariana Lima na TV, ela que pouco trabalha nesse veículo.

De acordo com dados consolidados do Ibope, “Doce de Mãe” estreou com 18 pontos de média - cada ponto representa 65 mil domicílios na Grande São Paulo.

‘DOCE DE MÃE’
O que é: 
Série em 14 episódios
Onde: 
Globo
Quando: 
Quintas, após o 'BBB 14'
Direção Geral:
 Jorge Furtado
Elenco Principal: 
Fernanda Montenegro, Mariana Lima, Louise Cardoso, Marco Ricca, Matheus Nachtergaele, Emiliano Queiroz
Cotação do Klau:

segunda-feira, 29 de abril de 2013

'SANGUE BOM': BOA TRAMA, ELENCO BOM, DIREÇÃO IMPECÁVEL E TODA A BELEZA DA CASA VERDE EM HD



Fabinho (Humberto Carrão)promete ser o cara que vai botar foto na trama de ‘Sangue Bom’, novela de Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari, que estreou agora pouco - 19h - na Globo.

O moço viveu no mesmo lar de adoção de Gilson (Daniel Dantas) e Salma (Louise Cardoso), no bairro da Casa Verde, São Paulo, onde conheceu Amora (Sophie Charlotte) e Bento (Marco Pigossi) quando crianças.

Marco Pigossi interpreta Bento, um dos protagonistas - fotos dessa postagem: Divulgação/TV Globo

Morando no interior com sua mãe adotiva, Fabinho quer descobrir o paradeiro de seus verdadeiros pais e se fará de bom moço para se aproximar de Bárbara Ellen (Giulia Gam), atriz decadente, cercada de filmes adotivos, que sempre se casa com homens muito mais jovens e quer a fama a qualquer preço.

Humberto Carrão e Giulia Gam, em cena que vai ao ar nos próximos dias

Ao ver uma reportagem sobre Amora — adotada por Bárbara —, ele observa que Irene (Deborah Evelyn), atual mulher de Plínio (Herson Capri), o ex da atriz, usa o mesmo anel que foi deixado com ele quando abandonado na casa de Gilson, e deduz que pode ser filho do ex-casal.

O bairro de classe média da Casa Verde - na zona Norte de São Paulo e onde a maior parte da novela é ambientada -  fica a 5 quilômetros do marco zero da cidade - a Praça da Sé - e a 4 da Av.Paulista.

Extremamente fotogênico, em seus limites estão, entre outros, ícones paulistanos como o aeroporto Campo de Marte e o Sambódromo.

Suas ruas com ladeiras íngremes e casas de todos os tipos já foram vistas em uma infinidade de obras visuais - as duas mais conhecidas são a primeira versão da novela 'A Viagem' (1975) - estrelada por Eva Wilma e Tony Ramos na TV Tupi - e o longa 'Bicho de Sete Cabeças' ( 2001), dirigido por Laís Bodanzky e estrelado por Rodrigo Santoro, Othon Bastos e Cássia Kiss.

O primeiro capítulo da novela foi um show de boas interpretações, cenas dinâmicas e de imagens coloridas, desde as cenas com muitas flores com Bento (Marco Pigossi) e Giane (Isabelle Drumond), até a casa de Barbara, o Jóquei Clube e as ruas da Casa Verde.

Vimos Bento e Giane - uma moça absolutamente apaixonada pelo Corinthians como, aliás, é 90% do bairro - trabalham entregando flores, e ele se lembrando das duas crianças - Fabinho e Amora - que cresceram com ele no lar adotivo.

Giane (Isabelle Drumond) e Bento  (Marco Pigossi)

Amora é a chamada 'It Girl': bonita, sempre na moda, fashion, antenada, escreve um blog bastante acessado e é mimadíssima pela mãe adotiva, Barbara, que aparece casada com um jovem ator que está fazendo muito sucesso - Jonathan.

Amora(Sophie Charlotte), em cena da novela

Só que Barbara descobre que o jovem marido está tendo um caso com Brunetty, a 'Mulher Mangaba' (Helen Roche, sen-sa-cio-nal) e decide se divorciar em grande estilo - defronte à imprensa - enquanto seus filhos convencem o rapaz a aceitar um papel numa novela.

Sua filha Tábata a avisa depois que Jonathan convocou a mídia no Jóquei, juntamente com o amante, só que tudo dá errado, ele cai do cavalo e morre, deixando Barbara viúva.

Barbara (Giulia Gam), em cena do capítulo de hoje

No interior, Fabinho, descontrolado, perde mais um emprego, sua mãe adotiva se preocupa e ele a ofende, dizendo que ela "não é minha mãe".

A melhor cena foi a de Damáris (Marisa Orth, de volta às novelas), fingindo se matar ao ingerir uma dose absurda de comprimidos no tribunal onde assinaria o divórcio do marido, Wilson (Marco Ricca).

Enquanto isso, os moradores da Casa Verde ficam sabendo que um novo empreendimento a ser erguido no bairro - o Las Blumas - teve a tradicional escola de samba do bairro apagada da imagem dos folhetos de propaganda.

É a senha para que Bento organize uma manifestação popular onde será inaugurado o Las Blumas, inclusive com Rosemere (Malu Mader) convocando os clientes do Cantaí, melhor bar do bairro onde ela trabalha como garçonete.

Rosemere (Malu Mader) lidera manifestação pelas ruas da Casa Verde contra o empreendimento imobiliário

Amora, a caminho do coquetel de inauguração do empreendimento, esbarra na manifestação e decide sair do carro para chegar logo , mas esbarra em Bento.

E eles se esbarraram...

'Sangue Bom' tem tramas interessantes, atores bem dirigidos - marca registrada do mestre Dennys Carvalho - um elenco de primeira, cenas coloridas e simplesmente arrebatadoras.

O elenco principal pode ser jovem, mas já é muito experiente em TV e segurou todas as cenas muito bem - notadamente Marco Pigossi, Sophie Charlotte e Isabelle Drummond, que estiveram impecáveis em todas as cenas em que apareceram.

E só de eu ver o bairro onde eu nasci e moro até hoje no esplendor do HD global já valeu o primeiro capítulo - o bar Cantaí, por exemplo, fica a 50 metros da minha casa.

'SANGUE BOM'
Estreia da nova novela das 19h.
Onde: Globo
Direção de Núcleo: Dennys Carvalho
Cotação do Klau:

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

'O ASTRO', MAIS BEM SUCEDIDO PROJETO DA GLOBO DO ANO TERMINA HOJE - CONFIRA TAMBÉM ENTREVISTAS COM GUILHERMINA GUINLE, MARCO RICCA E THIAGO FRAGOSO


Hoje à noite termina o mistério que pela segunda vez agita a audiência da TV Globo: afinal, quem matou Salomão Hayalla, o tosco empresário da novela O Astro?

O original, escrito por Janete Clair em 1978, mostrava o personagem Felipe - interpretado por Edwin Luisi - como o assassino.
Só que, no remake escrito por Geraldo Carneiro e Alcides Nogueira - e que terá seu último capítulo exibido hoje às 23:15h - o personagem - agora interpretado por Henri Castelli -  morreu assassinado na cadeia, no capítulo da terça (25).

Segundo Carneiro, foram escritos dois finais e o assassinato foi cometido por duas ou três pessoas, dependendo de qual dos desfechos vá ao ar.

A solução está em cerca de dez cenas sigilosas recebidas pelos atores que interpretam os seguintes personagens:
 Henri (João Baldasserini), Nádia (Vera Zimmermann), Youssef (José Rubens Chachá), Amin (Tato Gabus), Jamile (Carolina Kasting), Miriam (Mila Moreira), Assunção (Reginaldo Faria), Inácio (Pascoal da Conceição), Clô (Regina Duarte), Magda (Rosamaria Murtinho), Samir (Marco Ricca) e Neco (Humberto Martins).
“É crime pessoa jurídica, como o assassinato de Júlio César, que foi planejado pelo senado romano”, brinca Geraldo, em entrevista ao UOL.

 Fotos: Divulgação/TV Globo Montagem: UOL
A partir da esquerda - Acima: Neco,Clô, Henry, Inácio, Magda e Samir. Abaixo: Miriam,Assunção, Amim, Jamile, Youssef e Nádia. Um deles - ou mais de um deles - matou Salomão

Embora não dê nenhuma pista exata de quem são os envolvidos, o autor conta que ele e o parceiro Alcides Nogueira não quiseram criar nenhum final mirabolante.

Disse apenas que a solução não é nem muito óbvia nem muito absurda.
“O público é inteligente. Fizemos algo muito crível, mas claro que pensamos em artifícios de baixo nível, como colocar um vizinho que invadiu a casa e matou o Salomão porque não aguentava mais o barulho de tantas festas que tinham naquela casa. Também pensei em colocar que ele foi morto porque não pagou propina para o Ministério dos Transportes”, conta o autor aos risos, que não explicou aqui a absurda transformação do protagonista Herculano Quintanilha - Rodrigo Lombardi - em um lindo pássaro branco, para fugir da polícia no final do capítulo de ontem.

Carneiro, no entanto, diz que o mais importante na solução desse mistério é mostrar que ninguém é totalmente inocente e que até Márcio Hayalla - Thiago Fragoso -, ao sentar no trono do pai, acaba abandonando o idealismo e se tornado parte daquilo.
“O exercício do poder corrompe. Ali é o homem sendo construído pelo próprio trono.”

A ideia por trás dessa novela, vendida pela emissora como uma "macrossérie" foi fidelizar a audiência do horário das 23h, que com programas variados também varia muito - mesmo assim, a partir da semana que vem, no horário da novela voltam as séries que garantiram boa audiência à Globo em 2011.

Sobre as críticas de que algumas tramas foram aceleradas demais - a novela teve apenas 64 capítulos - o autor afirma ter sido uma opção estética.
“Quisemos fazer a novela com uma linguagem mais próxima do cinema que do rádio. Eu confesso que não tenho paciência para aquela enrolação das novelas. Tanto que raramente tenho ânimo de ver novelas. Tem novela que começa só no capítulo 60. Tem outras que abandonam a trama principal. Tivemos a sorte ter uma história que cabia nesse tamanho, porque o primeiro que se entedia com a novela é o autor. Quando você está escrevendo a mesma cena pela décima vez dá vontade de se matar. Nesse ponto, ‘O Astro’ ajudou a apontar um novo rumo para a novela brasileira.”

De minha parte, sempre gostei desse horário de teledramaturgia, que pode abordar temas mais reais ou ter cenas mais quentes, e que nos deu, entre outros, O Bem Amado, O Grito e Gabriela.

Aliás, é o remake de Gabriela que foi escolhido pela Globo para ser a "sua novela das onze" - no ar, a partir de junho do ano que vem.

O Astro foi uma novela sem encheções de linguiça, com ritmo ágil, elenco afiadíssimo - dos protagonistas aos coadjuvantes - e direção precisa, onde as cenas eram quase todas em close-up do elenco, valorizando ainda mais suas interpretações esmiuçadas pela tecnologia HD.

Regina Duarte, Marco Ricca, Rosamaria Murtinho, Alinne Moraes e Thiago Fragoso tiveram aqui, sem dúvidas, seus melhores papéis na telinha em muito tempo - só o Neco de Humberto Martins destoou, porquê o ator nunca compreendeu o personagem e fez aqui uma de suas piores atuações na telinha, disparado.

Por tudo o que apresentou de bom e de inovador, o remake de O Astro já é um marco da história da telenovela brasileira.

O ASTRO
Exibição do Último Capítulo
Onde: Globo
Quando: Hoje, às 23:15h
Cotação do Klau - para toda a novela:


ENTREVISTA: GUILHERMINA GUINLE

Na primeira versão de O Astro, Beatriz, vivida por Heloísa Helena, pouco se destacava na trama de Janete Clair.

No remake, Guilhermina Guinle assumiu a personagem com infinitas diferenças.

Mais contemporânea e atrevida, Beatriz revelou-se uma mulher decidida, tanto no aspecto profissional quanto no amoroso.

Ao contrário da romântica Amanda - vivida por  Carolina Ferraz - a assessora do grupo Hayalla encara seus relacionamentos íntimos com menos compromisso e preocupação.
"A Beatriz tem um lado sexual muito aflorado. De certa forma, ela tem uma cabeça muito masculina ao lidar com esse assunto", analisa Guilhermina, que comemora o lado descontraído de sua personagem.
"Se ela quer se divertir, ela se diverte. É uma mulher que gosta de aproveitar a vida", opina.

Antes de se envolver com Neco - vivido por Humberto Martins - Beatriz já mostrava ser uma mulher sensual e despudorada, mas depois de virar amante do malandro, suas cenas esquentaram ainda mais.
"Ela ama viver essa história com o Neco porque na cabeça dela é algo diferente. A Beatriz acha emocionante ter um namorado bandido", avalia a atriz, que costuma dar palpites nas sequências íntimas. 

Caso, por exemplo, do polêmico "take" que exibiu seus seios.
"Eu e o Marco íamos fazer essa cena em pé. Aí, eu sugeri ao diretor de fazermos deitados e de uma forma mais delicada", conta, referindo-se a Marco Ricca, que encarna o vilão Samir.

PopTeve
A Atriz Guilhermina Guinle

Confira mais trechos da entrevista que a atriz deu ao site PopTeve:

Pop Tevê – Quando a Globo decidiu fazer a adaptação de "O Astro", você fez questão de participar. O que motivou você a querer fazer parte do elenco?
Guilhermina Guinle – Logo depois que fiz "Ti-Ti-Ti", a Globo estava sondando os atores para "O Astro". Só que ela queria poupar os que tinham acabado de sair do ar. Então, fui eu que corri atrás. Eu quis participar por causa da equipe, por ser uma grande aposta da Globo e por ser um "remake". Ainda mais sendo da novela com a trama do famoso "Quem matou Salomão Hayalla?".

As cenas sensuais e de nudez da Beatriz foram muito chamativas. Você tem alguma dificuldade em fazer esse tipo de sequência ou de lidar com a repercussão dela?
Eu não vejo problema em fazer cenas de nudez, desde que eu acredite no que estou fazendo. A minha maior preocupação é ver se aquilo tem um propósito para a personagem. Tento fazer de primeira para acabar logo e ficar bom, mas não tenho problema com isso. São cenas em que há uma troca entre o diretor e os atores e um cuidado muito grande. Já os comentários maliciosos, eu não levo tão a sério. Acho engraçado.

Em televisão, é comum haver pouco tempo de preparação para um papel. Como você faz para encontrar o tom certo na hora de compor o perfil de uma personagem?
No caso da Beatriz, eu fiz muitas leituras até pegar o tom dela. Já a Luiza, de "Ti-Ti-Ti", era uma mulher bem-resolvida que virou vilã. Então, apesar de existir uma sinopse, tudo pode mudar. O importante é entender a essência do personagem e fazer com a maior credibilidade possível cada cena.

MARCO RICCA: "SAMIR VAI VIRAR 'BONECA' NA PRISÃO

Cada vez mais comum nas novelas, a justiça do cárcere novamente vai redimir a audiência e punir os vilões da ficção.

Dessa vez, as bolas da vez serão Neco - Humberto Martins -, que deve ser assassinado na cadeia, e Samir - Marco Ricca - que vai acabar preso no último capítulo de O Astro, que vai ao ar hoje.

Intérprete de Samir, Ricca deu entrevista ao UOL logo após gravar sua última cena, em que Samir é preso por ter matado Valéria - Ellen Roche - e Felipe - Henri Castelli -, além de ter estuprado Nina - Juliana Paes.
“Ele fica apavorado com a prisão, mas fiz com que ele não perdesse a pose na cela, afinal de contas, ele chega lá como estuprador e vai virar a boneca da carceragem”, conta o ator, aos risos.

Ricca disse ainda estar muito surpreso com a repercussão do personagem: enquanto conversava com a reportagem, foi reconhecido por uma criança de cerca de sete anos.
“Vê se pode uma criança desse tamanho assistindo aquilo? Em geral, as pessoas têm muito ódio do Samir, porque a gente tomou cuidado para que ele não se tornasse um vilão carismático. Ele é um sedutor, mas que dá medo, feito uma cobra mesmo. Mas a repercussão é de novela das nove, sabia?”

Divulgação/TV Globo
Marco Ricca grava, chiquérrimo, vestindo um "summer-jacket", cenas como o vilão Samir Hayalla para "O Astro"

O ator, no entanto, não acredita que Samir também seja o assassino de Salomão Hayalla - pois ficaria meio óbvio - e disse ainda que nenhum ator recebeu as cenas sigilosas, que relatam quem são os assassinos.

Ricca falou ainda sobre a parceria com Regina Duarte, de quem diz ser muito fã.
“Ela está completando 50 anos de carreira e poderia estar sentada no trono da grande atriz, mas não. Ela não tem a menor preocupação em ficar correta. Faz uma personagem que perde a compostura, mas não perde a pose. É muito bom contracenar com ela, principalmente porque a Clô e o Samir são duas macacas velhas tentando se enganar. Tinha vezes que ela fazia aquelas caras e eu começava a rir. Um dia eu falei: ‘Que é isso, Regina? Que maravilha!’ E ela me respondeu que ia fazer mais exagerado no próximo take.”

Agora, Ricca vai para Brasília filmar Os Fins e os Meios, em que interpretará um marqueteiro de político, e que deve chegar às telonas em 2012.

THIAGO FRAGOSO: "ME INSPIREI EM SÃO FRANCISCO E HAMLET PARA INTERPRETAR MÁRCIO'

Thiago Fragoso, que interpretou com rara percepção o protagonista Márcio Hayalla na novela O Astro, que acaba hoje, faz aqui uma análise de seu trabalho e conta que, há cinco anos, um personagem como esse o teria afetado na vida real.
"O Márcio é um personagem em carne viva. O ator tem um repertório de emoções e sensações que pode trazer para os papéis que faz, mas esse não pode ser simulado. Se ele estiver triste, não posso só ficar com carinha de triste. Tenho de ter uma tristeza visceral e estar realmente à flor da pele. Ele tem variações de humor extremamente violentas. Em um momento, está muito eufórico e depois, muito deprimido. Se fosse há cinco anos, talvez eu começasse a ficar um pouco assim na minha vida", constata aos risos, nessa entrevista ao site PopTeve.

Fragoso conta ainda que, para entender um pouco mais o personagem, resolveu assistir a algumas cenas da primeira versão da novela na internet.
Apesar de não ter muitas disponíveis, o ator pode ver um pouco da atuação de Tony Ramos, que interpretou Márcio na obra original de Janete Clair.
"Fiquei muito curioso porque era o Tony Ramos. Mas também não fui ver muito porque é diferente. Até o Márcio mudou", ressalta.

Luiza Dantas/CZN
O ator Thiago Fragoso

Outras referências foram sugeridas por Mauro Mendonça Filho, diretor geral da produção: uma delas foi pesquisar sobre São Francisco de Assis, por causa da necessidade que o personagem tem de se livrar do materialismo, principalmente no início da trama.
Também teve de assistir aos filmes Irmão Sol, Irmã Lua, Na Natureza Selvagem e O Poderoso Chefão, além da necessária inspiração em Hamlet, herói de William Shakespeare que tem o pai assassinado pelo tio, que se casa com sua mãe - e que inspirou Janete Clair para criar o núcleo dos Hayalla no texto original da novela.

"Esse é um trabalho em que trago bastante informação. Me preparei muito e muito intuitivamente", conta ele, que emagreceu dez quilos para o papel. 
A maior parte foi perdida logo no primeiro mês de dieta aliada às corridas. 

Já os cabelos foram escurecidos e ganharam um visual mais despojado.
"O Márcio é um personagem sem vaidade. Meu cabelo está todo desgrenhado, sem corte."

Thiago comemora a estreia em um novo formato em sua carreira, com mais de 20 trabalhos na tevê. 
"O número reduzido de capítulos em um pouco mais de três meses no ar faz com que a trama tenha uma agilidade maior que nas novelas convencionais. Acho maravilhoso, não tem barriga. A sina da novela é você se repetir porque está contando a mesma história muitas vezes, faz parte da estrutura. Nessa, cada cena é uma coisa e os conflitos que surgem são intensos e rapidamente solucionados."
*****
Você pode rever todas as postagens do Blog de Klau sobre o remake de O Astro, clicando aqui.