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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

LIVRO COMPILA FRASES E CITAÇÕES INESQUECÍVEIS DE OSCAR WILD


O irlandês Oscar Wilde nasceu em 1854 e morreu no ano de 1900 - foi escritor, poeta e crítico literário.

Seus pais eram intelectuais dublinenses e logo cedo o autor mostrou grande inteligência, se tornando fluente em francês e alemão.
Aprofundou-se também na leitura de obras clássicas.

É lembrado até hoje por seu humor espirituoso e ácido, seu estilo exagerado de se vestir e a controvérsia sobre sua homossexualidade - que chocou a sociedade inglesa e chegou a levar Wilde ao banco dos réus.

Entre sua obras mais marcantes estão O Retrato de Dorian Gray e a peça A Importância de Ser Prudente.
Foi também um exímio contista e suas histórias curtas foram publicadas no Brasil em obras como Oscar Wilde: Contos  e Oscar Wilde: Obra Completa.

Arquivos do Klau
O gênio irlandês Oscar Wilde

Wilde, um dos maiores escritores de seu tempo, ficou famoso também por suas tiradas, usadas ainda com frequência para sofisticar um discurso ou apenas para atordoar ouvintes com seus jogos geniais de palavras.

Em A Esfinge e Seus Segredos - que eu acabei de reler - você encontrará as melhores frases e citações de uma das maiores personalidades do século 19.

O livro divide as máximas wildeanas por temas: "homens e mulheres", "arte e cultura", "no palco da vida", "sociedade" e "uma questão de ética".

Marcello Rollemberg fez a seleção e assina a apresentação do livro e do autor: 
"Um ser que se acreditou divino e que terminou seus dias como um homem comum. Ou quase. Afinal, Oscar Wilde é um daqueles raros casos em que a vida de um escritor acaba superando e sendo ainda mais interessante do que a sua obra."

Algumas máximas wildeanas:

"As mulheres foram criadas para serem amadas, não para serem compreendidas"

"É um absurdo dividir as pessoas entre boas e más. As pessoas são ou charmosas ou tediosas"

"Toda arte é imoral"

"Não há livros morais ou imorais. Os livros são bem ou mal escritos. É tudo"

"Um beijo pode arruinar uma vida"

"A única forma de nos livrarmos de uma tentação é cair nela"

Título:
A Esfinge e Seus Segredos
Autor:
Oscar Wilde
Editora:
Record
Edição:
1
Ano:
2000
Idioma:
Português
Especificações:
Brochura | 182 páginas
Quanto: 
R$19,55
Onde Comprar:
Cotação do Klau:

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

MUSEU D'ORSAY RECEBE EXPOSIÇÃO SOBRE OSCAR WILDE E OUTROS ARTISTAS INGLESES


A beleza transformada em arte de viver na Inglaterra vitoriana, contraída em seus princípios morais e rígidos, é o que o Museu d'Orsay - Paris -  apresenta, numa uma exposição dedicada ao movimento estético inglês da segunda metade do século XIX.

Uma efervescence mostra, sem doutrina preestabelecida, inclui pintores pré-rafaelitas como Dante Gabriel Rossetti e Edward Burne-Jones, além do americano James McNeill Whistler, do design Edward Godwin e Christopher Dresser, com peças palpitantes de modernidade.

Isso, sem esquecer o escritor irlandês Oscar Wilde, cujos aforismos pontuam a exposição.

Intitulada Beleza, moral e voluptuosidade na Inglaterra de Oscar Wilde, apresenta 250 obras, entre elas 40 pinturas, 50 peças gráficas, esculturas, móveis, objetos, roupas e desenhos criados por esses artistas.

Reprodução/National Portrait Gallery - UK
O poeta Oscar Wilde

É a primeira vez que o Aesthetic Movement, que se estende de 1860 a 1900 na Grã-Bretanha, torna-se objeto de exposição específica na França. 

Apresentada, primeiro, no Victoria & Albert Museum de Londres, poderá ser vista até 15 de janeiro no Museu d'Orsay, seguindo, depois para o Fine Arts Museum de São Francisco - California.

A cenografia de Nathalie Crinière recria a atmosfera de uma dessas belas casas, onde tudo torna-se estético - as legendas ficam aos pés das obras, para evitar perturbar o encanto.

"O movimento estético é o movimento da emoção, da sensibilidade que ousa fixar-se na Inglaterra vitoriana", declarou à AFP o curador francês da exposição, Yves Badetz.
Os artistas partilham "a mesma vontade, afirmativa e revolucionária: de fugir à feiura e ao materialismo vulgar da época, criando um novo ideal de beleza", escreve o curador britânico Stephen Calloway, no catálogo editado pelo Museu d'Orsay e Skira Flammarion.

A Royal Academy é vista em sua totalidade, com horizontes diversos, mas ligados; estes estetas são influenciados pelos estilos gótico, grego, egípcio, japonês.

A porcelana azul e branca da China, que todos apreciavam, decora os quadros. 
O lírio, os girassóis, os pavões são motivos recorrentes não apenas nas telas, mas nos tecidos e papéis.

Os modelos femininos não são as mulheres louras de tez rosada dos cânones da época. 
São ruivas vulcânicas, morenas fatais. 
Suas vestimentas se liberam.

"Os quadros não têm um tema, uma moral, apenas muita sensibilidade seguida, às vezes de sensualidade", revela Badetz.

As telas de Whistler, chegado a Londres em 1859, após uma formação em Paris, são "sinfonias em branco", como ele mesmo as chamou.

"A burguesia emergente, que encontrou seu lugar com dificuldade entre a aristocracia potente e o mundo operário, em plena expansão, vai tentar se aliar a este movimento estético", sublinha Badetz.

Isso não se faz sem choques. 
Como exemplo disso, conta-se que, após ter realizado A Sala dos Pavões (1876-1877), para a casa londrina do armador Frederick Leyland - que não ficou contente com o quadro - Whistler não recebeu nenhum pagamento. 
Irado e arruinado, o pintor caricaturou seu devedor como um horrível pavão nos escombros da casa do artista.

sexta-feira, 25 de março de 2011

"O RETRATO DE DORIAN GRAY": TENTATIVA DE REJUVENESCER A HISTÓRIA DO LIVRO TORNA O FILME FRIO E SEM SENSUALIDADE

Acabei de reler o romance mais famoso de Oscar Wilde - "O Retrato de Dorian Gray", publicado no final do século 19 - para poder ter fresca na mente todas as nuances a trama de um dos textos mais magistrais de todos os tempos, para então ver esse filme e comparar os dois universos.

No filme que estreia hoje no Brasil, a trama apela para as sensibilidades juvenis contemporâneas - como o público consumidor de "Crepúsculo" - e, se Dorian não foi transformado num vampiro casto e romântico, faltou pouco.

Isso se deve, sobretudo, à interpretação fria e sem nenhuma emoção de Ben Barnes - o príncipe Caspian da série "As Crônicas de Nárnia".

Apesar de ser muito bonito, aqui faltam a Barnes o carisma e a sensualidade à flor da pele de Dorian, e os olhares vagos e inexpressividade do ator ficam mais do que evidentes.

DivulgaçãoBen Barnes, rodeado da biscataiada, em cena de "O Retrato de Dorian Gray"

O diretor Oliver Parker já tinha filmado anteriormente duas peças cômicas de Wilde: "O Marido Ideal" (1999) e "Armadilhas do Coração" (2002) - o primeiro, com bons resultados; o segundo, nem tanto.

Em "O Retrato de Dorian Gray", há a premissa da reinvenção, mais do que encenar e contar a obra original, e justamente por isso, o filme se passa num período de tempo bem mais longo, adaptando personagens e ações.

Parker, diretor irregular, dirige aqui no limite,entre o que acredita ser sensual, mas que quase sempre cai no grotesco.

Bebedeiras e surubas são a vida do jovem rico e entediado Dorian, que vai morar em Londres depois de receber uma polpuda herança.

Na cidade, tem um retrato pintado por Basil - interpretado por Ben Chaplin, de "O Novo Mundo" -e fica amigo do Lorde Henry Wotton - o recém-vencedor do Oscar Colin Firth, que filmou este antes de "O Discurso do Rei" - um sujeito de moral duvidosa e comportamento dúbio.

A atração entre Dorian e Wotton, escancarada no livro, aqui nunca se consuma de forma direta, pois tudo é bastante contido, existe apenas na troca de olhares, nas indiretas do lorde, quase nunca compreendidas pelo outro, que se apaixona por uma atriz pobre e vive sua primeira grande decepção amorosa.

Depois disso, o protagonista cai de cabeça no basfond, com uma mulher diferente a cada noite - quando não várias.

O roteiro do estreante Toby Finlay, foca muito mais os elementos góticos do que qualquer pensamento filosófico, e o sangue jorra sem necessidade em alguns momentos - nesse filme, pouco se pensa e muito se faz.

Pelo ponto de vista do diretor e do roteirista, Dorian assume até com uma certa felicidade seu destino de jamais envelhecer - enquanto a figura do misterioso quadro pintado por Basil acumula seus pecados - e os outros personagens, envelhecendo a cada dia, também não parecem questionar quando veem o velho amigo com o mesmo aspecto jovial de sempre.

O que resta ao espectador aqui, são alguns sustos, muito sangue e uma sensualidade nada sensual - que soa forçada - e o Dorian Gray de Parker parece ter muito pouco em comum com o Dorian Gray de Wilde - esse sim, um imortal em vários sentidos.

Já foram filmadas muitas versões do livro, e essa é só mais uma, a mais fraca de todas, que só vale pela fotografia, ambientação gótica e por Colin Firth.

Se eu fôsse você prefiriria o livro: uma edição em brochura está em oferta na LIVRARIA DA FOLHA, por R$ 4,50 - valor muito menor a UM ingresso de cinema - confira em:
http://livraria.folha.com.br/catalogo/1136703/o-retrato-de-dorian-gray#prodLinksInfo

Veja o trailer do filme:


*****
"O RETRATO DE DORIAN GRAY"
Título original:
Dorian Gray
Diretor: Oliver Parker
Roteiro: Toby Finlay
Fotografia: Roger Pratt
Estúdio: Ealing Studios/Fragile Films
Distribuidora: Europa Filmes
Elenco:
Ben Barnes
Colin Firth
Rebecca Hall
Ben Chaplin
Rachel Hurd-Wood
Gênero: Drama, Fantasia, Suspense
Duração: 112 min.
Ano: 2009
Data da Estreia: 25/03/2011
Cor: Colorido
Classificação: Não recomendado para menores de 16 anos
País: Reino Unido
COTAÇÃO DO KLAU: