A trajetória de como o tímido Reginald Dwight (Taron Egerton) se transformou em Elton John, um dos maiores ícones da música pop.
Desde a infância complicada, fruto do descaso do pai pela família, sua história de vida é contada através da releitura das músicas do superstar, incluindo a relação do cantor com o compositor e parceiro profissional Bernie Taupin (Jamie Bell) e o empresário e o ex-amante John Reid (Richard Madden).
CRÍTICA:
Para quem se preocupava com uma biografia sobre Elton John produzida pelo próprio Elton John, pode ficar tranquilo: embora o filme ressalte o talento do cantor, ele está longe de ser 'chapa branca'.
Para quem temia um filme meio sem sal como a também cinebiografia Bohemian Rhapsody, que passou por cima da homossexualidade e as drogas para se tornar palatável ao público conservador, o próprio Elton e o diretor Dexter Fletcher buscaram maneiras mais criativas de representar o vício em drogas e o relacionamento com homens, tão clara quanto sensivelmente.
E por fim: para quem temia uma simples enumeração de fatos mais marcantes da vida, é bom saber que a cinebiografia oferece muito mais do que esperávamos.
Taron Egerton é Elton John - Fotos dessa Postagem: Divulgação/Paramount Pictures do Brasil
Rocketman - que estreia nesta quinta aqui no Brasil - é uma uma extravagância kitsch, destinada a investigar a carreira de Elton John (Taron Egerton) através da psicologia.
O roteiro, preciso, dedica uma parte importante para mostrar que todos os problemas e glórias na vida do protagonista se devem à falta de amor e à busca pelo mesmo.
O talento musical teria surgido da necessidade de provar seu valor ao pai homofóbico, a dependência de substâncias químicas seria fruto direto do relacionamento fracassado com seu empresário (Richard Madden), as mais belas apresentações constituiriam uma maneira de canalizar a tristeza, a raiva ou a depressão.
Richard Madden é John Reid, empresário e amante de Elton
Por um lado, o discurso sobre a frustração como principal motor da criação artística corresponde a uma romantização nociva da atividade criativa.
Isso impede tanto que se perceba o profissional da arte como alguém capaz de produzir dentro de uma estrutura sadia quanto que se valorize o criador enquanto indivíduo comum, dotado de uma expressão artística ao alcance de todos.
O artista é percebido como o diferente, o excêntrico, aquele cujo talento representa uma recompensa às dores que vive, e para quem a busca por prazeres efêmeros (droga, álcool, sexo fácil) representa uma compensação óbvia de carências afetivas.
O roteiro de Lee Hall não consegue escapar ao psicologismo superficial que separa o artista do resto da comunidade.
Os icônicos figurinos do astro pop e seus espetaculares óculos são uma atração á parte no longa
Por outro lado, ao abraçar os traumas, os excessos e as inseguranças de Elton John, o diretor contamina seu filme com uma energia vibrante, traduzindo o estilo de seu personagem em escolhas estéticas apropriadas.
Nos maravilhamos com um filme colorido, repleto de recursos cafonas, exagerados, barulhentos, assim como foi Elton no início da carreira.
Este não é apenas um “drama com música” como Bohemian Rhapsody, mas um musical no sentido estrito do termo, devido à inclusão de numerosas cenas em que os personagens cantam e dançam, rompendo com o naturalismo para abraçar a fantasia.
As cenas musicais constituem o ponto mais forte do projeto por sua criatividade e pela bela maneira como reinterpretam as espetaculares canções de Elton John, ora transformando sensivelmente as letras originais, ora colocando-as na boca de pessoas importantes que conviveram com o artista.
Elton John e Taron Egerton juntos, no último Festival de Cannes - Vulture
E fica evidente que o filme não seria o mesmo sem o excepcional talento do ator que interpreta Elton John.
Em poucos anos, Targon Egerton tem se mostrado um dos atores mais versáteis de Hollywood, demonstrando igual desenvoltura no drama, na comédia, na ação - e tudo com talento para a dança e o canto.
Ele entrega um ótimo resultado tanto nas cenas catárticas quanto nos instantes intimistas.
Infelizmente, ele é obrigado a contracenar com Bryce Dallas Howard, uma atriz que perde facilmente os limites quando mal dirigida e que aqui, recai na caricatura da mãe histérica.
Bryce Dallas Howard, em cena do longa
Em paralelo, Richard Madden transforma-se no vilão novelesco com uma rapidez espantosa, o que sublinha um sintoma marcante deste filme, que funciona muito melhor quanto lida com a psicologia do que na representação da sociedade e da família.
Enquanto a investigação de sentimentos soa verossímil, a representação dos pais malvados e dos amantes insensíveis se torna novelesca.
O roteiro tem alguns clichês comuns às cinebiografias, a exemplo dos diálogos engrandecedores – uma cena importante entre Egerton e Jamie Bell é composta inteiramente por frases de efeito.
Ao menos, percebe-se um esforço notável para transmitir a sexualidade de modo multifacetado e frontal, sem demonstrar vergonha da homossexualidade de Elton John.
Egerton e Jamie Bell, em cena do longa
De modo geral, esse longa, ainda mais produzido por um grande estúdio de Hollywood, merece ser reconhecido pela tentativa de romper com os códigos rígidos que têm prejudicado a maior parte das cinebiografias, sempre com muitos filtros e muitas coisas escondidas.
O diretor Fletcher opta por um estilo pouco subversivo dentro do cinema como um todo, porém consideravelmente ousado para o circuito comercial.
Parabéns a Elton John, que fez o projeto sair do papel, à Paramount, que produziu e a Fletcher, que dirigiu essa pequena obra prima.
Filmaço.
TRAILER:
FICHA TÉCNICA:
ROCKETMAN
Título Original:
ROCKETMAN
Gênero:
Biografia/Musical
Direção:
Dexter Fletcher
Elenco:
Alison Ball, Benjamin Mason, Bryce Dallas Howard, Eddie Register, Guillermo Bedward, Jamie Bacon, Jamie Bell, Kamil Lemieszewski, Luke White, Richard Madden, Samuel Magee, Solomon Mousley, Taron Egerton
Roteiro:
Lee Hall
Produção:
Adam Bohling, David Furnish, David Reid, Elton John, Lawrence Bender, Matthew Vaughn
Fotografia:
George Richmond
Trilha Sonora:
Matthew Margeson
Montador:
Chris Dickens
Estúdio:
Marv Films, Marv Studios, New Republic Pictures, Paramount Pictures
O longa Parasite (título em inglês), do sul coreano Bong Joon-ho levou a Palma de Ouro, do Festival de Cannes, por decisão unânime do júri presidido por Alejandro González Iñárritu, em cerimônia realizada na noite deste sábado.
Elenco e diretor Bong Joon-ho recebem a Palma de Ouro das mãos da Diva Catherine Deneuve - France 24
O brasileiro Bacurau, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, ficou com o Prêmio do Júri, dividido com o filme Les Misérables, de Ladj Ly.
Este foi o único “empate”.
Kleber dedicou o prêmio ao Brasil, dizendo que frequenta o Festival de Cannes há 20 anos, primeiro como crítico, depois como programador de cinema e, enfim, cineasta.
“Vocês não podem imaginar como a cabeça está neste momento”, disse. O diretor ainda fez questão de lembrar que o país venceu a mostra Um Certo Olhar (com a A Vida Invisível de Eurídice Gusmão, de Karim Ainouz). “Nós somos embaixadores da cultura do Brasil. Nós precisamos de suporte e respeito”, concluiu, no palco.
Antonio Banderas foi escolhido o melhor ator, por Dor e Glória, de Pedro Almodóvar, e subiu ao palco muito emocionado.
Ele homenageou o cineasta, a quem "deve a carreira", segundo o próprio, uma vez que o filme é uma espécie de autobiografia ficcionalizada de Almodóvar, a quem Banderas interpreta no filme.
Banderas, melhor ator em Cannes 2019 - Anews
“Eu esperei 40 anos por isso”, declarou.
MOSTRAS PARALELAS
Enquanto Parasite venceu a Palma de Ouro, A Vida Invisível de Eurídice Gusmão venceu a mostra Um Certo Olhar e I Lost My Body foi escolhido o melhor filme da Semana da Crítica, outras duas premiações importantes foram anunciadas no 72º Festival Internacional de Cinema de Cannes.
A Quinzena dos Realizadores, tradicional mostra paralela, entregou seus prêmios principais a duas comédias dramáticas francesas.
Une Fille Facile, de Rebecca Zlotowski, aborda o encontro entre duas garotas muito diferentes durante o verão.
Já Alice et le Maire, de Nicolas Pariser, propõe a reunião de um político em crise com uma jovem filósofa.
Confira os prêmios da Quinzena:
Prêmio SACD: Une Fille Facile, de Rebecca Zlotowski
Prêmio Label Europa Cinéma: Alice et le Maire, de Nicolas Pariser
Prêmio Illy de curta-metragem: Stay Awake, Be Ready, de Pham Thien An
Já a FIPRESCI, associação internacional de críticos de cinema, escolheu os melhores filmes de cada mostra competitiva, destacando tanto o humor leve de It Must Be Heaven quanto o terror alucinante de The Lighthouse:
Mostra Competitiva: It Must Be Heaven, de Elia Suleiman
Mostra Um Certo Olhar: Beanpole, de Kantemir Balagov
Quinzena dos Realizadores ou Semana da Crítica: The Lighthouse, de Robert Eggers
Longas brasileiros levaram os importantes prêmios da Mostra Um Certo Olhar e o prêmio do Júri
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O cinema brasileiro fez bonito, levando dois dos mais importantes prêmios na 72º Festival de Cannes.
Confira:
KARIM AÏNOUZ LEVA O 'UM CERTO OLHAR' COM 'A VIDA INVISÍVEL DE EURÍDICE GUSMÃO'
A Vida Invisível de Eurídice Gusmão, coprodução de Brasil e Alemanha, foi o grande vencedor da mostra Um Certo Olhar e se tornou o primeiro brasileiro a levar uma das mais importantes premiações do evento.
Dirigido por Karim Aïnouz (Madame Satã) e estrelado por Fernanda Montenegro e Carol Duarte, o longa narra a trajetória de duas irmãs cariocas nos anos de 1950, cujos sonhos são soterrados pelo peso de uma sociedade machista.
Júlia Stockler, Gregório Duvivier, Marcio Vito e Nikolas Antunes também estão no elenco do filme, baseado no romance homônimo de Martha Batalha.
"É um grande prazer representar o Brasil", afirmou o diretor ao receber o prêmio, segundo o The Hollywood Reporter.
"Nós estamos passando por algo no Brasil agora que é muito muito difícil e tem algo a ver com intolerância."
Karim Aïnouz recebe seu prêmio em Cannes - Metro Jornal
"É um importante prêmio do cinema mundial e muito importante para o cinema brasileiro em um ano em que tivemos uma representação maravilhosa, com o filme do Kleber Mendonça e do Juliano Dornelles, o da Alice Furtado e o filme produzido pelos irmãos Gullane. Antes de qualquer coisa, é importante que este prêmio possa incentivar o futuro do cinema brasileiro, a diversidade da nossa cultura para que tenhamos um Brasil melhor do que estamos vivendo agora. Queria dedicar especialmente para a minha amada Fernanda Montenegro, para todas as atrizes do filme e para todas as mulheres do mundo", comemorou o diretor.
"Esse prêmio é muito importante para o Brasil, principalmente no momento atual, quando a cultura precisa ser abraçada. Um filme brasileiro vem para Cannes e ganha esse prêmio prova que o investimento que se fez em educação e cultura no Brasil foi muito importante. E que a gente continue fazendo isso para que a cultura brasileira permaneça muito bem representada lá fora", comentou Rodrigo Teixeira, produtor do longa.
A mostra Um Certo Olhar celebra obras com linguagem experimental.
Neste ano, seu júri foi presidido pela atriz e diretora libanesa Nadine Labaki.
Confira o trailer de 'A Vida Invisível De Eurídice Gusmão':
'BACURAU' LEVA O GRANDE PRÊMIO DO JÚRI
'Bacurau', dirigido pelos brasileiros Kléber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, venceu o Prêmio do Júri junto com 'Les Miserables', de Ladj Ly, no 72º Festival de Cannes.
Na descrição de seus diretores, “Bacurau é um filme de aventura ambientado no Brasil ‘daqui a alguns anos’”.
Depois do sucesso internacional de 'Aquarius' (2016), que também teve sua estreia mundial na principal mostra do Festival de Cannes três anos atrás, 'Bacurau' é a segunda coprodução entre a CinemaScopio do Recife ('O Som ao Redor') e a SBS em Paris ('Mapas Para as Estrelas', de David Cronenberg).
‘Bacurau’ ganha prêmio do Júri em Cannes - THR
A história se passa em Bacurau, um pequeno povoado do sertão brasileiro, e dá adeus a Dona Carmelita, mulher forte e querida, falecida aos 94 anos.
Dias depois, os moradores de Bacurau percebem que a comunidade não consta mais nos mapas.
No elenco internacional, veremos Sonia Braga, Barbara Colen, Udo Kier, Thomas Aquino, Silvero Pereira e Johnny Mars, entre outros.
Distribuído pela Vitrine Filmes (que também distribuiu 'O Som ao Redor' e 'Aquarius') 'Bacurau' deve estrear em 14 de Novembro no Brasil.
Confira o trailer de 'Bacurau':
VITÓRIA DE 'BACURAU' É BOFETADA NO BOLSONARISMO
Por Tiago Barbosa
A vitória do filme pernambucano Bacurau, em Cannes, é a bofetada da cultura no governo Bolsonaro e um antídoto à peste obscurantista instalada no Brasil.
O governo refratário a artistas e professores, capaz de mutilar a educação com cortes ideológicos e extinguir o ministério da Cultura, precisa engolir a reverência do mundo aos talentos nacionais.
À consagração literária de Chico Buarque no mais importante prêmio da Língua Portuguesa, o Camões, o presidente ficou indiferente.
À façanha dos pernambucanos Kleber Mendonça Filho e Juliano Dorneles, deve torcer o nariz.
Não é só esnobismo.
É inveja, ressentimento e burrice em estado bruto.
O prestígio desfrutado pelos artistas brasileiros contrasta com o total desprezo internacional conferido ao pária Bolsonaro, ser medíocre intelectualmente, limítrofe e alçado ao cargo pela combinação abjeta de ódio, fake news e torpor coletivo.
A glória conquistada no principal festival de cinema no mundo só realça a distância entre o Brasil bem-sucedido e o presidente fracassado e o consolida como a treva diante da luz, a antítese da criatividade, dos ventos civilizatórios.
A arte desconstrói, assim, a perseguição deflagrada pelo conceito oco de marxismo cultural e outros penduricalhos caça-otários para mostrar a todos como é necessário respirar resistência em meio à asfixia de uma atmosfera imbecilizante.
Elton John e Taron Egerton brilham em Cannes - na exibição do filme e no pocket show ao vivo
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Além de ser uma cinebiografia controversa, Rocketman entra desde já para história por ser o primeiro filme de um grande estúdio (Paramount) a mostrar uma cena de sexo entre dois homens.
Os relatos iniciais do Festival de Cannes, onde o filme foi exibido e ovacionado de pé, indicam que a cena envolve Elton John e John Reid - os dois aparecem nus na cama, se beijando e há a sugestão clara de sexo oral.
Divisões independentes de grandes estúdios como Sony Classics e Fox Searchlight já fizeram isso antes - mas agora é realmente um grande estúdio a fazer história.
Ainda no Festival de Cannes, logo após a aclamada exibição, Elton John e Taron Egerton fizeram um pocket show sensacional, cantando justamente a música título do longa.
Confira trecho:
Com Taron Egerton no papel principal, o filme traz traços de fantasia e surrealismo e resgata uma parte da história e estilo do artista de forma nunca vista antes.
Com direção de Dexter Fletcher, Rocketman chega aos cinemas no dia 30 de maio.
Nesta terça (14), começa a 72º edição do Festival Internacional de Cinema de Cannes, um dos mais prestigiosos eventos do ano para o audiovisual mundial
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Até o dia 25 de maio, serão exibidos centenas de filmes inéditos tanto para a imprensa quanto para os distribuidores do mundo inteiro.
ALGUNS DESTAQUES DA 72º EDIÇÃO:
Brasil
Cinco produções brasileiras estão selecionadas: Bacurau e O Traidor, na disputa pela Palma de Ouro,A Vida Invisível de Eurídice Gusmão (na mostra Um Certo Olhar), Sem Seu Sangue (na Quinzena dos Realizadores) e Indianara (na ACID).
Tapete vermelho
Brad Pitt, Leonardo DiCaprio e Margot Robbie estrelam "Era uma vez em… Hollywood", e não é preciso ser um mago para entender que, 25 anos após "Pulp Fiction", Quentin Tarantino garantirá o show.
Desta vez o tema é o amor pelo cinema e a perda da inocência de Hollywood em 1969, um ano depois do massacre de Charles Manson.
Dor e glória
O novo filme de Pedro Almodóvar, em busca de sua primeira Palma de Ouro, traz seu alter ego Antonio Banderas e Penélope Cruz em uma história que se alimenta com potência da própria biografia do cineasta.
O rei Alain Delon
O mito do cinema francês, que sempre teve uma relação de altos e baixos com o festival, finalmente aceitou a Palma de Ouro por sua carreira, ainda que tenha "hesitado por muito tempo", segundo o próprio diretor de Cannes, Thierry Fremaux.
O ator de 83 anos nunca recebeu reconhecimentos da mostra, mas a premiação tardia gerou críticas de feministas - Delon é amigo do neonazista Jean-Marie Le Pen e admitiu ter estapeado mulheres.
Maradona e Elton John
A presença dos dois ainda é incerta, mas o gênio do futebol e o astro da música são temas de filmes incluídos na programação de Cannes.
Maradona é protagonista de um documentário de Asif Kapadia sobre sua passagem vitoriosa pelo Napoli.
Já "Rocketman" é uma biografia musical de Elton John, interpretado por Taron Egerton, que busca surfar na onda do sucesso de "Bohemian Rhapsody".
Nenhum dos dois concorre à Palma de Ouro.
Ken Loach e os irmãos Dardenne
Não há cineastas mais "cannenses" do que eles, multipremiados por filmes que elevam a taxa de realidade no festival com olhares para um contemporâneo doloroso.
Aos 82 anos, Ken Loach havia anunciado sua aposentadoria - então, "Sorry We Missed You", uma história sobre a depressão econômica, é um presente para o público.
Já os belgas levam a Cannes "Young Ahmed", a história de um adolescente que planeja matar sua professora após aderir a uma interpretação extremista do Corão.
Buscetta, o traidor
Marco Bellocchio concorre à Palma de Ouro com o filme sobre a trágica figura do líder mafioso Tommaso Buscetta, vivido por Pierfrancesco Favino.
O criminoso, que viveu escondido no Brasil por anos, entrou para a história ao colaborar com a Justiça e revelar as entranhas da Cosa Nostra.
Retornos
Claude Lelouch leva novamente Jean-Louis Trintignant e Anouk Aimée aos lugares e emoções de "Um Homem, Uma Mulher", enquanto Werner Herzog apresenta "Family Romance", que aborda a cultura japonesa.
Comédia com Bill Murray e Adam Driver faz parte dos selecionados para o Festival de Cannes 2019
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Assista:
Na trama, Bill Murray e Adam Driver são xerifes de uma cidade do interior americano, invadida por zumbis.
Com direção de Jim Jarmusch, o longa estreia primeiro no festival de Cannes - que começa hoje - chega em 14 de junho nos EUA e está previsto para julho no Brasil.
Pouco tempo depois de mais uma vitória mexicana na categoria "Melhor Diretor" no Oscar, os profissionais da área ganham mais uma marca.
Alejandro González Iñárritu, diretor de Birdman Ou A Inesperada Virtude Da Ignorância, foi eleito para ser presidente do júri do Festival de Cannes 2019.
"Cinema corre nas veias do planeta, e esse festival é seu coração. Nós do júri temos o privilégio de testemunhar novos e excelentes trabalhos de companheiros do planeta inteiro" - disse a direção do festival em comunicado.
A 72ª edição do Festival de Cannes acontece entre 14 e 25 de maio.