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domingo, 25 de outubro de 2020

'ROSA E MOMO': RETORNO DA DIVA SOPHIA LOREN GANHA EMOCIONANTE TRAILER

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A Netflix divulgou recentemente o trailer oficial do drama que marca o retorno da lenda Sophia Loren aos filmes, agora dirigida pelo seu filho, Edoardo 
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Confira:
 

Na trama, Madame Rosa (Loren) é sobrevivente do Holocausto e, como parte de sua missão de vida, resolve se dedicar a cuidar de crianças em situação de vulnerabilidade. 

 Com isso, abre as portas para um jovem e traumatizado imigrante senegalês. 

 O filme, comandado por Edoardo Ponti, filho da Diva, é adaptado do aclamando romance francês ‘A vie devant soi’, de Roman Gary. 

 O novato Ibrahima Gueye estrela a produção ao lado de Loren

 Laura Pausini canta a música tema “Io Sì (Seen)”, composta por Diane Warren

 ‘Rosa e Momo’ estreia em 13 de novembro, na Netflix.

sexta-feira, 16 de outubro de 2020

'A VOZ SUPREMA DO BLUES: LONGA PÓSTUMO DE CHADWICK BOSEMAN GANHA BELOS CARTAZES

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O último filme da carreira do astro, morto recentemente, ganhou incríveis cartazes individuais estampando o elenco protagonista
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 Confira:
Dirigido por George C. Wolfe, ‘A Voz Suprema do Blues’ (Ma Rainey’s Black Bottom) é baseado na peça vencedora do Prêmio Pulitzer, escrita por August Wilson em 1982. 

 A trama explora tensões raciais na Chicago de 1927, à medida que segue Ma Rainey (a vencedora do Oscar Viola Davis), seu negro tocador de trompa e sua equipe de empresários brancos. 

 Glynn Turman, Taylour Paige, Dusan Brown, Colman Domingo e Michael Potts também estrelam. 

 A produção Original Netflix estreia em 18 de dezembro.

'ENOLA HOLMES': NETFLIX DIVULGA DOIS VÍDEOS COM OS BASTIDORES E ERROS DE GRAVAÇÃO DA PRODUÇÃO

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Os dois vídeos foram divulgados nessa semana
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 No primeiro vídeo, as curiosidades vão desde coincidências sobre a autora Nancy Springer, premiações do roteirista Jack Throne, técnicas de gravações e detalhes sobre os cenários, figurinos e elementos do século XIX. 

 Assista:

O outro vídeo mostra os divertidos erros de gravação da produção. 

 Veja:

Após o imediato sucesso da adaptação, que registrou 92% de aprovação no Rotten Tomatoes, Brown revelou à Entertainment Weekly que tem esperança de reprisar o papel numa sequência - afinal, Enola Holmes é uma saga de muitos livros.

 “Eu estava tipo, ‘Oh, sim, vou fazer apenas um filme…’ e, então, assim que entrei no set e interpretei a [Enola], me apaixonei por ela, e ela se tornou parte do meu coração. Eu sempre disse que amava interpretar a Eleven [em Stranger Things], porque cresci com a personagem. Adoro poder interpretá-la continuamente, e com a série de livros Enola … Estou realmente otimista sobre o futuro. Estou ansiosa e [espero] voltar ao trabalho em Enola Holmes 2”, afirmou.

 'Enola Holmes' continua no Top 10 da Netflix.

terça-feira, 6 de outubro de 2020

'THE BOYS IN THE BAND': JIM PARSONS E ZACHARY QUINTO DÃO SHOW EM NOVA VERSÃO DO DRAMA HISTÓRICO PARA OS LGBTS



SINOPSE: 
Em um apartamento no Upper East Side, Michael (Jim Parsons), um homossexual cínico com um estilo de vida de realeza, dá uma festa de aniversário para seu amigo, Harold (Zachary Quinto)

 Enquanto os primeiros convidados já chegaram e se divertem, Harold ainda não apareceu. 

 Para surpresa de Michael, Alan (Brian Hutchison), um antigo colega de quarto de faculdade, casado, e que ele suspeita ser homossexual não-assumido, chega à festa mesmo não tendo sido convidado. 

 Quanto Harold finalmente dá as caras, seu humor sarcástico cria grandes problemas para os presentes, precisando, cada um, confrontar algumas verdades enterradas. 

 CRÍTICA: 
The Boys in the Band’, novo lançamento da Netflix, de pouco mais de duas horas de duração, possui todos os elementos que comumente agrada ao júri da Academia: bastante drama, diálogos elaborados, atuações que se destacam e um tema importantíssimo como fio condutor da história. 

 Na trama, Michael (Jim Parsons) está prestes a receber amigos na sua casa para uma festa de aniversário para Harold (Zachary Quinto) que, pra variar, está atrasado. 

 O primeiro a chegar é Donald (Matt Bomer), com quem claramente Michael tem uma boa relação. 

 Enquanto os convidados vão chegando, o anfitrião recebe o inesperado telefonema de Alan (Brian Hutchison), um amigo da época da faculdade que pede para visitá-lo com urgência pois sente-se angustiado. 

 Michael precisa ser solícito e receber Alan em sua casa antes que todos os seus convidados cheguem para festa. 

 O grande problema é que Alan é hetero super conservador, e todos os convidados são gays, incluindo o anfitrião. 

 Baseado na peça de teatro homônima de Mart Crowley e no longa anteriormente adaptado em 1970, ‘The Boys in the Band’ é um filme que agarra o espectador desde o início. 

 A abertura do longa tem edição e montagem deslumbrantes, intercalando a vida desses personagens e entrelaçando-as como se fosse um ato contínuo. 

 O ritmo dessa abertura é tão ágil, que a gente se sente imediatamente transposto àquela Nova York febril de 1968. 

 Por ter como referência dois sucessos, o grande desafio de Ned Martel era construir um roteiro que conseguisse expor a carga dramática da peça com ares contemporâneos - ou seja: não bastava apenas fazer uma adaptação literal do que já foi feito, era preciso traspor o importantíssimo argumento daquele final da década de 1960 e botar pra jogo nesse 2020: a intolerância e a homofobia. 

 Com um tema desses, o longa propõe escancarar o debate sobre essa questão que, com o passar dos anos, parece ter avançado muito pouco. 

Através dos nove personagens – entre risos, choros e muita briga – vamos conhecendo suas histórias: os medos, os desafios enfrentados e o primeiro amor de cada um. 

 Assim, o grande público é convidado a adentrar no universo de oito homens gays e descobrir que esses homens são seres humanos que também amam, se divertem, choram, sofrem. 

 O embate entre este núcleo e o mini-núcleo de Alan, o único heterossexual, é o fio tensionado que parece possuir um ponto que vai aumentando cada vez mais a pressão, prestes a explodir, gerando angústia imediata no espectador. 

 Joe Mantello alcança um resultado primoroso, com uma primeira sequência acelerada e festiva, totalmente convidativa, seguida de um longo período de drama com pequenos momentos de thriller até, posto que a imprevisibilidade dos personagens aguça o espectador, que fica sem saber o que pode acontecer. 

 E tudo isso acontece graças a um elenco afinadíssimo, à vontade com seus papeis, extremamente competente em declamar falas longuíssimas e rebuscadas e, ainda que recuperando a verborragia teatral, confere humanidade a esses personagens imperfeitos. 

 O Michael de Jim Parsons é o retrato do gay amargo e arrumadinho: enquanto vai limpando a sujeira deixada pelos convidados no apartamento, ele destila seu veneno em frases impactantes e até cruéis - um dos grandes momentos na carreira desse grande ator. 

 Já Zachary Quinto faz do seu Harold a bicha esnobe mais esnobe de todos os tempos: de língua afiada como Michael, ele também destila verdades que incomodam e elevam o clima de tensão nas cenas. 

 Os demais do elenco também tem seus momentos individuais de brilho e transformam o longa num dos melhores do ano, disparado. 

 Temos aqui um belíssimo filme, que eleva o sarrafo lá em cima para os concorrentes. 

 Não seria surpresa receber uma ou mais indicações ao Oscar 2021. Filmaço! 

 GALERIA DE IMAGENS:

TRAILER: 
 

FICHA TÉCNICA:

THE BOYS IN THE BAND 
Título Original: 
The Boys in the Band 
Gênero: 
Comédia dramática 
Direção: 
Joe Mantello 
Elenco: 
Jim Parsons, Zachary Quinto, Matt Bomer, Andrew Rannels, Charlie Carver, Robin de Jesús, Brian Hutchison, Michael Benjamin Washington 
Produção: 
Ryan Murphy, Brett Cranford, Tanase Popa 
 Diretor de fotografia:
Bill Pope 
Nacionalidade:
EUA 
Estreia: 
30 de setembro de 2020 
Produção, Distribuição e Exibição: 
Netflix 
 Duração:
2h01min

COTAÇÃO DO KLAU:

'THE BOYS IN THE BAND': CONHEÇA A IMPORTÂNCIA DO TEXTO DA PEÇA PARA A COMUNIDADE QUEER



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Segunda versão cinematográfica vem fazendo sucesso na Netflix
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 Tendo Ryan Murphy como um dos seus produtores, The Boys in the Band, adaptação da peça homônima e do filme de 1970 dirigido por William Friedkin (O Exorcista), chegou à Netflix no dia 30 de setembro.

A peça foi escrita e encenada em 1968, um ano antes da revolta em Stonewall. 

 O texto aborda a homossexualidade dentro de um grupo de amigos e por sí só, fez história na Broadway, por mostrar gays sem a censura e afetações tão comuns no teatro e no cinema até então. 

 Apesar de ter chocado a audiência mainstream de início, a peça fez muito sucesso na época de seu lançamento, e sua fama ainda perdura nos dias atuais. 

 No Brasil, tivemos montagens espetaculares desde os anos 70. 

 Escrita por Mart Crowley - que morreu esse ano, em março  e não teve tempo de ver o filme pronto,  não foi a primeira vez que o espetáculo ganhou as telas. 

Em 1970 o diretor William Friedkin dirigiu a primeira adaptação e o filme apesar de ter recebido algumas críticas positivas, não se marcou na temporada de premiações. 

 A peça chegou a ter uma continuação em 2002 (The Men From The Boys), mas ela foi rejeitada pelo público e pela imprensa. 

 O caminho para a realização de um novo filme veio depois que Ryan Murphy produziu a remontagem do texto original, em 2018 - e decidiu levar a história para o Netflix usando o mesmo elenco da Broadway. 

A remontagem venceu o Tony de 2019 e tanto ela quanto o filme foram dirigidos por Joe Mantello

 O que chamou a atenção na montagem teatral e no filme para a Netflix foi o fato de que os personagens gays estavam sendo interpretados, pela primeira vez, por um elenco inteiro de homens célebres e também abertamente gays. 

 Na versão de 2020, a história se passa majoritariamente dentro do apartamento do anfitrião Michael (Jim Parsons), organizador de uma festa de aniversário para o amigo Harold (Zachary Quinto), mas também tem cenas fora do cenário principal para desenvolver o passado dos amigos. 

 Após Michael dar a ideia de um "jogo" em que cada um dos convidados precisa ligar para alguém que ama ou já amou, a narrativa passa a explorar mais as cicatrizes de cada um e alguns traumas não superados. 

O clima vai ficando cada vez mais pesado e ao mesmo tempo mais interessante, uma vez que o espectador passa a entender as motivações de cada um no que se diz respeito às relações amorosas, escolhas pessoais e até mesmo no receio de se assumir gay, como é o caso de Michael. 

 Protagonizado por Jim Parsons, Matt Bomer e Zachary Quinto, o longa também conta com Andrew Rannells, Charlie Carver, Robin de Jesús, Brian Hutchison, Michael Benjamin Washington e Tuc Watkins em seu elenco - como já dissemos, todos são gays. 

 Na mesma Netflix que exibe o filme, você encontra também um ótimo documentário sobre tudo o que representou "The Boys in the Band'para a comunidade LGBT+.

"The Boys in the Band: Um Olhar Pessoal' mostra o autor Mart Crowley se reunindo com o elenco e equipe do filme de 2020 para refletir sobre o legado da trama.

Vale uma olhada, no filme e no documentário.

sexta-feira, 2 de outubro de 2020

'ENOLA HOLMES': AVENTURA LEVE E DIVERTIDA CONFIRMA MILLIE BOBBY BROWN COMO ATRIZ DA VEZ EM HOLLYWOOD

 

SINOPSE: 
Enola Holmes (Millie Bobby Brown) é uma adolescente cujo irmão, 20 anos mais velho, é o renomado detetive Sherlock Holmes (Henry Cavill)

Quando sua mãe (Helena Bonham Carter) desaparece, fugindo do confinamento da sociedade vitoriana e deixando dinheiro para trás para que Enola faça o mesmo, a menina inicia uma investigação para descobrir o paradeiro dela, ao mesmo tempo em que precisa ir contra os desejos de seu outro irmão, Mycroft (Sam Claflin), que quer mandá-la para um colégio interno só de meninas. 

 A caminho de Londres, ela conhece um lorde fugitivo (Louis Partridge) e passa a desvendar quem pode estar atrás do garoto e que quer impedir que uma importante reforma na política inglesa aconteça. 

 CRÍTICA: 
Se não é revolução prometida pela Netflix,  Enola Holmes é o suficiente para dar ao serviço de streaming uma nova franquia a explorar, já que a história de detetive para adolescentes é encantadora. 

Ao menos, ver Henry Cavill como Sherlock e Millie Bobby Brown como sua irmã é um grande prazer. 

 Baseado no romance de Nancy Springer, a obra mostra a irmã mais nova e menos conhecida do grande detetive Sherlock (Cavill): enquanto ele e seu astuto irmão Mycroft (Sam Claflin) estavam em Londres cuidando de suas vidas, Enola (Bobby Brown) foi criada como uma "criança selvagem" no interior da Inglaterra por sua mãe excêntrica (Helena Bonham Carter), onde aprendeu Shakespeare, filosofia, tênis, arco e flecha e jiu-jitsu. 

Tudo muda em seu décimo sexto aniversário, quando sua mãe desaparece e seus irmãos então voltam para casa para lidar com Enola e com o estado da mansão, agora abandonada. 

Sherlock até se interessa em investigar a partida da mãe, mas sem urgência e Mycroft só se preocupa mesmo em resolver a vida de Enola, colocando-a em um internato a fim de transformá-la em uma mulher dócil, de fácil aceitação pela sociedade vitoriana inglesa e perfeita para casar com algum nobre. 

Só que Enola não quer nada disso. 

 Seguindo as pistas que sua mãe deixou para trás, ela foge para resolver o mistério, mas a sua busca é prejudicada quando ela cruza com um jovem aristocrata (Louis Partridge), em fuga por razões misteriosas. 

Preocupada com injustiças, ela então muda seu objetivo e passa a ajudar o rapaz, no que se torna uma trama de origem que soa um pouco forçada só para colocar Enola no caminho de um momento histórico importante da Inglaterra. 

 No melhor estilo Deadpool e Fleabag - série o diretor dirigiu alguns episódios - Enola quebra a quarta parede e fala diretamente com o público. 

"Ela precisava do espectador nessa jornada e ela fala conosco com mais bravura do que realmente tem. Ela tem aquela arrogância obstinada de uma adolescente que tenta esconder o medo", justifica Millie Bobby Brown em entrevista ao USA Today

 O recurso, bem usado, aproxima o espectador da protagonista, tornando-o cúmplice de Enola a cada cena. 

 Enquanto a série Fleabag segue uma anti-heroína carismática, imprudente e até egoísta, Enola é perfeita e não possui nada de complexo, embora a jornada para se tornar uma mulher seja também complicada. 

 Ela é corajosa e rebelde de forma chocante para 1900, mas atualmente já são base para qualquer trama sobre empoderamento. 

 Tudo que ela faz está dentro do esperado, provavelmente para não chocar e manter a leveza de uma aventura adolescente. 

 As questões políticas do roteiro de Jack Thorne até falam sobre feminismo, mas de forma juvenil. 

O movimento sufragista está no pano de fundo de sua história, mas Enola só se interessa pelo empoderamento para conseguir o que quer. 

O longa não discute como a sociedade patriarcal limita suas opções e, para obter um mínimo do respeito de seus irmãos, ela precisa ser praticamente uma super-heroína. 

É como se o próprio filme não percebesse que poderia explorar melhor essas questões e trazer mensagens mais positivas. 

 Ao menos, o longa traz Henry Cavill como uma versão nova e fascinante de Sherlock, sempre arrogante e charmoso. 

Ele e Brown tem ótima química, o que ajuda o filme, sem falar que Sherlock é uma boa mudança em relação ao que o ator fez no DCEU e The Witcher - mas o detetive poderia aparecer mais na trama. 

Ainda assim, rumores indicam que ele pode ter mais espaço na sequência, o que seria realmente divertido de se ver. 

 Além disso, o longa acerta com o mistério, fugas ousadas, artes marciais e cenas de ação em geral, sem contar na bela fotografia, direção de arte e no acerto da escalação do jovem Louis Partridge - uma escolha pessoal de Brown e de sua irmã, também produtoras do longa. 

 O filme empolga e Brown se sente mais à vontade para interpretar a heroína, até por se aproximar da narrativa de Stranger Things. 

 Com o objetivo de pincelar o assunto do empoderamento e aproveitar o mito de Sherlock, Enola Holmes traz uma heroína adolescente inconformada com sua posição na sociedade, porém incapaz de discutir essa questão realmente. 

 O longa possui bom ritmo e visual interessante e realmente é uma boa aventura, leve e relaxante. 

 E Millie Bobby Brown se firma como a melhor promessa de Hollywood dos últimos tempos. 

 GALERIA DE IMAGENS:
TRAILER:
 

FICHA TÉCNICA:

ENOLA HOLMES 
Título Original: 
 ENOLA HOLMES
Gênero: 
Aventura 
Direção: 
Harry Bradbeer 
Elenco: 
Adeel Akhtar, Burn Gorman, Deonne Newby, Fiona Shaw, Frances de la Tour, Gianni Calchetti, Hattie Jackson, Heather Pearse, Helena Bonham Carter, Henry Cavill, Jay Simpson, Joakim Skarli, Louis Partridge, Margaret Wheldon, Millie Bobby 
Brown, Paul Parker, Sam Claflin, Sonya Seva, Susan Wokoma, Theo Ip
 Roteiro: 
Jack Thorne, Nancy Springer 
 Produção: 
Alex Garcia, Ali Mendes, Mary Parent, Millie Bobby Brown, Paige Brown 
 Fotografia: 
Giles Nuttgens 
 Trilha Sonora: 
Daniel Pemberton 
 Estúdio: 
EH Productions, Legendary Entertainment, PCMA Productions, Warner Bros. 
 Montador: 
Adam Bosman 
 Distribuidora: 
Netflix 
 Ano de Produção: 
2020 
 Data de Estreia: 
23/09/2020 
 Classificação Indicativa: 
12 anos

COTAÇÃO DO KLAU:

quinta-feira, 1 de outubro de 2020

'A VOZ SUPREMA DO BLUES': ÚLTIMO FILME DE CHADWICK BOSEMAN GANHA DATA DE ESTREIA

 

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Imagens da produção também foram divulgadas 
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 A Netflix finalmente divulgou quando ‘A Voz Suprema do Blues‘ (Ma Rainey’s Black Bottom), o último filme da carreira do astro Chadwick Boseman, que morreu mês passado após anos de luta contra o câncer, será lançado.  

O longa irá estrear na plataforma no dia 18 de dezembro

 Além disso, foram divulgadas as primeiras imagens da produção. 

 Confira:
Dirigido por George C. Wolfe, o longa é baseado na peça vencedora do Prêmio Pulitzer, escrita por August Wilson, em 1982

 A trama explora tensões raciais na Chicago de 1927, à medida que segue Ma Rainey, um megro tocador de trompa e sua equipe de empresários brancos. 

 O elenco ainda conta com Viola Davis, Glynn Turman, Colman Domingo e Taylour Paige.

sábado, 19 de setembro de 2020

'O DIABO DE CADA DIA': TOM HOLLAND, ESPETACULAR, LIDERA ELENCO ESTELAR EM DRAMA QUE TRAZ PODEROSA CRÍTICA AO FANATISMO RELIGIOSO

SINOPSE: 
Ambientada entre a Segunda Guerra Mundial e a Guerra do Vietnã, o drama acompanha diversos e bizarros personagens num canto esquecido de Ohio, nos Estados Unidos. 

 Cada um deles foi afetado pelos efeitos da guerra de diferentes maneiras - entre eles, um veterano de guerra perturbado, seu filho, um casal de serial killers e um falso pregador.

 CRÍTICA: 
 Quando falamos de obras complexas, repletas de personagens e com linhas narrativas distintas, como é o caso com este O Diabo de Cada Dia (baseado no livro homônimo escrito por Donald Ray Pollock em 2011 – que também fornece a narração), tudo fica ainda mais arriscado. 

 Afinal, uma adaptação cinematográfica precisa criar conexão com seu espectador para além do já estabelecido público-alvo, e no caso deste longa – com 2h20min de projeção – o resultado é simplesmente memorável. 

 A ideia por trás do roteiro adaptado por Paulo Campos e Antonio Campos (também diretor do filme e filho do veterano jornalista brasileiro Lucas Mendes) é a de uma crítica ferrenha ao fanatismo religioso. 

 A todas as atrocidades cometidas pelo homem em nome de Deus, e a um senso moral incrivelmente deturpado, que somente esconde e valida ações de indivíduos altamente desequilibrados. 

 Justamente servindo a este tapa na cara em relação a tal fé cega, o título em português chega bem acertado e mais eficiente do que sua versão original em inglês. 

 Aqui, o cineasta aponta para o quão desprezíveis são os que se envolvem num manto santificado para liberar toda a sua monstruosidade, na ilusão de realmente estarem acima do bem e do mal. 

 Mas igualmente enfatiza o perigo de uma crença acima de qualquer suspeita, deixando para trás avaliações lúcidas, nas quais os fiéis são facilmente manipulados e levados a cometer atrocidades - tudo, novamente, em nome de Deus. 

 E tudo funciona muito bem graças ao elenco estelar, um dos melhores, definitivamente, dos últimos anos. 

 O filme é produzido pelo ator Jake Gyllenhaal – ou seja, talento não falta na frente e atrás das câmeras. 

 O Drama funciona de forma episódica, com diversas subtramas (ou micro histórias) que vão se entrelaçando ao longo da trajetória, e no final se afunilam para uma conclusão. 

 Assim, a obra se torna quase uma antologia, costurando todos os contos com a temática da falsa ideologia religiosa e o fanatismo. 

 Tudo começa com Bill Skarsgard (o palhaço Pennywise dos novos It: A Coisa), um jovem veterano da segunda guerra retornando para casa na sua pequena cidadezinha rural - todas as histórias são ambientadas nesse pós guerra até o começo da década de 1960. 

 Ele se casa com a personagem de Haley Bennett e logo depois chega a cria do casal, o menino Arvin. 

 Quando a mulher adoece, o patriarca vai aos poucos deixando florescer os traumas de guerra nunca enterrados, em especial sobre um colega crucificado e esfolado vivo pelos japoneses. 

 Deus é visto por ele como uma entidade cruel, com quem precisa barganhar vidas. 

 Assim, a tragédia se abate por completo sobre esta família, o que nos escancara um filme altamente depressivo, trágico, sem qualquer vislumbre de alegria. 

 É a ira de Deus, a tempestade sem a bonança. 

 Mas o que o grande público quer ver, mesmo, são as presenças de dois jovens astros do momento, cujos nomes são capazes de arrastar multidões: Robert Pattinson e Tom Holland

 Da dupla, é Holland quem tem o protagonismo, interpretando a segunda fase, mais velha, de Arvin. 

 E assim como Peter Parker, o órfão é criado por uma figura materna (aqui a avó), combate valentões no colégio e faz de seu trabalho eliminar “vilões” – aqui, de forma muito mais intensa e visceral. 

 Mas quem rouba o show, apesar do elenco pra lá de eficiente e harmonioso de forma geral, é mesmo Pattinson, em mais um desafio em sua filmografia. 

 O vindouro intérprete do Batman faz aqui o personagem mais asqueroso de sua carreira, um pastor egocêntrico, que usa sua fala mansa e através da articulação da palavra bíblica abusa da boa fé de seu rebanho. 

 Odioso e genial. 

 Ainda sobram tramas para Jason Clarke (Cemitério Maldito, 2009) e Riley Keough (Mad Max: Estrada da Fúria) – a neta de Elvis Presley – como um casal de degenerados; Sebastian Stan (o Soldado Invernal da Marvel), num papel que seria do colega Chris Evans, como um xerife corrupto; Eliza Scanlen (Adoráveis Mulheres) como uma inocente carola; Harry Melling (sócio da Netflix, de filmes como Buster Scruggs e o recente Old Guard) se destacando como um pastor caído em desgraça; e Mia Wasikowska como uma vítima das circunstâncias, numa participação piscou, perdeu. 

 Ou seja, “só gente boa”, nesta verdadeira sinfonia da miséria humana, todos ligados pelo pecado de amar demais a Deus, ou ao menos corromper completamente seus ensinamentos. 

 A crítica funciona, a mensagem é passada de forma clara, e estes elementos estão entre os acertos do longa, assim como a reconstrução mais que eficiente da época e atuações de alto nível, em especial as de Holland, Pattinson, Melling e Keough. 

 Porém, para um filme transcender sua intenção e o próprio assunto a que se propõe a discutir é preciso algo mais e em sua maioria os personagens obtém destaque ao ponto de realmente nos identificarmos e começarmos a nos importar com eles. 

 Um dos melhores filmes dos últimos tempos. 

 GALERIA DE IMAGENS:
TRAILER:  

FICHA TÉCNICA:
O Diabo de Cada Dia 
Título Original: 
The Devil All the Time 
Gênero: 
Suspense, drama e terror 
Ano: 
2020 
 Duração: 
138 min. 
Direção: 
Antonio Campos 
Produção: 
Jake Gyllenhaal 
Baseado em: 
The Devil All the Time, de Donald Ray Pollock 
Roteiro adaptado por: 
Paulo Campos e Antonio Campos 
Elenco: 
Tom Holland, Bill Skarsgård, Riley Keough, Jason Clarke, Sebastian Stan, Haley Bennett, Eliza Scanlen, Mia Wasikowska, Robert Pattinson 
Edição: 
Andrew Mondshein 
Distribuição: 
Netflix 
Lançamento: 
16 de setembro de 2020 

 COTAÇÃO DO KLAU: