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terça-feira, 9 de junho de 2020

'COISA MAIS LINDA': CONFIRA O TRAILER DA SEGUNDA TEMPORADA

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Série brasileira da Netflix se passa no Rio de janeiro de 1960
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A segunda temporada de Coisa Mais Linda, série brasileira original da Netflix, ganhou o seu primeiro trailer nesta terça (09).

Confira:


Na primeira temporada, vimos a socialite paulistana Maria Luiza (Maria Casadevall) chegando à Cidade Maravilhosa para encontrar o marido com quem pretende abrir um restaurante, mas logo descobre que ele fugiu com seu dinheiro.

Ao lado da protagonista, estão Adélia, Lígia e Thereza (Pathy DeJesus, Mel Lisboa e Fernanda Vasconcellos), cada uma com seu arco dramático de luta contra as barreiras sociais impostas pela sociedade, ainda piores no início dos anos 60.

A atração foi criada por Giuliano Cedroni e Heather Roth e a segunda temporada estreia na Netflix em 19 de junho.

sábado, 11 de maio de 2019

'COISA MAIS LINDA': CRÍTICA DA PRIMEIRA TEMPORADA


SINOPSE:

Uma dona de casa paulistana chega ao Rio dos anos 50 para encontrar o marido e descobre que foi abandonada.

Em vez de sofrer, ela decide ficar na cidade e abrir um clube de bossa nova.

CRÍTICA:

Produções de época são comuns no entretenimento, pela curiosidade do público em saber como viviam as pessoas em tempos passados.

Enquanto nos EUA vários períodos são retratados em séries e filmes, no Brasil essa prática é mais comum com as novelas, que muitas vezes exibem belos cenários e figurinos.

É dentro deste contexto que a Netflix lançou Coisa Mais Linda, série original brasileira situada entre o final da década de 50 e o começo dos anos 60.

É uma época mágica, quando o samba e a bossa nova começam a tomar forma, mas também é uma época de luta para alguns grupos da sociedade, principalmente as mulheres.

É impossível falar sobre a série e não ressaltar o quanto cada protagonista é diferente - e justamente por isso traz uma discussão nova.

Malu (Maria Casadevall) é filha de uma família rica de São Paulo, que se casa, tem um filho e imagina ter uma vida perfeita para os padrões que a aquela sociedade exigia dela.

Mas um dia Maria Luísa vai para o Rio de Janeiro e descobre que seu marido fugiu com outra e a deixou cheia de dívidas.

Ela tem duas escolhas: ou voltar para a casa dos pais e procurar outro casamento, ou seguir sua vida independente.


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Malu (Maria Casadevall), em cena da série - Fotos dessa postagem: Divulgação/Netflix

Lígia (Fernanda Vasconcellos) tem uma realidade parecida: jovem, bonita e casada, seu próximo passo na vida social do Rio de Janeiro é ser mãe.

Só que o sonho de Lígia sempre foi cantar, mas seu marido não aceita ter uma esposa que trabalhe na noite.


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Lígia (Fernanda Vasconcellos) em cena
A terceira mulher desse grupo é Adélia (Pathy DeJesus), uma mulher negra que vive no morro e trabalha duro para sustentar a filha.

Ela conhece e ajuda Malu e as duas se tornam grandes amigas.


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Adélia (Pathy DeJesus) em cena
Fechando o quarteto há Theresa (Mel Lisboa), que acabou de voltar de Paris e tem o que seria o relacionamento mais desconstruído naquele tempo: ela tem um trabalho importante em uma editora, tem um relacionamento sincero com o marido e não é maltratada por ele (como acontece com outras).


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Theresa (Mel Lisboa) em cena
Talvez seja demais descrever cada uma das personagens, mas há uma riqueza importante aqui.

Malu, Adélia, Theresa e Lígia são de origens diferentes e possuem dores diferentes.

Mas todas elas sofrem com os preconceitos do dia a dia e por isso se unem.

Cada uma delas apoia a outra e serve de suporte, mesmo antes de uma grande amizade ser estabelecida.

Quando as quatro estão juntas e conversam, cada uma traz um pouco de sua vivência e, mesmo que aquela não seja a dor da outra, há uma sororidade bonita entre elas, sem julgamentos.

Em uma realidade que muitas personagens femininas diferentes são colocadas na tela como rivais, é gratificante ver como essas quatro forças entenderam a importância de trabalharem juntas.

A música é parte importante do seriado através de Lígia, Capitão (Ícaro Silva) e Chico (Leandro Lima).


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Leandro Lima é Chico
Enquanto Malu tem a ideia de abrir um clube de bossa nova para tocar a vida sem precisar ser sustentada por ninguém, são esses três personagens acima que cantam, tocam e emocionam.

Na verdade, havia até mais espaço para a música no seriado, mas os momentos dedicados a isso funcionam muito bem dentro da trama e enriquecem a história.

A parte técnica/visual é praticamente impecável: figurinos, design de produção e cenários são caprichados e a fotografia é realmente um capítulo à parte.

Há muita cor, principalmente nas cenas ao ar livre e na praia, que ressalta o calor do Rio de Janeiro e traz reconhecimento para quem já visitou a cidade e sabe como ela é quente.

O contraponto disso é a meia-luz das boates de música, que deixam o fundo e a plateia com menos luz para acentuar a bela música que é cantada no palco.

Por tudo isso, Coisa Mais Linda já é uma série que se torna relevante para assistir.

Infelizmente há alguns pontos negativos e eles aparecem principalmente entre o meio e o final.

Se a série começa bem, apresenta suas personagens, estabelece as tramas e propõe desenvolvimentos interessantes, como o mercado de trabalho machista em que Theresa está inserida, esse ritmo cai bastante entre o quinto e o sexto, já que a narrativa é apressada para que as personagens concluam logo o seu arco e cheguem ao gancho final - que, aliás, é muito bom.

Ao fazer isso, a série tira o peso de algumas situações e problemas.

Em certo momento, por exemplo, uma personagem tem problemas com a maternidade - ms o impasse é resolvido e superado dentro de um episódio.

Há emoção na atriz que interpreta tudo isso, mas o curto espaço de tempo torna difícil uma relação mais profunda.

Além disso, a série ainda sofre com alguns vícios novelescos, como o excesso de falas explicativas: várias cenas são construídas para passarem uma mensagem sozinhas, sem a necessidade de diálogo, mas mesmo assim o personagem que está em cena narra o óbvio, tirando o brilho e a imersão do público, que começa a construir o significado do que está vendo na tela, mas rapidamente ganha a resposta pronta.

Outro problema é a marcação de núcleos com a trilha sonora: se a cena está no Rio, toca bossa nova; se há um corte para o morro, começa a tocar um samba - ou seja: utilizar isso para pontuar núcleos é desnecessário.

Felizmente, os problemas citados não atrapalham o objetivo principal da série, que é retratar a juventude e a realidade social de uma época.

As mulheres estão na linha de frente e cada uma aborda um tema.

Quando descobre que o marido a abandonou por outra, Malu precisa aprender a cuidar do próprio dinheiro e resolver sua vida sozinha, já que até então essas tarefas eram consideradas masculinas.

Lígia tem um marido que não concorda com sua carreira de cantora e é interessante perceber como, no começo, a personagem mente para si mesma, dizendo que também concorda com aquilo e não seria boa nisso no fim das contas.

No fundo do coração, ela não pensa dessa forma, mas prefere mentir para se adequar e evitar brigas, comportamento muito comum entre as mulheres com relacionamentos complicados.

Theresa, que tem a relação mais desconstruída de todas, traz para o seriado a questão do mercado de trabalho.

Ela escreve para uma revista feminina da época, mas é a única mulher da redação: a publicação é totalmente escrita por homens que assinam os textos com nomes de mulheres.

Não é segredo o quanto revistas de comportamento influenciam jovens e adultas e o resultado de um material escrito totalmente por homens é que são eles que ditam o que é tendência e quais são os comportamentos “adequados” daquela sociedade.

Além disso, há o próprio dia a dia da redação, em que Theresa ouve os pequenos preconceitos que estão normalizados ali: já temos uma mulher, não precisa de outra; mulheres são muito emotivas; essa é muito jovem, vai engravidar logo.

E há Adélia, a mulher negra que traz uma luta totalmente diferente de todas essas citadas acima, porque além de lidar com tudo isso, ela também enfrenta o racismo.

A série é certeira ao mostrar que não são grandes vilões e monstros que discriminam Adélia pela cor de sua pele.

Ela ouve isso de pessoas cruéis, mas também ouve das próprias amigas e pessoas próximas, revelando que o preconceito pode estar em qualquer pessoa e precisa ser trabalhado.

Há ainda outro ponto interessante: assim como as outras mulheres, Adélia conquista seu espaço com o desenvolvimento dos episódios, mas o racismo não muda: ele está do primeiro ao último episódio, evidenciando o quanto o peso que ela carrega é muito maior do que das outras.

Por fim, a série mostra o quanto o machismo daquele tempo também prejudica os homens.

Claro, a carga deles é menor, mas eles também sofrem, por exemplo, quando uma mãe chama os filhos de “fracos” porque eles demonstram sentimentos.

Se as mulheres da época precisavam ser delicadas e donas de casa, os homens tinham o papel de ser fortes e provedores - e qualquer coisa que saísse desse padrão era considerado errada.

Como dito anteriormente, a série termina com um gancho interessante para a segunda temporada- já confirmada pela Netflix, com todos esses temas, há muito potencial para o desenvolvimento de discussões e personagens interessantes.

É preciso corrigir a questão do ritmo e dos diálogos expositivos, tão comuns na TV aberta, mas se tiver coragem para fazer isso, Coisa Mais Linda é uma aposta promissora (e encantadora) para o futuro.

CONFIRA O ANÚNCIO DA SEGUNDA TEMPORADA: 


CONFIRA ENTREVISTA COM O ELENCO:


TRAILER:



FICHA TÉCNICA:
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Coisa Mais Linda
Status:
Em andamento (2019- )
Estrelando:
Maria Casadevall, Pathy Dejesus, Fernanda Vasconcellos, Mel Lisboa
Criação:
Heather Roth, Giuliano Cedroni
Primeiro ano:
7 episódios
Exibição:
Netflix

COTAÇÃO DO KLAU:


segunda-feira, 19 de março de 2018

'RUA AUGUSTA': SÉRIE BRASILEIRA DO TNT É BEM FEITA, BEM DIRIGIDA E PRENDE O ESPECTADOR DESDE A PRIMEIRA CENA


SINOPSE:

Mika (Fiorella Mattheis) é uma stripper que tenta reconstruir sua vida após um passado conturbado e misterioso.

Ela passa a trabalhar na agitada Rua Augusta, em São Paulo, onde é dançarina na Boate Love e se diverte na Boate Hell, na calçada à frente do seu trabalho.

Em uma dessas noitadas, o destino da jovem se cruza com o do filho de um poderoso empresário, o que muda sua vida para sempre.

CRÍTICA:

Pelo que pudemos conferir nos seus dois primeiros episódios 'Rua Augusta', primeira investida do canal TNT (Turner/Warner) no atualmente aquecido mercado de séries brasileiras, vai despertar paixões no público e será facilmente comercializada para o mercado estrangeiro – já que tem toda cara de obra internacional.

Apesar do ritmo algo arrastado, os dois primeiros capítulos da série, baseada no seriado israelense de Gadi Taub, conseguiram impressionar, ao mostrar a conhecida rua paulistana exuberante esteticamente, fazendo o espectador literalmente mergulhar no submundo de strippers, prostitutas, boates, empresários da noite e todo tipo de criatura noturna que transita pelo lugar.

Fiorella Mattheis  é a protagonista Mika - Fotos dessa postagem: Divulgação/TNT
O primeiro acerto da produção foi dar finalmente um papel de protagonista para Fiorella Mattheis – uma das mais lindas e talentosas atrizes da sua geração.

O segundo, é que a série, comandada pelo diretor Pedro Morelli, é muito bem fotografada e filmada - só a edição torna algumas cenas muito lentas por vezes - e não perde tempo ao nos apresentar a stripper Mika (a personagem da atriz), que nos primeiros minutos do episódio 1 x 1 já aparece no pole dance, nua.

O roteiro, de Julia Furrer, Ana Reber, Erez Milgron (o único homem do quarteto) e Jaqueline Vargas, estabelece bem os personagens principais e já parte para a ação, criando dilemas sufocantes, muito nervosismo e situações extremamente geladas, usando e abusando da cartilha do gênero, e fazendo bem o que a maioria dos roteiros parece esquecer: voltar às bases e fisgar a audiência, justamente por desnudar o fascinante universo particular da noite e do submundo, seja qual nacionalidade for, sempre assustador, tentador e perigoso, lugares onde pessoas põem suas vidas a perder.

Raul (Milhem Cortaz), em cena da série
Nesta encruzilhada encontram-se os principais personagens da trama: a stripper Mika, o empresário dono da boate Hell (Lourinelson Vladmir), os seguranças Dimas (Rui Ricardo Dias) e Raul (o sempre ótimo Milhem Cortaz) e o jornalista Emilio (Rodrigo Pandolfo), que entram no jogo ao empurrar neste drama comportamental elementos dos mais elaborados thrillers, que vira a cada nova cena, brincando com as expectativas do espectador, e passeando pelos subgêneros do suspense.

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Emilio (Rodrigo Pandolfo), em cena da série
Na trama, Nika encerra sua apresentação e parte para terminar a noite na Hell, famosa boate underground localizada bem em frente ao seu clube de stripp.

No local, após uma discussão com um rapaz, ela termina perfurada por um caco de garrafa na barriga.

Daí em diante, os principais envolvidos na situação começam a descer a ladeia, já que se agravou e criou ramificações que envolvem um crime maior, implicando o estabelecimento e seu proprietário, o pai de família aparentemente acima de qualquer suspeita Alex, que hora aparece como um amoroso pai de uma garotinha, hora aparece como o impiedoso e amoral dono da boate.

Foto
Alex (Lourinelson Vladmir) em cena
Mas temos mais uma vítima da fatídica noite: o filho de um dos homens mais poderosos de São Paulo e do país - e ele também começa sua própria investigação para saber o que aconteceu com o rapaz no local.

Em apenas meia hora por episódio, a série joga a adrenalina nas alturas, fazendo o espectador nem piscar a cada guinada sofrida pelo roteiro, subvertendo personagens e situações.

No meio tempo, dentre tantos segredos e mistérios a serem revelados, o romance inesperado entre o jornalista Emilio, literalmente o sujeito na hora e lugar errado, com a stripper Nicole (Pathy Dejesus), que tem noivo que pensa que ela trabalha num telemarketing de madrugada, já ganhou nossos corações.

Nicole (Pathy Dejesus) em cena da série
Se Fiorella Mattheis não brilha como o esperado – ao menos nestes dois primeiros episódios – seja no quesito da sensualidade com que veste sua personagem, ou na entrega de sua performance – a série funciona, prende pela trama e é um bem vindo abrir de portas para novas produções originais brasileiras no canal (esta é apenas a primeira).

Ao que tudo indica, se depender dessa primeira experiência, a TNT terá obras tão boas ou melhores para rivalizar com as séries nacionais da HBO e Netflix.

Vale uma olhada.

TRAILER:


FICHA TÉCNICA:
RUA AUGUSTA
Gênero:
Drama, Suspense
Número de episódios:
12
Direção:
Pedro Morelli
Elenco:
Fiorella Mattheis, Lourinelson Vladimir, Rodrigo Pandolfo, Chris Couto, Milhem Cortaz, Jonathan Haagensen, Pathy Dejesus e outros
Roteiro:
Julia Furrer, Ana Reber, Erez Milgron, Jaqueline Vargas
Produção:
O2 Filmes, TNT
Canal exibidor:
TNT
Duração do Episódio:
30 Minutos
País:
Brasil
Exibições:
Quintas, às 23h, no TNT
Episódio inédito da semana às sextas, no TNTGo.
Reapresentação aos domingos e quartas, às 23h30.
Temporada completa:
Já disponível no NOW

COTAÇÃO DO KLAU: