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quinta-feira, 4 de agosto de 2016

'ESQUADRÃO SUICIDA': REFILMAGEM PARA TORNAR TRAMA MAIS LEVE E DIVERTIDA PODE TER ACABADO COM O QUE SERIA UM DOS BONS LONGAS DO ANO


SINOPSE:

Após a aparição do Superman, a agente Amanda Waller (Viola Davis) está convencida que o governo americano precisa ter sua própria equipe de meta humanos, para combater possíveis ameaças.

Assim, ela cria o projeto do Esquadrão Suicida, onde perigosos vilões encarcerados são obrigados a executar missões a mando do governo.

Caso sejam bem-sucedidos, eles têm suas penas abreviadas em 10 anos e caso contrário, simplesmente morrem.

O grupo é autorizado pelo governo após o súbito ataque de Magia (Cara Delevingne), uma das "convocadas" por Amanda, que se volta contra ela.

Desta forma, Pistoleiro (Will Smith), Arlequina (Margot Robbie), Capitão Bumerangue (Jai Courtney), Crocodilo (Adewale Akinnuoye-Agbaje), El Diablo (Jay Hernandez) e Amarra (Adam Beach) são convocados para a missão.

Ao mesmo tempo, o Coringa (Jared Leto) aproveita a oportunidade para tentar resgatar o amor de sua vida, Arlequina.

CRÍTICA:

O que prometia ser o filme baseado em quadrinhos mais divertido já feito, com humor negro e violência na medida certa, não entrega nem a metade da subversão que prometia.

'Esquadrão Suicida', em exibição em 985 salas em todo o Brasil, tem bons momentos e personagens interessantes - especialmente o Pistoleiro (Will Smith, em seu melhor papel em anos) e Arlequina (Margot Robbie, sensacional e irresistível).

Só que o filme não inova e sua trama previsível impede a produção de satisfazer as expectativas dos fãs, que aguardavam a produção como a salvação dos heróis baseados em quadrinhos da DC Comics, desde a decepção recente de 'Batman Vs. Superman: A Origem da Justiça', que se revelou bem melhor na versão estendida em DVD do que a versão exibida nos cinemas.

Esquadrão Suicida : Foto Adewale Akinnuoye-Agbaje, Jai Courtney, Joel Kinnaman, Karen Fukuhara, Margot Robbie
O esquadrão em ação - - Fotos dessa Postagem: Divulgação/Warner Bros.
Muito menos chato que 'Batman Vs. Superman',  o longa tem diversos problemas e uma das prováveis causas foram as refilmagens para inserir humor e deixar as coisas mais leves.

Se sabemos que toda super produção geralmente precisa voltar ao set para ajustes, quando a ideia desse trabalho é mudar o núcleo da narrativa, as coisas desandam e aqui, fica absolutamente claro que a tentativa de mudar o tom da obra tirou muito do brilho que provavelmente a produção teria -  Jared Leto praticamente confirmou isso (leia abaixo).

Assim,, a situação de 'colcha de retalhos' vem à tona, com o longa alternando boas piadas e momentos leves com situações sombrias e sérias, comprometendo a montagem e o ritmo finais.

Num começo truncado, a criação do Esquadrão é pouco desenvolvida e a apresentação dos personagens parece algo obrigatório, que precisava ser tirado do caminho logo e mesmo contando o passado de cada um - com direito a animações em 3D e canções pop escolhidas a dedo - nenhuma das sequências é muito atrativa.

A forma como o grupo se une para a missão que domina boa parte da história também é apressada e não tem o desenvolvimento necessário  - e até por isso, a trama e o filme só melhoram na segunda metade.


Esquadrão Suicida : Foto Margot Robbie, Will Smith
Pistoleiro e Arlequina, a dupla protagonista do longa 
Logo de cara, a Força Tarefa X é apresentada por Amanda Waller (Viola Davis, só correta), oficial de inteligência dos EUA, aos chefes do governo como opção para proteger o país de meta-humanos.

Só que na hora de convencer os vilões a participar, o roteiro abdica de justificar a existência de cada um na equipe e eles são simplesmente jogados na ação, obrigados a cumprir a missão ou ter a cabeça explodida.

Tudo bem que essa premissa vem dos quadrinhos, mas no cinema, o diretor e roteirista David Ayer podia, ao menos, criar uma tentativa melhor de convencê-los e que funcionasse melhor em imagens de ação.

Basicamente mostrando porrada do começo ao fim, a narrativa segue na trilha de incontáveis filmes já vistos e revistos, que acompanham grupos de pessoas, muitas vezes muito diferentes entre si, unidos em apenas uma missão por boa parte da narrativa.

Só que aqui o termo 'filme de grupo' nunca acontece, já que apenas o Pistoleiro (Will Smith), Rick Flag (Joel Kinnaman) e Arlequina (Margot Robbie) tem espaço suficiente para desenvolverem os seus personagens e o resto apenas faz figuração, com Bumerangue (Jai Courtney) não justificando sua presença e Katana (Karen Fukuhara) quase não aparecendo, por exemplo.

A surpresa fica por conta de Magia (Cara Delevingne), uma personagem mais interessante do que esperávamos.

Esquadrão Suicida : Foto Cara Delevingne
Magia (Cara Delevingne): uma das boas surpresas do longa
Já a aparição do Batman (Ben Affleck) é pequena e justificada - o que esperávamos desde o trailer - mas seu melhor momento é na cena pós-créditos.

Como esperado, quem rouba todas as atenções é mesmo a Arlequina.

Margot Robbie está simplesmente sensacional como a maluca parceira de Coringa e é, de longe, a personagem mais bem desenvolvida, ficando evidente que ela foi elevada ao papel de protagonista após as primeiras reações dos fãs.

Ela começa sua jornada como a Dra. Harley Queen, Psiquiatra do Asilo Arkam,  que acaba sendo envolvida pelo palhaço psicopata e se tornando ela mesma uma espécie de versão feminina dele, com mais humor e a mesma letalidade - e a transformação da personagem já paga o ingresso, de tão boa.

Esquadrão Suicida : Foto
A psiquiatra que se apaixona e se submete ao seu insano paciente
O que se espera agora é que a DC Films faça um filme só com ela - pois Robbie construiu uma persona com tanta verdade que o público certamente fará fila para vê-la novamente no papel.

Em contrapartida, a interpretação mais badalada  e aguardada do longa não se sustenta.

Ganhador do Oscar de Coadjuvante pela excepcional atuação como uma transexual em 'Clube de Compras Dallas', Jared Leto tenta, mas não encontra um tom para o seu Coringa.

Sua loucura parece forçada e a interpretação de gângster de rua não tem o mesmo impacto do mafioso megalomaníaco de Jack Nicholson (em 'Batman', de 1989) ou o psicopata de Heath Ledger (de 'O Cavaleiro das Trevas',  de 2008)  - ainda o melhor Príncipe Palhaço do Crime das telonas.

Esquadrão Suicida : Foto Jared Leto
Jared Leto como o Coringa: artificial
Nessa montagem feita para o cinema,  as falas de Leto, e até mesmo a risada, soam forçadas - pode ser consequência de seu pequeno espaço na tela e subtrama dispensável e embora ele não seja o vilão da vez, a produção se beneficiaria se ele fosse.

Hoje, em meio às críticas desfavoráveis, Jared Leto colocou mais lenha na fogueira ao revelar que rodou várias cenas que não estão no filme.

"Há várias cenas que não estão na versão final. Espero que um dia elas vejam a luz do dia. Quem sabe", disse, aparentemente contrariado, divulgando o longa na Inglaterra.

Essa declaração do ator só referenda que o longa idealizado por Ayer seria bem mais sombrio e mórbido, o que teria assustado os executivos da Warner, especialmente após o resultado aquém do esperado de 'Batman Vs Superman' nas bilheterias - daí as refilmagens e o desandar da trama.

Diante desta situação, já existe a expectativa de que no futuro seja lançada uma versão estendida do longa-metragem, assim como aconteceu com o filme dirigido por Zack Snyder - muito melhor na versão estendida em DVD.

O Batman aparece na cena pós créditos
Felizmente, 'Esquadrão Suicida' é bem diferente de 'O Homem De Aço' e 'Batman Vs Superman' e por se distanciar do tom sério e sombrio de Zack Snyder - que eu particularmente não gosto - é o longa que a DC Films precisava neste momento para se firmar como uma importante produtora de conteúdo baseado em quadrinhos.

Embora seja divertido, o longa tem problemas, amenizados por boas cenas e protagonistas interessantes, mesmo que muitas vezes o filme soe genérico, principalmente o plano dos vilões.

Mas como cinema pipoca, o longa cumpre seu papel e agora, só nos resta aguardarmos a versão estendida em DVD, para vermos se o longa e sua trama melhoram - bem como os longas da DC Films que ainda estão por vir, como 'Liga da Justiça' e 'Mulher-Maravilha'.

TRAILER:


FICHA TÉCNICA:
'ESQUADRÃO SUICIDA'
Título Original:
SUICIDE SQUAD
Gênero:
Ação, Aventura
Direção e Roteiro: 
David Ayer
Elenco:
Adam Beach, Adewale Akinnuoye-Agbaje, Alex Meraz, Alyssa Veniece, Amanda Brugel, Ariane Bellamar, Ben Affleck, Brianna Goldie, Cara Delevingne, Common, Corina Calderon, Darryl Quon, David Harbour, Ike Barinholtz, Jai Courtney, Jared Leto, Jay Hernandez, Jim Parrack, Joel Kinnaman, Karen Fukuhara, Kevin Hanchard, Margot Robbie, Michael Murray, Sabine Mondestin, Scott Eastwood, Viola Davis, Will Smith
Produção:
Charles Roven, Richard Suckle
Fotografia:
Roman Vasyanov
Montador:
John Gilroy
Duração:
123 min.
Ano:
2016
País:
Estados Unidos
Cor:
Colorido
Estreia:
04/08/2016 (Brasil)
Distribuidora:
Warner Bros
Estúdio:
Atlas Entertainment / DC Entertainment / Lin Pictures
Classificação:
12 anos
Informação complementar:
Baseado nos personagens da DC Comics

COTAÇÃO DO KLAU:

quinta-feira, 2 de julho de 2015

'O EXTERMINADOR DO FUTURO: GÊNESIS': SÓ A LENDA SCHWARZENEGGER SALVA O FILME DE ENTREGAR MAIS DO MESMO


SINOPSE:

Quando John Connor (Jason Clarke), líder da resistência humana, envia o Sargento Kyle Reese (Jai Courtney) de volta para 1984 para proteger sua mãe, Sarah Connor (Emilia Clarke) e manter o futuro intacto, uma mudança inesperada nos acontecimentos cria uma nova linha do tempo.

Agora, o Sargento Reese se encontra em uma nova e desconhecida versão do passado, onde encontra aliados improváveis, incluindo o Guardião (Arnold Schwarzenegger), novos e perigosos inimigos e uma missão nova e inesperada: salvar o futuro.

CRÍTICA:

Para revitalizar uma franquia que teve seu auge nos anos 90 é preciso mudar tudo e aumentar os riscos.

É exatamente isso que 'O Exterminador Do Futuro: Gênesis' - que estreia em 588 salas em todo o Brasil- tenta fazer, com o retorno da lenda Arnold Schwarzenegger como T-800 e a presença impressionante de Emilia Clarke ('Game of Thrones') como a nova intérprete da Sarah Connor.

Pena que o longa só funciona de verdade quando recria e expande os eventos do clássico de 1984, perdendo fôlego exatamente no ponto mais importante: a história original.

Como os demais filmes da franquia iniciada por James Cameron, este também se inicia no futuro devastado pelo fogo nuclear, onde máquinas e humanos travam uma batalha terrível pelo domínio do planeta.

Como o filme é também um reboot, a história é recontada desde o início, explicando quem é John Connor e recontando como tudo aconteceu - algo importante para que os novos públicos compreendam bem a trama, a mesma do original por boa parte da narrativa: Connor vence a Skynet, mas um exterminador é mandado de volta no tempo para matar sua mãe, Sarah e como resposta, Kyle Reese (Jai Courtney) é enviado para protegê-la.

As coisas se complicam quando Reese encontra um exterminador modelo T-1000 (Byung-Hun Lee), exemplar que ele não chegou a conhecer – o que significa que a guerra não acabou como ele pensava.

A partir daí, as coisas seguem um novo rumo.

Enquanto estamos em 1984, a trama funciona, mesmo com as diferenças criadas pelo confuso roteiro de Laeta Kalogridis e Patrick Lussier.

É bom ver que o filme tenta fugir da fórmula clássica da franquia, mas a verdade é que ele nunca ganha vida própria.

Embora o exagero de referências seja um problema, a narrativa sofre muito quando Sarah e Reese avançam no tempo até 2017, 20 anos após a data que deveria ter acontecido o apocalipse nuclear.

Sem spoilers, pois tudo o que vemos - a Skynet ainda não foi ativada e John Connor é o novo vilão - está nos trailers, nos clipes, nos pôsteres já divulgados – ou seja: a única reviravolta realmente interessante da trama já havia sido divulgada meses antes e não sobra muito para surpreender o espectador.

A partir desse momento, a trama fica confusa, abusa dos clichês e as motivações dos personagens perdem o sentido.

Diferente de 'X-Men: Dias De Um Futuro Esquecido', o longa não segura a trama com acontecimentos em diversas realidades. e para piorar, as cenas de ação não mantém a atenção da audiência - não que sejam mal feitas (pelo contrário), mas vivem de repetições de cenas clássicas da franquia (robôs saindo do meio do fogo cansam) e nem de longe causam o impacto dos primeiros dois filmes.

Emilia Clarke (Sarah Connor) e Jai Courtney (Kyle Reese) têm a difícil tarefa de encarar papeis imortalizados por outros e o ator é o mais prejudicado.

Muito inferior à Emilia na arte da interpretação, ele nunca parece confortável no papel.

Clarke convence totalmente no papel que mistura a Sarah de 1984 com a guerreira imortalizada por Linda Hamilton em 'Terminator 2'.

J.K. Simmons, atual ganhador do Oscar de Coadjuvante e um senhor talento, aparece num papel horroroso - como O'Brien, detetive atrapalhado que acredita que Sarah e Kyle vieram do passado - e dói em ver como um talento desses pode ser tão desperdiçado.

Jason Clarke funciona muito bem como John Connor e até têm boas cenas com Kyle Reese.

Só que as coisas ficam problemáticas quando ele se torna o vilão, pois sua transformação nunca é explorada e John simplesmente parece outra pessoa, sem nenhum tipo de conflito interno, nada - e isso é uma falha grave de roteiro.

Ainda bem que para compensar tantos deslizes, a Lenda está de volta!

Arnold Schwarzenegger aparece o tempo todo muito à vontade em cena e até sua aparência envelhecida é explicada de forma convincente (a pele que recobre o T-800 é como a humana e envelhece).

Basicamente, ele interpreta uma versão paternal parecida com a de 'T2' e aqui, a diferença é seu vínculo com Sarah - é estranho vê-la chamando-o de "Papi" - mas esse não é, nem de longe, o maior problema, ainda mais quando o personagem é basicamente o mesmo.

No final das contas, o quinto longa da saga da Paramount tem potencial, tem boas ideias e trabalha bem a questão das realidades alternativas criadas com a viagem no tempo.

O problema é que o exagero de referências aos filmes anteriores, roteiro bagunçado e falta de inovações técnicas - algo que sempre chamou a atenção na franquia - o que fazem dessa obra um apanhado de bons elementos que nunca são explorados como deveriam.

No mais, como filme de ação funciona - mas os fãs da franquia saem do cinema com uma sensação de que "faltou alguma coisa".

TRAILER:


FICHA TÉCNICA:
'O EXTERMINADOR DO FUTURO: GÊNESIS'
Título Original:
TERMINATOR GENISYS
Gênero:
Ação
Direção:
Alan Taylor
Roteiro:
Laeta Kalogridis, Patrick Lussier
Elenco:
Aaron V. Williamson, Arnold Schwarzenegger, Brett Azar, Byung-hun Lee, Christopher Heskey, Courtney B. Vance, Douglas Smith, Emilia Clarke, J.K. Simmons, Jai Courtney, Jason Clarke, Matt Smith, Michael Gladis, Nolan Gross, Sandrine Holt
Produção:
Dana Goldberg, David Ellison
Fotografia:
Kramer Morgenthau
Montador:
Roger Barton
Trilha Sonora:
Lorne Balfe
Duração:
126 min.
Ano:
2015
País:
Estados Unidos
Cor:
Colorido
Estreia:
02/07/2015 (Brasil)
Distribuidora:
Paramount Pictures Brasil
Estúdio:
Paramount Pictures / Skydance Productions
Classificação:
12 anos

COTAÇÃO DO KLAU: