Mostrando postagens com marcador pedofilia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador pedofilia. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

CONFI@R: TRABALHO DIGNO QUE SERVE DE ALERTA AO ABORDAR A PEDOFILIA


Como todo tema polêmico e atual, a pedofilia também não poderia deixar de ser abordado pelo cinema.

Afinal, vivemos a era onde adultos muito preocupados se perguntam até onde as crianças e adolescentes devem ou não ter acesso irrestrito à internet, se existem limites a serem impostos, e se existem, como impô-los numa sociedade onde qualquer criança de seis anos sabe mexer mais e melhor no computador que seus pais.

Em Confi@r, Will - Clive Owen - e Lynn - Catherine Keener - são um casal de classe alta, esclarecido, aparentemente bem informado e zelosos com a família.

Divulgação
Clive Owen, em cena do filme

A filha adolescente Annie - Liana Liberato, impecável -, mantém uma amizade virtual com "Charlie", sem conhecer quem é realmente o “amigo” do computador - e o pior acontece.

Divulgação
Annie - Liana Liberato - conhece "Charlie", que ela pensava ser um garoto da sua idade

Com a tarefa nada fácil de criar um filme que fosse contundente, mas não a ponto de espantar o grande público do cinema, foi feita a acertada escolha de contratar dois atores de credibilidade - Owen e Keener - sempre associados a projetos sérios e, sobretudo, bons.

Se existe elegância na competente direção - de David Schwimmer, o Ross do seriado Friends - das cenas mais polêmicas, aqui temos também a presença de dispensáveis concessões comerciais, como perseguições desnecessárias e correrias sem propósito - afinal é um filme americano.

Divulgação
Liana Liberato e Catherine Keener, em cena do filme

Felizmente, o final, muito bem resolvido, redime o filme de eventuais imperfeições que ele possa ter cometido, ao mesmo tempo em que se constitui num trabalho digno e que serve de alerta a pais e professores.

Só por isso merece ser visto - e discutido.

Confira o trailer do filme:

*****
CONFI@R
Diretor:
David Schwimmer
Elenco:
Clive Owen
Catherine Keener
Viola Davis
Liana Liberatz
Noah Emmerich
Jason Clarke
Chris Henry Coffey
Brandon Molale
Nicole Forester
Garrett Ryan
Noah Crawford
Produção:
Ed Cathell III
Dana Golomb
Robert Greenhut
Tom Hodges
Avi Lerner
Heidi Jo Markel
David Schwimmer
Roteiro:
Andy Bellin
Robert Festinger
Fotografia:
Andrzej Sekula
Trilha Sonora:
Nathan Larson
Duração: 
105 min.
Ano: 
2010
País: 
EUA
Gênero: 
Drama
Cor: 
Colorido
Distribuidora:
Imagem Filmes
Estúdio:
Millennium Films
Nu Image Films
Dark Harbor Stories
Classificação:
14 anos
Cotação do Klau:

quarta-feira, 29 de junho de 2011

MYRIAN RIOS DÁ SHOW DE BURRICE E CABOTINISMO NA TRIBUNA DA ASSEMBLEIA DO RJ

Na opinião do autor de novelas Walcyr Carrasco, Myrian Rios "nunca foi uma boa atriz; para dizer sinceramente, era medíocre, pelo menos na minha opinião" - opinião compartilhada por muitos, inclusive por mim.

Atriz sofrível - teve de posar diversas vezes nua e participar de muitas pornochanchadas para sobreviver - desempregada e católica fundamentalista de ocasião, vivia até há pouco de cachês esporádicos na TV Canção Nova, que, por coincidência, pertence à...igreja católica!

Não sei como a menina graciosa e fogosa - quando a conheci, fazia a alegria dos meninos do Tucuruvi, Mandaqui e região nos anos 70, e logo  foi alçada ao estrelato por um concurso para descobrir novos talentos num programa apresentado por Moacyr Franco, quando Silvio Santos deixou a Globo, e isso faz tempo - e que tinha tudo para desabrochar como um ser humano de qualidade tornou-se uma mulher amarga,retrógrada, feia e sem humor.

Também não sei como Myrian Rios  tornou-se católica fundamentalista e deputada estadual pelo Rio de Janeiro, ainda por cima pelo auto-proclamado progressista PDT.

O que sei é que, na semana passada, acometida de uma síndrome de burrice aguda, Myrian Rios surtou, e surtou na tribuna da assembléia carioca, ao tentar explicar porquê votaria contra um projeto que criminalizaria a homofobia no estado da federação mais simpático á causa gay - na mesma semana passada, um casamento coletivo gay fez a alegria de muitos cariocas apaixonados.

No vídeo divulgado, a veterana confundiu tudo ao misturar homossexualidade com pedofilia durante seu discurso.
“Não sou preconceituosa e não discrimino. Só que eu tenho que ter o direito de não querer um homossexual como meu empregado, eventualmente” discursou a jegue.

“Por exemplo, digamos que eu tenha duas meninas em casa e a minha babá é lésbica. Se a minha orientação sexual for contrária e eu quiser demiti-la, eu não posso. O direito que a babá tem de querer ser lésbica, é o mesmo que eu tenho de não querer ela na minha casa. São os mesmos direitos. Eu vou ter que manter a babá em casa e sabe Deus até se ela não vai cometer pedofilia contra elas, e eu não vou poder fazer nada”, emendou a sem noção.

Não contente com as barbaridades já ditas, Myrian Rios continuou:
“Se eu contrato um motorista homossexual, e ele tentar, de uma maneira ou outra, bolinar meu filho, eu não posso demiti-lo. Eu quero a lei para demitir sim, para mostrar que minha orientação sexual é outra”, perpetrou..

“Eu queria que meus filhos crescessem pensando em namorar uma menina para perpetuar a espécie”, completou ela, ao se manifestar contra a PEC 23/2007, que visa acrescentar a orientação sexual no rol das vedações à discriminação da Constituição do estado do Rio de Janeiro.

Nem o Silas Salafrária, quero dizer, Malafaia - pastor evangélico que vive de destratar os gays nas madrugadas da Band - ousou ser tão obtuso.

Ao enquadrar um modo de vida - que acaba de ser definido pelo STF como um tipo de família - a um crime hediondo - que deve ser combatido por todos, a sociedade e os poderes constituídos -, a deputada incorreu em outro crime, o do preconceito, justamente um dos tipos de crime que a lei que seria votada naquele dia criminalizaria, e que, infelizmente, foi derrubada.

Fiquei extremamente chocado com o discurso, repito,  feito da tribuna da assembléia carioca, e nem seu pedido de desculpas, feito através de nota divulgada na segunda (27) mudará o fato de que, ao demonstrar públicamente tamanha falta de cultura, a Sra. Rios escancarou não só ao povo carioca - que a elegeu - mas a todos, estar despreparada para exercer o cargo de deputada estadual.

Deputado é pago pelo povo para legislar, e não apresentar juízos de valor sobre o que quer que seja.

A deputada pode até ser contra o projeto - apesar de reconhecer na nota de desculpas que muitos gays são assassinados por pura homofobia - mas precisa estudar mais sobre os temas a serem votados, e não mistura-los ao fundamentalismo cristão que atrasa mentes, atrasa conquistas prementes,democráticas e de direitos, numa sociedade que pretende ser moderna sob um Estado de Direito.

Fica aqui os meus pêsames à população carioca, que elege pessoas como ela, o Garotinho, a Rosinha, o filho do Malafaia e tantos outros absolutamente despreparados para a função, e, principalmente, despreparados para viverem num Estado Democrático de Direito laico, como, aliás, está escrito na Constituição Federal.

E, lógico, como não poderia deixar de ser, resolvi abordar o discurso da deputada jegue com um vídeo bem humorado, onde você poderá ver, editados, os "melhores momentos" das barbaridades que ela disse.

Postado no YouTube ontem (28), o vídeo já teve 304 exibições.

Confira:

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

WIM WENDERS CONTRA A PEDOFILIA, E GAYS ARGENTINOS TERÃO BAIRRO EXCLUSIVO

O cultuado cineasta alemão Wim Wenders produziu dois anúncios publicitários de 30 segundos para colaborar com a campanha do Governo do país para encorajar as vítimas de abusos sexuais a denunciarem seus casos.

As peças foram apresentadas na semana passada em Berlim, e ainda não estão disponíveis na net.

"Quem rompe o silêncio rompe o poder dos carrascos" é o lema da campanha oficial, ilustrada com imagens pelos anúncios do cineasta. Em um deles aparece um menino e, no outro, uma menina, que têm a boca tampada por um adulto, que, por sua vez, não tem o rosto mostrado.
Foto: wimwenders.com O Cineasta alemão Wim Wenders recebe uma estrela na calçada da fama de Berlim

Mais tarde, as crianças se transformam em adultos, se libertam da mordaça e contam o caso em poucas palavras: "Ele me disse que era um segredo nosso e isso me tornou uma vítima durante toda a vida".

A ideia dos anúncios, segundo explicou Wenders na apresentação, é convidar os adultos que sofreram abusos quando eram crianças a romper o silêncio não só para "acabar com o poder dos carrascos", mas porque isso seria "o começo da cura".

"Conheci muita gente que arrastou durante anos um horror da infância. Falar do tema é o primeiro passo para se curar", disse o diretor de "Alice nas cidades".

A campanha, apresentada pela encarregada do Governo federal para a investigação dos abusos sexuais, Christine Bergmann, inclui também a distribuição de folhetos em banheiros públicos e em consultórios médicos, com números de telefones que as vítimas podem contatar de forma anônima para receber ajuda. Há ainda um site da campanha para orientar as vítimas a denunciar os casos.

As linhas telefônicas de ajuda já estão em funcionamento e uma análise de 2.500 chamadas revela que a maioria das vítimas não sofreu abusos sexuais isolados mas continuados, disse o diretor da Clínica de Psiquiatria Infantil e Juvenil de Ulm, cidade no sudoeste da Alemanha, Jörg M. Fegert.

Fegert destacou ainda que a análise mostrou que, enquanto os abusos contra mulheres costumam ser no âmbito familiar, os que têm os homens como vítimas ocorrem sobretudo em espaços institucionais.

A maior parte das pessoas que pedem ajuda são maiores de cinquenta anos que sofreram abusos há décadas. Das pessoas que resolvem ligar para o sistema, 80% falam sobre o assunto pela primeira vez.

Devido aos vários casos descobertos no início do ano, em sua maioria ocorridos em colégios católicos há duas ou três décadas, o Governo alemão iniciou investigações em março, sob a direção de Christine Bergmann.

Um ótimo projeto, para ser implantado por aqui.
E aê, diretores brasileiros: quem se habilita?

*****

Depois do bom exemplo alemão, a vanguarda argentina: um grupo imobiliário planeja a construção do primeiro bairro exclusivo para gays, depois que, em julho passado, foi autorizado por lei o casamento para pessoas de mesmo sexo pela primeira vez na América Latina.

Um dos responsáveis do projeto, Antonio Forte, assinalou que ainda não se definiu o local onde o bairro será construído, embora Mendoza, Córdoba e San Luis estejam entre as opções.

Ele também esclareceu que a iniciativa não é discriminatória, já que qualquer pessoa poderá morar no novo bairro, que contará com um lago artificial.

Veja.com

Casal se beija, após casamento tendo o congresso argentino ao fundo

Mais de uma centena de casais gays contraíram matrimônio na Argentina desde a aprovação da lei, e por aqui, os comerciantes da Rua Frei Boneca, quero dizer, Gay Caneca, ôpa! - Frei Caneca ficam empurrando com a barriga o projeto que torna a simpática rua, que liga a Av.Paulista ao centro na primeira rua gay de Sampa.

É duro admitir que os argentinos estão sempre anos luz à nossa frente.

domingo, 9 de maio de 2010

"VATICANO ENCARA DENÚNCIAS DE UMA MANEIRA ERRADA"

ENTREVISTA - WALTER ROBINSON

Para jornalista responsável por noticiar acobertamento de pedofilia pela Igreja Católica em Boston em 2002, instituição não aprendeu nada com aquele episódio

MARCOS FLAMÍNIO PERES
DA REPORTAGEM LOCAL


Eram correntes os relatos de que padres da Arquidiocese de Boston abusavam sexualmente de crianças e jovens, mas foi apenas quando o "Boston Globe" decidiu investigar o assunto a fundo que as suspeitas se comprovaram -e eram piores do que se supunha.
Publicadas a partir de janeiro de 2002, as reportagens revelaram que o cardeal Bernard Law acobertou o padre John Geoghan, apesar das provas -recolhidas em dezenas de milhares de documentos da arquidiocese- de que molestava crianças havia ao menos uma década.
A estratégia foi transferi-lo de paróquia a paróquia.
Law, então um notório defensor de direitos humanos e pessoa de confiança do papa João Paulo 2º, caiu em desgraça e foi obrigado a renunciar.
A equipe do "Globe" -que, no ano seguinte, ganharia o Pulitzer (o maior prêmio do jornalismo mundial) pela investigação- era liderada por Walter Robinson, ele próprio um católico vivendo em meio a uma das maiores dioceses católicas dos EUA.
"O mais difícil não era acreditar que padres abusavam de crianças, porque sabia que isso existia, mas, sim, acreditar que a igreja tenha encoberto a história, enviando-os a novas paróquias, onde teriam oportunidade de praticar outros abusos", afirma Robinson em entrevista concedida à Folha de Boston, onde hoje, após deixar as Redações, leciona na Universidade Northeastern.
Como resultado do trabalho, a arquidiocese quase faliu com as indenizações que teve de pagar, e outros casos vieram à luz pelos EUA.
Geoghan foi condenado a quase dez anos - em 2003 seria estrangulado na prisão.
Law é hoje arcipreste da basílica de Santa Maria Maggiore (Roma).
*****
A entrevista foi publicada na "Folha de S.Paulo" de hoje, editada.
Na íntegra, você só lê na Folha Online e aqui :

O jornalista ganhador do Prêmio Pulitzer, Walter Robinson

Folha - Passados 18 anos da revelação do caso Bernard Law pelo "Globe", o que a igreja católica aprendeu com o assunto?

Walter Robinson- Não acho que o Vaticano tenha aprendido alguma coisa com isso. Sua visão é de que os católicos não têm o direito de saber os detalhes de casos assim e que a imprensa secular não tem nenhum direito de fazer perguntas.

Folha- Mesmo hoje?

Robinson- Mesmo hoje. As críticas feitas agora são ainda mais duras do que em 2002, contra o "Globe". À época, ninguém chegou a sugerir que se tratava de um complô de judeus, da mídia ou de qualquer coisa do gênero. Ninguém dizia explicitamente que era uma tentativa de atingir o papa e a igreja. Nesse sentido, acho que o Vaticano está lendo a situação toda de maneira errada.

Folha- Qual foi sua reação quando deu de frente com os primeiros documentos provando o acobertamento, por parte da igreja, dos casos de abuso sexual?

Robinson- Quando conseguimos as primeiras centenas de páginas, lembro-me de ter relatado a história para o editor-executivo do jornal, que disse: "Não importa tanto o que está nos documentos, mas aquilo que não está".

Pois em nenhum lugar das milhares de páginas, com cartas do cardeal a seus subordinados, ele jamais expressou preocupação com o que havia acontecido às crianças.

Folha - O sr. recebeu apoio do jornal em todos os momentos da investigação?

Robinson- Sim, muito.

Folha - Qual foi a reação da enorme comunidade católica de Boston?

Robinson- Nos primeiros dias, houve alguns católicos proeminentes que acusaram o jornal de tentar atingir a igreja. Mas uma ou duas semanas depois das revelações, mesmo eles se calaram, pois todo mundo passou a entender quão sérios eram os crimes. O cardeal Law perdeu toda sua credibilidade.

Folha- E houve manifestações na cidade?

Robinson- Não contra o "Globe", mas a contra igreja. No início, pensávamos que haveria umas 500 pessoas protestando em frente à sede do jornal, mas isso nunca ocorreu.

Folha - Isso o surpreendeu?

Robinson - Foi uma surpresa, sim. Mas as evidências eram tão fortes que as pessoas se deram conta de que a questão toda era com a igreja, não com o "Globe".

Folha- Sem os documentos revelados pelo jornal mostrando que a diocese de Boston encobria abusos sexuais, provavelmente não haveria nada comprovado sobre isso até hoje. Qual foi a importância do caso Bernard Law para o futuro do jornalismo investigativo?

Robinson - Foi muito importante aqui nos EUA, pois lidávamos com uma instituição que não era de modo nenhum aberta, nem sequer a perguntas. Se tivéssemos ido adiante e escrito as histórias baseadas apenas nas acusações feitas por um pequeno número de vítimas, ninguém teria acreditado nelas. Então decidimos que tínhamos que ter os documentos.

A igreja não pode nos acusar de nada porque eles mostravam claramente o quanto bispos, arcebispos e cardeais estavam envolvidos em encobrir os crimes e permitir que continuassem.

Folha - Tomando esse caso como exemplo, qual era, ali, o limite entre jornalismo investigativo e sensacionalismo?

Robinson - Eu lhe digo onde havia, nesse caso. Tínhamos, na sede do "Globe", uma sala inteira repleta de caixas com dezenas de milhares de documentos. Neles havia grande quantidade de informações, com muito potencial sensacionalista, sobre o que os padres faziam com suas vítimas. Por exemplo, um caso de abuso contra um menino de quatro anos.

Mas fomos muito cuidadosos sobre o que publicaríamos. Raramente utilizamos detalhes explícitos e focamos no que os documentos diziam sobre as atitudes da alta hierarquia da igreja.

Não poderíamos desfazer o que havia sido feito às vítimas, mas tínhamos esperança de que, a partir dessas revelações, a sociedade civil e os católicos poderiam ajudar a mudar a instituição.

Folha -Hoje, o sr. avalia que ajudou a mudá-la?

Robinson - Não sei a resposta, mas, quanto ao futuro, acho que não há esperança para a igreja no mundo desenvolvido. Os EUA registram uma queda acentuada no número de católicos que vão à igreja e que contribuem com dinheiro. Isso também é verdade para a Irlanda.

Somos uma sociedade muito secular, com separação clara entre igreja e Estado. O crescimento e o poder da igreja é hoje muito mais forte na África, em partes da Ásia e na América Latina.

Folha - O que o sr. acha da atitude de Richard Dawkins e Christopher Hitchens de pedir a prisão de Bento 16 quando ele estiver em visita ao Reino Unido, em setembro próximo?

Robinson - Não concordo com essa posição, pois não acho que haja evidência para acusar o papa pelo crime.

Além disso - assim como descobrimos aqui, no caso do cardeal Bernard Law -, as autoridades civis decidiram que não poderiam processá-lo porque, nesse caso, teriam que processá-lo por ser cúmplice do crime e, para isso, teria que ser provado que a pessoa o arcebispo ou o cardeal sabia que os padres iam a suas paróquias para abusar das crianças.

Os bispos e a igreja foram muito ingênuos. Pensaram que, se os padres se arrependessem de seus pecados e fossem perdoados por eles, não iriam pecar novamente. Mas o que eles não entendiam é que isso era uma doença.

O que a igreja de fato precisa é prestar mais atenção às necessidades dos fiéis e das crianças e se preocupar menos em defender a hierarquia.

**********

sexta-feira, 23 de abril de 2010

ROMAN POLANSKI PODE SER EXTRADITADO AOS EUA A QUALQUER MOMENTO

O cineasta Roman Polanski perdeu ontem um recurso,onde pedia para não ser extraditado aos Estados Unidos, para receber a sentença no processo que em foi condenado por fazer sexo com uma menor em 1977.

Foto: Reuters
O diretor franco-polonês Roman Polanski

Reafirmando decisão de janeiro de um juiz de Los Angeles, um tribunal de recursos da Califórnia decidiu que o cineasta franco-polonês, de 76 anos, deve voltar ao Estado para ser sentenciado, encerrando assim uma saga judicial de 33 anos.

O diretor de obras primas como "Chinatown" e "O Bebê de Rosemary" fugiu dos EUA para a França em 1978 - depois de ser condenado - e desde setembro do ano passado está sob prisão domiciliar na Suíça, aguardando uma decisão local sobre sua extradição para os EUA.

A defesa de Polanski não quis comentar a decisão, nem a possibilidade de novos recursos.

Antes da decisão de ontem, a Justiça da Califórnia havia rejeitado um pedido para arquivar o caso, apresentado por Samantha Geimer, que fez sexo com Polanski aos 13 anos, após uma sessão de fotos na casa do ator Jack Nicholson, regada a drogas e champanhe.

Hoje aos 46 anos, mãe de três filhos e vivendo discretamente no Havaí, ela tenta há anos encerrar esse processo, alegando que voltou a ser vitimizada devido aos esforços dos promotores para levar Polanski à Justiça.
Em várias declarações, Samantha diz que considera que a proibição de voltar aos EUA já foi uma punição suficiente para o cineasta, e que ele não é um perigo para a sociedade.

Polanski admitiu ter feito sexo com ela e foi condenado, mas fugiu antes de receber a sentença, temendo que o juiz descumprisse o acordo judicial que limitaria sua pena aos 42 dias que ele já havia passado na prisão.
Desde então, ele nunca mais voltou ao país, nem para receber o Oscar de melhor direção em 2003, por "O Pianista", outro filmaço.

Neste ano, já preso na Suíça, ele recebeu o prêmio de melhor direção do Festival de Berlim, por "The Ghost Writer."

O que eu não entendo é o "dois pesos, duas medidas" que a maioria da mídia especializada em cinema e celebridades tem com Polanski.

Se por um lado, todo mundo cai matando nos casos de PEDOFILIA envolvendo padres católicos, por quê, no caso do cineasta, a mídia sempre quer passar a impressão de que ele é um coitadinho, vítima dos implacáveis promotores californianos?

A verdade é que ele é, sim, um dos maiores diretores de cinema de todos os tempos, mas também
é verdade, sim, que ele fez sexo com uma garota de 13 anos na Califórnia - onde lá isso é crime - e fugiu para não cumprir pena pelo seu ato pedófilo.

Polanski pode ser um ótimo diretor, gente boa e etc., mas nesse caso agiu como todo criminoso endinheirado age: fugiu, e não prestou nenhum tipo de ajuda à sua vítima.

Deve ser extraditado e cumprir a sentença que o juiz californiano achar a mais justa.

Será um exemplo maior de que PEDOFILIA É CRIME, e que os que o praticam, sejam eles quem forem, devem responder à Justiça por isso.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

A SEMANA ILUSTRADA!

Pessoal:
Vulcão para o tráfego aéreo; o papa comemora seis anos de pontificado em meio a escândalos de pedofilia; o monsenhor de Arapiraca foi preso pela CPI da pedofilia; Rafael nadal vence o masters de Montecarlo pela sexta vez; Marta em campanha...
São os temas dessa semana!
Divirta-se!










domingo, 18 de abril de 2010

PADRES TARADOS DE AL NA CPI DA PEDOFILIA

Carlos Madeiro
Especial para o Em Arapiraca (AL)

Com vítimas de até 9 anos, pedofilia de padres em Alagoas envolve orgias com bebida e ameaças de morte

Acareação entre padre Edílson Duarte (centro) e três ex-coroinhas (de costas) confirma abuso

As denúncias de pedofilia envolvendo padres e monsenhores de Arapiraca (AL) apontam para a existência de uma rede de abuso sexual ampla e que não envolveria apenas assédio a coroinhas.
Ameaças de morte, bebidas, orgias e dinheiro compõem um dos maiores esquemas envolvendo religiosos já descoberto no país.
Relatos de pais apontam que nem mesmo as crianças em confessionários escapam.

Após centenas de investigações de casos de pedofilia no país, o senador Magno Malta (PR-ES), presidente da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Pedofilia, afirma que, pela primeira vez, investiga um esquema de abuso sexual com ameaça de mortes às vítimas.
“O que choca é que envolve religiosos. Que ele é homossexual e religioso, tudo bem. Mas ameaça de morte? Ou seja, não pode revelar a verdade? Não pode abrir a boca? Isso é absolutamente grave”, afirmou.

As revelações de ameaças de morte foram feitas durante as sessões deste sábado (17).
O padre Edílson Duarte aparece em uma gravação, em poder da Polícia Civil, comentando sobre recentes denúncias envolvendo os padres.
Na conversa --gravada por um coroinha--, ele afirma que o ex-coroinha Fabiano Silva Ferreira “só tem a perder” ao denunciar o caso, pois “vamos estar lindas e maravilhosas velando o corpo dele”.
As investigações apontam que pelo menos três párocos se comunicavam com frequência sobre os assédios.

O ex-coroinha Cícero Flávio Vieira Barbosa confirmou ao UOL Notícias que sofreu ameaças desde que denunciou o caso ao bispo da Diocese de Penedo, em março de 2009.
“Nosso advogado informou todas as denúncias de pedofilia ao bispo e, desde lá, ao invés de apurar, só passamos a receber ameaças indiretas”, contou.

Orgias com bebidas também compõem o cenário.
Adolescentes relatam que eram comuns as realizações de festas promovidas pelos religiosos.
Uma casa no balneário da Barra de São Miguel também seria usada.
O padre Edílson Duarte confessou em depoimento que chegava a dar conhaque aos ex-coroinhas.

As orgias aconteciam, na maioria das vezes, nas igrejas ou casas paroquiais de Arapiraca.
“Eles embebedavam a gente e praticavam sexo”, denunciou Fabiano.

De acordo com as investigações, os padres também aliciavam menores oferecendo dinheiro e bolsas em colégios particulares da cidade.
“Ele me dava cinco, 10 reais.
Era um cala boca, para que não denunciássemos, como se fossemos garotos de programa”, alegou Cícero, em depoimento, sendo confirmado pelo padre Edílson Duarte.

Cícero contou que foi assediado pela primeira vez quando tinha 12 anos pelo monsenhor Luiz Marques Barbosa.
Ele também teria sido assediado por outro monsenhor, Raimundo Gomes.
“Fui assediado por três párocos durante oito anos.
Eles acabaram com a minha vida e quero que seja feita justiça”, disse, afirmando que não pensa em pedir indenização à Igreja Católica.

Outro ex-coroinha, Anderson Farias Silva, contou à reportagem que teve a primeira relação sexual com um religioso aos 13 anos.
“Ele me convidou para a casa paroquial, ficou fazendo elogios. Depois que começaram a me abusar, os monsenhores ficavam com raiva se não fizesse sexo com ele.
Havia muita pressão, e nunca tinha contado isso a ninguém”, assegurou o jovem, hoje com 22 anos.

Pais de crianças procuraram a polícia e a CPI da Pedofilia para denunciar abusos de padres em confessionários. Abelardo José Leite contou que o filho, de apenas nove anos, foi assediado pelo padre Edílson Buarque várias vezes ao se confessar.

A criança foi ouvida pela perita carioca e psicóloga Tatiana Hartz, que confirmou as denúncias.
“Ele disse que o padre tentou beijá-lo, apalpou, dizia que ele era bonito. Ele tirava fotos também. Isso causa um dano muito grande à formação da criança”, afirmou.
Outros três pais de crianças denunciaram formalmente à polícia e a CPI casos semelhantes envolvendo o mesmo padre, que, neste sábado, confirmou que abusou de pelo menos dois coroinhas.

Para a psicóloga, abusos praticados por pessoas influentes, como padres, causam traumas graves a adolescentes. “A criança abusada vai por curiosidade e às vezes acaba gostando e se sente culpada por isso. Ela enxerga num adulto uma ameaça e acaba não contando nada. Os danos dependem de cada um, mas ela pode alternar o comportamento ou mesmo ir para um quadro psiquiátrico”, relatou.

''Podemos estar diante de um esquema nacional'', diz senador

Depois de colher os primeiros depoimentos de vítimas e testemunhas de um suposto esquema de abuso sexual a coroinhas em Arapiraca (AL), e da confissão de um padre acusado, o presidente da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Pedofilia, senador Magno Malta (PR-ES), afirmou neste sábado (17) que, ao contrário do que imaginava, o esquema descoberto em Alagoas é "muito grande” e pode não ser restrito ao Estado.

“É surpreendente e deu para ver que o esquema é muito grande. O monsenhor [Luiz Marques Barbosa] já foi capelão em São Paulo e essa coisa tem ramificação. Podemos estar diante de um esquema nacional. Vamos investigar”, assegurou, no intervalo entre os depoimentos, que acontecem no Fórum da cidade.

Diante do volume de denúncias recebidas desde a sexta-feira (15), o senador já pediu o adiamento da apresentação do relatório final da CPI – o prazo salta de maio para novembro. “Temos muita coisa a investigar ainda”, adiantou Malta.

Com depoimentos previstos apenas até este domingo (18), o senador, que comanda os trabalhos na cidade do agreste alagoano, já prevê um retorno em breve ao Estado. “Vamos ter mais oitivas em Brasília, mas pela quantidade de supostas vítimas que nos procuraram aqui, é bem provável que tenhamos que voltar por pelo mais três dias em Arapiraca”, disse.

Neste sábado, a CPI fez um convite formal ao bispo da Diocese de Penedo, Dom Valério Brêda, para que preste depoimento até este domingo. Ele foi citado no depoimento do padre Edílson Duarte, nesta manhã, que afirmou que Brêda era conhecido pelos padres acusados como “Vera Fisher”, além de outros relatos de vítimas que afirmam que ele foi informado de todo o esquema em março do ano passado.

“Ele está sendo convidado, e não intimado, e não terá nenhum problema se não vier. Mas acho que ele deve explicações à sociedade católica alagoana, e seria muito interessante que ele viesse explicar tudo aqui”, afirmou.

Malta considerou fundamental a confissão de que abusou de coroinhas do padre Edílson Duarte. “Foi uma confissão que comprova as denúncias e se torna pedagógica, porque abre caminho para que os outros façam isso. Ele tem muita coisa a apresentar à CPI e às autoridades de Alagoas que comandam as investigações”, assegurou.

Edílson teve direito a delação premiada e passou a ser ouvido reservadamente não só por membros da CPI, como por integrantes do Ministério Público Estadual e da Polícia Civil.

Em depoimento à CPI, padre admite abuso sexual a ex-coroinhas e pagamento de sexo com dízimo

O padre Edílson Duarte admitiu neste sábado (13) em depoimento à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Pedofilia, em Arapiraca (AL), que abusou sexualmente de ex-coroinhas.
Acareado com três adolescentes, ele reconheceu que praticou sexo com dois deles -ainda menores de idade - e pagou algumas vezes os jovens com dinheiro da oferta dada pelos fiéis à Igreja.

Depois de várias negativas de ser homossexual e de abusos sexuais, ele acabou reconhecendo quando os ex-coroinhas Cícero Flávio Vieira Barbosa, Fabiano Silva Ferreira e Anderson Farias Silva foram chamados ao plenário para acareação.
“Sim, tive relações sexuais com dois deles. Menos com o Anderson”, disse, para espanto dos presentes ao Fórum da cidade.

O ex-coroinha Fabiano afirmou que teve a primeira relação com o padre aos 16 anos, na catedral da cidade. “Ele perguntou minha idade e mesmo assim praticou o ato”, disse, o que foi confirmado pelo padre.

“Às vezes eles nos dava cinco, 10 reais. Era um cala boca para que a gente não contasse, como se fossemos garoto de programa”, afirmou Cícero Flávio.

O senador Magno Malta perguntou se o dinheiro que ele deu aos jovens se tratava de dízimo e contribuição de fiéis nas missas.
“Olha para eles [fiéis presentes ao Fórum]. O senhor pegou o dinheiro do dízimo deles para pegar no pênis deles?”, perguntou o senador. “Sim”, respondeu o padre, baixando a cabeça em seguida.

Diante da manifestação do público, o senador Magno Malta (PR-ES), presidente da CPI, pediu calma às cerca de 200 pessoas que acompanhavam o depoimento.
“Peço que as pessoas não se manifestem, que isso é uma coisa séria.

Ele é humano, erra e é digno da misericórdia. Ele não tem como mentir e está em total desvantagem”, afirmou.

O padre ainda respondeu que “pode ser” que tenha abusado de outros adolescentes.
“Crianças, não. Mas adolescentes, podem aparecer”, confirmou.

Constrangido com a situação, ele chegou a rogar pelo perdão de Nossa Senhora.
“Se Nossa Senhora entrasse ali agora, diria: ‘perdoa os seus filhos que têm pecados’. A Igreja nunca erra, só as pessoas”, disse.

Após as declarações, o senador e integrantes do Ministério Público Estadual (MPE) ofereceram ao padre o benefício da delação premiada para que ele conte o que sabe sobre o abuso a crianças e adolescentes de outros padres.

A sessão foi suspensa para que Edílson relatasse, em particular, detalhes sobre o suposto esquema de pedofilia na cidade.

Monsenhor admite sexo com coroinha, se compara a Jesus e diz que bispo sabia dos casos

O monsenhor Luiz Marques Barbosa reconheceu que manteve relações sexuais com um ex-coroinha, mas negou a prática de pedofilia.
Ele prestou depoimento na tarde deste domingo (18) a integrantes da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Pedofilia, no Fórum de Arapiraca (AL), pediu “perdão pelo pecado” e se comparou a Jesus Cristo. “Renova-se em mim o que ouvi na Sexta-feira Santa, que foi Jesus dizendo: ‘tiraram minha roupa, cuspiram sobre mim e me crucificaram’. É isso que estou passando”, relatou, para, em seguida, pedir perdão aos presentes ao depoimento. “Queria pedir que atendessem ao meu clamor: perdoem-me! Já me confessei a Deus também”.

Monsenhor Luiz Marques Barbosa (à esq.) presta depoimento atrás de 15 garrafas de bebidas alcoólicas que foram apreendidas em sua casa

O monsenhor foi flagrado em vídeo fazendo sexo com o ex-coroinha Fabiano Silva Ferreira, à época com 18 anos. As imagens foram exibidas ao público durante o depoimento. “Foi o único ato que pratiquei”, alegou.

Barbosa foi o segundo pároco a reconhecer as denúncias de abuso – neste sábado (17), o padre Edílson Duarte reconheceu que fez sexo com adolescentes.

O monsenhor voltou a fazer comparação com Jesus em momento do depoimento, ao ser dizer traído pelos ex-coroinhas. “Lamento que essas acusações tenham partido de pessoas que comeram na minha mesa, assim como Jesus disse: ‘eles que comeram do meu pão é que me traíram’. Eles estão aqui na minha frente e, não sei se por fraqueza, agora eles me atiram pedras”, disse.

Luiz Marques ainda confirmou que tinha informações de que o padre Edílson Duarte abusava de crianças e adolescentes na casa paroquial e que tomou as providências cabíveis. “A gente sabia que ele fazia essas coisas uma ‘vezinha’ ou outra. Eu dava conselhos a ele. Não o afastei porque não sou o bispo, mas ele [Dom Valério Brêda, bispo de Penedo] foi informado”, confidenciou. “Vamos convocar o bispo então”, adiantou o senador Magno Malta, presidente da CPI da Pedofilia.

O senador Magno Malta ainda apresentou, durante o depoimento, cerca de 15 garrafas de bebidas alcoólicas apreendidas um dia antes na casa do monsenhor – que instantes antes tinha negado ter oferecido bebidas a coroinhas. “Também foi encontrada creme vaginal, monsenhor. Para que o senhor quer?”, questionou Malta. “Não é meu. Deve ter sido a minha irmã ou uma visita que esqueceu”, respondeu o monsenhor, dizendo ser “normal oferecer bebidas às visitas”.

O depoimento foi marcado por denúncias de supostas vítimas. O ex-coroinha Cícero Flávio Vieira Barbosa alegou que teve a primeira relação sexual com o monsenhor aos 12 anos de idade, na casa paroquial de São José. “Tive inúmeras relações com ele”, alegou.

Fabiano também relatou que começou a ser abusado sexualmente pelo monsenhor aos 12 anos de idade. “Ele pediu para entrar no escritório dele, pediu para sentar e perguntou sobre minha família, tentou beijar a boca, pegando na minha genitália. Ele viu que estava apavorado e me deixou ir. Mas depois foi insistindo e acabei cedendo”, alegou.

Como recompensa por ser “bom coroinha”, o monsenhor teria pago um ano de mensalidade em colégio particular da cidade. “Além disso, ele tirava dinheiro do dízimo, 10, 15 reais para nos dar”, contou aos membros da CPI e da Polícia Civil, que também acompanham o depoimento.

Em sua defesa, o monsenhor alegou que manteve relação sexual com Fabiano, mas apenas quando ele tinha mais de 18 anos e de forma consensual. “Não sou pedófilo. A pessoa que esteve ali comigo quis manter aquele contato. O vídeo é a única prova que têm”, relatou.

Primeiro a depor neste domingo, o monsenhor Raimundo Gomes negou qualquer envolvimento com crianças e adolescentes e afirmou ser vítima de uma “vingança”.

Ele alegou ainda que ex-coroinhas tentaram o extorquir. “O Anderson [Farias Silva, ex-coroinha] vivia me procurando para dizer que, se não desse dinheiro, iria divulgar o vídeo [em que o monsenhor Luiz Marques Barbosa aparece fazendo sexo com um adolescente]. Sou padre por vocação, por amor a Deus, à Igreja e aos meus irmãos. Sempre tive respeito a meu povo e, sobretudo, aos coroinhas. Nunca abusei, nunca peguei em órgão genital de coroinha em altar, como me acusam”, disse.

Acompanhado da família, o coroinha Anderson relatou que teve o primeiro contato sexual com o monsenhor aos 14 anos, na casa paroquial. “Ele se tornou muito amigo da minha família e, um certo dia, pediu para que dormisse na casa dele porque disse que tinha medo de dormir só. Aí comecei aí e ele começou a me assediar e praticar sexo”, afirmou.

No momento mais tenso do depoimento, ouve bate boca entre familiares do ex-coroinha, depois que o monsenhor alegou que a família estava mentindo e pediu que Deus rogasse “misericórdia pela mentira deles”. Outro ex-coroinha, Cícero Flávio, também assegurou ter mantido relações sexuais com o monsenhor inúmeras vezes.

O senador Magno Malta ainda argumentou que uma gravação apresentada à Polícia mostra o padre Edílson Duarte falando ao ex-coroinha Cícero Flávio que “o monsenhor Raimundo gosta de menino novo”. “Todos conhecem o padre Edílson Duarte, que ele fala demais, é desmiolado”, rebateu o monsenhor.

O padre Edílson Duarte, que foi chamado para uma acareação, confirmou a versão apresentada pelos ex-coroinhas e, em seguida, pediu proteção policial. “O monsenhor Raimundo é muito perigoso”, alertou.

<><><><><>

Conteúdo publicado a pedido da minha consciência

sexta-feira, 16 de abril de 2010

O MONSENHOR DE ARAPIRACA, NA CAMA COM O COROINHA

Pessoal:

A cena é tão grotesca, tão patética, que eu, apesar de tê-la faz tempo - desde quando o Roberto Cabrini fez a denúncia - relutava ainda em mostra-la, aqui.

Mas resolvi exibir o "69" do Monsenhor de Arapiraca, Alagoas com o coroinha como um alerta às pessoas crentes desse país, que ainda confiam seus filhos à Igreja Católica porquê, acham, "ter um filho coroinha é uma honra para a família".

É o tipo de aculturamento - os coroinhas passam muito tempo nas igrejas - que só faz com que os meninos sejam covardemente abusados pelos padres, que usam de todo o poder e autoridade que os crédulos a eles conferem para praticarem a PEDOFILIA, o crime mais odioso e covarde que conheço.

As vítimas ficam com sequelas físicas e psíquicas para o resto da vida, não existe tratamento que as faça levarem uma vida tranquila, após os abusos.

Se nos últimos anos, explodiram na mídia centenas de casos de crianças - meninos principalmente - abusados por padres, bispos e outros clérigos católicos, é porquê, agora, as vítimas denunciam, a Igreja Católica finalmente não tem mais o poder que tinha outrora, e as pessoas de bem finalmente se conscientizam que esse estado de coisas deve acabar, pra sempre.

Se você tiver estômago, assista ao vídeo do véio safado de Arapiraca:


IGREJA TRANSFERIU SUSPEITO DE ABUSO PARA O BRASIL

Levantamento da Associated Press em 21 países revela 30 casos de padres mandados ao exterior após denúncias de pedofilia

Críticas a clérigo que atuou com índios após suspeita nos EUA surpreendem no Pará; padre fundador de abrigos na Bahia foi morar na África

DA REDAÇÃO

Levantamento realizado pela agência Associated Press em 21 países revelou ontem 30 casos de padres que, depois de sofrerem denúncias de abuso sexual contra crianças e adolescentes, foram para outros países.
Dois desses casos envolvem o Brasil.
O primeiro é o do padre xaveriano Mario Pezzotti, acusado pelo americano Joseph Callander de abuso e de estupro, em 1993.
Os crimes, dizia Callander, tinham ocorrido em 1959, quando estudou em um extinto colégio xaveriano do Estado americano de Massachusetts.
O caso acabou num acordo indenizatório de US$ 175 mil.
Na época, num bilhete, o padre disse que achara "a cura" no Brasil.
Dez anos mais tarde, Callander descobriu que o novo trabalho do padre era com crianças da tribo caiapó, no Pará.
Ele reclamou, e o padre foi enviado à Itália apenas para, em 2008, retornar ao Brasil.
Na internet, o padre está abraçado a crianças, em fotos tiradas em Redenção (PA).
"Eu esperava que eles o mantivessem distante de crianças", disse Callander à Folha.
"Ele merece ficar na cadeia, como qualquer criminoso", disse.
O padre Robert Maloney, que atuou no acordo entre Pezzotti e Callander, disse que o colega só pôde trabalhar com crianças após avaliação e que não houve queixas contra ele.
De fato, na Amazônia, a denúncia gerou surpresa.
"Eu conheci o padre Mario em 1980 e nunca ouvir dizer algo a respeito dele. É uma pessoa correta", disse o padre xaveriano Renato Trevizan, 67.
Os caiapós chamavam Pezzotti de "tetukre", que quer dizer pernas pretas, por uma fratura que ele sofreu.
Aos 75, ele atua na sede da missão em Parma e não fala do passado.
Outro caso é o do padre jesuíta Clodoveo Piazza, premiado por seu trabalho na Organização de Auxílio Fraterno, que mantém abrigos em Salvador.
Italiano naturalizado brasileiro, ele chegou a ser secretário estadual de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza, antes de ser alvo de denúncias de abuso e exploração sexual.
Em 2009, a Promotoria acusou a ele e a um colega de ONG com base em relatos de vítimas segundo as quais não só ambos abusavam como deixavam que estrangeiros em visita ao país o fizessem.
Como as denúncias tardaram, a maioria prescreveu, explica a promotora Maria Eugênia Vasconcelos de Abreu.
Há sete meses, Piazza vive em uma residência jesuíta na cidade de Maputo, em Moçambique.
Entrevistado pela Associated Press, ele negou os abusos e disse ser vítima de chantagem por parte de "círculos políticos", que se recusa a citar.
"Isso é propaganda para ganhar dinheiro", disse.
Em site, os jesuítas italianos apoiam o colega e comentam que a "difamação de missionários é um jogo cada vez mais popular".
A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) disse que transferências e acusações contra padres são tratadas localmente, mas a reportagem não conseguiu contato com as dioceses envolvidas.
Outros casos revelados pela Associated Press envolvem um padre que confessou abuso em Los Angeles e foi transferido para as Filipinas, onde vive financiado pela igreja; e um padre condenado no Canadá que voltou a cometer abusos na França.
Clérigos disseram que, em alguns casos, os padres se mudaram por iniciativa própria e, em outros, não eram culpados.
(GABRIELA MANZINI)
Com a Associated Press e a Agência Folha

quarta-feira, 14 de abril de 2010

IGREJA CATÓLICA E PEDOFILIA


Pessoal:

Ontem, não tive tempo de conversar com vocês, a respeito das barbaridades que o cardeal - e secretário-geral do Vaticano - Tarcisio Bertone, disse na segunda, em entrevista em Santiago-Chile, a respeito da associação que ele deliberadamente fez entre pedofilia e homossexualismo.

Disse o número dois da hierarquia do Vaticano - acima dele, só o papa:
"Muitos psicólogos e psiquiatras demonstraram que não há relação entre celibato e pedofilia, mas muitos outros demonstraram que há entre homossexualidade e pedofilia".

"Essa patologia [pedofilia] aparece em todos os tipos de pessoas e, nos padres, em um grau menor em termos percentuais. "

"Menor, em termos percentuais"? Não é o que vemos, todo santo dia.

Ao mesmo tempo em que sua eminência proferia essas sandices - dignas da época medieval - o Vaticano lançou outra frente de defesa no escândalo das suspeitas de abusos sexuais de menores por padres, com a divulgação de suas diretrizes internas sobre o tema, nas quais recomenda a denúncia à Justiça civil.

Teólogos reputados como o suíço Hans Küng têm apontado o celibato como uma das razões para exacerbar o problema da pedofilia na igreja.

Desde que um relatório da Igreja Católica na Irlanda - publicado no ano passado - revelou cerca de 15 mil crianças sofreram abusos nas mãos de padres e religiosos entre os anos 30 e 90, denúncias e investigações pipocaram pela Europa e voltaram a surgir nos EUA. Uma linha telefônica para denúncias anônimas por vítimas, aberta no fim do mês passado na Alemanha - terra natal do papa - recebeu quase 15 mil ligações em uma semana.

Ontem, o Vaticano publicou em seu site diretrizes para lidar com o problema, onde se recomenda explicitamente que casos com suspeitas fundamentadas sejam tratados pela Justiça canônica e levados aos tribunais civis.

"A diocese local investiga todas as alegações de abuso sexual de um menor por um clérigo", afirma o texto. "Se a alegação tem traços de verdade, o caso é levado à Congregação para a Doutrina da Fé (...) A lei civil relativa à comunicação de crimes às devidas autoridades deve sempre ser seguida."

Essas regras, porém, nada tem de novo: seguem uma bula de abril de 200 - o Motu Proprio Sacramentorum sanctitatis tutela - e o Código Canônico de 1983, mas nunca foram levadas a público.

A divulgação é um esforço do Vaticano para mostrar que não tem só tirado o seu da reta, mas sim, tentando abordar o problema.

Há três semanas, Bento 16 divulgou uma carta aos fiéis da Irlanda em que exortava os culpados a "responder diante de Deus, assim como diante de tribunais devidamente constituídos".

Outro ponto ressaltado no texto do papa - e que as diretrizes explicitam mais - é a responsabilidade dos bispos.
Segundo as regras recém-divulgadas, "o bispo local sempre retém o poder para proteger as crianças por meio da restrição das atividades de qualquer padre em sua diocese, já que isso faz parte de sua autoridade ordinária, que ele é incentivado a exercer na medida necessária para assegurar que as crianças não sejam prejudicadas, poder este que pode ser utilizado antes, durante e depois dos procedimentos canônicos", completa o texto.

Texto bunitinho, mas ordinário, já que, de acordo com as denúncias que têm surgido, a maioria dos bispos não levou essa regra em consideração.

Enquanto sua eminência deu seu showzinho de burrice em terra estrangeira, em Roma o Vaticano não conseguiu ainda explicar a omissão dos bispos, do papa anterior - João Paulo 2 - e do papa atual.

Documentos revelados pela mídia americana indicam que, quando comandava a Congregação para a Doutrina da Fé, o próprio Bento 16, então cardeal Joseph Ratzinger, atuou decisivamente numa operação abafa, em ao menos dois casos.

Pedofilia é, no meu entender, um dos crimes mais odiosos que se pode cometer.

É fato que muitos gays gostam sim de parceiros mais novos, mas a maioria esmagadora usa de inteligência, charme, conversa, paquera e envolvimento afetivo real para conquistarem, terem relacionamentos, treparem e serem felizes como pessoas e como seres humanos, e não como agentes do status quo, a serviço dos seus interesses pessoais.

Como bem documentou o ótimo Roberto Cabrini - em duas históricas matérias no programa "Conexão Repórter" no SBT - os padres e bispos usam de todo o seu poder de persuação enquanto líderes espirituais de um povo, para rasgar a bíblia, cuspir na cruz e abusar de crianças e jovens que, na maioria das vezes por puro medo, não denunciam.
O vídeo do "monsenhor de Arapiraca" - um véio de mais de 80 - chupando o pau de um jovem coroinha, deitado na cama e tendo um crucifixo ao lado como testemunha está aqui na net para quem quiser ver.

Canalhas, que deveriam mofar na cadeia.

De minha parte, continuo afirmando: religiões judaico-cristãs e modernidade - principalmente "século 21" - não combinam.

Acredito firmemente que essa história de ser "temente a Deus", "Deus vingativo" e muitas outras sandices foram criadas pelo Homem, para poder controlar melhor o seu semelhante pela ignorância.

Deus é amor, e não dor.

O resto, inclusive as versões mais badaladas da bíblia, do evangelho, da torá e do alcorão são, no fundo, ótimos textos representativos da literatura de uma época arcaica, opressora, burra e ultrapassada.