Auggie Pullman (Jacob Tremblay) é um garoto que nasceu com uma deformação facial, o que fez com que passasse por 27 cirurgias plásticas.
Aos 10 anos, ele pela primeira vez frequentará uma escola regular, como qualquer outra criança.
Lá, precisa lidar com a sensação constante de ser sempre observado e avaliado por todos à sua volta.
CRÍTICA:
O período escolar nunca é fácil, seja pelas dificuldades inerentes de aprendizado aliado à pressão em não ser reprovado ou mesmo pelo convívio com completos desconhecidos, sem os mimos típicos da vida em família.
Independente dos problemas enfrentados, trata-se de um imenso aprendizado sobre como se comportar em sociedade, para o bem e para o mal.
'Extraordinário', adaptação do livro homônimo escrito por R.J. Palacio e que estreia hoje aqui no Brasil, aborda exatamente esta questão, potencializada pelo protagonismo de um garoto de 10 anos que, devido a deficiências de nascença, passou por 27 cirurgias plásticas - o que, inevitavelmente, gera reflexos na forma como é encarado por todos à sua volta.
Jacob Tremblay é o protagonista Auggie - Fotos dessa Postagem: Divulgação/Paris Filmes
Em uma realidade tão complexa, rodeada por todo tipo de preconceito, chama a atenção como o livro - e, consequentemente, o filme - busca alguns confortos a seu personagem principal: o núcleo familiar absolutamente acolhedor, sem grandes atritos entre seus integrantes, e um certo tom lúdico com base em um adorado ícone universal: Star Wars.
Como não abrir um sorriso ao ver aquela criança de olhar tão tristonho a cada novo encontro com Chewbacca?
Com habilidade, Palacio - e os roteiristas do filme, Steve Conrad, Jack Thorne e o próprio diretor Stephen Chbosky - encontraram um meio-termo entre a dor e a felicidade que, personificado em uma criança, comove - mas não é só.
Auggie na escola
Por mais que seja um filme claramente emotivo - mas sem tentar, a todo custo, arrancar o choro do espectador, o longa se apropria de certos maniqueísmos típicos nesta busca pelo coração de quem o assiste.
Se o elo emocional com cachorros apela para o lado afetivo de cada um e a própria conjuntura em torno do garoto é milimetricamente calculada de forma a não gerar ruídos ao tema principal, é difícil resistir ao carisma e à ternura do espetacular Jacob Tremblay como o jovem Auggie, uma escolha precisa que, aliado ao competente trabalho de maquiagem, apresenta um personagem absolutamente encantador, seja nas angústias ou mesmo nos momentos de auto ironia.
Difícil não se render a ele, ou mesmo a outros dois jovens que o rodeiam: Izabela Vidovic - intérprete da irmã Via - e Noah Jupe - como o amigo Jack Will.
Neste aspecto, o longa ganha relevância também ao ressaltar a individualidade dos jovens a partir de suas angústias pessoais, por mais que a divisão do filme a partir dos personagens soe um tanto quanto esquemática.
Ainda assim, tal diversidade amplia o leque emocional retratado em cena, trazendo ao filme camadas necessárias para evitar um foco excessivo (e desgastante) em Auggie.
Por outro lado, é importante também ressaltar que nenhuma das subtramas possui um grande aprofundamento, tendo como objetivo maior trazer mais informações acerca da personalidade do retratado.
Julia Roberts e Owen Wilson, os pais de Auggie
Há ainda Julia Roberts e Owen Wilson, os pais de Auggie, em momento especialíssimo em suas carreiras.
Se ele praticamente reprisa o personagem de 'Marley & Eu', a partir do já conhecido - e mais uma vez funcional - perfil boa praça, ela é competente ao compor a mãe amorosa e rigorosa, que tenta conciliar aspirações profissionais com a vida em família.
Entretanto, o real motivo pela escolha de Julia está em seu marcante sorriso, luminoso sempre que surge em cena.
Repleto de boas intenções, o longa equilibra bem as mensagens edificantes intrínsecas com o carisma de um bom elenco e uma direção cuidadosa, que dosa com competência e sensibilidade os inevitáveis momentos emocionais de sua trajetória.
Vale muito a ida ao cinema.
TRAILER:
FICHA TÉCNICA:
'EXTRAORDINÁRIO'
Título Original:
WONDER
Gênero:
Drama
Direção:
Stephen Chbosky
Elenco:
Ali Liebert, Bryce Gheisar, Danielle Rose Russell, Daveed Diggs, Elle McKinnon, Emma Tremblay, Grayson Maxwell Gurnsey, Izabela Vidovic, Jacob Tremblay, Julia Roberts, Kyle Breitkopf, Lucia Thain, Mandy Patinkin, Millie Davis, Nadji Jeter, Nicole Oliver, Owen Wilson, Rachel Hayward, Sasha Neuhaus, Sonia Braga
Roteiro:
Steve Conrad
Produção:
David Hoberman, Todd Lieberman
Fotografia:
Don Burgess
Trilha Sonora:
Marcelo Zarvos
Montador:
Mark Livolsi
Estúdio:
Lionsgate Films, Mandeville Films, Participant Media, Walden Media
Depois de muita expectativa e tensão após sofrer um acidente grave, no novo trailer vemos Relâmpago McQueen lutando para se reerguer como campeão novamente.
Confira:
Na trama, durante mais uma disputa eletrizante nas pistas, o campeão Relâmpago McQueen acelerou demais e acabou perdendo o controle.
Agora, após ter capotando várias vezes e quase ter partido dessa para melhor, o vermelhinho vai ter sua vida alterada para sempre, já que o acidente foi tão grave que, com os estragos, McQueen pode ter que se aposentar de vez.
Owen Wilson retorna como a voz original de Relâmpago McQueen.
A direção fica a cargo de Brian Fee ('Wall-e').
Relembre o pôster brasileiro:
Disney
O diretor de criação da Pixar, John Lasseter, revelou que o filme vai contar com uma homenagem ao cultuado diretor japonês Hayao Miyasaki ('A Viagem De Chihiro'), mas não deu mais detalhes.
'Carros 3' chega aos cinemas brasileiros em 13 de julho.
No mesmo dia em que chega com a família ao país do sul asiático que será seu novo lar e seu novo trabalho, executivo americano (Owen Wilson) precisa enfrentar um violento golpe político que interrompe todas as formas de comunicação.
Os terroristas tomam as ruas e matam friamente os estrangeiros que encontram.
Eles, então, procuram desesperadamente por uma fuga com a ajuda do misterioso turista inglês Hammond (Pierce Brosnan).
CRÍTICA:
O diretor John Erick Dowdle - conhecido pelos longas de terror 'Quarentena' e 'Assim Na Terra Como No Inferno' - agora nos entrega mais um daqueles filmes que retratam o herói norte-americano, ameaçado por vilões de nações estrangeiras.
Em 'Horas de Desespero', que entra em cartaz hoje no Brasil, Owen Wilson é o engenheiro Jack Dwyer, que consegue emprego em uma multinacional e se muda com a mulher Annie (Lake Bell) e as filhas Lucy e Beeze (Sterling Jerins e Claire Geare) para um país do sudoeste asiático.
Se começo, a família é surpreendida pelo grande choque cultural, mal sabem eles que esse será um de seus menores problemas.
Owen Wilson é o engenheiro Jack Dwyer - Fotos dessa Postagem: Divulgação/Diamond Films
Jack sai do hotel em que estava para comprar um jornal em inglês e no caminho acaba sendo surpreendido por um confronto entre rebeldes e policiais locais.
Ele consegue fugir e retornar ao hotel, mas chegando lá percebe que o alvo dos guerrilheiros são exatamente os americanos que lá estavam hospedados.
A partir daí, eles correm contra o tempo para conseguir abrigo na embaixada dos Estados Unidos e para isso, contam com a ajuda do misterioso turista inglês Hammond (Pierce Brosnan), que os guia durante a fuga.
Tudo no longa acontece de forma rápida e dinâmica, não há respiro entre as cenas de ação e pelo menos o suspense é garantido e até bem conduzido.
A família sendo caçada
Só que fica duro de acreditar, por exemplo, que rebeldes armados até os dentes explodiriam prédios com tanques de guerra apenas para capturar as quatro pessoas que restaram.
Além do mais, a participação de Brosnan não acrescenta muito na trama, pois seu Hammond faz o espectador sonhar como seria se James Bond (papel que ele até recentemente interpretava) resolvesse se aposentar da função de agente britânico, mas continuasse a fazer "bicos" para sustentar seu vício em álcool.
Pierce Brosnan é Hammond
Para completar a enxurrada de clichês, os personagens encontram tempo para uma discussão de família, mesmo em meio ao fogo cruzado, tudo com atitudes amplamente a favor do 'american way'.
O longa não tem vergonha de ser incoerente e xenofóbico.
Aliado à forma como o diretor coloca a família americana (branca e classe média) como vítima de todos os males do mundo, enquanto animaliza a população local e ignora os efeitos do imperialismo americano em países de terceiro mundo, faz com que o filme perca grande oportunidade de ser relevante politicamente.
Vale por vermos Owen Wilson muito bem em papel dramático e Pierce Brosnan ainda com fôlego para as muitas cenas de ação.
Enfim, mais um filme patriótico, que exalta a grande nação americana - e que só aqueles que hasteiam todos os dias a bandeira americana no gramado de suas casinhas brancas de subúrbio vão entender.
Adaptação de livro homônimo de Thomas Pynchon, o novo longa dirigido e roteirizado por Paul Thomas Anderson conta a história de um detetive particular, Larry "Doc" Sportello (Joaquin Phoenix), que investiga o sequestro de um bilionário latifundiário.
Mergulhado na loucura alucinógena da Los Angeles dos anos 1970, "Doc" Sportello precisa juntar histórias e evidências para chegar à verdade.
CRÍTICA:
Pode-se falar de um tudo sobre a obra de Paul Thomas Anderson, menos que ela mantenha o espectador confortável na poltrona do cinema.
Letal como um afiado punhal, 'Vício Inerente' - em exibição em 13 salas em todo o Brasil - não é um filme fácil, mas é absolutamente hipnotizante.
É uma viagem cinematográfica despreocupada em contar uma história coesa e sim em criar um mosaico, ou melhor, um caleidoscópio, da história noir movida a drogas escrita pelo festejado autor Thomas Pynchon, que tem aqui sua primeira adaptação cinematográfica, feita espetacularmente pelo próprio Anderson.
A cada revelação, a realidade se torna mais confusa, tudo sempre com tom peculiar de comédia e visual psicodélico, muitas vezes, borrado, para aumentar a sensação alucinógena.
Joaquin Phoenix como o detetive Larry "Doc" Sportello, em cena do longa - Fotos dessa Postagem: Divulgação/Warner Bros.
Na trama ambientada em 1970, Shasta Fay Hepworth (Katherine Waterston) aparece na porta do detetive doidão Larry "Doc" Sportello (Joaquin Phoenix) e conta que seu novo namorado, um bilionário chamado Mickey Wolfmann (Eric Roberts), está desaparecido.
Relutante, ele aceita o caso, passa a rodar a cidade à procura de pistas, indícios o levam a mais perguntas e as investigações levam a novos casos de desaparecimentos.
Ao longo do caminho, as coisas começam a se complicar e as teorias de conspiração se multiplicam.
Katherine Waterston como Shasta Fay Hepworth, em cena do longa
Típico longa que precisa ser visto mais de uma vez, o tom, visual, trilha e estilo do filme procuram reforçar o estado mental de alguém constantemente alto.
Anderson consegue capturar essa sensação de euforia e a insere em uma estrutura de três atos, na qual a atmosfera é mais importante do que qualquer coisa.
Os detalhes não são essenciais e, quando Doc descobre alguma nova informação, é a atuação absolutamente estupenda de Phoenix que nos diz mais sobre sua importância do que qualquer exposição óbvia.
E olha que ele foi a segunda opção para o papel: Anderson queria Robert Downey Jr., mas o Homem de Ferro não conseguiu sair de dentro da armadura vermelha e dourada a tempo das filmagens.
E assim, mais voltado para a comédia, Phoenix mais uma vez comprova ser um dos melhores atores da atualidade ao enfrentar um personagem muito diferente de seus papeis recentes, em 'Ela' e 'O Mestre' - onde ele também está muito bem.
Joaquin Phoenix, Martin Short e Katherine Waterston, em cena do longa
Doc fuma e fuma um pouco mais e se os olhos escancarados, as costeletas e o chapéu de praia fazem dele um personagem caricato, o roteiro brilhante e atuação garantem profundidade, onde o ator é capaz de alternar momentos sombrios, heroicos e engraçados com muita facilidade, conduzindo suavemente o espectador por meio da trama aparentemente desconexa.
O elenco de apoio funciona bem como maneira de empurrar Doc adiante.
Josh Brolin é o retrato do detetive noir e símbolo da figura de autoridade: no papel de Bigfoot, ele é o tipo de cara que entra no apartamento de Doc chutando a porta para exigir respostas, exagero proposital, pois, afinal, ele é parte da sociedade que espera confrontar qualquer jovem com ideologias diferentes para a época.
Owen Wilson é Coy Harlinger, um agente disfarçado arrependido, que aparece nos lugares mais estranhos (incluindo um hospício que parece ter saído direto de 'Corra Que A Polícia Vem Aí').
Eric Roberts, em cena do longa
Benicio Del Toro está em algumas cenas-chave como Sauncho Smilax, advogado de Doc, sempre com alguma informação útil.
Martin Short, como o Dr. Rudy Blatnoyd, está no trecho mais louco do filme, regado a sexo, cocaína e paranoia, momento interessante, capaz de aprofundar o clima da produção.
Katherine Waterston impressiona como a 'femme fatale' Shasta Fay e consegue seduzir apenas com palavras.
E como cereja do bolo, o longa conta com a narração de Joanna Newsom que, sem revelar demais, aprofunda a sensação de viagem do protagonista.
Temos aqui um filme complexo, esquisito, mas bastante divertido, denso, com muita coisa acontecendo, apesar de termos apenas relances da maioria das subtramas.
Owen Wilson, em cena do longa
Provocante e visualmente interessante, esse é um longa que precisa ser visto com calma, pois tudo foi claramente pensado de forma detalhada e possui muitas nuances para o espectador absorver de uma só vez.
Com o tempo, as ligações ficam mais claras, a trama ganha sentido e as revelações se encaixam.
Perceber tudo isso da primeira vez não é fácil, mas tentar é algo bastante recompensador.
Filmaço.
TRAILER:
FICHA TÉCNICA:
'VÍCIO INERENTE'
Título Original:
INHERENT VICE
Gênero:
Policial
Direção:
Paul Thomas Anderson
Roteiro:
Paul Thomas Anderson, baseado no livro homônimo de Thomas Pynchon
Elenco:
Alina Gatti, Anders Holm, Andrew Simpson, Benicio Del Toro, Catherine Haena Kim, Christian Williams, Christopher Allen Nelson, Elaine Tan, Emmet Unverzagt, Eric Roberts, Erica Sullivan, Eva Fisher, Hong Chau, Jack Kelly, Jackie Michele Johnson, Jeannie Berlin, Jefferson Mays, Jena Malone, Jillian Bell, Joanna Newsom, Joaquin Phoenix, Joe Dioletto, Joey Belladonna, Jordan Christian Hearn, Josh Brolin, Katherine Waterston, Martin Dew, Martin Short, Maya Rudolph, Michael Kenneth Williams, Owen Wilson, Reese Witherspoon, Sam Jaeger, Sasha Pieterse, Serena Scott Thomas, Shannon Collis, Taylor Bonin, The Growlers, Timothy Simons, Vivienne Khaledi, Wilson Bethel, Yvette Yates
O segurança Larry Daley (Ben Stiller) segue com seu inusitado trabalho no Museu de História Natural de Nova York.
Certo dia, descobre que a antiga peça egípcia, que faz os objetos do museu ganharem vida, está se quebrando, o que fará com que todos os amigos de Larry corram o risco de não ganharem mais vida.
Para tentar salvar a conhecida turma já vista nos dois longas anteriores, Larry vai para Londres pedir a orientação do Faraó (Sir Ben Kingsley) que está em exposição no Museu Britânico.
CRÍTICA:
Ben Stiller, sempre correto e agora em dois papéis - do vigia Larry e do Homem das Cavernas.
As lendas das lendas Dick Van Dyke ('Mary Poppins') e Mickey Rooney novamente numa ponta - mas pontas estupendas de tão boas.
E uma das últimas aparições do gênio Robin Williams, novamente interpretando brilhantemente o presidente americano Teddy Roosevelt.
É assim, com esses três astros do cinema e outros tantos tão bons quanto - como Sir Ben Kingsley - e com ares de encerramento da franquia, vemos em 'Uma Noite no Museu 3' - que estreia hoje em 298 salas em todo o Brasil - o guarda noturno Larry Daley (Stiller) a caminho do Museu Britânico, em Londres, onde ele e seus companheiros tentam resolver um mistério que ameaça acabar com magia que dá vida às queridas figuras históricas que aprendemos a amar nos dois longas anteriores da franquia.
Fugindo brilhantemente da 'maldição da terceira parte' que já fez os fãs de outras franquias - como a do Homem-Aranha - sofrerem, aqui, o longa - com ótimos efeitos especiais e novos personagens - diverte tanto quantos os anteriores e continua como ótima opção para o público jovem.
Ben Stiller - à frente, Rami Malek, Robin Williams e Skyler Gisondo, em cena do longa - Fotos dessa Postagem: Fox Film do Brasil/Divulgação
O interessante desse longa é a nova locação - o Museu Britânico, no centro de Londres, aquele que tem a longa escadaria ladeada por gigantescos leões de bronze - que garante uma bem vinda novidade para a aventura - e isso é ótimo.
A história é simples mas tem ritmo acelerado, com muitas cenas de perseguição, combates e momentos cômicos para envolver as crianças.
O diretor Shawn Levy também está de volta e faz bom trabalho ao manter estilo excêntrico, mas consistente dos dois primeiros filmes da trilogia.
Aqui, novamente o humor inexpressivo de Ben Stiller dá o tom, mas, dessa vez, o ator também interpreta um neanderthal que acha que Larry é seu pai - um achado de interpretação do ator, que graças a efeitos muito bem elaborados, contracena várias vezes com ele mesmo, sempre brilhantemente.
Stiller como o divertido neanderthal
Em uma de suas últimas aparições na telona, Robin Williams (Teddy Roosevelt) dá show, com Owen Wilson (o cowboy Jedediah) e Steve Coogan ( o romano Otávio) à vontade e os três arrancando mais risadas do público do que o protagonista.
Owen Wilson (o cowboy Jedediah) e Steve Coogan ( o romano Otávio)
Porém, é o macaco-prego Dexter quem faz as crianças caírem em gargalhadas - é com ele a maioria das cenas escatológicas do longa, divertidíssimas e leves, próprias para a sua já enorme legião de fãs.
Ao contrário da cena em que aparecia no trailer, a única nota fora do tom no elenco é a boa comediante britânica Rebel Wilson: como guarda noturna do museu londrino, ela não encontra sua personagem, que soa grosseira e irritante o tempo todo.
Rebel Wilson, em cena ao lado de Rick Gervais: nota fora do tom
Felizmente, os britânicos tem outro representante no elenco, e esse dá show: Dan Stevens - que interpretou Matthew Crawley, o primeiro amor de Lady Mary na série 'Downton Abbey' - faz entrada triunfal como Sir Lancelot, ao estilo Monty Python, ao iniciar uma luta épica contra um dinossauro esqueleto.
Esqueça o ator na série: aqui, o ar permanentemente épico/abobalhado do cavaleiro é um dos pontos altos do longa, principalmente na cena onde seu personagem encontra Hugh Jackman - o Wolverine dos 'X Men' - em uma participação especial muito divertida.
Ben Stiller como Larry e Dan Stevens como Sir Lancelot, em cena do longa
E o longa ainda conta com o talento de Sir Ben Kingsley - que aparece como Faraó e, em cinco minutos, consegue envolver o público, especialmente com a engraçada cena na qual discute o êxodo bíblico com o personagem de Stiller, judeu de carteirinha.
Os espectadores riem ainda mais nesta cena, quando lembram que Sir Kingsley está nos cinemas em outro longa - 'Êxodo: Deuses E Reis' - justamente como um ancião judeu!
Sir Ben Kingsley como o Faraó e Rami Malek, como seu filho
Focado principalmente em fazer as crianças rirem, com poucas piadas voltadas aos mais velhos e com cenas de ação bem feitas e divertidas, o longa, apesar disso, não deixará os adultos entediados, pois o tom de aventura agrada o tempo todo.
'Uma Noite no Museu 3 - O Segredo da Tumba' é um divertido filme para a família, com bom ritmo e visual cativante.
Robin Williams faz aqui uma de suas últimas aparições, como o presidente Roosevelt
As grandes estrelas ajudam a elevar o nível da produção e o longa ainda presenteia o espectador com uma grande cena final de Robin Williams, em uma das suas últimas performances, que certamente vai deixar muitos fãs desse gênio que nos deixou recentemente com nó na garganta.
TRAILER:
FICHA TÉCNICA:
'UMA NOITE NO MUSEU 3 - O SEGREDO DA TUMBA'
Título Original:
NIGHT AT THE MUSEUM: SECRET OF THE TOMB
Gênero:
Aventura
Direção:
Shawn Levy
Roteiro:
David Guion, Michael Handelman, Robert Ben Garant, Thomas Lennon
Elenco:
Ben Stiller, Dan Stevens, Dick Van Dyke, Mickey Rooney, Owen Wilson, Rachael Harris, Rami Malek, Rebel Wilson, Ricky Gervais, Robin Williams