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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

A PRAGA DO 'POLITICAMENTE CORRETO' QUER CHEGAR AOS LIVROS QUE VOCÊ LÊ: NÃO DEIXE!

No capítulo 32 do livro "As Aventuras de Huckleberry Finn", quando tia Sally pergunta se havia feridos num acidente com um barco a vapor, o garoto Huck responde: 
"Não. Só matou um negro".

"Que sorte; porque às vezes tem gente que se machuca", diz, aliviada, a tia.

Publicado por Mark Twain (1835-1910) em 1884, o romance conquistou milhares de fãs apaixonados e também muitos detratores que o acusavam de racista.

Por conta de passagens como acima, o livro -  considerado um dos melhores de todos os tempos da literatura norte-americana - ficou por anos foi proibido nas escolas dos EUA.

Quase 130 anos depois, o livro continua a provocar controvérsia: uma nova versão de "Huckleberry Finn" - que deve sair mes que vem nos EUA pela NewSouth Books - substitui a palavra "nigger" [algo como crioulo] por "slave" [escravo] - termo racial considerado pejorativo, "nigger" aparece mais de 200 vezes no livro.

Autor da ideia da troca, o professor universitário Alan Gribben disse que se sentia "constrangido" em ter que pronunciar a palavra nas aulas - o que só escancarou que Gribben pode se dizer "professor", mas não entende absolutamente nada da obra de Mark Twain.

Aqui, professores e tradutores brasileiros entraram na celeuma e foram unânimes em criticar a proposta.
"A onda do politicamente correto pode levar ao apagamento do processo histórico", diz Sandra Vasconcelos, professora de literatura na USP.
"Como professora, não posso concordar com essa 'limpeza'. O uso da palavra deve ser interpretado de acordo com o contexto."

Heloisa Helou Doca, professora de literatura americana da Universidade de Marília e autora de tese de mestrado sobre Twain, diz que o autor, na verdade, era um idealista que lutou pelos desfavorecidos, incluindo os negros.
"Twain deu luz a personagens subalternos. A intenção dele era parodiar a mentalidade racista do americano médio do século 19."

Para Doca, mais útil seria incluir notas explicativas no livro.
"O importante é mostrar ao aluno o sentido do uso do 'nigger' e outras situações que despertam polêmica."

Isabel Lyon/TheNewYork Public Library/Divulgação
O escritor e ensaísta Mark Twain (1835-1910), em foto de 1904

O caso guarda semelhanças com o de Monteiro Lobato, cuja obra "Caçadas de Pedrinho" (1933) foi no ano passado acusada - pasmem! - pelo Conselho Nacional de Educação de conter "trechos racistas".

Mas os dois autores se aproximam não apenas por terem sido alvo de julgamentos alheios a seu tempo.

Admirador de Twain, Lobato trouxe a prosa do autor americano para o Brasil na década de 30, e até hoje é considerado um dos melhores tradutores da obra do grande autor americano para o português brasileiro.

Sua versão de "Huck Finn" contém as palavras "negro", "escravo", "preto" e variantes - em uma passagem, "big nigger" vira "negrão".

Tradução mais recente do clássico - feita por Sergio Flaksman nos anos 90 - já encareta e traduz o trecho como "escravo alto", mas também usa "negro" ao longo do livro.

Sobre a alteração na nova edição americana, Flaksman disse que "me deixa indignado que qualquer editor ou revisor considere legítimo qualquer manipulação a posteriori de uma obra literária".

Tradutores fazem coro.
"É o equivalente a estuprar um livro", afirma Jorio Dauster.
"Sou contra as atualizações porque desfigura a obra de arte", conclui Ivo Barroso.

Reprodução: blog Gerinos
A onda do "politicamente correto virou uma paranóia mundial, e deve ser combatida sem tréguas

O que é uma obra de arte, senão um retrato de seu tempo?

A julgarmos pelo encaretamento mascarado de "politicamente correto", não mais, já que, para os EUA, país atualmente mais conservador e careta do mundo, voltar atrás e refazer a realidade como ela deveria ter sido - na opinião de alguns, ressalvo - não é problema.

Atentados contra a realidade acontecem há milênios: a própria história, com seu clichê "escrita pelos vencedores", não é fonte de verdade absoluta, todos sabemos.

Mas o que me espanta no caso acima descrito é que quem propôs a alteração no livro de Mark Twain é um tosco que se diz " professor universitário", e quem concordou são pessoas supostamente comprometidas com as letras, sua divulgação e liberdade de pensamento - os editores de livros.

O "professor" disse que não querer higienizar a obra de Mark Twain.
"A crítica social aguçada continua lá", opinou ele.
Evidentemente, está lá a crítica social que ele considera digna de estar lá.

Se Mark Twain escreveu "crioulo" para se referir a escravos em "As Aventuras de Huckleberry Finn" (1884), e não se usa mais essa alcunha no século 21, trata-se de prova incontestável de evolução social.

Ao censurar a palavra, o professor e a editora desrespeitam 126 anos de luta por direitos humanos, simples assim.

Essa mesquinhez histórica não é monopólio norte-americano: quando a igreja católica - a pior praga da história da Humanidade, disparada - torturava pessoas, aproveitava para pintar panos em cima do pênis e seios de seres bíblicos retratados em quadros e afrescos, numa precursão do famigerado "politicamente correto" que assola corações e mentes dos tempos atuais, principalmente os jovens.

Séculos depois - me lembrou o site do "New York Times" - o apresentador Ed Sullivan obrigou os Rolling Stones a cantarem em seu programa de TV americano "vamos passar um tempo juntos" em vez de "vamos passar uma noite juntos" , estrofe da letra da música "Let's Spend the Night Together",  de1967.

E em 2003, pôsteres da capa de "Abbey Road" (1969), dos Beatles, foram vendidos nos... EUA, lógico,  sem o cigarro nas mãos de Paul McCartney - em uma ação feita sem a anuência dos ingleses e no que os pensadores ingleses consideram o primeiro estupro fotográfico conhecido.

Reprodução
Capa original de "Abbey Road" (1969): esse blog não publica nenhuma obra censurada

A sanitarização da obra de arte não é mais monopólio norte-americano, é monopólio da estupidez humana.

E você, que preza uma boa obra de arte como ela é, lute contra esse câncer encastelado na sociedade, chamado "politicamente correto".

Montagem: Cláudio Nóvoa
Essa arte foi feita em abril de 2010, para a primeira postagem do BLOG DE KLAU contra o "politicamente correto"
O nome disso é  CENSURA, pura e simples.

terça-feira, 20 de abril de 2010

DIGA "NÃO" AO TAL "POLÍTICAMENTE CORRETO"!

Pessoal:

Está aqui, escrito ao pé das postagens, no lay-out do blog:

AQUI NÃO TEM:
Mau Humor, intolerância, chatices e perdas de tempo - tipo ecochatos, homochatos, chatos sortidos e outras tribos que só conseguem ver "pelo em ovo" - textos e imagens "politicamente corretos" e censura a qualquer pessoa ou tema.

Mas parece que muitos sem noção nem leram isso, e a caixa postal do blog fica lotada com temas absolutamente inócuos.

Hoje, tinha algumas mensagens da "Patrulha do Arco Íris" - termo criado por mim, of couse! - reclamando de uma piada sobre "sair do armário" que o pessoal do "CQC" fez, ao final do programa da última segunda.

E o que é pior: essas bixittas mal amadas ainda tem a pretensão de serem as "paladinas contra o uso da viadagem para fins de humilhação, chacota e outras otas".

ME POUPEM, NÉ?

Se tem uma coisa que eu abomino nesses dias atuais, é o tal de "POLÍTICAMENTE CORRETO".

Essas patrulhas que, vira e mexe, aparecem pra me encher o saco não querem que sejam feitas piadas com gays, acham que é um desrespeito com elazinhas.

Porém, até hoje, não recebi nenhum recadinho delas, condenando os padres pedófilos - que eu abordo todo o tempo aqui -, e toda sorte de aviltamento aos direitos civis abordados por mim e por outros blogs, preocupados com tais temas.

Se não fizermos mais piadas sobre gays, negros, judeus, anões, loiras e etc, esse mundo, já tão careta, ficará ainda mais insuportável.

O CQC É UM PROGRAMA DE HUMOR, e como tal deve ser visto e compreendido.

Esses sem noção usariam melhor o tempo, se usassem toda essa sua energia desperdiçada para se levantar contra a PEDOFILIA, situação dos presos nas cadeias, gays aviltados dentros de suas próprias famílias e outras formas de violência a que os seres humanos são submetidos diáriamente.

EU, PESSOALMENTE, DETESTO ESSA COISA DE POLÍTICAMENTE CORRETO, DETESTO.

Esse povo é tão burro, mas tão lesado, que nem percebem que eles estão é fazendo o jogo da maioria, do Sistema, e por consequência, praticando a forma mais vil de patrulhamento de idéias, e portanto, de CENSURA.
Deviam é se preocuparem com temas relevantes, e não com piadinhas de programas de tv.

E parar de me encher o saco - e o saco de um sem número de pessoas que recebem como eu esses seus e-mails inócuos e sem noção.

Vão fazer um curso, ler um livro, estudar, dar a bunda, aproveitar melhor o seu tempo, encontrar coisas úteis pra fazer e se preocupar.

Mau humor é doença, vão se tratar!

Ainda é tempo.