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sexta-feira, 25 de março de 2011

"O RETRATO DE DORIAN GRAY": TENTATIVA DE REJUVENESCER A HISTÓRIA DO LIVRO TORNA O FILME FRIO E SEM SENSUALIDADE

Acabei de reler o romance mais famoso de Oscar Wilde - "O Retrato de Dorian Gray", publicado no final do século 19 - para poder ter fresca na mente todas as nuances a trama de um dos textos mais magistrais de todos os tempos, para então ver esse filme e comparar os dois universos.

No filme que estreia hoje no Brasil, a trama apela para as sensibilidades juvenis contemporâneas - como o público consumidor de "Crepúsculo" - e, se Dorian não foi transformado num vampiro casto e romântico, faltou pouco.

Isso se deve, sobretudo, à interpretação fria e sem nenhuma emoção de Ben Barnes - o príncipe Caspian da série "As Crônicas de Nárnia".

Apesar de ser muito bonito, aqui faltam a Barnes o carisma e a sensualidade à flor da pele de Dorian, e os olhares vagos e inexpressividade do ator ficam mais do que evidentes.

DivulgaçãoBen Barnes, rodeado da biscataiada, em cena de "O Retrato de Dorian Gray"

O diretor Oliver Parker já tinha filmado anteriormente duas peças cômicas de Wilde: "O Marido Ideal" (1999) e "Armadilhas do Coração" (2002) - o primeiro, com bons resultados; o segundo, nem tanto.

Em "O Retrato de Dorian Gray", há a premissa da reinvenção, mais do que encenar e contar a obra original, e justamente por isso, o filme se passa num período de tempo bem mais longo, adaptando personagens e ações.

Parker, diretor irregular, dirige aqui no limite,entre o que acredita ser sensual, mas que quase sempre cai no grotesco.

Bebedeiras e surubas são a vida do jovem rico e entediado Dorian, que vai morar em Londres depois de receber uma polpuda herança.

Na cidade, tem um retrato pintado por Basil - interpretado por Ben Chaplin, de "O Novo Mundo" -e fica amigo do Lorde Henry Wotton - o recém-vencedor do Oscar Colin Firth, que filmou este antes de "O Discurso do Rei" - um sujeito de moral duvidosa e comportamento dúbio.

A atração entre Dorian e Wotton, escancarada no livro, aqui nunca se consuma de forma direta, pois tudo é bastante contido, existe apenas na troca de olhares, nas indiretas do lorde, quase nunca compreendidas pelo outro, que se apaixona por uma atriz pobre e vive sua primeira grande decepção amorosa.

Depois disso, o protagonista cai de cabeça no basfond, com uma mulher diferente a cada noite - quando não várias.

O roteiro do estreante Toby Finlay, foca muito mais os elementos góticos do que qualquer pensamento filosófico, e o sangue jorra sem necessidade em alguns momentos - nesse filme, pouco se pensa e muito se faz.

Pelo ponto de vista do diretor e do roteirista, Dorian assume até com uma certa felicidade seu destino de jamais envelhecer - enquanto a figura do misterioso quadro pintado por Basil acumula seus pecados - e os outros personagens, envelhecendo a cada dia, também não parecem questionar quando veem o velho amigo com o mesmo aspecto jovial de sempre.

O que resta ao espectador aqui, são alguns sustos, muito sangue e uma sensualidade nada sensual - que soa forçada - e o Dorian Gray de Parker parece ter muito pouco em comum com o Dorian Gray de Wilde - esse sim, um imortal em vários sentidos.

Já foram filmadas muitas versões do livro, e essa é só mais uma, a mais fraca de todas, que só vale pela fotografia, ambientação gótica e por Colin Firth.

Se eu fôsse você prefiriria o livro: uma edição em brochura está em oferta na LIVRARIA DA FOLHA, por R$ 4,50 - valor muito menor a UM ingresso de cinema - confira em:
http://livraria.folha.com.br/catalogo/1136703/o-retrato-de-dorian-gray#prodLinksInfo

Veja o trailer do filme:


*****
"O RETRATO DE DORIAN GRAY"
Título original:
Dorian Gray
Diretor: Oliver Parker
Roteiro: Toby Finlay
Fotografia: Roger Pratt
Estúdio: Ealing Studios/Fragile Films
Distribuidora: Europa Filmes
Elenco:
Ben Barnes
Colin Firth
Rebecca Hall
Ben Chaplin
Rachel Hurd-Wood
Gênero: Drama, Fantasia, Suspense
Duração: 112 min.
Ano: 2009
Data da Estreia: 25/03/2011
Cor: Colorido
Classificação: Não recomendado para menores de 16 anos
País: Reino Unido
COTAÇÃO DO KLAU:

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

"NARNIA 3": JOVENS ENFRENTAM PERIGOS E AMADURECEM

Depois de ser quase cancelada e mudar de estúdio - foi da Disney para a Fox - a série "As Crônicas de Nárnia" chega ao seu terceiro episódio, que estreia hoje nas telonas brasileiras em cópias convencionais e 3D - versões dubladas e legendadas.

Em "A Viagem do Peregrino da Alvorada", os irmãos Edmundo - Skandar Keynes - e Lúcia - Georgie Henley -, junto com seu primo Eustáquio - Will Poulter -, caem dentro de um quadro e vão parar novamente na terra encantada.

Dirigido por Michael Apted - de "Na Montanha dos Gorilas" (1988) e "007- O Mundo não É o bastante" (1999) - este terceiro filme da franquia não perde tempo e logo de cara parte para as cenas de ação, quando o trio mergulha na água que cai do quadro e vai parar no outro mundo.

Divulgação/Fox FilmCena do filme

Se, por um lado, Edmundo e Lúcia conhecem bem as coisas estranhas de Nárnia, seu primo reclamão tem medo ou aversão às criaturas exóticas, como o rato Ripchip, um destemido espadachim, experiente em muitas aventuras.

Quando se reencontram com o Rei Cáspian - Ben Barnes - os garotos ficam sabendo que ele viaja para o leste em busca dos sete Lordes de Telmar, que estão perdidos.

Os irmãos de Edmundo e Lúcia, Pedro - William Moseley - e Susana - Anna Popplewell - cresceram e, por isso, não podem voltar a Nárnia.

Aos poucos, Eustáquio vai ganhando importância na trama, até porque é o único jovem o bastante para voltar novamente ao lugar encantado, se necessário.

Divulgação: Fox Filmcena do filme

Cáspian e seus amigos precisam encontrar os sete lordes, para evitar que uma névoa verde e maligna capture o corpo e a mente das pessoas - os nobres possuem espadas que lhes foram dadas pelo leão Aslam - voz de Liam Neelson - e, por isso, têm poderes especiais, a união delas poderá derrotar o inimigo.
Até cumprir suas tarefas, o grupo passará por tentações e terá de enfrentar perigos.

Baseado no terceiro livro da série escrita por C. S. Lewis, o filme segue a cartilha dos filmes de fantasia - apesar de mais semelhante ao "O Senhor dos Anéis" do que de "Harry Potter" - e fala diretamente ao público infanto-juvenil, metaforizando seus medos e inseguranças em forma de aventuras vividas pelos personagens - os desafios é que moldam a personalidade de Lúcia, Edmundo e Eustáquio, é o que os fazem crescer e amadurecer.

A direção de arte - com muitas imagens criadas por computador - explora bem o clima fantástico, criando ambientes e objetos que beiram o irreal - como a própria embarcação que dá nome ao livro, repleta de detalhes.

A adaptação dos outros quatro livros da série para o cinema depende do sucesso que este filme alcançar.

Por enquanto, este lançamento é uma prova de fogo para as próximas aventuras da Terra de Nárnia, uma prova tão difícil quanto aquelas enfrentadas pelos personagens.

Confira o trailer do filme:


*****

"AS CRÔNICAS DE NÁRNIA: A VIAGEM DO PEREGRINO DO ALVORADA"
Título original:
The Chronicles of Narnia: The Voyage of the Dawn Treader
Diretor: Michael Apted
Produção e Distribuição: Fox Films
Elenco:
Georgie Henley
Skandar Keynes
Ben Barnes
Will Poulter
Gary Sweet
Vozes:
Liam Neeson
Simon Pegg
Gênero: Aventura, Fantasia
Duração: Cansativos 115 min.
Ano: 2010
Data da Estreia: 10/12/2010
Cor: Colorido
Classificação: Não recomendado para menores de 12 anos
País: EUA
COTAÇÃO DO KLAU: