A prévia mostra o personagem partindo em uma viagem épica acompanhado de diversos animais de diferentes espécies
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Confira:
A sinopse oficial diz:
"Depois de perder sua mulher sete anos atrás, o excêntrico Dr. John Dolittle (Downey), famoso veterinário da Inglaterra da Rainha Victória, se isola nas paredes da mansão Dolittle, com apenas sua coleção de animais como companhia.
Mas quando a jovem rainha (Jessie Buckley, Chernobyl) adoece gravemente, um relutante Dolittle é forçado a embarcar em uma aventura para uma ilha mística à procura de uma cura, reconquistando sua esperteza e coragem, encontrando velhos adversários e descobrindo incríveis criaturas."
O Pôster:
Dolittle conta também com Antonio Banderas, Michael Sheen e Jim Broadbent além das vozes originais de Rami Malek, Octavia Spencer, Kumail Nanjiani, John Cena, Emma Thompson, Marion Cotillard, Ralph Fiennes, Selena Gomez, Tom Holland e Craig Robinson para dar vida aos animais.
A Universal Pictures lança Dollittle em 16 de janeiro de 2020 aqui no Brasil.
Ismaël (Mathieu Amalric) é um cineasta que, após um longo tempo, voltou a amar.
Traumatizado devido ao súbito desaparecimento de sua esposa, Carlotta (Marion Cotillard), ocorrido há 21 anos, ele enfim consegue ter um relacionamento duradouro com a astrofísica Sylvia (Charlotte Gainsbourg).
Entretanto, a reaparição de Carlotta abala não só o relacionamento, como a própria estabilidade alcançada por Ismaël.
CRÍTICA:
'Os Fantasmas de Ismael', que estreia hoje aqui no Brasil era um filme muito aguardado, seja pela direção do respeitado cineasta francês Arnaud Desplechin (Três Lembranças da Minha Juventude, 2015), seja pelo elenco estelar - Charlotte Gainsbourg, Marion Cotillard, Mathieu Amalric e Louis Garrel.
O longa-metragem ainda foi escolhido para abrir o Festival de Cannes em 2017, fora de competição.
Mathieu Amalric é Ismael - Fotos dessa Postagem: Divulgação/Imovision
Com tudo isso, fica difícil de entender como o longa é frustrante para quem o assiste e se não é um filme fraco, por outro lado nunca chega a provocar no espectador a expectativa boa que tinha antes da estreia.
O roteiro - de Desplechin, Julie Peyr e Léa Mysius - a princípio é batido, apesar de interessante: Ismael (Amalric) é um cineasta francês que descobre que sua esposa, Carlotta (Cotillard), desaparecida há 21 anos, está viva e bem, tendo voltado para seu convívio.
Seria uma boa, mas nesse meio tempo ele já retomou a sua vida, se relacionando já há dois anos com a tímida Sylvia (Gainsbourg).
Cena do longa
Na atualidade, Ismael também está filmando a história do seu irmão, Ivan (Garrel), como uma forma de dar um sentido para a relação conturbada entre os dois e esses fantasmas do diretor irão assombrá-lo, numa trama que mistura ficção dentro da ficção, toques oníricos e um clima de paranoia que nunca arrebata o espectador.
Com começo interessante, o longa traz diálogos rápidos, que nos apresentam um tal de Ivan, que parece importante para a trama.
Logo, o espectador constata que se trata de um filme dentro do filme – é a obra que Ismael está trabalhando sobre seu irmão.
Logo depois, somos apresentados a Sylvia e a trama faz uma viagem rápida ao passado para sabermos como os dois se conheceram.
Ágil, bem realizado, com ótimos atores, estes trechos iniciais dão conta do recado e prendem a atenção ao ir nos revelando, pouco a pouco, as diversas camadas da trama.
Cena do longa
Pena que, a partir daí, o diretor perca o foco e mesmo com ótimos caminhos nas mãos, ele perde muito tempo por subtramas que não têm a mesma importância - ficaria bem melhor se o foco continuasse na relação entre Ismael, Carlotta e Sylvia.
Mesmo que os diálogos não fossem brilhantes, os momentos em que o trio principal estava convivendo na mesma casa, tentando se estabelecer nesta nova e confusa dinâmica, eram ótimos.
O ápice dessa perda de tempo é a inclusão de um novo personagem depois de metade do filme, para que ele consiga explicar a relação entre Ismael e o irmão – tudo regado a um desinteressante passeio a um centro médico.
Mesmo muito bem interpretada por Marion Cotillard, Carlotta é uma mulher difícil de decifrar: fugiu aos 20 anos de idade e duas décadas depois, volta, querendo continuar sua vida com o marido, de onde os dois pararam.
Evidente, Ismael mal acredita ao ver aquela figura, que ele pensava estar morta, em sua frente e, após o choque passar, as perguntas mais duras são feitas e os rancores são colocados para fora.
Ismael quer Carlotta de volta?
E Sylvia? Como fica nesse imblóglio todo?
Se no começo ela até aceita, Sylvia acaba decidindo seu próprio futuro ao perceber o quanto é difícil competir com um fantasma tão vivo quanto aquele.
O diretor Desplechin tinha tudo em mãos, mas perde a mão ao escolher outros caminhos menos interessantes.
Nem a figura do mentor de Ismael, o também cineasta Henri Bloom (László Szabó), que além de tudo era seu sogro, consegue ser bem tratada pelo roteiro.
Cena do longa
Mas o pior é vermos o atual galã do cinema francês, Louis Garrel, totalmente desperdiçado, fazendo parte de um outro filme – por vezes, literalmente.
Se não fosse pelas atuações do trio principal e por algumas boas surpresas na primeira metade do longa, o espectador sairia da sala de cinema e o esqueceria imediatamente.
O erro, afinal, foi não priorizar nenhuma das boas ideias, fazendo um filme que vai diversos lugares, mas não chega a lugar algum.
Vale pelas atuações do trio Amalric - Cotillard - Gainsbourg.
TRAILER:
FICHA TÉCNICA:
'OS FANTASMAS DE ISMAËL'
Gênero:
Suspense, Drama, Romance
Direção:
Arnaud Desplechin
Elenco:
Mathieu Amalric, Marion Cotillard, Charlotte Gainsbourg, Louis Garrel e outros
Evento acontece até 28 de maio, no belo balneário francês
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O Festival de Cannes começa hoje (17) sua 70ª edição e tem como principais estrelas as atrizes Nicole Kidman, Julianne Moore e Jessica Chastain.
Esse ano a festa já começa com uma novidade que promete dar o que falar - o anúncio de um documentário de Michael Moore sobre Donald Trump.
Outra novidade é a presença do cineasta Pedro Almodóvar à frente do Júri.
É a primeira vez que um espanhol comanda o grupo que anunciará a Palma de Ouro no dia 28 de maio.
Outros membros são Will Smith e Jessica Chastain, a chinesa Fan Binbing e a alemã Maren Ade.
Sempre polêmico, durante conferência para imprensa, Pedro Almodóvar criticou a empresa de serviço de streaming Netflix.
"As plataformas digitais são uma nova forma de oferecer palavras e imagens, o que em si é enriquecedor. Mas essas plataformas não devem substituir as formas existentes como os cinemas", disse o diretor espanhol.
Para o cineasta, não é a sétima arte que deve se adaptar as redes de streaming, mas sim o contrário.
"Eles nunca devem mudar a oferta para os espectadores. A única solução que eu acho é que as novas plataformas aceitam e obedecem as regras existentes que já são adotadas e respeitadas pelas redes existentes".
Outro membro do juri de Cannes, Will Smith saiu em defesa da Netflix:
"Eu tenho filhos de 16, 18 e 24 anos de idade em casa. Eles vão ao cinema duas vezes por semana, e eles assistem Netflix", iniciou.
"Há pouco conflito entre ir ao cinema e assistir Netflix", declarou.
Almodóvar (de chapéu), Smith e Chastain, no centro da foto que mostra o júri da edição deste ano do Festival de Cannes - AFP
Destaques
A mostra competitiva conta com dezenove filmes, a maioria de diretores consagrados em Cannes.
Um dos favoritos é 'Happy End', do austríaco Michael Haneke.
Caso vença, o cineasta pode se tornar o primeiro a faturar três Palmas de Ouro - ele venceu anteriormente com 'A Fita Branca' e 'Amor'.
'The Killing of a Sacred Deer', com Nicole Kidman e Colin Farrell, é a aposta do grego Yorgos Lanthimos, famoso por 'O Lagosta'.
A atriz de 'Big Little Lies' e vencedora do Oscar é o grande nome desta edição do festival e também está presente em outras duas produções: 'How to Talk to Girls at Parties', que faz parte da competição, e a série de TV 'Top of the Lake', da diretora Jane Campion.
Nicole Kidman no red carpet de Cannes 2017 - AFP
Julianne Moore está em 'Wonderstruck', do norte-americano Todd Haynes e o Festival também deve ter a presença de Uma Thurman, Kirsten Dunst, Joaquin Phoenix e o diretor mexicano Alejandro González Iñárritu, que apresentará o curta-metragem de realidade virtual 'Carne e Areia', sobre a travessia de imigrantes ilegais na fronteira com os Estados Unidos.
Sofia Coppola também está na disputa, com 'O Estranho que Nós Amamos', longa baseado no filme de 1971 protagonizado por Clint Eastwood.
A italiana Monica Bellucci volta a ser a anfitriã, papel que já desempenhou em 2003.
'Les fantômes d'Ismael', do francês Arnaud Desplechin e estrelado por Marion Cotillard, foi selecionado como filme de abertura.
Will Smith brinca com Jessica Chastain, na abertura oficial do festival - AFP
Segurança
Serão 12 dias de festa, que conta com esquema de segurança inédito, já que a França permanece sob estado de emergência após a onda de atentados que sofreu nos últimos anos.
Trezentas barricadas disfarçadas de jardineiras foram instaladas nos arredores do Palácio dos Festivais, com o objetivo de evitar um atentado com um veículo.
Não custa lembrar que 10 meses atrás aconteceu o ataque com um caminhão em Nice, cidade vizinha a Cannes, que deixou 86 mortos.
Além disso, segundo o prefeito da cidade, Georges-François Leclerc, o evento conta com 550 câmeras de segurança e foram mobilizados não só policiais, mas também militares.
Polêmicas e novidades
O festival mal começou e já está dando o que falar.
A Netflix faz sua estreia na competição oficial em meio a muita polêmica, já que a seleção de suas produções 'Okja', do sul-coreano Bong Joon-Ho e 'The Meyerowitz Stories', do americano Noah Baumbach, provocou indignação por não serem exibidos nos cinemas do país.
A pressão obrigou o festival a adotar uma nova regra e a partir de 2018: todos os filmes precisam estrear nos cinemas da França.
Na véspera da abertura, o diretor americano Michael Moore confirmou que trabalha em um documentário sobre Donald Trump com o título 'Fahrenheit 11/9', dia do anúncio dos resultados da eleição presidencial e referência a seu filme 'Fahrenheit 11 De Setembro', que tratava sobre o ataque às Torres Gêmeas.
"Sim, estou fazendo um filme para sair dessa confusão", o cineasta postou no Twitter - o anúncio oficial deve acontecer em Cannes.
Além disso, o argentino Ricardo Darín, que vai apresentar seu novo filme no evento, o thriller político 'La Cordillera', fará parte do elenco do próximo projeto do diretor iraniano Asghar Farhadi, que ganhou duas vezes o Oscar de melhor filme estrangeiro (por 'O Apartamento' e 'A Separação').
Darín se junta a Penélope Cruz e Javier Bardem num thriller sobre o sequestro de uma jovem.
Baseado no game de sucesso, longa é estrelado por Michael Fassbender
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A 20th Century Fox divulgou o novo trailer de 'Assassin's Creed', adaptação do game da Ubisoft.
O vídeo mostra o momento em que o Callum Lynch (Michael Fassbender) descobre sobre seu passado e como isso influenciará o seu futuro.
Assista:
Na trama, Callum Lynch (Michael Fassbender) descobre que é descendente de um membro da Ordem dos Assassinos e, via memória genética, revive as aventuras do guerreiro Aguilar, seu ancestral espanhol do século XV.
Dotado de novos conhecimentos e incríveis habilidades, ele volta aos dias de hoje pronto para enfrentar os Templários.
Além de Fassbender, Jeremy Irons e Marion Cottillard estão no elenco da ação da Fox Film.
Dirigido por Justin Kurzel, 'Assassin's Creed' estreia em 5 de janeiro de 2017 aqui no Brasil.
Macbeth (Michael Fassbender) é um general do exército escocês que trai seu rei após ouvir um presságio de três bruxas que dizem que ele será o novo monarca.
Ele é altamente influenciado pela esposa Lady Macbeth (Marion Cotillard), uma figura manipuladora que sofre por não poder lhe dar filhos.
CRÍTICA:
'Macbeth: Ambição e Guerra', em exibição em 34 salas em todo o Brasil, é mais uma adaptação para o cinema da peça teatral do dramaturgo inglês William Shakespeare.
Porém, se o espectador for ao cinema esperando que esta versão adaptada e dirigida por Justin Kurzel seja mais uma das muitas que já foram feitas, estará enganado.
A obra, como se espera de um bom Shakespeare, é intensa, sangrenta e conta com atuações simplesmente sensacionais - de Michael Fassbender e da estrela francesa Marion Cotillard - que dão show a cada cena como o ambicioso casal que queria dominar o reino da escócia.
Marion Cotillard e Michael Fassbender, como Lady e general Macbeth, em cena do longa - Fotos dessa postagem - Divulgação/Studio Canal
O enredo, conhecido por todos que amam teatro, acompanha Macbeth, general do exército escocês que arma um plano mortal contra seu rei após um grupo de bruxas prever que ele será o novo monarca.
Pela incapacidade de Lady Macbeth em ter filhos, logo ele sente seu reinado ameaçado e fica disposto a tudo para preservá-lo.
A trama não deixa dúvidas sobre a personalidade megalomaníaca do protagonista, que claramente passa de um guerreiro justo para um carrasco tão temido quanto odiado pelos súditos.
Michael Fassbender: para mim, o melhor Macbeth
A diferença é que nessa versão, Lady Macbeth é mais uma vítima de sua ganância do que a figura manipuladora que conhecemos, depois que percebe a insanidade do marido.
A atuação de Fassbender é visceral e intensa e a química entre ele e Cottilard é absurda - a melhor do ano disparado.
O cineasta fez questão de usar e abusar dos efeitos de câmera lenta nas cenas de batalha, que de tão sangrentas deixariam Quentin Tarantino com inveja.
O visual realista dos embates empoeirados só não impressiona mais do que a bela paisagem escocesa, que se mostra imponente e é parte integrante da narrativa.
Marion Cottilard: espetacular como Lady Macbeth
Kurzel, que também dirige a adaptação do game 'Assassin's Creed' com o mesmo Fassbender, previsto para 2016, soube mesclar bem os elementos sobrenaturais com o estado de perturbação mental do personagem, nos levando a questionar se suas ações são fruto de uma força paranormal ou de um surto psicótico.
As cenas são quase todas tomadas por uma densa neblina ou por uma poeira vermelha, criando uma aura onírica que contribui para a ambiguidade do estado mental de Macbeth, mostrando um cuidado estético e uma direção acertada de Kurzel.
Michael Fassbender em cena do longa
As duas palavras acrescentadas ao título em português - Ambição e Guerra - resumem bem a essência de Macbeth.
Eletrizante do começo ao fim, o filme nos brinda com um visual estupendo e faz jus à grandiosidade da obra de Shakespeare.
Para mim, essa é a melhor adaptação da peça para o cinema.
Filmaço.
TRAILER:
FICHA TÉCNICA:
MACBETH: AMBIÇÃO & GUERRA
Título Original:
MACBETH
Gênero:
Drama
Direção:
Justin Kurzel
Roteiro:
Justin Kurzel, Michael Lesslie, Todd Louiso - baseados na obra de William Shakespeare
Elenco:
Daniel Westwood, David Hayman, David Thewlis, Elizabeth Debicki, Jack Reynor, Lynn Kennedy, Mac Pietowski, Marion Cotillard, Maurice Roëves, Michael Fassbender, Paddy Considine, Rebecca Benson, Ross Anderson, Sean Harris, Seylan Baxter, Todd Louiso
A 68º edição do Festival de Cannes, um dos mais importantes festivais de cinema do mundo, começou na quarta (13) e vai até domingo (24).
Nessa terceira e penúltima postagem especial sobre Cannes 2015, você vai conferir o que de melhor aconteceu - de quarta (20) a sábado (23) - e também vai conferir que filme pode levar o prêmio máximo - a Palma de Ouro - as Palmas de diretor, ator e atriz e outras apostas dessa edição.
Confira:
'SICARIO': COM EMILY BLUNT, LONGA CONCORRE EM CANNES DE OLHO NO OSCAR
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'MOUNTAINS MAY DEPART': FILME CHINÊS É O FAVORITO DA CRÍTICA
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'CHRONIC': DIRETOR MEXICANO SURPREENDE E LONGA ENTRA NAS APOSTAS POR ALGUM PRÊMIO
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'LOVE': SEXO EXPLÍCITO EM 3D TRANSFORMA '50 TONS DE CINZA' EM MUSICAL DA DISNEY
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'O PEQUENO PRÍNCIPE' TEM ESTREIA ARRASADORA EM CANNES
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MACBETH': COM MICHAEL FASSBENDER E MARION COTTILARD, LONGA DIVIDE OPINIÕES EM CANNES
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CONHEÇA OS FAVORITOS NAS APOSTAS DE CANNES 2015
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Veja:
'SICARIO': COM EMILY BLUNT, LONGA CONCORRE EM CANNES DE OLHO NO OSCAR
Indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro por ‘Incêndios‘, o canadense Denis Villeneuve volta a filmar em inglês após o sucesso de ‘Os Suspeitos‘ (que rendeu elogios, mas não as esperadas indicações à estatueta dourada aos protagonistas Hugh Jackman e Jake Gyllhenhall).
Villeneuve lançou no Festival de Cannes o aguardado ‘Sicario‘, já de olho nas premiações de 2016.
E dessa vez ele tem muitas chances, não só pelo bom roteiro e direção, mas por trazer um eficiente trio de protagonistas.
Emily Blunt se destaca ao lado de Benício del Toro e Josh Broslin como Kate, agente do FBI que vê os seus valores éticos e morais levados ao limite quando participa numa operação secreta da CIA para eliminar o líder de um cartel de narcotraficantes mexicanos.
Emily Blunt em Cannes - USA Today
Na coletiva do filme, uma das melhores deste Festival, Emily, em versão loira e com um chamativo batom vermelho, respondeu aos questionamentos sobre ser uma mulher em um papel que, normalmente, seria de um homem.
“É decepcionante. As pessoas têm que descobrir que as mulheres são fascinantes de se conhecer no cinema. Eu vivo mulheres duronas como esta, mas não as vejo assim. Porque elas são duronas do mesmo jeito na vida. As mulheres com quem conversei no FBI são normais e vão para casa à noite ver ‘Gosford Park’ e ‘Downton Abbey'”.
Denis Villeneuve revelou que os produtores desejavam um homem no papel principal, mas ele conseguiu manter a ideia original de ter uma mulher como protagonista.
A Paris Filmes lança o filme no Brasil em 24 de setembro.
Confira Josh Brolin, Elily Blunt e Benicio del Toro no red carpet de Cannes:
'MOUNTAINS MAY DEPART': FILME CHINÊS É O FAVORITO DA CRÍTICA
O diretor Jia Zhangke é o favorito da crítica à Palma de Ouro do Festival de Cannes.
No drama ‘Mountains May Depart‘ (As montanhas podem partir, em tradução literal), o cineasta chinês aborda uma história de amor tendo como pano de fundo as mudanças culturais da China.
A trama é dividida em três partes, que se passam entre 1999 e 2025 e acompanha Tao (Zhao Tao, mulher de Jia), uma mulher disputada por dois amigos.
É o tipo de filme considerado artístico o suficiente para vencer um festival de cinema mas que, infelizmente, acaba não atingindo a maior parte do público.
A atriz Zhao Tao, protagonista, ao lado do seu marido e diretor do longa, Jia Zhangke em Cannes - Yahoo
Na coletiva de imprensa, o simpático Zhangke explicou a metáfora que acompanha o titulo de seu filme.
“Mesmo que as montanhas se separem, o sentimento que une as pessoas é imutável”.
Considerado um dos melhores cineastas em atividade, Jia Zhangke já venceu o Leão de Ouro no Festival de Veneza com ‘Em Busca da Vida‘ (2006) e o premio de melhor roteiro do Festival de Cannes com ‘Um Toque de Pecado‘ (2013).
O diretor foi tema de ‘Jia Zhangke, um homem de Fenyang‘, um documentário de Walter Salles (diretor de ‘Central do Brasil‘), exibido no Festival de Berlim.
Confira o trailer do longa:
'CHRONIC': DIRETOR MEXICANO SURPREENDE E LONGA ENTRA NAS APOSTAS POR ALGUM PRÊMIO
Único representante latino na competição do Festival de Cannes, o mexicano Michel Franco mostrou todo o seu talento na manhã desta sexta (22).
Quando os jornalistas já fechavam seus palpites e não davam nada para o primeiro filme em inglês de Franco, eis que surge ‘Chronic‘, com Tim Roth, que depois da sessão de imprensa é dado como certo na lista de premiações.
O ator Tim Roth e o diretor Michel Franco em Cannes - AFP
Na trama, Tim Roth interpreta um enfermeiro que cuida de pacientes em estado terminal.
Com poucos diálogos, e tratando a morte com muita sutileza, Franco conseguiu fazer um filme forte, que arrebata o espectador com seu final surpreendente.
Roth está perfeito no papel, imprimindo a doçura e a garra necessárias para o personagem.
Um pequeno grande filme, que deixa a competição pela Palma de Ouro ainda mais acirrada.
'LOVE': SEXO EXPLÍCITO EM 3D TRANSFORMA '50 TONS DE CINZA' EM MUSICAL DA DISNEY
Desde que os cartazes de ‘Love‘, de Gaspar Noé, foram divulgados, todo mundo já sabia que o filme ia causar reboliço na Croissette.
E se era essa a intenção do Festival de Cannes, eles conseguiram - afinal, o filme não teve sessão de imprensa antes da première mundial, o que causou um grande congestionamento na entrada do Palais des Festivals.
Detalhe: a sessão marcada para 00h15 de quinta (21), começou quase 1 hora da madrugada.
Com direito a convidados que não conseguiram entrar na sala lotada, ‘Love‘ conta a história de um triângulo amoroso - mas quem se importa?
O povo foi mesmo conferir as cenas de sexo explícito em 3D, o que faz o longa entrar naquela seleta lista de “pornôs chiques” que o cinema adora produzir de vez em quando.
Sem roteiro, só restam cenas de sexo que podem ser consideradas até pouco ousadas diante de um filme que tem um cartaz onde o órgão sexual masculino está lá, livre, ereto...e melado.
Um dos cartazes do longa - Divulgação
A câmera mostra tudo, com riqueza de detalhes, que é para garantir que parte da platéia fique excitada com o que está vendo.
O filme traz cenas de sexo reais com com nudez frontal e muitos close-ups nas genitálias – sexo oral, relação sexual e ejaculação.
No final da produção, ‘Love’ deixa no chinelo a versão sem cortes de ‘Ninfomaníaca‘ e transforma ‘Cinquenta Tons de Cinza‘ em um musical da Disney.
A polêmica vai além: temos uma cena de sexo a três, a de um adolescente de 17 anos e uma mulher transexual…
Noé, de 51 anos, afirmou que preferiu filmar no formato em 3D para que o espectador pudesse se identificar com “o personagem principal e seu estado melancólico”.
"‘Love‘ é “um melodrama sexual sobre um menino, uma menina e outra menina que celebra o sexo de maneira alegre”.
Em entrevistas anteriores, o diretor disse que sua intenção é “provocar ereções nos garotos e deixar as garotas molhadas” com ‘Love’".
Depois de chocar o mundo com ‘Irreversível‘ (2002) e a cena de estupro mais real da história do cinema, Gaspar Noé mostra que sua criatividade vai longe, já o bom gosto para fazer um filme legal...
Assista a uma cena comportada de 'Love':
'O PEQUENO PRÍNCIPE' TEM ESTREIA ARRASADORA EM CANNES
‘O Pequeno Príncipe‘ (Le Petit Prince), clássico de Antoine de Saint-Exupéry, ganhou uma versão moderna e criativa do diretor Mark Osborne, que apresentou a animação nesta sexta (22) no Festival de Cannes.
Esta é a primeira vez que o conto chega aos cinemas como uma animação.
O elenco de vozes na versão dublada em inglês é formado por grandes estrelas de Hollywood: James Franco, Rachel McAdams, Jeff Bridges, Marion Cotillard, Benicio Del Toro e Paul Giamatti.
O diretor Mark Osborne em Cannes - AFP
Osborne cria uma história ao redor do conto e decide que o aviador sobrevive para contar sua história.
Já idoso, ele passa seu tempo a observar as estrelas com seu telescópio e uma noite, ele percebe que sua pequena vizinha estuda em seu quarto.
Ele a envia um avião de papel, no qual escreve as primeiras linhas de uma história e, assim, a imaginação nos leva ao mundo de Saint-Exupéry em uma bela viagem visual.
A Paris Filmes anunciou que o filme estreia no Brasil dia 20 de Agosto, dois meses antes do previsto.
Confira o trailer:
MACBETH': COM MICHAEL FASSBENDER E MARION COTTILARD, LONGA DIVIDE OPINIÕES EM CANNES
A história é conhecidíssima: certo dia, o general escocês Macbeth ouve de três bruxas uma profecia: um dia ele se tornará o Rei da Escócia.
Ambicioso e impelido por sua mulher, ele assassina o Rei Duncan e toma o trono para si, mas sofre com a culpa e paranoia.
Ele se torna um líder tirano, cometendo cada vez mais assassinatos para se proteger, em um banho de sangue que o leva aos limites da arrogância, da loucura e da morte.
Neste sábado, 23, último dia de exibição de filmes da mostra competitiva no Festival de Cannes, o esperado ‘Macbeth‘, adaptação para o cinema do clássico de William Shakespeare, dividiu a crítica.
Enquanto alguns jornalistas acharam pouco inspirada a versão do diretor Justin Kurzel, outros ficaram empolgados com o longa.
Com uma dupla dos sonhos como protagonistas – a diva francesa Marion Cottilard e o astro alemão Michael Fassbender – o filme investe em uma bela fotografia, figurinos estonteantes e em uma Lady Macbeth (Marion) mais contida do que em outras versões.
Já o Macbeth de Fassbender tem o grau de força e loucura que o personagem pede.
Marion Cottilard e Michael Fassbender em Cannes - Reuters
Adaptar Shakespeare para o cinema não é fácil - e aqui não cabe nenhum comparação com a versão definitiva de Orson Welles, de 1948.
Mas a tentativa de Kurzel vale pela ousadia estética e por trazer dois atores que defendem com garra o filme - uma versão digna, embora não empolgue.
O roteiro é de Jacob Koskoff e Todd Louiso, que trabalharam juntos antes em ‘De Volta Para a Escola’ (The Marc Pease Experience).
‘Macbeth’ inspirou mais de 50 de filmes desde 1898 até 2012, e o protagonista já foi interpretado no cinema e na TV por atores do quilate de Sean Connery, Sir Ian McKellen e Orson Welles.
O longa ainda não tem datas de estreia confirmadas.
Confira o trailer do longa:
CONHEÇA OS FAVORITOS NAS APOSTAS DE CANNES 2015
Com uma das melhores seleções de filmes dos últimos tempos, a 68º edição do Festival de Cannes promete encerrar com grande estilo neste domingo (24), quando o júri presidido pelos irmãos Coen anunciar o grande vencedor da Palma de Ouro.
Segundo a imprensa especializada, o prêmio deve ir para o chinês ‘Mountains May Depart‘, de Jia Zhangke.
‘Dheepanm‘, do francês Jacques Auiard, ‘The Lobsterm‘ do grego Yorgos Lanthimos, ‘O Filho de Saul‘, do húngaro László Nemes e ‘Youth‘, do italiano Paolo Sorrentino aparecem com chances menores, mas não devem sair de mãos abanando do Festival.
‘Mia Madre‘, do italiano Nanni Moretti, também tem boa cotação do público e da crítica.
‘Youth‘ pode dar a Michael Caine o prêmio de melhor ator - com Gabriel Byrne (de ‘Louder than Bombs‘) e Géza Röhrig (‘O Filho de Saul‘) correndo por fora.
Michael Caine e Jane Fonda, na coletiva de imprensa de 'Youth' em Cannes - AFP
Entre as atrizes, Cate Blanchett ('Carol') e Margherita Buy ('Mia Madre') são as favoritas.
O prêmio de direção pode ficar com Michel Franco ('Chronic') ou Todd Haynes ('Carol').
Não será surpresa se ‘Conto dos Contos‘, de Matteo Garrone, ganhar alguma coisa - mas, entre os italianos, ele aparece menos cotado.
Resta saber se os irmãos Coen vão optar pela beleza clássica e trama minuciosamente contada de ‘Mountains May Depart‘, de Jia Zhangke, ou vão surpreender.
Na última postagem especial sobre Cannes 2015 - amanhã - vocês vão ficar por dentro de todos os ganhadores.
Aguardem!
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Texto base: Janaina Pereira - site Cinepop
Texto final, adição de fotos e trailers: Blog de Klau