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quinta-feira, 9 de março de 2017

'FOME DE PODER': UMA DAS MAIORES PUXADAS DE TAPETE DE TODOS OS TEMPOS GANHA CARISMA COM MAIS UMA FANTÁSTICA INTERPRETAÇÃO DE MICHAEL KEATON


SINOPSE:

História real do visionário Ray Kroc (Michael Keaton), um vendedor do estado de Illinois, nos Estados Unidos, que conhece Mac e Dick McDonald e fica impressionado com a velocidade com que os irmãos operam uma hamburgueria no Sul da Califórnia, nos anos 1950.

Kroc vê potencial para a criação de uma franquia e adquire uma participação nos negócios.

Pouco a pouco ele assume a rede e vai deixando os irmãos fundadores pra traz, transformando a marca McDonald's em uma das mais expressivas do império alimentício de todos os tempos.

CRÍTICA:

A trajetória do McDonald’s como empresa e símbolo cultural poderia ser contada por diversas perspectivas: pelo olhar dos funcionários, dos consumidores, pelas transformações no ramo alimentício, pela inovação de marketing etc.

'Fome de Poder', em cartaz em 113 salas em todo o Brasil, opta pelo caminho histórico, acompanhando os passos de uma pessoa muito particular: o grande vencedor deste processo, o homem que ganhou mais dinheiro, que mais expandiu a empresa, o mais arrojado em termos empresariais, que terminaria com as maiores conquistas jurídicas e a mulher mais interessante ao seu lado.

Fome de Poder : Foto
Michael Keaton, sensacional como Ray Kroc - fotos dessa postagem; Divulgação/Diamond Films
E ele não é nenhum dos irmãos McDonald’s, reais criadores da marca, e sim Raymond Kroc (Michael Keaton), empreendedor que seu uniu à dupla e acabou tomando, por vias inescrupulosas, o controle da empresa.

O filme o mostra como uma pessoa determinada, visionária, tão focada no sucesso que não hesita em abrir mão de sua ética profissional e familiar quando necessário.

Ray é um messias do capitalismo, uma prova amarga dos valores ultra liberais da “meritocracia” e do “self made man”, um empresário que tem uma situação financeira estável, mas não se contenta em pertencer à classe média e quer ser maior, mais poderoso, melhor que os outros.

Chega a afirmar que, se visse um concorrente se afogando, colocaria uma mangueira na sua boca.

Fome de Poder : Foto John Carroll Lynch, Nick Offerman
John Carroll Lynch e Nick Offerman interpretam os irmãos Mac e Dick McDonald
É curioso que o diretor John Lee Hancock transforme a biografia de Kroc em fábula, com cores quentes e saturadas que lembram um ambiente agradável e com a trilha sonora fazendo com que cada conquista do protagonista seja uma aventura.

O roteiro de Robert D. Siegel limita-se a criar dificuldades para oferecer soluções e assim, 1uando o protagonista não tem mais oportunidades profissionais, encontra o McDonald’s; quando não tem lucros suficientes, encontra uma alternativa imobiliária para aumentar os lucros; quando a refrigeração das lojas lhe custa caro demais, descobre a possibilidade de eliminar os congeladores e quando sua mulher (Laura Dern, muito ruim no papel) agora parece pouco interessante, encontra outra.

As atitudes do protagonista são vistas como pequenos compromissos com a legalidade, uma divertida malandragem na qual o fim justifica os meios.

A direção não consegue deixar de admirar o empreendedor voraz por sua persistência, seu senso dos negócios e o preço a pagar para ser um capitalista de sucesso do mundo do dinheiro fast food.

Michael Keaton, sempre sensacional, carrega o filme nas costas, tornando Ray um cara carismático, dotado de uma retórica afiada e um sorriso permanente nos lábios.

Sua contribuição é a do puro cinismo, tornando as conquistas do herdeiro ilegítimo da empresa uma prova de seu sucesso como indivíduo.

Fome de Poder : Foto
O começo do império
Talvez esse seja o maior problema do filme: ele fornece um discurso cínico, mas nunca crítico e não consegue se colocar no lugar dos irmãos McDonald’s, dos funcionários, das esposas, das pessoas no ramo alimentício ou imobiliário que Ray foi passando para trás.

Pouco importa se a comida é boa, se o modelo de negócios empregado foi humano ou correto.

O roteiro até consegue fazer uma demonstração potente da marca McDonald’s como símbolo de estabelecimento familiar, de uma nova Igreja: os restaurantes são filmados como locais de culto e objetos de encantamento.

Sim, Ray é um canalha, mas um canalha agradável e bem-sucedido.

E para o filme e para o espectador que assiste a tudo encantado, isso basta.

Vale uma ida ao cinema.

TRAILER:


FICHA TÉCNICA:
'FOME DE PODER'
Título Original:
THE FOUNDER
Gênero:
Biografia
Direção:
John Lee Hancock
Roteiro:
Robert D. Siegel
Elenco:
B.J. Novak, Carla Shinall, Devon Ogden, Griff Furst, John Carroll Lynch, Kimberly Battista, Laura Dern, Linda Cardellini, Michael Keaton, Mike Pniewski, Nick Offerman, Patrick Wilson, Steve Coulter, Wilbur Fitzgerald
Produção:
Aaron Ryder, Jeremy Renner
Fotografia:
John Schwartzman
Montador:
Ronna Kress
Trilha Sonora:
Carter Burwell
Duração:
115 min.
Ano:
2016
País:
Estados Unidos
Cor:
Colorido
Estreia:
09/03/2017 (Brasil)
Distribuidora:
Diamond Films
Estúdio:
FilmNation Entertainment
Classificação:
10 anos

COTAÇÃO DO KLAU:

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

'AMERICAN HORROR STORY: FREAKSHOW': QUARTA TEMPORADA ESTREIA COM MUITO ATRASO NO BRASIL , MAS TEM TUDO PARA SER A MELHOR


SINOPSE:

Jupiter, Florida, 1952.

Uma trupe de um circo dos horrores, formada por pessoas extremamente curiosas e bizarras e liderada pela fracassada atriz alemã Elsa Mars (Jessica Lange) - mas que se acha uma estrela - acaba de chegar à pequena vila.

Ao saber que irmãs siamesas Bette e Dot Tattler (Sara Paulson) foram capturadas pela polícia pelo assassinato da mãe e estão em custódia no hospital local, Elsa as convence a fugir e a serem as estrelas principais da companhia.

Ao mesmo tempo, um macabro palhaço assassino ameaça as vidas de todos os residentes da região cometendo assassinatos os mais escabrosos.

CRÍTICA:

A quarta temporada da série 'American Horror Story' tem o subtítulo de 'Freakshow' e mais uma vez, os criadores Ryan Murphy e Brad Falchuk conseguem criar uma atmosfera sombria e claustrofóbica ao retratar a chegada de um circo de horrores á pequena comunidade de Jupiter, Flórida, em 1952.

Logo na cena inicial do primeiro episódio da quarta temporada - que finalmente estreou no Brasil na última terça (20) depois de ter estreado em outubro último nos EUA - tivemos um breve monólogo de Dot, uma das gêmeas siamesas interpretadas magnificamente por Sarah Paulson, que documentava sua reação ao chegar ao circo, seguido do flashback de assassinato de sua mãe.

Sarah Paulson, em cena como as siamesas Bette e Dot Tattler - Fotos dessa Postagem: Divulgação/20th Century Fox Television
Acusadas pelo crime, as siamesas foram convencidas pela dona do circo, Elsa Mars (Jessica Lange, caprichando no sotaque alemão) a se juntarem à trupe como estrelas principais do show.

Foto Jessica Lange
Jessica Lange como Elsa Mars
Mas o que coloca em dúvida se o assassinato foi mesmo cometido por elas é que, assim que o circo chega à cidade, outras mortes, tão violentas quanto começam a aparecer.

Uma das cordas que amarra e promove a identificação entre cada etapa de AHS é o elenco, que muda pouco.

A Diva Jessica Lange está na série desde o início e já foi a vizinha estranha de um casal ingênuo na primeira temporada, “Murder House”; uma freira, na segunda, “Asylum”, e na terceira, “Coven”, foi uma bruxa decadente.

Agora, é a dona de um circo de horrores, uma alemã que foi parar na Flórida logo depois da Segunda Guerra.

Sarah Paulson e  Kathy Bates também estiveram em papéis de destaque em quase todas as outras temporadas.

A temporada, por enquanto, é focada no modo em que os “freaks” se sentem por serem tratados com diferença e preconceito.

Foto Emma Roberts, Naomi Grossman
Alguns dos 'freaks' da trupe
Quem mais mostra seus sentimentos a respeito disso é Jimmy Love (Evan Peters), que tem um comportamento explosivo mas faz a alegria da mulherada com seus dedos grossos e longos - daí ele se apresentar no show como o 'Garoto Lagosta'.

Além disso, vemos os esforços de Elsa (Jessica Lange), uma atriz fracassada que se julga uma grande estrela, para salvar seu show, sempre tendo por perto a fidelidade canina da mulher barbada Ethel Darling (Kathy Bates), mãe de Jimmy.

Foto Kathy Bates
Ethel Darling (Kathy Bates) é a mulher barbada do circo
Um dos núcleos mais interessantes é o de Twisty (John Carroll Lynch), o palhaço assassino, que já no primeiro episódio matou vários, está presente em quase todos os lugares, mas não é um ser místico e nem um espírito - nessa temporada não temos nada que seja fora de nosso mundo.

Twisty é um assassino, puro e simples, porém cheio de mistérios, que quer entreter seus reféns e matar os que ele não acha digno de seus “talentos”.

John Carroll Lynch em cena como Twisty, o Palhaço Assassino
A história fica mais interessante quando Dandy (Finn Wittrock), filho mimado da personagem de Frances Conroy, se envolve com Twisty.

Essa temporada possui vários personagens e cada um com uma história diferente e cheia de sofrimento para ser contada.

Evan Peters como Jimmy Love, o 'Garoto Lagosta'
O sofrimento é algo realmente presente em AHS: Freak Show, o que torna as cenas cada vez mais interessantes de se ver - o que demonstra que a dupla Murphy/Falchuk aprendeu com as críticas feitas à terceira temporada ('Coven') e está conseguindo consertar alguns erros - como a ressurreição cansativa de personagens - e incrementar cada vez mais a história com detalhes.

Agora, precisamos aguardar pelos próximos capítulos, que contam com a aparição de Emma Roberts, Denis O’Hare e Wes Bentley.

Mas pelo que vimos nesse primeiro episódio, 'Freak Show' tem de tudo para ser a melhor temporada de 'American Horror Story', que já é referência quando falamos em séries de horror.

TRAILER:


FICHA TÉCNICA:
'AMERICAN HORROR STORY: FREAKSHOW'
Criação:
Ryan Murphy e Brad Falchuk
Diretores:
Ryan Murphy, Howard Deutch, Alfonso Gomez-Rejon, Michael Uppendahl
Roteiristas:
Ryan Murphy, Brad Falchuk, Tim Minear, Jessica Sharzer, Jennifer Salt
Elenco Principal:
Jessica Lange (como Elsa Mars), Sarah Paulson (como Bette e Dot Tattler), Kathy Bates (como Ethel Darling), Michael Chiklis (como Dell Toledo), Evan Peters (como Jimmy Darling), Angela Bassett (Desiree Dupree), John Carroll Lynch (Twisty, o Palhaço)
Produção: 
FX Networks, 20th Century Fox Television
Produção Executiva:
Ryan Murphy, Brad Falchuk, Dante Di Loreto
Onde:
Canal FX
Quando:
Terças, 22h30 - com muitas reprises ao longo da semana

COTAÇÃO DO KLAU: