Mostrando postagens com marcador SÉRIES-CRÍTICA. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador SÉRIES-CRÍTICA. Mostrar todas as postagens

sábado, 17 de outubro de 2020

'BOM DIA, VERÔNICA': CRÍTICA DA PRIMEIRA TEMPORADA

<> 
Suspense Policial e Bizarrice na melhor Série Brasileira da Netflix 
<> 

 SINOPSE: 
Verônica (Tainá Müller) é escrivã na Delegacia de Homicídios de São Paulo. 

Um dia ela chega ao trabalho e é surpreendida pelo suicídio de uma mulher na sua frente. 

O impacto daquela violência a impele a investigar o caso com a ajuda do técnico de informação (Sílvio Guindane), mesmo contra a vontade do delegado Carvana (Antônio Grassi) e da favorita à sucessão do cargo dele, Anita (Elisa Volpato)

 Após presenciar o suicídio, ela precisa lutar contra os traumas de seu passado e acaba tomando uma arriscada decisão: usar toda a sua habilidade investigativa para ajudar duas mulheres desconhecidas. 

A primeira é uma jovem que se vê enganada por um golpista na internet. 

Já a segunda, Janete (Camila Morgado), é a esposa submissa de Brandão (Eduardo Moscovis), um policial militar de alta patente que a maltrata e leva uma vida dupla. 

 CRÍTICA: 
É sim, muito importante vermos as produções brasileiras ganharem cada vez mais espaço – e, consequentemente, ganharem o mundo. 

 Agora, em ‘Bom dia, Verônica, o espectador vai mergulhar numa superprodução com uma história universal, que com  certeza vai impactar qualquer pessoa no mundo. 

 Criada pelo escritor Raphael Montes e baseada no livro homônimo escrito por ele e pela criminóloga Ilana Casoy (sob o pseudônimo Andrea Killmore e lançado pela editora Darkside Books), o foco da série é a violência contra a mulher. 

 Narrada como um suspense policial, a série desvenda a recorrência e a brutalidade do feminicídio na maior capital brasileira, e como a recepção negligenciada desses crimes contribui diretamente com o crescente descaso para com as vítimas e o número baixo de punição aos agressores. 

 O roteiro a dez mãos – além dos escritores, teve também a contribuição de Gustavo Bragança, Davi Kolb e Carol Garcia – constrói bem o escalonamento da atmosfera de suspense policial, pincelada aqui e ali com cenas de tortura e cruel brutalidade e encerrando cada episódio com um gancho que obriga o espectador a seguir para o próximo capítulo. 

 Com a história focada na protagonista Verônica (Tainá Müller espetacular), o roteiro também mede bem a evolução da história pessoal dela com seu trabalho e com os dramas das vítimas, entrecruzando-as no momento certo. 

 Outros destaques do elenco são Silvio Guindane, como a escrivão hacker que ajuda Verônica, Camila Morgado como Janete, uma mulher aterrorizada por seu marido oficial da PM e serial Killer, também vivido brilhantemente por Eduardo Moscovis

 José Henrique Fonseca topou a direção de um projeto denso, que partia do universo particular nacional com a intenção de alcançar o resto do mundo. 

 O resultado é uma direção firme, com uma fotografia intimista por vezes claustrofóbica, e atuações ótimas. 

 Apresentando um tema extremamente relevante, a série pode se tornar importante ferramenta de debate no combate ao feminicídio. 

 É uma produção cuidadosamente feita, mas, como diz a própria protagonista, “continuar existindo já é resistir”, e, por isso, “tanta dor um dia cansa”

Para que as mulheres não se cansem, a série abre o canal de conversa, www.wannatalkaboutit.com 

 A série, a melhor brasileira da Netflix até agora, é um muito bem-vindo serviço de alerta para a sociedade. 

 Vai agradar aos fãs do gênero, que, certamente, já vão pedir ansiosamente pela segunda temporada. 

 GALERIA DE IMAGENS:
TRAILER:

FICHA TÉCNICA:
Bom Dia, Verônica 
Formato:
Série 
Gênero:
Suspense 
Criador(es):
 Raphael Montes Ilana Casoy 
Baseado em:
"Bom Dia. Verônica" de Raphael Montes e Ilana Casoy 
País de origem:
Brasil 
Idioma original:
Português 
Produção Diretor(es):
José Henrique Fonseca Izabel Jaguaribe Rog de Souza 
Produtor(es) executivo(s):
José Henrique Fonseca Eduardo Pop Ilana Casoy Raphael Montes 
Editor(es):
Yan Motta Tainá Diniz Sergio Mekler 
Roteirista(s):
 Raphael Montes Ilana Casoy Gustavo Bragança Davi Kolb Carol Garcia 
Elenco:
Tainá Müller Eduardo Moscovis Camila Morgado, Silvio Guindane, 
Empresa(s) produtora(s):
 Zola Filmes 
Emissora original:
 Netflix 
Formato de exibição:
 4K (Ultra HD) 
Transmissão original:
1 de outubro de 2020 – presente 
Temporadas:
Episódios:
 8 

 COTAÇÃO DO KLAU:


quarta-feira, 9 de setembro de 2020

'THE BOYS': CRÍTICA DA SEGUNDA TEMPORADA

<>
Segundo ano da série da Amazon Prime é mais sádica, violenta e ofensiva - e por isso, irresistível
<>

SINOPSE:

A trama se passa em um mundo onde um grupo super-heróis, "Os Sete", abraça o lado negro de suas famas, e irá focar em um grupo de vigilantes, “Os Garotos”, que são mandados para derrotar super-heróis corruptos com não mais do que coragem e disposição para lutar sujo.

CRÍTICA:

The Boys rapidamente se provou – em seu primeiro ano – ser uma inesperada e inebriante experiência cheia de antíteses, insolência, hipocrisia, sarcasmos e impudor – quase um relato realista da sociedade contemporânea, só que pela ótica de super heróis.

E contrariando a definição auto declarada dessas figuras quase endeusadas, a produção, que traz Seth Rogen como produtor executivo e que foi desenvolvida por Eric Kripke para a Amazon, retorna com o mais puro néctar dos quadrinhos de Garth Ennis e Darick Robertson, em uma nova temporada assustadoramente mais intensa.

The Boys continua sombria, violenta e uma das melhores séries de TV da atualidade, com a Amazon Prime Video se superando com mais uma obra original de qualidade impecável.

O showrunner Eric Kripke (Supernatural) reforça tudo que funcionou no primeiro ano, enquanto faz um trabalho incrível de desenvolvimento de personagens e ampliação do mundo nessa sequência.

Sem falar que as cenas de ação exageradas são maravilhosas, como quando "os meninos" explodem uma baleia durante uma perseguição, no episódio 2.

Diferente da primeira temporada, cujo foco estava no impacto dos super-heróis na sociedade, a 2ª reflete sobre como ter superpoderes afeta a própria pessoa.

O programa deixa de ser uma sátira cheia de semelhanças com histórias clássicas da HQ, evolui e ganha sua própria vida, sempre com intenção de chocar.

Ainda temos super-heróis inspirados nos maiores ícones dos quadrinhos, como Superman e Mulher-Maravilha, mas vão além de paródias e se tornam personagens com vida própria.

Deep (Profundo) é o personagem que mostra a maior evolução, enquanto ele era um grande antagonista na primeira temporada, após atacar sexualmente Starlight (Luz-Estrela), ele se mostra arrependido e em busca de algo parecido com redenção.

Antony Starr está cada vez melhor como Homelander (Capitão Pátria), que, por sua vez, entende cada vez mais que pode agir como o vilão da história.

Dessa vez, ele está em busca de poder dentro da Vought, conglomerado de vários bilhões de dólares que administra os heróis, licenciando seus serviços para as cidades dos EUA com valores absurdos e muita chantagem.

O sempre incrível Karl Urban continua magnífico como Billy Butcher, um vigilante babaca determinado a expor a verdadeira natureza dos super-heróis.

É ele quem agita as coisas e começa uma verdadeira cruzada contra Os Sete, grupo equivalente à Liga da Justiça desse mundo.

No fim da primeira temporada, ele ficou numa situação bem complicada, o que o motiva ainda mais a lutar contra esses seres poderosos, enquanto os outros membros do grupo dos "meninos" precisam se esconder ao serem procurados pelas autoridades e pelos "supers".

Giancarlo Esposito no papel de Stan Edgar é o novo líder da Vought.

Ele é inescrupuloso e ambicioso, mas o carisma do ator faz o personagem se tornar muito mais interessante do que é, embora seu papel seja bem parecido com o que vimos em The Mandalorian ou Breaking Bad.

Sem falar que é ótimo vê-lo enfrentar Homelander, que poderia destruí-lo com um dedo, mas não o intimida.

Mesmo sem superpoderes (aparentes), Edgar se mostra um personagem badass.

E claro que temos uma novidade nos Sete: Stormfront, interpretada por Aya Cash, (You're the Worst). 

Super-heroína excessivamente confiante e que tem um grande número de seguidores nas redes sociais,  ela entra na trama como uma ameaça ao Homelander - que já está pistola com a atenção da mídia totalmente voltada para ela.

E o melhor: Cash é uma atriz incrível e sua escolha para o papel foi perfeita.

Com elenco incrível e atuações inspiradas, a série ganha ainda pela qualidade da produção, ótimos efeitos especiais - a baleia foi um cenário real... - elementos visuais marcantes e, principalmente, trilha sonora sensacional.

Esse cuidado com os detalhes faz desse programa algo único, capaz de conquistar ainda mais fãs por aí.

A trama de The Boys ganha muito com o maior aprofundamento dos personagens e os novos arcos apresentados, enquanto ainda critica as corporações norte-americanas, políticos, lobistas e executivos inescrupulosos.

Além disso, a série continua a subverter a cultura dos super-heróis e é capaz de divertir com histórias convincentes e, muitas vezes, esquisitas.

O mais legal é que a narrativa ainda consegue surpreender quando você acha que já viu de tudo.

Com tudo isso, a crítica especializada já deu seu veredicto.

No Rotten Tomatoes, o novo ciclo recebeu nada menos que 98% de aprovação, com nota 8.32/10 baseada em 46 reviews até o momento.

GUIA DOS EPISÓDIOS DA SEGUNDA TEMPORADA:

1. Butcher, Baker, Candlestick Maker – Escrito por: Craig Rosenberg
2. Nothing Like It In The World – Escrito por: Michael Saltzman
3. Over The Hill With The Swords Of A Thousand Men – Escrito por: Craig Rosenberg
4. Proper Preparation and Planning – Escrito por: Rebecca Sonnenshine
5. The Big Ride – Escrito por: Eric Kripke
6. The Bloody Doors Off – Escrito por: Anslem Richardson
7. We Gotta Go Now – Escrito por: Ellie Monahan
8. What I Know – Escrito por: Rebecca Sonnenshine

GALERIA DE IMAGENS DOS BASTIDORES DOS TRÊS PRIMEIROS EPISÓDIOS:










POSTERS DA SEGUNDA TEMPORADA:












TRAILER:


FICHA TÉCNICA:
THE BOYS
Formato:
Série
Gênero:
Super-herói, Suspense, Humor negro, Drama, Ação
Baseado em:
The Boys, de Garth Ennis & Darick Robertson
Showrunner:
Eric Kripke
País de origem:
Estados Unidos
Produtor:
Hartley Gorenstein
Produtor(es) executivo(s):
Eric Kripke, Seth Rogen, Evan Goldberg, James Weaver, Neal H. Moritz, Pavun Shetty, Ori Marmur, Dan Trachtenberg, Ken F. Levin, Jason Netter
Elenco:
Karl Urban, Jack Quaid, Antony Starr, Erin Moriarty, Dominique McElligott, Jessie T. Usher, Laz Alonso, Chace Crawford, Tomer Kapon, Karen Fukuhara, Nathan Mitchell, Aya Cash
Música:
Christopher Lennertz
Estúdios:
Sony Pictures Television, Amazon Studios, Kripke Enterprises, Point Grey Pictures, Original Film, Kickstart Entertainment, KFL Nightsky Productions
Locação Principal:
Toronto, Ontário
Exibição:
Amazon Prime Video
Temporadas:
2
Episódios:
16
Duração dos Episódios:
55–66 minutos

COTAÇÃO DO KLAU:

quarta-feira, 12 de agosto de 2020

'THE UMBRELLA ACADEMY': CRÍTICA DA SEGUNDA TEMPORADA

<>
Segunda temporada, que estreou em 31 de julho na Netflix, é melhor que a primeira
<>

A segunda temporada de The Umbrella Academy, uma das séries mais vistas da Netflix, consegue ser ainda melhor do que a primeira.

O segundo ano é melhor em termos de história, produção, trilha sonora, atenção aos detalhes e construção dos personagens.

Simplesmente impressionante como tudo funciona bem.

A temporada começa sensacional com mais um apocalipse, dessa vez nuclear, e as coisas só melhoram com a série abordando temas como racismo e a homofobia nos anos 1960 de forma poética e atual.

Os 10 episódios divertem enquanto tratam desses temas complicados e mostram os dramas individuais dos irmãos e suas obsessões.

E a discriminação no dia a dia é sempre o assunto principal da série, que trata dessas questões de forma pontual e inspirada.

A história mostra como os Hargreeves evoluíram e criaram novas dinâmicas, agora vivendo nos anos 60.

Klaus (Robert Sheehan) deixa as drogas, se torna líder de um culto hippie, mas na verdade está mais preocupado em lutar pelo amor da sua vida (que ele ainda não conheceu e sabe que morrerá no Vietnã).

Allison (Emmy Raver-Lampman) luta pelos direitos dos negros ao lado do marido, Raymond Chestnut (Yusuf Gatewood).

Luther (Tom Hopper) perdeu de vez seu propósito de vida, mas ainda vive em busca da aceitação do pai.

Diego (David Castañeda) está obcecado em salvar JFK, mas acaba apaixonado por uma mulher misteriosa chamada Lila (Ritu Arya).

Cinco (Aidan Gallagher) continua focado em salvar o mundo.

Ben (Justin H. Min), o falecido número seis, cresceu muito por conta própria e garantiu um lugar na dinâmica da família, mesmo como um fantasma.

E Ellen Page, a Vanya, é simplesmente perfeita como sempre.

Após causar o apocalipse na primeira temporada, a Número Sete perde a memória e passa a ter uma vida pacata numa fazenda.

Aos poucos, se mostra uma pessoa forte, porém doce, enquanto entra num relacionamento - com a mulher do fazendeiro que a abriga - que não seria aceito na sociedade daquela época.

A atriz eleva a qualidade de qualquer elenco - Vanya estar de volta à trama e se redescobrindo faz muito bem para a série.

Em termos técnicos, Umbrella Academy está no auge.

Efeitos de qualidade, fotografia inspirada, ângulos criativos, trilha sonora perfeita e lutas bem coreografadas.

O cuidado com cada cenário, visual, diálogo, som e música mostra que os showrunners não estão interessados só em criar um entretenimento de qualidade, mas sim algo com grande valor artístico - e eles conseguem.

A mudança no tom aproxima a segunda temporada das obras tradicionais do gênero, mas sempre mantendo o espírito irreverente e rebelde que encantou o público.

Além disso, a série mantém o interesse do público de forma habilidosa, com reviravoltas capazes de gerar curiosidade o suficiente para que você coloque logo o próximo episódio e descubra como as coisas evoluem.

O retorno da Umbrella Academy é uma experiência escapista bem-vinda, ainda mais divertida do que a temporada anterior, com uma pitada de reflexão social relevante.

O melhor desse retorno é que você pode realmente ver quanto os personagens cresceram.

Enquanto a primeira foca nas desavenças da família, a segunda é sobre cura, aprender a apreciar e apoiar o outro, além de tratar de questões sociais extremamente relevantes para a atualidade.

O segundo ano sabe fazer esses personagens irem além das expectativas e garante algumas das sequências mais divertidas do ano.

Simplesmente imperdível.

GALERIA DE IMAGENS:
Póster individual de la segunda temporada de The Umbrella Academy (2020)

Póster individual de la segunda temporada de The Umbrella Academy (2020)

Póster individual de la segunda temporada de The Umbrella Academy (2020)

Póster individual de la segunda temporada de The Umbrella Academy (2020)

Póster individual de la segunda temporada de The Umbrella Academy (2020)

Póster individual de la segunda temporada de The Umbrella Academy (2020)

Póster individual de la segunda temporada de The Umbrella Academy (2020)

Umbrella Academy season 2 - Release date, cast, plot

Umbrella Academy' Season 2 Preview: Where Are the Hargreeves Now ...

The Umbrella Academy Season 2: What to Expect | PCMag

The Umbrella Academy Season 2 Release Date, Trailer, Cast, Story ...

Netflix Reveals 'The Umbrella Academy' Season 2 Preview (Watch ...

Who are the three blonde haired men in The Umbrella Academy season 2?


TRAILER:


FICHA TÉCNICA:
THE UMBRELLA ACADEMY
Formato:
Série
Gênero:
Super-herói, Ação, Ficção científica
Criador(es):
Steve Blackman
Baseado em:
The Umbrella Academy,HQ de Gerard Way e Gabriel Bá
Desenvolvedor(es):
Jeremy Slater
País de origem:
Estados Unidos
Produtor(es): 
Kevin Lafferty,Sneha Koorse, Jamie Neese, Jason Neese, Ted Miller
Produtor(es) executivo(s):
Gerard Way, Gabriel Bá, Jeremy Slater, Scott Stuber, Beau Bauman, Mike Richardson, Keith Goldberg, Peter Hoar, Jeff F. King, Steve Blackman
Roteirista(s):
Jeremy Slater
Elenco:
Ellen Page, Tom Hopper, Emmy Raver-Lampman, David Castañeda, Robert Sheehan, Aidan Gallagher, Mary J. Blige, Cameron Britton, Colm Feore, Adam Godley, Ritu Arya
Música:
Jeff Russo, Perrine Virgile
Empresa(s) produtora(s)
Universal Cable Productions, Dark Horse Entertainment, Borderline Entertainment
Distribuição:
Netflix, NBCUniversal, NBC
Emissora original:
Netflix
Temporadas:
2
Episódios:
20
Duração:
45–60 minutos

COTAÇÃO DO KLAU: