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quarta-feira, 28 de março de 2012

MADONNA DESAFIA PODER RUSSO, DIZ QUE A LEI ANTI-GAY DE SÃO PETERBURGO É ATROCIDADE E LANÇA NOVO CLIPE, CENSURADO PELO YOU TUBE


A Diva das Divas Madonna entrou na briga e prometeu desafiar uma lei medieval promulgada recentemente contra a "propaganda" homossexual na cidade natal do presidente russo Vladimir Putin, São Petersburgo, em sua próxima turnê pelo país no verão.

Chamando a legislação, que impõe multas para quem promover a homossexualidade entre menores, de "atrocidade ridícula" em sua página no Facebook, ela disse que iria resolver o problema durante o seu show.
"Eu irei a São Petersburgo para falar pela comunidade gay, para apoiar a comunidade gay", disse ela.

Sua turnê russa começa em agosto, meses após a abertura de sua academia particular em Moscou, cujo nome vem do álbum dela de 2008, "Hard Candy".
Reuters
A Diva, no intervalo do Super Bowl, em fevereiro último

A homossexualidade, punida com penas de prisão na União Soviética, só foi descriminalizada na Rússia em 1993, mas grande parte da comunidade homossexual continua escondida, já que o preconceito é forte.

A lei foi assinada em março pelo prefeito de São Petersburgo - e aliado de Putin - Georgy Poltavchenko, e impõe uma multa de até 500.000 rublos - 17.100 dólares - para quem espalhar o que a lei chama de "propaganda homossexual", que poderia "prejudicar a saúde, desenvolvimento moral e espiritual do menor de idade", definidos como menores de 18 anos.

A lei tem causado preocupações na comunidade gay, que teme que ela poderia ser usada para reprimir as raras demonstrações públicas na Rússia de homossexualidade, como as paradas gays.

Ativistas de direitos dos homossexuais em Moscou e São Petersburgo programaram duas paradas gays durante a turnê de Madonna, de acordo com o site GayRussia.eu.

Inúmeras tentativas de realizar protestos gays em Moscou, considerados ilegais pelas autoridades, acabaram em prisões e confrontos com vários cristãos ultra-ortodoxos que dizem que os homossexuais devem ser punidos ou tratados em hospitais por "doença".

Em 2010, o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos multou a Rússia por banir paradas homossexuais em Moscou, no que os ativistas dos direitos gays descreveram como uma vitória histórica.

Madonna provocou protestos de ativistas da Igreja Ortodoxa Russa em uma visita a Moscou em 2006, quando ela cantou "Live to Tell" em um crucifixo enquanto usava uma coroa de espinhos.

No último sábado, a Diva questionou a censura de seu novo clipe, "Girl Gone Wild", no YouTube, que classificou o vídeo como impróprio para menores de 18 anos nos últimos dias - porém, o clipe foi lançado com a definição "clean" no título e pode ser visto por qualquer usuário no canal oficial da cantora.

Durante um bate-papo moderado pelo apresentador Jimmy Fallon, do programa "Late Night", e transmitido ao vivo pelo Facebook no sábado (24), a rainha do pop riu sobre a polêmica:
"Eu tenho que ser uma garota descontrolada no clipe! Como você pode se descontrolar sem rebolar? É isso que as pessoas deveriam perguntar."

Dirigido pelos fotógrafos especializados em moda Mert e Marcus, o clipe em preto e branco mostra uma sequência de performances sensuais da popstar e de dançarinos sem camisa, com calças coladas e sobre saltos altíssimos.

"Analisamos todos os vídeos sinalizados pelos nossos usuários e que vão contra as nossas diretrizes. Em alguns casos, restringimos por idade o material sinalizado que, embora não quebre as normas, contém material inapropriado para menores de idade", disse um sem noção representante do YouTube ao jornal "New York Post" - que feio, Google!

Para Liz Rosenberg, porta-voz da Madonna, isso não é novidade.
"Algumas coisas nunca mudam. É um retorno aos anos 90, quando a MTV se recusou a exibir 'Justify My Love'".

Para encerrar essa postagem em homenagem a essa grande mulher, vamos ver os clipes de:

"Girl Gone Wild":

e
"Justify My Love":

quarta-feira, 14 de março de 2012

EM PLENO SÉCULO 21, RÚSSIA APROVA LEI CONTRA DIREITOS HOMOSSEXUAIS


O mais importante jornal do mundo - o "The New York Times" - deu matéria de capa para o seu repórter Michael Schwirtz: a Assembleia Legislativa de São Petesburgo aprovou uma lei com o objetivo de eliminar o que seus defensores chamam de “propaganda” sobre a homossexualidade entre menores de idade, deixando grupos de defesa dos direitos dos homossexuais temerosos quanto a uma repressão iminente contra suas atividades, uma vez que outras cidades também prometeram pensar em adotar medidas similares.

A lei, que segue leis similares aprovadas em outros lugares recentemente, parece ser uma reação a iniciativas cada vez mais expressivas por parte dos grupos de defesa dos direitos dos homossexuais, particularmente em São Petesburgo e Moscou, para atrair atenção para o assunto.

Vitaly V. Milonov, principal redator da lei e defensor declarado da Igreja Ortodoxa russa, que se referiu aos gays como “pervertidos”, acusou os ativistas pelos direitos dos homossexuais de fazerem uma campanha agressiva de conversão entre os jovens da Rússia, com o apoio de governos ocidentais.
AFP/Getty Images
Na montagem, imagens de como o governo russo trata seus cidadãos gays

“Esta é uma declaração da soberania moral russa”, disse Milonov em comentários para a televisão logo depois da sessão legislativa.

De acordo com a nova lei, que foi aprovada por 29 votos contra 5, “ações públicas dirigidas à propaganda da sodomia, lesbianismo, bissexualidade e transgeneridade entre menores” serão punidas com multas de até US$ 17 mil.

A lei define a propaganda sobre homossexualidade como “a disseminação descontrolada e direcionada de informações facilmente acessíveis capazes de prejudicar a saúde, a moral e o desenvolvimento espiritual de menores”, particularmente daquelas informações que podem criar “uma impressão distorcida” de “relações maritais”.

Igor Kochetkov, chefe da Rede GLBT Russa, um grupo de defesa de direitos com sede em São Petersburgo, disse que o argumento da lei é “absurdo”.

“Eles também podem adotar uma lei contra que apaguem a luz do sol, mas ninguém tem a capacidade de fazer isso”, disse Kochetkov.
“Mesmo que alguém quisesse, por mais propaganda que se faça, não é possível transformar um heterossexual em gay.”

Ele disse temer que a lei possa ser usada para coibir as iniciativas dos ativistas pelos direitos dos homossexuais, que só recentemente vêm discutindo o tema de forma aberta o suficiente a ponto de atrair atenção.

“Esta é uma lei que pode ser usada, e será usada, para rastrear organizações e evitar ações públicas”, disse ele.
“Mais importante que isso, ela será usada para a propaganda oficial. Oficialmente, a homossexualidade será considerada ilegal, uma coisa incorreta e que não pode ser discutida com as crianças. A lei criará uma atmosfera negativa na sociedade em torno dos gays e lésbicas, bem como em torno de nossas organizações.”

A discussão aberta sobre a homossexualidade praticamente não existia na Rússia até poucos anos atrás.

Uma lei da era soviética que punia com prisão as relações entre pessoas do mesmo sexo foi revogada em 1993, mas o tema continuou sendo um tabu fora de um punhado de bares e clubes nas grandes cidades russas.

Nos últimos anos, as tentativas de realizar manifestações pelos direitos homossexuais foram vistas com desprezo e hostilidade por parte de oficiais e grupos religiosos, e via de regra acabaram em violência.

Mas gradualmente o tema começou a atrair a atenção da mídia russa, inclusive da TV controlada pelo governo, que algumas vezes serviu como uma plataforma para os defensores de direitos iguais para os gays.

Como costuma acontecer, a aprovação da nova lei ajudou a elevar o nível da discussão nacional sobre o tema: a lei desencadeou um frenesi da mídia quando foi apresentada no ano passado, e tem sido alvo de debates acalorados na televisão.

Num debate num programa popular sobre política, os oponentes da lei gritaram para Milonov depois que ele acusou os grupos de defesa dos direitos dos homossexuais de “atacar” crianças e “tentar maltratá-las sexualmente”.

Em determinado momento, o apresentador vestiu uma bandeira de arco-íris como se fosse uma capa, numa provocação contra outro legislador de São Petesburgo que sugeriu proibir essas bandeiras por causa de sua associação com os direitos dos homossexuais.

Grupos internacionais de defesa dos direitos humanos e governos ocidentais pediram aos legisladores para não aprovarem a lei, e alguns grupos de oposição na Rússia a condenaram.

“Considero essa lei uma provocação com a intenção de dividir a sociedade numa questão que poderia ser usada para ensinar as pessoas a serem compreensivas”, disse Aleksandr Korbinsky, membro da oposição no Parlamento de São Petesburgo que votou contra a medida, à rádio Ekho Moskvy.
“Precisamos ajudá-los a se tornarem membros da sociedade com todos os direitos, e não fazer com que eles se sintam como cidadãos de segunda classe.”

Defensores da nova medida insistem que há um amplo apoio na sociedade russa para leis destinadas a proteger o que eles chamam de valores tradicionais russos.

Numa pesquisa de 2010 feita pelo Centro Levada - agência de pesquisa com sede em Moscou - 84% dos 1.600 adultos entrevistados disseram que são contra dar a casais do mesmo sexo o direito de se casar.

A pesquisa mostrou que 45% dos entrevistados disseram que homens e mulheres homossexuais deveriam ter os mesmos direitos que os demais russos, 41% disseram que eles não deveriam, e 15% estavam indecisos.

Segundo a pesquisa, 18% dos entrevistados disseram que os homossexuais deveriam ser isolados da sociedade -  a pesquisa tem uma margem de erro de mais ou menos três pontos percentuais.

A nova lei deve enfrentar oposição do governador de São Petesburgo, que precisa assiná-la antes que ela entre em vigor.

As assembleias legislativas de Arkhangelsk e Ryazan aprovaram leis similares, e outras disseram que seguirão o mesmo caminho.

Valentina I. Matviyenko, presidente da câmara alta do Parlamento russo e ex-governadora de São Petesburgo, sugeriu que a medida pode ser adotada em nível federal.

Tomara que o governador vete essa lei medieval e absurda.

Desde já, toda sorte e solidariedade aos gays russos.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

JORNALISTAS RUSSOS SÃO PAGOS COM SANGUE

Depois da falência do comunismo na então União Soviética, o mundo assistiu seus domínios, principalmente a Rússia, chafurdarem no que a Humanidade tem de pior.

O governo é corrupto, de uma grandeza que assombra até a nós, brasileiros, habituados desde as capitanias hereditárias ao tema.

Milionários começaram a pipocar aos montes, e suas fortunas se originam em tráfico de armas, drogas, chantagem e toda sorte de bandidagens.

Por aqui, tivemos o russo Boris Berezovski e o iraniano Kia Jorabichian, que conseguiram lavar fortunas na lavanderia que montaram no Corinthians.

Enquanto isso, o povo russo sofre com a falta de tudo: alimentos, transporte, gás, esperança.

Apenas poucos gatos pingados, principalmente jornalistas, ousam se insurgir contra esse estado de coisas.

E é esse o foco da reportagem do ótimo repórter Clifford J. Levy, do jornal americano "The New York Times", que teve o título dessa postagem.

Leia:

KHIMKI, Rússia - Mikhail Beketov foi alertado, mas não parou de escrever. Sobre transações fundiárias duvidosas. Empréstimos irregulares. Subornos por baixo da mesa. Tudo isso era evidência, argumentava ele em seu jornal, da corrupção desenfreada num subúrbio de Moscou.
"No ano passado, pedi a renúncia da liderança municipal", disse Beketov em um de seus últimos artigos. "Dias depois, meu automóvel foi explodido. O que me espera a seguir?"
Não muito tempo depois, ele sofreu uma selvagem agressão em frente de casa e foi deixado sangrando sobre a neve. Seus dedos foram esmagados, e três deles tiveram de ser amputados, como se os agressores quisessem ter certeza de que ele nunca mais escreveria uma só palavra.
Beketov também perdeu uma perna. Aos 52 anos, está numa cadeira de rodas, com o cérebro tão danificado que é incapaz de pronunciar uma só frase.
Os policiais prometeram uma investigação minuciosa, mas mal ergueram os olhos das suas mesas. Vídeos de vigilância foram ignorados. Vizinhos não foram ouvidos. Informações sobre o desagrado de políticos com Beketov foram tidas como "não confirmadas", segundo entrevistas com autoridades e moradores.

Foto: James Hill para o New York Times
O editor Mikhail Beketov, agredido em 2008, após desafiar autoridades

Cultura da impunidade
Depois de rejeitar repetidos apelos de Beketov por proteção, o Ministério Público assumiu o caso, mas não parece ir muito longe. Colegas do jornalista se dizem ansiosos para dar informações sobre quem no governo foi atingido pelas revelações dele. Mas ninguém perguntou.
Passados 18 meses, ninguém foi preso.
O incidente marca o início de uma onda de ataques não resolvidos e de intimidação oficial contra jornalistas, ativistas de direitos humanos e políticos de oposição em toda a região, que inclui os subúrbios de Moscou, mas não a cidade propriamente dita.
Tais intimidações -entre as quais estão também os esforços agressivos de promotores para fechar novos veículos de comunicação e ONGs- funcionam como uma enervante dissuasão.
E, em alguns casos nos últimos anos, a violência descambou para a pistolagem. A corrupção é disseminada na Rússia, e o governo costuma funcionar mal. Mas a maioria dos jornalistas e ONGs evita se aprofundar nesses temas.
A cultura russa da impunidade representa o exemplo mais flagrante da incapacidade do país em estabelecer leis reais nestas duas décadas desde o colapso da União Soviética. O presidente Dmitri Medvedev já repreendeu o "niilismo jurídico" do país. Mas, sob o governo de Medvedev e do seu antecessor, o hoje premiê Vladimir Putin, tal niilismo persistiu. E entre os maiores beneficiários estão os políticos do partido governista, o Rússia Unida.
Boris Gromov, governador da região de Moscou, comandou o 40? Exército durante a guerra soviética no Afeganistão, e seus adversários acham que ele governa com o mesmo sentido de ordem de um general. Gromov, nomeado por Putin, encheu o governo local com ex-colegas do Afeganistão, como o prefeito de Khimki, Vladimir Streltchenko.
Beketov fundou seu jornal, o "Khimkinskaia Pravda" ("A verdade de Khimki"), em 2006. Ele escrevia regularmente sobre supostos casos de corrupção envolvendo autoridades locais, em geral membros do Rússia Unida.

Uma denúncia repercute

Foto: Yrui Grachev
Iuri Gratchov, vítima de violência ao sair de casa

Suas reportagens tiveram repercussão nacional quando ele questionou por que a prefeitura, para ampliar uma avenida, demoliu um monumento que continha restos mortais de aviadores soviéticos.
E ele abordava incansavelmente o destino da floresta de Khimki, uma área intocada a uma improvável proximidade de Moscou.
Praticamente sem que a opinião pública notasse, o governo planejava que uma rodovia para São Petersburgo cruzasse a floresta. Beketov suspeitava que as autoridades estivessem lucrando secretamente com o projeto.
Desacostumados a esse tipo de crítica, os governantes locais o fustigaram publicamente. Beketov recebeu telefonemas ameaçadores. Pediu em vão ajuda às autoridades, segundo colegas. Chegando em casa certo dia, achou seu cão morto na soleira da porta. Então, seu carro foi explodido.
Em vez de investigar a explosão, os promotores abriram um inquérito criminal sobre o jornal dele. Amigos dizem que Beketov lhes contou que um funcionário municipal havia lhe feito um alerta sobre suas reportagens.
Numa noite de novembro de 2008, Beketov foi atacado, provavelmente por várias pessoas.
Iulia Jukova, porta-voz da comissão investigadora do Ministério Público na região de Moscou, disse que o departamento conduziu um rigoroso inquérito, mas teve de arquivá-lo por falta de provas. Ela afirmou que os investigadores precisavam ouvir Beketov, mas que seus médicos não autorizaram. (Beketov está incapaz de se comunicar desde o ataque.)
O governador Gromov e o prefeito Streltchenko não quiseram conceder entrevista para esta reportagem. Depois da agressão, Streltchenko declarou que não tivera envolvimento com o crime, mas se queixou da atenção dada ao assunto.
"Não quero dizer que foi bom o que aconteceu com o Mikhail", disse. "Mas quero que vocês separem a verdade da inverdade."
Em Solnietchnogorsk, ao norte de Khimki, o jornal "Solnietchnogorsk Forum" publicou denúncias sobre como os políticos locais tentavam dispensar eleições para manter o poder.
O editor do jornal, Iuri Gratchov, tem 73 anos. Em fevereiro de 2009, vários homens o agrediram quando ele saía de casa, fazendo-o passar um mês na UTI, com concussões e fraturas.
A polícia inicialmente disse que ele estava bêbado e caíra. Em seguida, afirmou que ele havia sido vítima de um assalto comum, embora só tivesse sido levada uma pasta com material para ser publicado no jornal. Os bandidos não foram achados, e políticos do Rússia Unida disseram que o ataque não tinha relação com o trabalho de Gratchov.
"Talvez tenham sido 'hooligans', ou talvez tenha sido ao acaso", disse Nikolai Bojko, dirigente local do partido, também veterano do Afeganistão. "A ideia de que tenha sido encomendado -não acredito nisso."

Jornal processado

Foto: Bell Tower
Andrei Khmelevski: repórter foi surrado dentro de casa

Os promotores tiveram mais sucesso procurando provas de que o "Solnietchnogorsk Forum" havia cometido uma calúnia. Abriram processo contra o jornal, querendo fechá-lo. Enquanto isso, em Khimki, um novo jornal da oposição, o "Khimki Nach Dom" ("Khimki é o nosso lar"), foi fundado para ajudar a manter o trabalho de Beketov.
O editor, Igor Belousov, 50, é profundamente religioso. Publica o calendário ortodoxo russo no jornal. Já trabalhou na prefeitura, mas diz ter saído por causa da corrupção.
Não muito tempo depois de lançar o jornal, Belousov foi acusado de calúnia, numa ação cível movida por promotores, e num processo penal aberto pelo prefeito Streltchenko. Em fevereiro, a polícia o deteve sob acusação de vender cocaína. Documentos judiciais mostram que o caso se baseia no depoimento de um traficante que não se lembrava de detalhes básicos do suposto crime.
"Tínhamos muito jornalistas aqui, mas todos sofreram e todos desistiram", disse Belousov. "Só sobrei eu, e agora estou desistindo."