Mostrando postagens com marcador Dira Paes. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Dira Paes. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 15 de julho de 2014

'O REBU': REMAKE DE UMA DAS NOVELAS MAIS INSTIGANTES DE TODOS OS TEMPOS COMEÇOU MUITO BEM


'O Rebu' (novembro/1974 a abril/1975) foi uma das novelas mais inovadoras, e justamente por isso,mais lembradas da TV brasileira, graças ao talento do escritor Bráulio Pedroso, do diretor Walter Avancini e de um elenco encabeçado pelas lendas Ziembinski (como o poderoso Konrad Mahler) e Lima Duarte e que tinha, entre outros, Bete Mendes, Buza Ferraz, Tereza Rachel, Mauro Mendonça, Arlete Salles e Carlos Vereza.

Afinal, uma novela com 112 capítulos e cuja trama se passava em uma só noite - uma festa de arromba numa mansão - cheia de gente linda, chique e elegante e que a tantas horas tem um cadáver boiando na piscina - da personagem de Bete Mendes, revelado só no capítulo 50 -  foi um achado para a Globo, que teve na década de 70 seu melhor momento de experimentação em teledramaturgia.

Justamente por tudo isso e por me lembrar muito da novela, aguardei com ansiedade a estreia do remake, que a Globo estreou ontem (14), em capítulo especial.

Já no primeiro capítulo, com uma direção, fotografia, figurinos, direção de arte e interpretações muito acima da mesmice que atualmente vemos, três personagens ganharam destaque, não só pela importância na trama, como pela  interpretação das atrizes.

Enquanto a jovem Maria Eduarda/Duda (Sophie Charlotte) cantava emocionada sob uma linda iluminação o sucesso de Roberto Carlos "Sua Estupidez" (1969), Gilda (Cássia Kis Magro) comenta com Ângela Mahler (Patrícia Pillar), mãe de coração de Duda: "20 anos... Linda! Meus 20 anos foram ótimos, e os seus Ângela?".
Ângela olha para Gilda e lhe tira o cigarro dos dedos para dar uma tragada.

Duda (Sophie Charlotte)  e Ângela (Patrícia Pillar) em cena do capítulo de ontem - Fotos dessa postagem: Divulgação-Reprodução/TV Globo
A intensidade da interpretação de Cássia já é bastante conhecida e apreciada pelo grande público, tanto quanto a interpretação econômica e arrebatadora de Patrícia Pillar - linda de viver num longo preto e fazendo o mesmo papel que Ziembinski fez no original, agora em versão feminina.

E o que dizer de Sophie Charlotte  - para mim, uma das melhores da sua geração - indo da canção ao desespero com a mesma verdade?

Duda (Sophie Charlotte) canta no capítulo de ontem
De arrepiar essas três, que, na sequência, ao saberem da morte de Bruno (Daniel de Oliveira), dominam a cena com a sua explosão beirando o exagerado, mas muito bem dirigida por José Luiz Villamarim, com Ângela tentando segurar a barra da amiga, da sua protegida e a sua própria, fingindo que nada está acontecendo para os seus convidados, mas explodindo internamente, com Maria Eduarda entrando em desespero ao se deparar com o cadáver do homem para quem cantava tão emocionada minutos atrás.

Gilda (Cássia Kis Magro) é advogada da empreiteira de Ângela (Patrícia Pillar)
E isso é só o começo, já que, como a primeira versão, o elenco do remake tem gente do quilate de Tony Ramos, Vera Holtz, Dira Paes, Camila Morgado, José de Abreu, Marcos Palmeira, entre tantos outros, acrescidos com os talentosos Júlio Andrade (Oswaldo), Eucir de Souza (Brandão) e o jovem Jesuíta Barbosa (Alain), que já entraram na trama arrebentando tudo.

Bernardo (José de Abreu) fuça o carro de Bruno à procura de um dossiê comprometedor
Diferentemente da primeira versão - que tinha três perguntas para o telespectador: 'Quem Morreu?', 'Quem Matou?' e 'Por quê Matou?' - aqui, já sabemos desde o começo que quem foi encontrado morto, boiando na piscina, foi Bruno (Daniel de Oliveira), que surge em flash-back sendo contratado por Ângela, poderosa dona de uma grande empreiteira e largando a empresa dos personagens de Tony Ramos (Braga) e José de Abreu (Bernardo), que durante a festa estão atrás de um dossiê comprometedor para ambos e que estava em poder do morto.

Ambicioso profissional de TI,  Bruno atualmente trabalhava para Ângela, era apaixonado por Duda/Maria Eduarda e tinha um caso com Gilda, casada com Bernardo.

Bruno (Daniel de Oliveira) é encontrado morto, boiando na piscina
A narrativa agora transcorre em três tempos: o dia da festa, o dia da investigação (onde entra em cena o personagem de Marcos Palmeira, delegado Nuno Pedroso, e sua assistente Rosa/Dira Paes) e os flashbacks mostrando o possível envolvimento de cada convidado com a vítima.

Marcos Palmeira viverá o delegado Pedroso em 'O Rebu' (Foto: Foto: Fábio Rocha / TV Globo)
Marcos Palmeira é o delegado Nuno Pedroso
Em clima denso e tenso, entremeando cenas de grande ação com cenas suaves e detalhadas sob uma iluminação  e chuva cinematográficas, todo o elenco, dos protagonistas ao auxiliar de cozinheiro são suspeitos nessa novela que teve uma estreia arrebatadora e bem no estilo das recentes minisséries do próprio adaptador George Moura - " O Canto da Sereia" e "Amores Roubados".

Ângela e Gilda, após encontrarem o corpo de Bruno na piscina
Pelo que mostrou nesse primeiro capítulo, 'O Rebu' tem tudo para começar a resgatar a teledramaturgia da Globo do limbo em que ela atualmente se encontra.

Afinal, morte, mistério, disputa pelo poder, romances e brigas são ingredientes fundamentais para prender o telespectador diante da TV.

Confira chamada:

*****
'O REBU'
O que é:
Novela em 36 capítulos
Direção Geral:
José Luiz Villamarim
Escrita por:
George Moura e Sergio Goldenberg
Elenco Principal:
Patrícia Pillar, Cássia Kiss Magro, Sophie Charlotte, Daniel de Oliveira, Tony Ramos, José de Abreu, Marcos Palmeira, Dira Paes
Quando:
Terça a Sexta - por volta de 23h
Cotação do Klau:

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

'AMORES ROUBADOS': COM CENAS DE SENSUALIDADE MÁXIMA E INTERPRETAÇÕES DE BABAR, MINISSÉRIE LEVANTA PROGRAMAÇÃO DE FÉRIAS DA GLOBO E COLOCA DEFINITIVAMENTE CAUÃ REYMOND COMO UM GRANDE ATOR


No começo de 2013, o roteirista George Moura e o diretor José Luiz Villamarin nos deram a microssérie 'O Canto da Sereia', onde nos apresentaram a uma cidade de Salvador absolutamente verdadeira e sem o verniz que a Globo costuma colocar nas suas produções ambientadas no nordeste brasileiro.

Foi também o trabalho que consagrou definitivamente Isis Valverde na teledramaturgia da emissora - ela interpretou a protagonista.

Agora, exatos um ano depois, a dupla repete a parceria, novamente com Isis Valverde e agora com o sertão nordestino como cenário para 'Amores Roubados', nova minissérie em dez capítulos e que inaugura uma nova e bem vinda faixa de exibição na Globo - de segunda a sexta, após a novela das 21h.

Centrada no bonitão e bico doce Leandro (Cauã Reymond) e com forte apelo sexual, a história traz ainda belas imagens, elenco de primeiríssima e ainda extrapola uma polêmica envolvendo a vida privada dos dois protagonistas, Cauã e Isis, que interpreta Antônia.

Cauã Reymond como Leandro - fotos dessa postagem: Divulgação/TV Globo
Nos primeiros capítulos, fica evidente o avanço que Valverde vem desenvolvendo em sua já extensa carreira: a atriz mostra-se muito mais madura e segura -  e desde a Suellen de Avenida Brasil (2012), cresce a cada trabalho que faz, exalando sensualidade na medida certa, além de ter construído uma personagem envolvente, capaz de mexer com o sedutor Leandro e também com a imaginação do público.

Isis já é uma das grandes atrizes da TV brasileira - isso é fato.

Antônia, no parreiral do pai, Jaime
Diferentemente das novelas - que tem um ritmo de produção industrial as minisséries globais têm mais qualidade estética, texto bem mais apurado e o elenco, com mais tempo de preparação, afinadíssimo.

A fotografia do gênio das telonas Walter Carvalho - que também emprestou seu talento para 'O Canto da Sereia' e 'Lado a Lado' (2012), é simplesmente maravilhosa, por saber usar o forte Sol do sertão (que tanto castigou a equipe nas gravações) como aliado e aproveitar o melhor das locações ao redor do rio São Francisco, que se apresenta gigantesco e maravilhoso.

O resultado no vídeo ficou belíssimo, como muitas poucas vezes eu vi, e fica maravilhoso quando há o contraste com as sombras noturnas.

Inspirado no folhetim 'A Emparedada da Rua Nova', do pernambucano Carneiro Vilela (1846-1913),  a minissérie nos mostra a saga de Leandro, um Don Juan, que volta à fictícia cidade de Sertão e lá envolve-se com mulheres dos poderosos locais - até engravidar a filha do mais importante produtor de vinhos da região, Jaime (Murilo Benício) - que, no original, decide emparedar a filha.

Murilo Benício como o poderoso produtor de vinhos Jaime
Sensualidade máxima é o que não falta à trama, onde a câmera passeia e explora não só a beleza das atrizes como também de Cauã Reymond, que aparece lindo, sensualíssimo e aqui interpreta um dos seus melhores papéis.

Cauã nos entrega um Leandro doce, um somelier que tem vergonha de ser filho da ex- prostituta Carolina (Cássia Kis Magro,espetacular mais uma vez), mas que quando está diante de uma mulher se transforma num predador de fazer inveja a Tarcísio e Cuoco de antigamente - grande ator, grande galã.

Dira Paes é a fogosa Celeste, a primeira 'arrolada' por Leandro
Também merecem muita atenção os desempenhos de Dira Paes (Celeste) - a primeira 'arrolada' por Leandro já na segunda-feira - e a Isabel Favais de Patricia Pillar - mãe de Antônia, mulher de Jaime e que no capítulo de quinta teve três belíssimas cenas: mendigando o amor de Leandro, ameaçando se jogar de um penhasco e ainda se entupindo de cápsulas numa tentativa de suicídio.

Isabel se humilha, implorando o amor de Leandro
A Carolina de Cássia Kis Magro já preza pelo exibicionismo, em contraponto com a atuação comedida da atriz.

Ah, sim: a dupla protagonista do aclamado longa 'Tatuagem' - Jesuíta Barbosa e Irandhir Santos - faz sua estreia na telinha da Globo: o primeiro interpreta um amigo de Leandro e o segundo, um afilhado puxa saco do poderoso Jaime.

Situando a trama dias de hoje e mostrando um Nordeste rico, bonito, com muito verde, muita água e distante do senso comum, a produção ganha pontos.

Nada de jegue: é a moto o meio de transporte local; Antônia já pulou de bungee jump sobre as águas do São Francisco e o elenco, ao não carregar no sotaque nordestino, deixa os personagens mais naturais.

O público vem gostando muito: desde a estreia, a minissérie vem mantendo picos de 31 pontos de audiência, e na atual Globo é o segundo lugar - só perde para a novela 'Amor á Vida', em seus últimos capítulos.

Esqueça das fofocas sobre Cauã e Isis e mergulhe na minissérie - quem dera a TV brasileira tivesse produções ao menos similares durante o ano todo.

'AMORES ROUBADOS'
O que é:
Minissérie em 10 capítulos
Direção:
José Luiz Villamarin
Roteiro:
George Moura
Fotografia:
Walter Carvalho
Elenco Principal:
Cauã Reymond, Isis Valverde, Murilo Benício, Patrícia Pillar, Dira Paes, Osmar Prado, Jesuíta Barbosa, Irandhir Santos
Onde:
Globo
Quando:
De segunda a sexta
Horário:
Após 'Amor à Vida'
Cotação do Klau:

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

À BEIRA DO CAMINHO': PÉ NA ESTRADA EMOCIONANTE AO SOM DE ROBERTO CARLOS


Até eu mesmo ter uma fase "road" na minha vida - de 1989 a 1994 - confesso que eu nem gostava tanto de "road movies", gênero mais eficiente para se discutir as mudanças entre o ser e o estar - e só quem rodou milhares de quilômetros, como eu, sabe que a estrada e o profundo aprendizado que ela traz é a intermediária entre essas duas condições.

Em "À Beira do Caminho", dirigido por Breno Silveira - de "2 Filhos de Francisco" - e que estreia hoje, seu protagonista, João (João Miguel, de "Xingu"), não "é" um motorista de caminhão, ele "está" motorista de caminhão.

Os flashbacks mostram, há um motivo sério e cair na estrada pode ser a superação de uma dor, enquanto a chegada é o novo estado, a redescoberta de si mesmo.

Imagens: Divulgação - Fox Film
João Miguel e Vinícius Nascimento, em cena do longa

O longa orbita em torno das canções de Roberto Carlos - o caminhoneiro é apaixonado por elas - e seu título vem nome de uma música que, embora não esteja no filme (não foi liberada pelo cantor), tem seus versos ecoando fortes na narrativa - "Preciso acabar logo com isso, preciso lembrar que eu existo" - e aponta também para os elementos que João vai juntando ao longo de suas experiências - a física, nas estradas pelo Brasil, e a espiritual.

O ser e o estar ressurge quando a estrada é um referencial na vida de João - e se para a maioria das pessoas, a estrada é apenas o meio de viagem que será concluído com a chegada, no caso do protagonista, que vive em fuga, a estrada é o seu lar.

O elemento mais forte, que promove mudanças, é o menino Duda (Vinicius Nascimento), que perdeu a mãe e foge para São Paulo em busca de um pai que nunca conheceu - do pai, só tem uma foto e um endereço.

Assim, o longa mostra que o que está à beira do caminho é mais rico do que a estrada asfaltada e o reencontro com um ex-amor da juventude, Rosa (Dira Paes, maravilhosa), começa a demonstrar melhor o conflito que consome João.

Rosa, Duda, ou mesmo dona Maria do Carmo (Denise Weinberg) revelam-se aos poucos e, por eles, a vida de João é então revelada.

Dira Paes e Ludmila Rosa, em cena do longa

Na voz de Roberto Carlos, as músicas - quatro que ele liberou para o filme em suas gravações originais: "A distância", "O portão", "Amigo" e "Outra Vez" – dão o tom ao filme e à jornada do caminhoneiro.

Assumidamente emotivo, o longa não se envergonha de provocar lágrimas e o diálogo estabelecido com as canções está mais no tom do que no sentido literal, mas a melancolia da casa na qual as pessoas parecem tocar a vida – porque não têm outra coisa para fazer enquanto esperam – é uma imagem que corresponde com a mesma força aos versos de "O portão".

Muitas outras músicas de Roberto podem não estar explicitamente no filme - são a força da trama e dos personagens - mas é em "É preciso saber viver" que o recado é dado - eu, assim como o João, aprendi a duras penas que não adianta fugirmos milhares de quilômetros, pois os nossos problemas e as decisões que devemos tomar estão conosco, sempre.

João Miguel e Dira Paes, em cena do filme

Roberto não podia estar mais coberto de razão - e nem o marchandising escancarado da Volvo - montadora que foi coprodutora e forneceu o caminhão do protagonista - tira esse brilho.

O longa foi vencedor de seis prêmios no Cine PE: Filme pelo júri oficial e pelo popular, Melhor Ator, Ator Coadjuvante e Roteiro, além do troféu de honra Gilberto Freyre.

Confira o trailer do filme:

*****
'À BEIRA DO CAMINHO'
Diretor:
Breno Silveira
Elenco:
João Miguel, Dira Paes, Vinicius Nascimento, Ludmila Rosa, Denise Weinberg, Ângelo Antônio
Produção:
Breno Silveira, Lula Buarque de Hollanda
Roteiro:
Patrícia Andrade
Fotografia:
Lula Carvalho
Trilha Sonora:
Roberto Carlos
Duração:
102 min.
Ano:
2010
País:
Brasil
Gênero:
Drama
Cor:
Colorido
Distribuidora:
Fox Film
Estúdio:
Conspiração Filmes / Fox International Productions
Classificação:
14 anos
Cotação do Klau:

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

FESTIVAL DO RIO:'SUDOESTE' ENCANTA PLATEIA COM FÁBULA EM PRETO E BRANCO


Sudoeste era um dos filmes mais esperados na Première Brasil do Festival do Rio e a explicação é simples: o longa-metragem recebeu elogios de crítica e público em todos os lugares onde foi exibido, em festivais nacionais e internacionais, e os comentários mostraram fazer sentido ao acender das luzes do cinema, com aplausos que pareciam não ter fim, para o filme que demorou dez anos para sair do papel por falta de verba.

O roteiro é original: relata uma fábula sobre uma menina que nasce, cresce, envelhece e morre no mesmo dia.

Durante 128 minutos, os diálogos representam apenas 30% da composição, que tem na linguagem corporal o principal meio de transmitir mensagens aos espectadores.

A fotografia, com estética em preto e branco, também recebeu comentários generosos, e o público parece ter saído satisfeito da exibição.

O curioso é que, na contramão de grande parte dos filmes da mostra – como O Abismo Prateado e Eu Receberia as Piores Notícias de seus Lindos Lábios – não existe nenhum momento de nudez ou sexo.

AG News
Elenco de "Sudoeste", de Eduardo Nunes, se reúne na pré-estreia do filme, No festival do Rio (13/10/11)

"Achei curioso que na Première Brasil vários filmes abordam a temática do tempo assim como no meu longa. Mas ‘Sudoeste’ tem um público diferente. A faixa etária é para maiores de 14 anos. Não tem nudez nem sexo ousado, porque quisemos trabalhar a sutileza e não cabia esse tipo de cena. Estou impressionado com o alcance que o filme tem tido. Pessoas de várias idades e diferenças culturais têm gostado muito", disse o diretor Eduardo Nunes, que já trabalha em um novo projeto inspirado no livro de Albert Camus - A Morte Feliz.
"Só espero que não leve outros dez anos para sair do papel", completou.

Dira Paes é uma das personagens mais dramáticas do filme, ao interpretar a mulher que encontra Clarice e percebe que há algo de diferente nela.
"Antes de ver o filme, eu já gostava dele, porque foi feito com tanto carinho. Além disso, a recepção nos festivais de cinema de Gramado e Chicago foi excelente. Essa produção tem uma poesia visual. Eduardo faz um cinema único e ele conseguiu realizar vários sonhos", contou a atriz.

Por falar em Clarice, quem dá vida à personagem principal é Simone Spoladore.
A atriz e Nunes já haviam trabalhado juntos em curtas-metragens, mas Simone confessa que Sudoeste, que custou R$ 1,1 milhão, foi a parceria mais importante.
"É incrível o que acontece com Clarice. Mas esse não é um filme convencional, porque se trata de uma fábula. É sutil e sensível. Foi um prazer fazer parte de um projeto tão artístico", comentou.


Você pode conferir todos os vídeos relativos ao Festival do Rio, produzidos ou postados pelo UOL - basta clicar aqui.

*****
Matéria de Michele Alves, para o UOL

sexta-feira, 3 de junho de 2011

ESTAMOS JUNTOS NOS MOSTRA SÃO PAULO EM TODAS AS DIREÇÕES, PULSANDO JUNTAMENTE COM A SOBERBA ATRIZ QUE É LEANDRA LEAL

Já disse diversas vezes aqui que acho a cidade de São Paulo uma das mais cinematográficas do mundo,de uma plasticidade incomum e sempre pronta a ser cenário, de dramas de época a histórias futuristas, de uma comédia de TV despretensiosa - Aline, da Globo - a filmes laureados com o Oscar - O Beijo da Mulher Aranha (1985) , de Hector Babenco, Melhor Ator para William Hurt - que eu tive a grata satisfação de ver sendo filmado no Páteo do Colégio, berço dessa incrível cidade.

É por isso que eu gostei tanto de Estamos Juntos, novo filme de Toni Venturi - de Cabra Cega e Rita Cadillac: A Lady do Povo -, que acabei de assistir.

O filme toma o pulso da cidade, que é vista com propriedade e captada com honestidade e, mais do que cenário para os dramas que exibe, a cidade de São Paulo aqui é uma personagem viva, que respira e contracena com os atores.

A acima da média Leandra Leal interpreta Carmen, uma médica residente com sonhos de vida que começam a acontecer.

Divulgação
Leandra Leal como a médica Carmen, em Estamos Juntos, filme que estreia hoje

Nem mesmo pequenos dissabores, como o assédio do chefe - vivido por Marat Descartes - ganham a dimensão que merecem, já que a protagonista é centrada e segura de suas escolhas.

Só que a vida preparou uma senhora surpresa, e Carmen é diagnosticada com uma doença séria.

Paralelamente, aceita o convite de uma colega - papel de Débora Duboc - e começa a desenvolver um trabalho assistencial junto a um grupo de pessoas que moram num prédio ocupado no centro de São Paulo, nova realidade que vem a ser um choque para Carmen, que só passa a encarar com outros olhos os movimentos sociais quando conhece a médica Leonora - interpretada por Dira Paes .

Da soma doença mais o despertar de uma nova consciência, a protagonista se transforma, passando a questionar tudo aquilo que até então encarava como certeza, como a sua até então inabalável amizade com Murilo - Cauã Raymond,em seu melhor papel, disparado - um gayzinho que não é capaz de ver o que se passa à sua volta.

Divulgação
Leandra Leal e Cauã Reymond, em cena de Estamos Juntos

Quando os dois disputam um violinista - interpretado pelo bom ator argentino Nazareno Casero, de Crônica de uma Fuga - a amizade acaba, um indicador da visão equivocada que Carmen tem do mundo e de seus relacionamentos, sejam amorosos, sejam de amizades.

Ela corre perigo, mas passa a questionar se a vida de uma pessoa é maior ou menor do que a vida e a segurança de todo o grupo dos sem-teto, sua vida se transforma e pouca coisa sobra de seu passado - talvez apenas o personagem vivido por um misterioso Lee Taylor.

O diretor Venturi foi muito feliz ao escolher Leandra Leal, pois sabia que precisaria de uma grande atriz, já que a trama se arma na transformação de sua protagonista, e os elementos que entram em cena - doença, movimento dos sem-teto, perda das amizades - são sempre somas dessa mudança do modo de vida e de visão da personagem.

Como acontece em todos os trabalhos de Leandra, seja na TV, no palco ou nas telonas, o que se vê aqui, além da entrega mais completa, é a compreensão dos dramas internos de Carmen - o que a transforma em mais do que uma personagem que existe apenas no filme.

Divulgação
Nazareno Casero e Leandra Leal, em cena de Estamos Juntos

Leandra recebeu por essa brilhante interpretação o prêmio de melhor atriz no o XV CinePE no mês passado, e o filme foi o grande vencedor - levou sete prêmios, entre eles melhor filme, diretor e roteiro.

Delicado, Toni Venturi impregna o espectador do universo dessa personagem e, quando Carmen vem à tona, o que reencontra, além de si mesma transformada, é a cidade que a cerca - e que ela nunca prestou atenção.

Venturi também teve a sorte de filmar invasões de prédios no centro da cidade e a repressão da PM para retirar os invasores em tempo real, tema que, entendo eu, envergonha seus moradores e não merece a atenção devida das autoridades (in)competentes - afinal, o que tem de prédio vazio, esperando ser devidamente habitado no centro de São Paulo é mato.

Estamos Juntos  vai muito mais fundo, e olha em todas as direções dessa cidade espetacular, com pessoas tão espetaculares quanto essa Carmen de Leandra Leal.

Confira o trailer do filme:

****
ESTAMOS JUNTOS
Título Original:
Estamos Juntos
Diretor:
Toni Venturi
Elenco:
Leandra Leal
Cauã Reymond
Dira Paes
Lee Taylor
Nazareno Casero
Débora Dubboc
Sidney Santiago
Produção:
Rui Pires
André Montenegro
Roteiro:
Hilton Lacerda
Fotografia:
Lula Carvalho
Trilha Sonora:
BiD
Duração:
Sensacionais 96 min.
Ano:
2010
País:
Brasil, Argentina
Gênero:
Drama
Cor:
Colorido
Distribuidora:
Imagem Filmes
Estúdio:
Olhar Imaginário
Aurora Filmes
Americine
Classificação:
14 anos
COTAÇÃO DO KLAU:

sábado, 12 de março de 2011

ESPECIAL: AS PROSTITUTAS NAS TELONAS

Com o sucesso de "Bruna Surfistinha" nas telonas brasileiras - o filme já teve mais de um milhão de espectadores - vários leitores tem pedido que eu fale de outros filmes onde suas protagonistas também são prostitutas.

Então, vamos lá!


"Breakfast at Tiffany's/Bonequinha de Luxo" (1961), de Blake Edwards

Nesse drama, dirigido por Blake Edwards e com roteiro baseado em livro de Truman Capote, e que é ambientado na cidade de Nova York, Audrey Hepburn interpreta uma prostituta de luxo fascinada pelas jóias expostas nas vitrines da joalheria Tiffany.

Holly Golightly pretendia ser atriz em Hollywood quando saiu da fazenda em que morava, deixando um marido para tras.

Mas acaba mesmo como amante de um mafioso, além de se prostituir na Big Apple.

APAudrey Hepburn interpreta Holly, uma garota de programa de luxo que procura por um marido rico em "Bonequinha de Luxo" (1961), de Blake Edwards

Holly acaba se envolvendo com um jovem escritor - papel de George Peppard - que se tornou seu vizinho, e que é bancado pela amante rica.

O papel foi pensado inicialmente para a Diva Marilyn Monroe, que desistiu do papel.
E é nesse filme que Audrey Hepburn aparece cantando "Moon River", uma das mais belas canções de todos os tempos, e que faz parte da trilha sonora de Henry Mancini - que a compôs especialmente para que Hepburn, que nunca tinha cantado, pudesse interpreta-la.

Relembre Audrey Hepburn interpretando "Moom River", em cena do filme:


Um clássico que levou dois Oscar - venceu nas categorias de melhor trilha sonora: comédia/drama e melhor canção original, para "Moon River" - e que até hoje é uma história encantadora e que nunca cansa de ser vista.


"Risky Business/Negócio Arriscado" (1983),de Paul Brickman

Nessa comédia ambientada em Chicago, um adolescente, Joel, interpretado por Tom Cruise - aproveita que seus pais viajaram e telefona para uma call-girl chamada Lana - interpretada por Rebeccca de Mornay.

Divulgação

Rebecca De Mornay interpreta Lana, que propõe que Joel - Tom Cruise - que alugue a casa para suas colegas, em "Negócio Arriscado"(1983), de Paul Brickman

Ele acaba se envolvendo com ela, que usa sua casa para que várias "colegas de trabalho" dela recebam seus clientes, com Joel recebendo sua parte da grana por ser a sua casa.

Mas nem tudo ocorre como planejara...

Relembre o trailer do filme:


O filme foi um sucesso de bilheteria - custou 6 milhões de dólares e arrecadou mais de 63 milhões nos Estados Unidos - e lançou De Mornay ao estrelato.


"Vivre sa Vie/Viver a Vida" (1962), de Jean-Luc Godard

Nesse drama, conhecemos Nana - interpretada por Anna Karina - é uma jovem que abandona o seu marido e o seu filho para iniciar carreira como atriz.

Para financiar sua nova vida começa a trabalhar numa loja de discos, mas, como não ganha muito dinheiro e não consegue pagar o aluguel, e depois de ser expulsa da casa onde vivia, decide tornar-se prostituta.

DivulgaçãoAnna Karina interpreta Nana, que entra no mundo da prostituição em Paris em "Viver a Vida"(1962), dirigido por Jean-Luc Godard

No primeiro dia que começa a trabalhar na rua, reencontra Yvette - Guylaine Schlumberger - uma velha amiga que confessa que também se prostitui por necessidade.

Yvette a apresenta a Raoul - Saddy Rebot - que se torna seu cafetão.

A partir desse momento, Nana irá entrando progressivamente no mundo da prostituição parisiense.

Confira cenas do filme:


Um ótimo filme do mestre Godard, com uma atuação magistral de Anna Karina


"Shanghai Express/O expresso de Xangai" (1932), Josef von Sternberg

Essa aventura foi o quarto filme da colaboração da Diva Marlene Dietrich com o diretor von Sternberg, tem uma soberba fotografia em preto & branco, creditada à Lee Garmes - e com provável participação de von Sternberg - premiada com o Oscar, e de tão bom já teve dois "remakes": "Night Plane from Chungking" (1942), e "Peking Express" (1951).

Ambientado em 1931, durante a Guerra Civil Chinesa, vemos, no embarque no Expresso de Xangai - um trem que vai partir de Pequim - o capitão britânico Donald 'Doc' Harvey - interpretado por Clive Brook - sendo avisado pelos amigos de que a notória cortesã "Shanghai Lily" - Marlene Dietrich - será também uma passageira - os amigos se referem a ela como "coaster" ou "alto custo", pois teria arruinado financeiramente com seus caprichos cinco homens.

Arquivos do KlauMarlene Dietrich, no auge da beleza, vive Magdalen, uma cortesã no filme "O Expresso de Xangai"(1932), de Josef von Sternberg; na trama, ela acaba revendo um homem do seu passado

Quando Doc a encontra, ele logo reconhece Magdalen, uma antiga amante de quem tinha se separado há cinco anos, por conta de suas obrigações militares.

Shangai Lili divide uma cabine de primeira classe com outra cortesã, a chinesa Hui Fei, e ambém viajam na primeira classe o reverendo Sr. Carmichael, o jogador inveterado Sam Salt, o traficante de ópio Eric Baum, a anciã Sra. Haggerty, o oficial francês Major Lenard e o misterioso eurasiano Henry Chang.

Durante a viagem, soldados do governo param o trem, e prendem um agente rebelde que se misturava com os passageiros.

Depois que o trem é recolocado em marcha, o Sr. Chang se revela como um comandante rebelde e resolve tomar o comboio com suas tropas, tomando um dos passageiros como refém e troca-lo pelo espião detido.

Doc é o escolhido, obrigando Shangai Li a se sacrificar para salvá-lo.

Confira a Diva Dietrich em cena:


São 80 minutos que passam muito rápido na telona, e eu o considero um dos melhores filmes de Marlene.


"The Girlfriend Experience/Confissões de uma Garota de Programa" (2009), de Steven Soderbergh

Esse drama é ambientado em Nova York,dias que antes da eleição presidencial de 2008.

Divulgação
O namorado de Chelsea - vivida por Sasha Grey - aceita sua profissão em "Confissões de uma Garota de Programa" (2009), de Steven Soderbergh

A trama é centrada em uma garota chamada Chelsea - Sasha Grey - que enfrenta os desafios de seu namorado, seus clientes, e sua profissão em Nova York.

Confira cenas:


É um dos filmes menores do diretor, mas vale por Sasha Grey.


"Baixio das Bestas" (2007), de Cláudio Assis

Nesse drama, Auxiliadora - Mariah Teixeira - é uma jovem de 16 anos explorada por seu avô, Heitor - Fernando Teixeira -, que enxerga falta de autoridade em tudo à sua volta, mas não pensa duas vezes antes de explorar a neta.

Cícero - Caio Blat - pertence a uma conhecida família local, e está apaixonado por Auxiliadora, mas a sua relação com o sexo feminino é doente e violenta.

DivulgaçãoEm Baixio das Bestas" (2006), de Cláudio Assis, Dira Paes interpreta Bela, que vive em um bordel à espera dos agroboys em Pernambuco

O filme, tem cenas fortes e bastante explicitas, e reflete sobre a condição da mulher desprotegida, abordando temas como a prostituição ilegal e a exploração sexual de menores.

Veja cenas do filme:


Dira Paes, que interpreta aqui a prostituta Bela, levou o prêmio de atriz coadjuvante no Festival de Brasília - Mariah Teixeira levou o de melhor atriz e o filme, levou o prêmio máximo - Em Brasília e Roterdam.

"Moulin Rouge - O Amor em Vermelho/Moulin Rouge" (2001), de Baz Luhrmann

Nicole Kidman
estava com o casamento com Tom Cruise por um fio, quando aceitou o desafio de ficar meses na sua Austrália natal filmando esse musical.
Voltou solteira.

DivulgaçãoNicole Kidman, no auge da beleza, interpreta Satine, uma cortesã com status de estrela no cabaré "Moulin Rouge" (2001),obra prima dirigida por Baz Luhrmann, onde faz par romântico com Ewan McGregor

Mais bela do que nunca, Nicole interpreta aqui Satine, a cortesã mais desejada do cabaré parisiense Moulin Rouge no começo do século 20.

Quando um jovem escritor inglês - interpretado por Ewan Mcgregor - entra na sua vida, sua artificial estabilidade desce a ladeira, ajudada por uma tuberculose que...

Relembre Ewan Mcgregor interpretando "Your Song" - minha música favorita:


Para mim, é um dos mais belos filmes já feitos em todos os tempos, e o diretor australiano acertou muito em colocar músicas atuais - Queen, Elton John, entre outros - interpretadas pelo elenco acima da média - todos rigorosamente, estão bem.


"L.A. Confidential/Los Angeles - Cidade proibida" (1997), de Curtis Hanson

Esse policial é ambientado na Los Angeles do início dos anos 50, onde três detetives caem de cabeça numa teoria de conspiração e corrupção policial que atinge até os mais altos escalões, tudo ligado a um esquema de prostitutas de luxo - onde cada uma delas é uma sósia de uma estrela de Hollywood.

O truculento Bud White - Russell Crowe -, o cerebral Ed Exley - Guy Pearce - e o egocêntrico Jack Vincennes - Kevin Spacey - suspeitam que a agência de prostituição serve de fachada para queimas de arquivo que envolvem o alto escalão da polícia, e a prostituta Lynn - Kim Basinger - pode ser a chave do mistério.

DivulgaçãoEm "Los Angeles - Cidade Proibida" (1997), de Curtis Hanson, a agência de prostituição de Lynn - interpretada por Kim Basinger pode estar ocultando crimes

Num bom roteiro e com um bom elenco, quem se destaca é Kim Basinger, que aqui interpreta a prostituta que é um dos melhores papéis de sua carreira.

Relembre cenas do filme:


O desafio de adaptar o estilo seco do escritor James Ellroy foi vencido pelo diretor Curtis Hanson, num filme vencedor de nada menos que 70 prêmios em todo o mundo.

"Mighty Afrodite/Poderosa Afrodite" (1995), de Woody Allen

Oito anos após adotar um bebê, um pai adotivo - Lenny, interpretado por Woody Allen - resolve procurar a mãe biológica da criança.

DivulgaçãoMira Sorvino interpreta a garota de programa Linda, mãe biológica do filho adotivo do protagonista em "Poderosa Afrodite" (1995), de Woody Allen

Procurando por uma Nova York magníficamente fotografada, ele acaba descobrindo que ela é uma prostituta cafona e burra chamada Linda - Mila Sorvino -, que em filmes pornográficos usa o nome Judy Cum.

Veja Cenas do filme, selecionadas para a produção de planejamento de aula da disciplina Laboratório de Filosofia do curso de Filosofia da UFMG - 2º semestre / 2007 - prof. Patrícia Kauark - tema "Liberdade e determinismo":


Tocado com a situação da moça, Lenny decide então aconselhá-la a abandonar este tipo de vida.

É com esse roteiro simplérrimo que Allen faz aqui um de seus maiores filmes, onde Mira Sorvino está magnífica - tanto que levou tudo no ano, infelizmente na categoria coadjuvante: Oscar, Globo de Ouro, Bafta e New York Film Critics Circle Awards.


"Bellini e a Esfinge" (2001), de Roberto Santucci

Baseado no livro de sucesso de Tony Bellotto, o filme começa quando um médico procura uma agência de detetives, para que encontrem uma garota de programa.

Só que o cliente é assassinado.

DivulgaçãoFátima - interpretada por Malu Mader - cruza o caminho de dois detetives que investigam um caso em São Paulo em "Bellini e a Esfinge" (2001), de Roberto Santucci

Buscando solucionar o crime, dois detetives se infiltram no submundo da noite de São Paulo, onde um deles, o detetive Bellini, acaba se envolvendo com a prostituta Fátima.

Veja cena do filme:


Sou suspeitíssimo para falar desse filme, porquê trabalhei nele.

O resultado final é muito bom, Malu Mader - mulher de Bellotto - está linda como a prostituta Fátima, e Fábio Assunção, vivendo o detetive Bellinni do título, tem aqui seu melhor papel.


"Pretty Woman/Uma Linda Mulher" (1990), de Gary Marshall

Sempre que o tema é "prostitutas no cinema", esse filme é o mais membrado.

Afinal, essa comédia romântica, que atualizou a história de Cinderela para os dias de hoje, é a obra prima do diretor Marshall, e catapultou Julia Roberts ao estrelato.

DivulgaçãoJulia Roberts interpreta Vivian, que acompanha Edward - Richard Gere - em eventos sociais; lógico, eles acabam se apaixonando em "Uma Linda Mulher" (1990), de Gary Marshall

O filme conta a história de uma atraente prostituta, que conhece por acaso um milionário que a contrata por uma semana.

Nessa semana, ela se transforma em uma mulher elegante, para acompanhá-lo em compromissos sociais.

No entanto, os dois começam a se envolver, e a relação patrão/empregada muda para um relacionamento entre homem e mulher - os dois acabam se apaixonando.

Confira cenas do filme:


Richard Gere dá show como Edward, o milionário, e a Vivian de Julia já mostrava a boa atriz que ela logo se tornaria.

É a história de prostituta mais sem sal que sem tem notícia - afinal, o filme é uma produção da Touchstone Pictures, subsidiária da Disney.


"Taxi Driver" (1976), de Martin Scorsese

É quase unânime: "Taxi Driver" é considerado um dos maiores filmes americanos de todos os tempos.

Aclamado por sua performance forte e realismo gritante, levou Robert de Niro e Jodie Foster à fama e reconhecimento.

Foster tinha apenas 12 anos durante as filmagens e Bernard Herrmann, conhecido por seu trabalho com Alfred Hitchcock - é dele a melodia de violinos de "Psicose"
(1960) - fez aqui sua última trilha sonora - morreu logo depois.

DivulgaçãoA jovem Iris - interpretada por Jodie Foster - encontra Travis - Robert De Niro -, que tenta tirá-la da prostituição em "Taxi Driver" (1976), de Martin Scorsese

Na trama, Travis Bickle - De Niro - é um jovem de 26 anos frustrado e alienado do meio-oeste dos Estados Unidos, que alega ter sido recentemente dispensado do Corpo de Fuzileiros Navais.

Como sofre de insônia, arruma um emprego como taxista na cidade de Nova York, no turno da madrugada.

Ele passa o seu tempo livre assistindo a filmes pornográficos em cinemas imundos, e dirigindo sem rumo pela periferia de Manhattan.

Observa Nova York de seu táxi, e irrompe com violência contra o que julga ser a ralé que contamina a cidade - ele é incomodado pelo que considera o declínio moral a seu redor.

Quando Iris - Foster -, uma prostituta de 12 anos entra no seu táxi certa noite para fugir do "chulo", Travis torna-se obcecado em salvá-la, apesar da completa falta de interesse da jovem pela ideia, explicando que estava drogada quando tentou fugir e o "chulo", Sport, é na verdade uma pessoa gentil e de boa índole.

Travis é também obcecado por Betsy - Cybill Shepherd -, que trabalha no comitê eleitoral do senador Palantine, candidato à presidência que promete mudanças sociais drásticas.

Ela inicialmente fica intrigada com Travis e identificando-se com sua própria solidão, concorda em sair com ele.

Só que no encontro, Travis a leva a ver um filme pornô, e ela abandona-o, perturbada.

Relembre cenas do filme:


Pense num filme premiadíssimo, e esse filme é "Taxi Driver": levou todos os prêmios importantes - Oscar, Globo de Ouro, Palma de Ouro em Cannes, Bafta, além dos prêmios dados a Scorsese, Jodie Foster e Robert De Niro.


"Belle de Jour/A Bela da Tarde" (1967), de Luis Buñuel

Nesse drama, Séverine - Catherine Deneuve - é uma burguesa casada com o doutor Pierre - Jean Sorel.

Divulgação

Catherine Deneuve é uma dona de casa comum - Séverine - que realiza fantasias em bordel em "A Bela da Tarde" (1967), de Luis Buñuel

Só que ela tem um segredo: para fugir do tédio e do desamor, Séverine passa suas tardes trabalhando como prostituta no bordel de Madame Anais - Geniviève Page.

Relembre cenas do filme:


A Diva francesa está no auge da beleza, e Buñuel fez aqui talvez o seu filme mais "normal", sem os experimentalismos que marcaram a sua obra.

*****
Gostaram?

Sugestões de temas para as postagens - vocês mandam e eu faço!