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sábado, 29 de junho de 2013

A SEMANA ILUSTRADA


Encerrando a semana, as foto charges exclusivas com os assuntos da semana.

Confira:










segunda-feira, 11 de outubro de 2010

ABORTO E A ELEIÇÃO NO SÉCULO XII

O destaque nesse segundo turno da campanha à presidência, é o tema da descriminalização do aborto.

Questão complexa, que por envolver convicções pessoais e religiosas, só poderia ser decidida legitimamente pela mulher que deseja abortar, ou por meio de uma consulta popular, o tal "plebiscito sobre", de que tanto martelou no primeiro turno Tia Marina Silva Clorofila ex-Malafaia.

Nem por isto é fora de questão que o tema se torne presente no debate eleitoral, já que é direito do eleitor conhecer as opiniões dos candidatos sobre o tema.

Só que, em vez de ocasionar uma discussão racional e franca, a disputa sucessória tem-se caracterizado por uma atitude retrógrada, ignorante e obscurantista.

Obscurantista, não pela rasa identificação que se costuma fazer entre a firmeza de convicções religiosas e um espírito medieval de caça às bruxas, já que se pode perfeitamente ser contra o aborto em qualquer circunstância, sem ser um fanático fundamentalista - e mesmo sem professar nenhuma religião como eu, que sou ateu.

O obscurantismo marca a campanha eleitoral quando o que se procura é, antes, confundir o eleitor do que esclarecer as próprias posições.

O exemplo maior disso é o slogan do "direito à vida", que aparece na propaganda eleitoral de ambos os candidatos ao segundo turno.

Como se sabe, essas palavras têm um sentido claro para o eleitorado católico - e cristão de modo geral -, já que podem ser traduzidas como uma condenação do aborto, mesmo nos casos já admitidos na lei brasileira -o de gravidez por estupro e o de risco de morte para a mãe.

Nenhum dos dois candidatos propõe a revogação desse dispositivo mas, que lancem mão ao lema do tal "direito à vida" é sintoma da dificuldade de ambos em defender o que já existe na legislação, contrário às ideias dos eleitores que pretendem conquistar.

Pessoalmente, considero que a legislação vigente deve ser flexibilizada, de modo a permitir que, já sofrendo numa circunstância evidentemente dramática e dolorosa, qualquer mulher em solo brasileiro possa interromper a gravidez, sem que seja considerada criminosa por isso.

Cerca de 1,1 milhão de abortos clandestinos são feitos anualmente no país, na grande maioria das vezes em condições precaríssimas, em ambientes que mais parecem um açougue de quinta categoria do que uma sala de cirurgia.

Os abortos mal feitos dão um gasto de mais de R$ 850 milhões por ano ao SUS, e são a terceira causa de mortalidade materna no Brasil.

Em 56 países, que representam 40% da população mundial, o aborto é permitido sem restrições até a 12ª semana de gravidez - limite máximo que se poderia admitir, e com o qual eu concordo.


Com certeza, políticas públicas de esclarecimento e garantia de acesso a meios anticoncepcionais - como a pílula do dia seguinte -, poderiam, se amplas, intensivas e duradouras, prevenir a gravidez indesejada e reduzir de maneira drástica o número de mulheres que se valem, numa situação extrema, do traumático recurso.

Só que alguns setores religiosos, como é certo e sabido, são contra até mesmo o uso de anticoncepcionais e da camisinha - que nos dias atuais não serve só para não ter filhos, mas principalmente para evitar contágio por doenças sexualmente transmissíveis.

A sociedade felizmente evoluiu na direção oposta, e hoje os jornais já trazem a informação que o tema do aborto só fez cerca de 1% dos eleitores mudarem seu voto em 3 de outubro.

Fica provado, assim, que tivemos segundo turno muito mais pelo tráfico de influência da companheira Erenice na Casa Civil - e o salto alto de Dona Dilma, Luiz Inácio e companhia bela - do que pela pregação religiosa/medievalesca que pastores e padres fizeram contra a petista.

O Brasil precisa com urgência de um plebiscito sobre o aborto, para que a população seja esclarecida sobre os vários aspectos envolvidos na questão, longe das religiões todas que, para mim, só servem para levar a Humanidade ao começo do século 12, para dizer o mínimo.

Confira a coluna de hoje em vídeo, já postado no YouTube e no UOL:

terça-feira, 3 de agosto de 2010

MALAFAIA, DESCENDO A LADEIRA

No começo de abril, Silas Salafrária, quero dizer, Malafaia, lançou em parceria com outro "pastor" norte-americano, Mike Murdock, um plano para arrecadar R$ 1 bilhão.

E ele se ferrou...


O dinheiro seria empregado em "evangelização" em todo o mundo e manutenção de programas de TV em pelo menos 140 países.

Malafaia batizou o plano de "Clube de 1 milhão de Almas", onde cada fiel que aceitasse colaborar teria de doar R$ 1 mil.

Por causa do plano, o pastor recebeu severas críticas de setores não só da Assembleia de Deus - a seita a que ele e a tia Marina pertencem - mas também de outras seitas evangélicas, e por causa das críticas, o pastor teria se afastado da AD.

Quatro meses depois, o tal plano é um fracasso numérico e financeiro.

Até ontem, menos de 5.000 pessoas tinham aderido ao programa, embora Malafaia esteja fazendo propaganda ostensiva em horários que adquire na TV e no rádio.

Pelo andar da carruagem, o "pastor" levará 330 anos para completar o milhão de almas pretendido, e o acordo que ele disse ter fechado para exibir programas em outros países é válido apenas para este ano.

O "sócio" de Malafaia no mirabolante plano, o tal Murdock, é pregador conhecido nos EUA como ferrenho defensor da teologia da prosperidade - aquela que prega que o fiel pode obter ganhos financeiros e materiais única e exclusivamente através de sua fé, e que essa fé deve ser demonstrada com uma espécie de generosidade para com a igreja com que ele, fiel, frequenta.

Ao doar parte do que tem, o fiel teria uma contrapartida divina garantida, já que "Deus é fiel" - em seu acordo com os humanos.

É o mesmo discurso da Igreja Universal do Reino de Deus - do Edir Macedo - e da Renascer em Cristo - do casal de bandidos internacionais Sônia e Estevão Hernandes - usam para tomar uma grana no mole de quem as frequenta.

Esse tipo de seita lança constantemente "desafios" para seus seguidores, que, quase sempre, resultam na doação de dinheiro para esta ou aquela "causa" da "igreja".

A Universal atualmente está pedindo - e recebendo - dinheiro dos tontos, quero dizer, fiéis, para construir uma réplica do templo de Salomão, e a Renascer pede grana dos otários, quero dizer, fiéis, para reconstruir sua sede na Avenida Lins de Vasconcelos, aqui em Sampa.

Quanto ao Malafaia, só posso ficar contentíssimo em ver um explorador contumaz da fé alheia se ferrar.

Afinal, "DEUS TARDA, MAS NÃO FALHA".

Fonte: Coluna do Ricaldo Feltrin - UOL
Texto final: Cláudio Nóvoa

segunda-feira, 7 de junho de 2010

CANDIDATOS E RELIGIÃO: QUANDO DEUS É O DIABO

"Fica gritante o crescente desprestígio da atividade política nesse país, e as ferramentas de sempre, como comícios, discursos, idéias e planos de governo já não atraem, nem convencem".

Pessoal:

Como diria aquela bichitta da novela das sete: "Eu tô rosa cliclete com a cara de pau dos candidatos a presidente, quando o assunto é religião"!

Não tem um dia em que não somos bombardeados por um mar de hóstias, nossos ouvidos sofrem com os decibéis a mais dos crentes, e nossas roupas e cabelos acabam irremediavalmente cheirando a defumação de preto véio.

E a cena é sempre a mesma: o candidato - ou candidata - abaixa a cabeça para ser abençoado pelo padre, pelo pastor, pelo babalaô -e segue, sorridente e exorcizado, para seu próximo compromisso de campanha.

Uma passeata gay, quem sabe; um evento pela diminuição da carga tributária, porquê isso dá voto; ou um encontro com profissionais da saúde pública, talvez.

Nesse trajeto todo, questões que os eleitores - ah, esses chatos estão por todo lugar! - querem saber como o candidato - ou candidata - pensa, como o aborto, liberdades civis, casamento gay serão lembradas.

Como antes foi bater cabeça num templo qualquer, o candidato que comunga, bate no peito, grita feito louco ou bebe a pinga do preto véio se acha no direito de calçar as sandálias da humildade, para lépido e fagueiro, arrastá-las dias depois, num forró em Pernambuco ou numa escola de samba carioca.

Políticos brasileiros, tão versáteis assim, até que demonstram ser num primeiro momento candidatos de vanguarda, já que essa peregrinação acentua o espírito de tolerância e ecumenismo que tem sido um dos patrimônios mais importantes da cultura brasileira.

Só que, na medida em que as eleições se aproximam - e os candidatos multiplicam suas peregrinações a locais de culto - vão ficando visíveis os sinais de um processo mais complexo e, entendo eu, muito preocupante.

Em primeiro lugar, fica gritante o crescente desprestígio da atividade política nesse país, e as ferramentas de sempre, como comícios, discursos, idéias e planos de governo já não atraem, nem convencem.

Até a pouquíssimo tempo, suas excelências ainda tinham o recurso do "showmício" pra usar.

O candidato subia no palanque já abraçado a uma dupla sertaneja ou alguma rainha do axé, acenava para a multidão, e, em caso de indiferença, a aparelhagem de som estava pronta a propagar, em milhões de decibéis, o entusiasmo no coração dos cidadãos.

Proibidos pela legislação, os showmícios retornam agora, pela porta da sacristia, dos pastores milionários - que desgraçadamente continuam a comprar horários em todos os canais de TV - debaixo desse ou daquele orixá.

Como os eventos musicais não podem mais ser aliciados para o marketing eleitoral, outro tipo de marketing -o religioso- serve para dar aos candidatos o palanque - e a plateia dócil - de que eles tanto precisam.

Só que, como em política tudo tem um preço, é aqui que entra a putaria dessa questão.

Assim como a busca por mais espaço no horário gratuito da TV leva os candidatos a um suingue de alianças partidárias, a esperança de fazer do altar um palanque, e dos templos, currais eleitorais, lá vamos, todos nós, sermos submetidos, mesmo sem querermos,aos tentáculos cada vez maiores da máfia religiosa, e aos interesses inconfessáveis que a ela se associam.

Com tudo isso, na minha cabeça, começam a pipocar perguntas que não querem calar:

- Que política terá o candidato sobre as concessões de rádio e TV?

- Aceitará manter as isenções fiscais que os cultos de todo tipo usufruem?

- Com que tipo de preconceitos compactua, quando se submete à romaria?

A candidata do PV, Marina Silva, ao menos tem sido clara em suas atitudes: se declara evangélica, e perde ou ganha votos com isso.

Já se confundiu sobre a questão do ensino do criacionismo nas escolas, é contra o casamento gay, e avisou aos interessados que não participaria da Parada Gay de ontem na avenida Paulista.

Eu respeito suas posições.

Mas quando descobri que a seita dela é a Assembléia de Deus, a mesma seita do tal Silas Salafrária, quero dizer, Malafaia, que passa sete dias por semana berrando nas madrugadas da Band que gays "são impuros, sujos e que deveriam todos morrer", é a religião, no que tem de mais medievalesco e de moroso, falando mais alto do que a modernidade republicana deve ser.

O meu voto, ela já perdeu.

Quanto a Serra Nomuro e Dona Dilma , a religião não fala, mas, em troca de votos, ficam no que os católicos chamam de "silêncio Obsequioso".

Os dois subvertem seus DNAs políticos, desconversam, dizem amém a tudo e a todos, e oferecem, a quem quiser acreditar, lógico, um triste espetáculo de passos pra trás, de coisa que cheira a velhice, a naftalina.

Tudo por um punhado de votos a mais.

Seja esperto, não caia nessa!

Veja - e ouça! - essa coluna, já postada no YouTube:

quinta-feira, 29 de abril de 2010

ERA MEDIEVAL: ADIVINHA QUEM FOI CONTRA A ADOÇÃO DOS MENINOS PELAS LÉSBICAS GAÚCHAS?

Pessoal:

Confira a pesquisa da FOLHA ONLINE de hoje:

Em julgamento considerado histórico pelos próprios ministros, a 4a Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça) reconheceu, por unanimidade, que casais formados por homossexuais têm o direito de adotar filhos. Você concorda com a decisão?
53%
6.137 votos Sim

47%
5.343 votos Não

Total: 11.480 votos

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É evidente que decisões como essa são marcadas pela polêmica.

Como é lógico que grupos contrários se manifestem contra.

Veja o que disse o padre Luiz Antônio Bento, assessor da comissão para vida e família da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil):
"Nem sempre o que é legal é moral e ético. Cremos que a questão da adoção por casais homossexuais fere o direito da criança de crescer nessa referência familiar.
As crianças têm o direito de conviver com as figuras masculina e feminina no papel de pais".

Confira agora a posição do pastor Paulo Freire, presidente do conselho de doutrina da igreja evangélica Assembleia de Deus:
"A criança precisa da figura do pai e da mãe para entender a vida".
Para Freire, a instituição não é contra homossexuais. "Somos contra o casamento deles", e diz que a existência de dois pais ou duas mães confunde a criança sobre as figuras tradicionais da paternidade.
"Se a criança não tem um pai e vive só com a mãe, sabe, mesmo assim, o que é a figura do pai. O casal homossexual que adota, foge disso", diz o pastor.

Geraldo Campetti, diretor-executivo da FEB - Federação Espírita Brasileira - discorda de que a adoção por um casal gay pode ter efeitos negativos sobre a criança: "O mais importante em termos de educação e família é o amor. Com ele, não se entra na questão da sexualidade. O importante é a preservação da família e a formação do caráter. O maior problema das uniões é a promiscuidade, tanto em relações entre homem e mulher quanto em relações entre pessoas do mesmo sexo."

Na decisão que reconheceu o direito de casais gays de adotar filhos, os ministros do Superior Tribunal concluíram que essa é o melhor a ser feito pelas crianças.
Relator do caso, Luís Felipe Salomão citou em seu voto uma série de estudos que indicam não haver "qualquer inconveniência no fato de crianças serem adotadas por casais homossexuais". No caso de Bagé, que foi votado antes de ontem pelo STJ, um laudo da assistência social recomendou a adoção, assim como o parecer do Ministério Público Federal.
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Quis colocar aqui a opinião de três líderes religiosos e o parecer final do STJ sobre o assunto, para que tenhamos subsídios para uma reflexão.

E a minha é:
NÃO PODEMOS NUNCA MAIS DEIXAR QUE RELIGIÃO INFLUA E DITE DESTINOS PARA A VIDA DAS PESSOAS E DE SEUS ENTES QUERIDOS.

Estamos já no décimo ano do Século 21, e atitudes e doutrinas da ERA MEDIEVAL não cabem mais.
E o pior é que a gente nem pode falar pra esses religiosos: "Se gays não podem adotar, porquê vocês não cuidam das crianças abandonadas, sem lar , sem pais e sem família, usando toda essa grana que vocês ganham no mole dos fiéis"?
Atualmente, sabemos bem o que esses religiosos fazem com as crianças, não é?