segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

REFORMA POLÍTICA, COM SARNEY, ITAMAR E COLLOR: ASSIM NÃO VAI!

O presidente do Senado, Coroné Sarney, criou uma comissão para tratar da reforma política.

Agora vai!

Já diziam os humoristas e os antenados de plantão que, quando não se quer resolver um problema, que se crie uma comissão.

O presidente dessa comissão criada pelo eterno presidente do Congresso é um macaco véio, o senador carioca Francisco Dornelles, de 76 anos.

Só que fazem parte dessa comissão dois senadores e ex-presidentes das República: o mineiro Itamar Franco e o alagoano Fernando Collor - aquele!.

Em resumo, a chance de haver consenso é zero.

Um eventual fracasso dos trabalhos dessa comissão não pode ser julgado como ruim, pois, se tomarmos como base as ideias recentes defendidas por alguns partidos, o Coroné Sarney prestará um serviço ao embananar o processo.

Afinal, melhor não ter mudança nenhuma, do que adotar propostas sem noção, como a do voto em lista partidária - e não mais nos candidatos a deputados - federais e estaduais - e a vereador.

Outra proposta, que foi muito falada nos últimos tempos, é o voto majoritário para deputado, e essa eu assino embaixo.

Funciona assim: se São Paulo tem 70 vagas na Câmara, que os 70 mais votados sejam os eleitos.
É a regra básica da democracia - onde quem tem mais votos, ganha - simples assim.

Só que, na real, o voto majoritário na eleição para o Congresso teria como efeito imediato aumentar a irrelevância dos partidos políticos, onde os Tiriricas sempre venceriam.

Hoje, os votos dados a todos os candidatos são contados para os partidos, e cada legenda recebe o número de cadeiras proporcional ao total de apoios obtidos pelos seus candidatos.

Esse "modelo frankestein" não está na proporcionalidade, está nas coligações partidárias em eleições para o Poder Legislativo, onde o eleitor escolhe um nome do partido "A", e seu voto ajuda o candidato dos partidos "B", "C" e "D" a serem eleitos.

Eliminar esse puteiro teria efeito saneador, e o resultado das urnas ficaria mais claro e fiel ao pensamento dos eleitores.

Mas esse tipo de mudança é pouco falado, quando o tema é reforma política.

Assim, infelizmente o jeito é torcer para que a papelada da comissão do Coroné Sarney tenha o mesmo destino de todas as anteriores: o arquivo.

Até segunda.

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E você pode ver essa coluna - em vídeo HD já postado no YouTube e no Facebook:

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