A rainha do pop Madonna chegou hoje ao 68o. Festival de Cinema de Veneza, acompanhada de três atores e do produtor Harvey Weinstein, para exibir, fora da competição, seu filme W.E., seu segundo projeto como diretora.
O filme, com 115 minutos de duração, é baseado na história de amor do rei inglês Edward 8º e da norte-americana divorciada Wallis Simpson, que o levou a abdicar do poder em 1936.
Madonna já tinha dirigido Filth and Wisdom (2008), cuja trama se desenvolve em Londres e narra a história de um imigrante ucraniano na busca do sonho de se transformar em uma estrela da música.
Divulgação
Cena de "W.E.", novo filme de Madonna
Na entrevista coletiva que se seguiu à exibição do seu filme, Madonna agradeceu a seus ex-maridos por incentivá-la a buscar uma carreira no cinema - ela já se casou com o ator e diretor norte-americano Sean Penn e o cineasta britânico Guy Ritchie, e passou grande parte de seus últimos anos atrás das câmeras ao invés de em cima do palco.
Lógico, a presença de uma das maiores celebridades do mundo inevitavelmente dominou a atenção da imprensa mundial presente em Veneza.
Domenico Stinellis/Associated Press
Madonna chega à apresentação para a imprensa de seu novo filme como diretora, "W.E."
A história é vista pela perspectiva de outra norte-americana, Wally Winthrop - interpretada por Abbie Cornish - que vive em Nova York nos anos 1990 e se torna obcecada com a vida de uma mulher - Wallis Simpson - com quem ela tem uma misteriosa semelhança.
O filme recebeu poucos aplausos na primeira exibição, e uma crítica no Daily Telegraph deu a W.E. três de cinco estrelas.
"Sua versão da vida dos Windsors é uma fantasia que não incomodará os historiadores", disse o crítico David Gritten, do DT.
"No entanto, isso é um alívio depois de tantos documentários velhos e lentos sobre esse casal antipático."
O jornal britânico The Guardian não poupou os sentimentos de Madonna, dando apenas uma de cinco estrelas em uma crítica.
"Será que Madonna está sendo sincera aqui?", disse Xan Brooks.
"Seu filme é mais risível do que tínhamos qualquer direito de esperar; uma tolice enfeitada, um peru que sonhou que era um pavão."
Outros foram menos condenatórios, apesar de o tom geral das críticas ser negativo, e um site satirizou dizendo que pode estar na hora de a cantora de 53 anos abdicar de sua carreira como cineasta.
Todd McCarthy do Hollywood Reporter opinou: "A segunda investida de Madonna na direção (de cinema) é agradável para os olhos e os ouvidos, mas falta alma."
Mark Adams, crítico-chefe do Screen Daily, escreveu: "Madonna tem grandes ambições ao encarar amor, celebridade, fama, abuso e decepção, muitas vezes atingindo seus objetivos -- e às vezes não -- mas sempre oferecendo imagens que são lindamente filmadas e montadas."
Ele destacou a interpretação de Riseborough, que descreveu como sendo "bem brilhante".
Baz Bamigboye do Daily Mail fez alguns elogios.
"Muitas pessoas vão odiar, simplesmente porque foi feito por Madonna", escreveu. "Mas se eles fossem assistir sem saber quem dirigiu o filme, teriam uma surpresa agradável. Eles podem até achar divertido, apesar de em algum momento terem de se perguntar se Madge cometeu uma traição."
O jornal britânico The Guardian não poupou os sentimentos de Madonna, dando apenas uma de cinco estrelas em uma crítica.
"Será que Madonna está sendo sincera aqui?", disse Xan Brooks.
"Seu filme é mais risível do que tínhamos qualquer direito de esperar; uma tolice enfeitada, um peru que sonhou que era um pavão."
Outros foram menos condenatórios, apesar de o tom geral das críticas ser negativo, e um site satirizou dizendo que pode estar na hora de a cantora de 53 anos abdicar de sua carreira como cineasta.
Todd McCarthy do Hollywood Reporter opinou: "A segunda investida de Madonna na direção (de cinema) é agradável para os olhos e os ouvidos, mas falta alma."
Mark Adams, crítico-chefe do Screen Daily, escreveu: "Madonna tem grandes ambições ao encarar amor, celebridade, fama, abuso e decepção, muitas vezes atingindo seus objetivos -- e às vezes não -- mas sempre oferecendo imagens que são lindamente filmadas e montadas."
Ele destacou a interpretação de Riseborough, que descreveu como sendo "bem brilhante".
Baz Bamigboye do Daily Mail fez alguns elogios.
"Muitas pessoas vão odiar, simplesmente porque foi feito por Madonna", escreveu. "Mas se eles fossem assistir sem saber quem dirigiu o filme, teriam uma surpresa agradável. Eles podem até achar divertido, apesar de em algum momento terem de se perguntar se Madge cometeu uma traição."
Confira o trailer 01 de "W.E.":
Apesar das três estrelas do DT e de toda a expectativa, vê-se que o filme foi o primeiro grande fiasco dessa edição do festival.
Misturando a história real do romance entre Wallis Simpson e o rei britânico Eduardo 8º, que finalmente renunciou ao trono pela plebeia americana duas vezes divorciada, e uma jovem contemporânea, também chamada Wallis - Abbie Cornish - obcecada pela figura da xará, Madonna fez uma verdadeira colagem de clichês românticos, sentimentais e visuais.
O resultado foi um filme chocho, em que nem mesmo a trilha musical, apesar do passado da diretora, foi aceitável.
Após a exibição, o filme foi brindado com as primeiras vaias do festival.
Confira o trailer 02 de "W.E.":
Na coletiva, no entanto, ela foi recebida com aplausos – menos do que os dedicados ontem a George Clooney – e uma enorme hortênsia roxa, entregue por um dos presentes, driblando a segurança.
"Eu sou e fui atraída por pessoas muito criativas e é por isso que me casei com Sean Penn e Guy Ritchie, dois diretores muito talentosos", disse a Diva na entrevista concedida depois da exibição de W.E. para a imprensa.
"Os dois me incentivaram como diretora e como uma pessoa criativa para fazer o que eu fazia, e os dois deram muito apoio", acrescentou a estrela.
A coletiva também não escapou dos clichês dessas situações: Madonna destacou sua “atração subconsciente” por Wallis Simpson.
Indagada se procurou realizar uma reabilitação da personagem, afirmou:
“Identifiquei-me com ela porque é comum pessoas públicas serem reduzidas apenas a isso, como se não fossem nada mais. As pessoas tentaram diminuí-la como ser humano. Eu não queria torná-la uma santa. Tentei retratá-la como ser humano, isso era importante pra mim.”
Perguntada porque se interessou em voltar a dirigir,Madonna finalizou: “Toda minha vida amei filmes. Desde criança fui inspirada por eles, pensei que um dia os faria. Sempre me vi como uma contadora de histórias. Assim, não acho que foi nenhum grande pulo dirigir filmes."
Lógico, vou aguardar a estreia de W.E. por aqui para emitir minha opinião, mas achei os trailers lindos, e admiro a coragem de Madonna de sempre tentar fazer coisas novas e de dar a cara pra bater, desde sempre.
Uma mulher destemida, enfim.
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Com Reuters, Associated Press e Uol
Redação Final: Cláudio Nóvoa
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Com Reuters, Associated Press e Uol
Redação Final: Cláudio Nóvoa
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