segunda-feira, 12 de setembro de 2011

FESTIVAL DE TORONTO: LENDA DE HOLLYWOOD, FRANCIS FORD COPPOLA APRESENTA SEU 'TWIXT'


A lenda americana Francis Ford Coppola dividiu nesta segunda (12)  sua exploração catártica da dor de um pai após a morte de um filho, em seu novo filme, Twixt, que estreou no TIFF 2011.

O romance gótico, parcialmente filmado em 3D, apresenta um muito gordo Val Kilmer como um escritor em declínio que, durante uma turnê, confronta-se com a morte misteriosa de uma jovem numa cidade da Califórnia.

O protagonista do filme, que perdeu a filha, recebe a visita do fantasma da garota assassinada - a cima da média Elle Fanningque lhe revela os segredos da cidade.

Divulgação
Val Kilmer e Elle Fanning, em cena de "Twixt", novo filme de Francis Ford Coppola

Coppola disse que a ideia veio de um sonho que teve em Istambul.
"Pensei, enquanto sonhava: 'Oh, isso parece um roteiro'", disse o cineasta, durante a entrevista coletiva que se seguiu à exibição do filme.

Inspirada ainda nos escritos de Edgar Allan Poe e Nathaniel Hawthorne, a história é um conto pessoal de Coppola.
"Acredito que todo filme em que eu trabalhar a partir de hoje deva ser pessoal, porque uma das coisas bonitas de se fazer um filme é que você aprende muito sobre o assunto no qual estiver trabalhando", explicou.

AP
O cineasta francis Ford Coppola chega para a estreia de seu filme "Twixt", no Festival de Toronto

"De certa forma, produzir um filme é como fazer uma pergunta. Não sabia que iria me levar a algo que nunca admiti para mim mesmo" - numa clara referência ao seu filho Gian-Carlo, morto em 1986.

Gian-Carlo tinha 22 anos ao morrer decapitado num acidente de barco em Annapolis, Maryland, quando dava os primeiros passos na carreira de produtor de cinema, acidente causado por Griffin O' Neal, filho do ator americano Ryan O'Neal.

"Todo pai acha que é responsável pelo que acontecer com seu filho, mas eu não tinha percebido como me sentia responsável", explicou Coppola.

Confira o trailer de "Twixt":

Durante as filmagens, o cineasta percebeu que "estava na hora de admitir que, no fundo, eu me sentia responsável, porque eu poderia ter ido até lá, ele queria que eu tivesse ido. Se eu vou me sentir melhor agora, não sei."

A batalha profissional do principal personagem do filme, Hall Baltimore, também se assemelha à sua, reconheceu Coppola.
"Eu me sentia muito como Hall", disse.
"Estava sempre em crise, recebendo críticas negativas e tentando arrumar uma forma de sustentar minha família", contou, lembrando que o New York Times descreveu Apocalypse Now (1979)  como "o maior desastre que Hollywood experimentou em 50 anos."


Como todos sabemos, o filme é um dos melhores sobre guerra já feitos em todos os tempos, e a crítica, com certeza, deve ter partido de um crítico despeitado e com inveja do talento de Coppola.

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