O novo filme do diretor brasileiro Fernando Meirelles - 360 - é um dos destaques da 36a. Edição do Festival Internacional de Cinema de Toronto - TIFF, que começou nesta quinta (8) no Canadá e vai até o próximo dia 18.
Mastrangelo Reino/Folhapress
O diretor brasileiro Fernando Meirelles
Protagonizado por Rachel Weisz, Jude Law, Ben Foster e Sir Anthony Hopkins, 360 narra uma série de histórias entrelaçadas que ocorrem em diferentes cidades, entre elas Londres, Viena e Denver - Estados Unidos.
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Sir Anthony Hopkins, em cena de "360"
No fim do mês passado, o diretor disse que terminaria a mixagem do filme em Viena.
"Vou para Londres fechar a imagem e, no dia 7, para Toronto com a cópia ainda quente embaixo do braço".
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Ben Foster, em cena de "360"
O filme será exibido pela primeira vez no festival da cidade canadense, no dia 12.
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Jude Law e Rachel Weisz, em cena de "360"
Nesse ano, o TIFF tem como foco os documentários musicais, o número cada vez maior de cineastas mulheres, na imigração ilegal e nos atentados de 11 de setembro de 2001.
"É um bom ano para os documentários musicais, e há alguns filmes muito provocativos dirigidos por mulheres", afirmou um dos diretores do festival, Cameron Bailey, que também destacou a resposta notável dos cineastas à crise da imigração.
"Assistimos documentários sobre o tema no passado, mas este ano vemos vários diretores de ficção que tratam do tema das pessoas que batem as portas da Europa, e como a Europa está respondendo a isto", disse.
O Festival de Cinema de Toronto prosseguirá até 18 de setembro.
No total, 268 longas-metragens e 68 curtas-metragens de 59 países, incluindo 123 estreias mundiais, serão exibidos.
O filme de abertura - From The Sky Down - conta a história do grupo irlandês U2 e foi dirigido por Davis Guggenheim, vencedor de um Oscar por Uma verdade inconveniente, o documentário sobre a mudança climático com o ex-vice-presidente americano Al Gore.
Além do U2, Pearl Jam e Neil Young, - também temas de novos documentários - marcarão presença em Toronto.
No domingo, um curta-metragem de quatro minutos marcará o 10º aniversário dos atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos.
"O 11/9 aconteceu durante nosso festival há 10 anos e foi terrível e sombrio para muitas pessoas, especialmente para os americanos que ficaram devastados aqui", disse Bailey.
O festival também exibirá os novos filmes de William Friedkin - Killer Joe - e Francis Ford Coppola - Twixt - e servirá para a estreia americana dos mais recentes projetos de de Pedro Almodóvar, George Clooney, Madonna e do polêmico diretor dinamarquês Lars von Trier.
O impressionante interesse pelo filme de Clooney - Tudo Pelo Poder, ambientado em uma primária presidencial, provocou a divulgação de que os ingressos para o festival estavam esgotados, o que segundo os organizadores não é verdade.
Entre as diretoras, o festival destaca a "adaptação revisionista" de Andrea Arnold do romance clássico de Emily Bronte, O Morro dos Ventos Uivantes.
Também serão exibidos os filmes de Chantal Akerman - Almayer's Folly, baseado no romance de Joseph Conrad - , e o filme de Agnieszka Holland - In Darkness, sobre judeus que se escondiam nos esgotos da Polônia durante a Segunda Guerra Mundial, para escapar da deportação a campos de extermínio.
Outros filmes de diretora são Sleeping Beauty, de Julia Leigh, e Friends with Kids, de Jennifer Westfeld.
Bailey admitiu que ainda é difícil para as mulheres dirigir filmes, apesar do sucesso Kathryn Bigelow - que se tornou a primeira diretora a vencer o Oscar no ano passado por Guerra ao Terror e que foi exibido em Toronto em 2008.
"Uma das lutas que as diretoras enfrentam é que são percebidas apenas como capazes de contar somente certo tipo de histórias, histórias brandas sobre as mulheres ou sobre emoções. Kathryn provou o contrário, mas continua existindo uma barreira para muitas mulheres", disse Bailey.
"O êxito de Kathryn é interessante porque ganhou um Oscar por um filme que não tinha nenhuma mulher", afirmou Bailey, que destacou que o trailer do longa-metragem de Tanya Wexler - Hysteria, sobre a invenção do vibrador eletromecânico - foi o mais baixado no site do festival.
Vários filmes europeus abordam o tema da imigração ilegal e da integração: The Invader, Hotel Swooni, The Cardboard Village, Terraferma e Color of the Ocean.
E para ampliar a oferta de obras da África e do Oriente Médio, o festival contratou um programador de Beirute.
"Não houve um interesse imediato nas perspectivas a partir do mundo árabe depois de 11/9. A primeira resposta foi o medo e a paranoia. Isto aconteceu na arte feita no período imediatamente posterior em todo Ocidente. Recentemente começamos a ver com curiosidade e maior compromisso as vozes do mundo árabe", explicou.
O Festival de Toronto é apontado tradicionalmente como um evento chave para o Oscar por estúdios e distribuidores.
Este ano, o tapete vermelho deve contar com as presenças de estrelas como Brad Pitt, Clive Owen, Freida Pinto, Glenn Close, Rachel Weisz, Salma Hayek e Viggo Mortensen.
Também são esperados Woody Harrelson - por Rampart -, Matthew McConaughey por Killer Joe -, Juliette Binoche - por Elles - e Michael Fassbender - por A Dangerous Method.
"É um bom ano para os documentários musicais, e há alguns filmes muito provocativos dirigidos por mulheres", afirmou um dos diretores do festival, Cameron Bailey, que também destacou a resposta notável dos cineastas à crise da imigração.
"Assistimos documentários sobre o tema no passado, mas este ano vemos vários diretores de ficção que tratam do tema das pessoas que batem as portas da Europa, e como a Europa está respondendo a isto", disse.
O Festival de Cinema de Toronto prosseguirá até 18 de setembro.
No total, 268 longas-metragens e 68 curtas-metragens de 59 países, incluindo 123 estreias mundiais, serão exibidos.
O filme de abertura - From The Sky Down - conta a história do grupo irlandês U2 e foi dirigido por Davis Guggenheim, vencedor de um Oscar por Uma verdade inconveniente, o documentário sobre a mudança climático com o ex-vice-presidente americano Al Gore.
Além do U2, Pearl Jam e Neil Young, - também temas de novos documentários - marcarão presença em Toronto.
No domingo, um curta-metragem de quatro minutos marcará o 10º aniversário dos atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos.
"O 11/9 aconteceu durante nosso festival há 10 anos e foi terrível e sombrio para muitas pessoas, especialmente para os americanos que ficaram devastados aqui", disse Bailey.
O festival também exibirá os novos filmes de William Friedkin - Killer Joe - e Francis Ford Coppola - Twixt - e servirá para a estreia americana dos mais recentes projetos de de Pedro Almodóvar, George Clooney, Madonna e do polêmico diretor dinamarquês Lars von Trier.
O impressionante interesse pelo filme de Clooney - Tudo Pelo Poder, ambientado em uma primária presidencial, provocou a divulgação de que os ingressos para o festival estavam esgotados, o que segundo os organizadores não é verdade.
Entre as diretoras, o festival destaca a "adaptação revisionista" de Andrea Arnold do romance clássico de Emily Bronte, O Morro dos Ventos Uivantes.
Também serão exibidos os filmes de Chantal Akerman - Almayer's Folly, baseado no romance de Joseph Conrad - , e o filme de Agnieszka Holland - In Darkness, sobre judeus que se escondiam nos esgotos da Polônia durante a Segunda Guerra Mundial, para escapar da deportação a campos de extermínio.
Outros filmes de diretora são Sleeping Beauty, de Julia Leigh, e Friends with Kids, de Jennifer Westfeld.
Bailey admitiu que ainda é difícil para as mulheres dirigir filmes, apesar do sucesso Kathryn Bigelow - que se tornou a primeira diretora a vencer o Oscar no ano passado por Guerra ao Terror e que foi exibido em Toronto em 2008.
"Uma das lutas que as diretoras enfrentam é que são percebidas apenas como capazes de contar somente certo tipo de histórias, histórias brandas sobre as mulheres ou sobre emoções. Kathryn provou o contrário, mas continua existindo uma barreira para muitas mulheres", disse Bailey.
"O êxito de Kathryn é interessante porque ganhou um Oscar por um filme que não tinha nenhuma mulher", afirmou Bailey, que destacou que o trailer do longa-metragem de Tanya Wexler - Hysteria, sobre a invenção do vibrador eletromecânico - foi o mais baixado no site do festival.
Vários filmes europeus abordam o tema da imigração ilegal e da integração: The Invader, Hotel Swooni, The Cardboard Village, Terraferma e Color of the Ocean.
E para ampliar a oferta de obras da África e do Oriente Médio, o festival contratou um programador de Beirute.
"Não houve um interesse imediato nas perspectivas a partir do mundo árabe depois de 11/9. A primeira resposta foi o medo e a paranoia. Isto aconteceu na arte feita no período imediatamente posterior em todo Ocidente. Recentemente começamos a ver com curiosidade e maior compromisso as vozes do mundo árabe", explicou.
O Festival de Toronto é apontado tradicionalmente como um evento chave para o Oscar por estúdios e distribuidores.
Este ano, o tapete vermelho deve contar com as presenças de estrelas como Brad Pitt, Clive Owen, Freida Pinto, Glenn Close, Rachel Weisz, Salma Hayek e Viggo Mortensen.
Também são esperados Woody Harrelson - por Rampart -, Matthew McConaughey por Killer Joe -, Juliette Binoche - por Elles - e Michael Fassbender - por A Dangerous Method.
Assim como estou fazendo com o Festival de Veneza, acompanharei tudo o que de mais importante acontecer em Toronto, e você verá tudo aqui, nos próximos dias.
Aguarde!
*****
Com Associated Press e Agence France Presse
Tradução e Redação Final: Cláudio Nóvoa
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Com Associated Press e Agence France Presse
Tradução e Redação Final: Cláudio Nóvoa
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