Depois de brilhar na coletiva de imprensa do novo filme de Roman Polanski, a atriz inglesa Kate Winslet apresentou nesta sexta no Festival de Cinema de Veneza a série televisiva Mildred Pierce, dirigida por Todd Haynes e que recebeu 21 indicações para o Emmy.
Para a atriz esse foi seu trabalho mais desafiador desde Titanic.
"Trabalhar em televisão é muito mais difícil que cinema", disse ela à Agência Efe em uma coletiva de imprensa.
Entretanto, acredita que é um privilégio poder contar uma história sem os muitos cortes da edição cinematográfica.
Kate também chamou a atenção para a qualidade das atuais séries televisivas, opinião compartilhada por Haynes, que destaca exemplos como The Good Wife e confessa ter um enorme respeito por quem trabalha neste meio.
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Kate Winslet grava cenas da série "Mildred Pierce" em Nova York (5/5/2010)
Mildred Pierce - baseada no romance homônimo de James M. Cain, que virou filme em 1945 protagonizado por Joan Crawford - conta a história de uma mulher abandonada por seu marido durante a Grande Depressão em Los Angeles, que deseja dar todas as oportunidades que não teve para sua filha mais velha.
"Não me interessaria interpretar uma mulher que acaba completamente pobre. Isso não é história" diz Kate ao explicar que seu interesse é pela condição humana.
Sobre sua estreia na televisão defende que "Não há nada de errado em 'Mildred Pierce' e sim muito trabalho por detrás dela, o que nos obriga a estar muito mais concentrados do que no cinema".
A experiência também está sendo positiva para Haynes, que se diz satisfeito com a ideia de que os espectadores descubram em sua série uma produção feita com a qualidade encontrada no cinema, mesmo que isso tenha custado um terço do valor e do tempo de um longa.
O diretor disse ter pensado em Kate para este papel porque se baseava na lembrança de Crawford, influência que a atriz diz não ter sentido - ela não viu o filme de 1945.
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Com EFE
Redação Final: Cláudio Nóvoa
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