O 63º Festival de Cinema de Cannes foi inaugurado oficialmente hoje, numa cerimônia no Palácio dos Festivais, onde foi exibido "Robin Hood", de Ridley Scott. O Festival vai até o dia 27.
Os dois protagonistas do filme de Scott - Russel Crowe e Cate Blanchett - foram as duas primeiras estrelas que pisaram no célebre tapete vermelho que cobre as escadas do Palácio dos Festivais.
Cinzas vulcânicas, ondas gigantescas e crise econômica ameaçavam a maior premiação cinematográfica mundial, mas não conseguiram desanimar dezenas de estrelas e cineastas aclamados, que comparecem á linda cidade da riviera francesa todos os anos.
A estrela mexicana Salma Hayek, o ator porto-riquenho Benício del Toro - que faz parte do júri da Palma de Ouro -, a atriz Eva Longoria - de "Desperate Housewives" -, o ator venezuelano Edgar Ramírez - que interpreta "Carlos, o Chacal" na seleção oficial -, o cineasta Tim Burton - que preside o júri oficial -, seu colega espanhol Víctor Erice - membro do júri -, o mexicano Gael García Bernal - que preside o júri do prêmio Caméra D'Or -, e a cineasta francesa Agnès Varda; entre outros, foram vistos e aclamados por uma multidão de curiosos.
Ridley Scott não foi a Cannes devido a um problema no joelho, mas seu "Robin Hood" era muito aguardado pelos presentes (veja crítica sobre o filme, feita por mim no link:
www.blogdeklau.blogspot.com/2010/05/robin-hood-de-ridley-scott-nao-e-melhor.html )
Depois da apresentação do filme à imprensa, antes do lançamento oficial, Blanchett e Crowe explicaram como nasceu o projeto de fazer um novo retrato do lendário arqueiro .
A seleção desse filme "blockbuster" na seleção oficial do Festival - onde se apresenta fora da competição - , não surpreende, já que que os organizadores da mostra optam há anos por uma mistura de cinema de arte com cinema comercial.
Cannes já premiou cineastas de vanguarda e grandes mestres, como o italiano Michelangelo Antonioni, o grego Theo Angelopoulos e o iraniano Abbas Kiarostami, e apresentou em sua abertura filmes que atraem milhões de pessoas às salas escuras, como "Indiana Jones", "Treze Homens e um Novo Segredo", além de "O Código Da Vinci".
O júri do festival, cuja seleção de filmes retrata a geopolítica mundial - desde o Iraque à crise de Wall Street - referiu-se à situação no Irã durante a cerimônia de abertura, ao deixar uma cadeira vazia destinada ao cineasta iraniano Jafar Panahi, membro do júri, que não pôde ir a Cannes porque foi preso em março em Teerã por ordem das autoridades, que o acusam de fazer um filme contra o regime.
Se Cannes carrega a tempos o título de "vitrine da diversidade", neste ano, a variedade de origens é ainda maior.
Na lista dos filmes selecionados para a competição oficial e para a mostra "Um Certo Olhar", são muitos os nomes de difícil pronúncia - o que deve dar nó na língua dos locutores de novo, eles que ainda não se recuperaram do nome do vulcão da Islândia: Apichatpong Weerasethakul, Kornél Mundruczó, Im Sangsoo, Mahamat-Saleh Haroun, Vikramaditya Motwane, Radu Muntean, Hong Sangsoo.
Aqui no blog, você terá um resumo de tudo o que acontece de mais importante, nessa edição 2010 de Cannes.
Acompanhe!
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