A "justiça" da ditadura iraniana concordou em libertar sob fiança o diretor de cinema Jafar Panahi, que está há mais de uma semana em greve de fome na prisão Evin, de Teerã, segundo informação da Agência Reuters.
Foto: AFP
Jafar Panahi, durante entrevista em Teerã, em 2004
Ganhador de muitos prêmios internacionais, e partidário do líder oposicionista Mirhossein Mousavi na eleição presidencial contestada do ano passado, Panahi foi preso em março com sua mulher e filha, que foram soltas posteriormente.
Ontem, a atriz Juliette Binoche, em seu discurso de aceitação do prêmio de Melhor Atriz no festival de cinema de Cannes, criticou o Irã por encarcerar Panahi, e foi veemente ao dizer que "a culpa dele é ser artista, é ser independente."
Arquivo do Klau
Juliette Binoche, ontem, ao receber o prêmio de Melhor Atriz no festival de cinema de Cannes
O promotor de Teerã Abbas Jafari Dolatabadi disse à agência de notícias ISNA que "no encontro que tivemos com ele na quinta-feira, analisamos seu pedido de ser libertado antes de uma audiência judicial, e foi decidido que ele será libertado após pagamento de fiança.
O trabalho judicial e burocrático relativo a seu caso está em curso no momento."
Não ficou claro quando Panahi deixará a prisão, e o cineasta já disse que não encerraria sua greve de fome enquanto não tivesse acesso a seu advogado, pudesse receber visitas de sua família e ser libertado incondicionalmente enquanto aguarda audiência em um tribunal.
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