O mes de Maio está quase chegando ao fim, e Dona Dilma finalmente pegou o vento a favor.
Depois de sermos martelados pelos comerciais e pelo programa do PT - aquele em que o Luiz Inácio a comparou com a mãe dela, quero dizer, com o Mandela - a candidata do governo e da FOLHA DE S. PAULO avançou em todos os índices do Datafolha: empatou com Serra Nomuro em 37%, pulou para 19% na pesquisa espontânea, passou para a dianteira por um ponto na projeção de segundo turno, e melhorou sua rejeição de 27% para 20%.
Finalmente, o PT está em festa!
Mas junho vem aí, e entre um quentão e outro, e uma subida no pau de sebo e outra, é a vez de Serra Nomuro nos bombardear na telinha.
Ele terá o programa do DEM na quinta, 27, do PPS dia 10, do seu partido PSDB dia 17, e PTB dia 24.
Sobra para Dona Dilma o PRP, dia 3.
É nesse clima, e com a vantagem de exposição pró-Nomuro, que os partidos farão suas convenções partidárias para formalizar as candidaturas, e tudo milimetricamente medidinho, com igual tempo na mídia e igual espaço nos jornais.
Mas o problema que assalta os pensamentos da tucanada, é como ocupar bem o tempo, compensando o que os programas dos petistas e de seus aliados têm e que faz toda a diferença: o fator Luiz Inácio.
Quanto mais aumenta a a identificação dos eleitores da dupla dinâmica Dona Dilma-Luiz Inácio, maior a ansiedade da tucanada pela chapa "puro sangue", com Aécio Neves para vice de Serra Nomuro.
Se Aécio não é Luiz Inácio, tem o poder de unir São Paulo e Minas, os dois maiores colégios eleitorais do país, e é sabidamente capaz de trazer para a campanha o que, nem Serra Nomuro, nem Dona Dilma conseguem: arejamento, juventude, empatia com o eleitor.
Serra Nomuro está muito bem nos três Estados do Sul, e já conquista alas significativas do PMDB, como RS, PE e MS, esburacando assim a aliança nacional do partido com Dona Dilma.
E por seu lado, Aécio poderá ser, como vice, um cabo eleitoral forte onde a candidatura tucana ainda não pegou, o Nordeste, onde o efeito "Luiz Inácio Pai dos Pobres" é devastador para Nomuro.
O empate mostrado pela última pesquisa do Datafolha confirma as expectativas.
Teremos uma disputa mano a mano, onde a TV terá papel decisivo e Luiz Inácio como o peso a desequilibrar tudo.
Que armas a oposição conta para neutralizar esse armamento pesado da candidatura petista?
Até agora, nem a oposição sabe responder.
Ouça - e veja! - essa coluna, já postada no YouTube:
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