Lena Horne nasceu no bairro novaiorquino do Brooklin em 30 de junho de 1917, e logo ficou conhecida pela beleza e sensualidade.
Sempre verdadeira, ela tinha uma ideia crítica do que a levou a fazer sucesso:
"Eu era um tipo de negra que as pessoas brancas conseguiam aceitar. Eu tive o pior tipo de aceitação por que não era por eu ser muito incrível ou pelo que eu contribuí. Era por causa da minha aparência".
Nos anos 1940, ela foi uma das primeiras cantoras negras contratadas para cantar com uma grande banda e a ter um contrato com Hollywood.
Em 1943, o estúdio MGM a emprestou à Fox para o papel de Selina Rogers no musical "Stormy Weather", em branco e preto. A canção principal do filme, cantada por ela, logo se tornou um hit.
E eu me lembro muito bem da primeira vez em que ouvi Lena Horne cantar: foi na casa do meu tio Virgílio - amante da música e principalmente do jazz - e ela cantava "Moon River", música tema de um filme de grande sucesso nos anos 1950. Apaixonei-me de imediato pela sua voz, até hoje.
E é justamente sua interpretação de "Moon River", aqui gravada num programa para a televisão americana em 1965, que eu separei para vocês verem e ouvirem Lena Horne:
Nas telas, nos discos, nas boates e nas salas de espetáculo, ela se mostrou versátil, cantando blues, jazz e canções conhecidas com "The Lady is a Tramp" - sucesso também na voz de Frank Sinatra.
Em seu primeiro sucesso na Broadway- o musical "Jamaica" (1957), foi chamada pelo crítico Richar Watts Jr. de "uma das grandes performers do nosso tempo".
Mas Horne se declarava frustrada com o racismo.
"Eu sempre lutei contra o sistema para estar com o meu povo. Eu não iria trabalhar em lugares que nos queriam fora...Era uma luta em todo lugar em que eu estava, que trabalhava, em Nova York, em Hollywood, no mundo todo", disse no livro de Brian Lanker "I Dream a World: Portraits of Black Women Who Changed America - "Eu Sonho por um Mundo: Retratos de uma Mulher Negra que Mudou a America".
Enquanto esteve na MGM, estrelou filmes como "Cabin in the Sky", em 1943, mas na maioria de seus filmes, ela apareceu em números musicais que pudessem ser cortados em locais onde houvesse intolerância racial sem afetar a história.
Isto inclui "I Dood It", comédia de Red Skelton; "Thousands Cheer" e "Swing Fever", em 1943; "Broadway Rhythm" em 1944; e "Ziegield Follies'' em 1946.
Em 1981, seu show na Broadway "Lena Horne: The Lady and Her Music" ganhou um prêmio Tony - o principal do teatro americano.
E eu me lembro muito bem quando Halle Barry se tornou a primeira mulher negra a ganhar o Oscar de melhor atriz, em 2002. Ela disse as seguintes palavras, no discurso de aceitação da estatueta: "Este momento é dedicado a Dorothy Dandridge, Lena Horne, Diahann Carroll...é para todas as mulheres negras que agora tem a chance por que agora esta porta foi aberta".
Lena Horne, cantora e atriz, morreu aos 92 anos ontem (9), em um hospital de Nova York.
Sempre verdadeira, ela tinha uma ideia crítica do que a levou a fazer sucesso:
"Eu era um tipo de negra que as pessoas brancas conseguiam aceitar. Eu tive o pior tipo de aceitação por que não era por eu ser muito incrível ou pelo que eu contribuí. Era por causa da minha aparência".
Nos anos 1940, ela foi uma das primeiras cantoras negras contratadas para cantar com uma grande banda e a ter um contrato com Hollywood.
Em 1943, o estúdio MGM a emprestou à Fox para o papel de Selina Rogers no musical "Stormy Weather", em branco e preto. A canção principal do filme, cantada por ela, logo se tornou um hit.
E eu me lembro muito bem da primeira vez em que ouvi Lena Horne cantar: foi na casa do meu tio Virgílio - amante da música e principalmente do jazz - e ela cantava "Moon River", música tema de um filme de grande sucesso nos anos 1950. Apaixonei-me de imediato pela sua voz, até hoje.
E é justamente sua interpretação de "Moon River", aqui gravada num programa para a televisão americana em 1965, que eu separei para vocês verem e ouvirem Lena Horne:
Nas telas, nos discos, nas boates e nas salas de espetáculo, ela se mostrou versátil, cantando blues, jazz e canções conhecidas com "The Lady is a Tramp" - sucesso também na voz de Frank Sinatra.
Em seu primeiro sucesso na Broadway- o musical "Jamaica" (1957), foi chamada pelo crítico Richar Watts Jr. de "uma das grandes performers do nosso tempo".
Mas Horne se declarava frustrada com o racismo.
"Eu sempre lutei contra o sistema para estar com o meu povo. Eu não iria trabalhar em lugares que nos queriam fora...Era uma luta em todo lugar em que eu estava, que trabalhava, em Nova York, em Hollywood, no mundo todo", disse no livro de Brian Lanker "I Dream a World: Portraits of Black Women Who Changed America - "Eu Sonho por um Mundo: Retratos de uma Mulher Negra que Mudou a America".
Enquanto esteve na MGM, estrelou filmes como "Cabin in the Sky", em 1943, mas na maioria de seus filmes, ela apareceu em números musicais que pudessem ser cortados em locais onde houvesse intolerância racial sem afetar a história.
Isto inclui "I Dood It", comédia de Red Skelton; "Thousands Cheer" e "Swing Fever", em 1943; "Broadway Rhythm" em 1944; e "Ziegield Follies'' em 1946.
Em 1981, seu show na Broadway "Lena Horne: The Lady and Her Music" ganhou um prêmio Tony - o principal do teatro americano.
E eu me lembro muito bem quando Halle Barry se tornou a primeira mulher negra a ganhar o Oscar de melhor atriz, em 2002. Ela disse as seguintes palavras, no discurso de aceitação da estatueta: "Este momento é dedicado a Dorothy Dandridge, Lena Horne, Diahann Carroll...é para todas as mulheres negras que agora tem a chance por que agora esta porta foi aberta".
Lena Horne, cantora e atriz, morreu aos 92 anos ontem (9), em um hospital de Nova York.
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