Pessoal:Aqui em terras paulistas, quando o negócio é eleições 2010, não existe frase feita mais apropriada do que a famosa "se correr o bicho pega, se ficar, o bicho come".
Vejamos os candidatos a governador já apresentados:
Pelo Partido Progressista, teremos o "Maluf - Next Generation" Celso Russomano.
E não adianta virem me dizer que ele é diferente do Maluf porquê, tirante os muitos anos a menos, o cara fez carreira básicamente na ARENA - aquela! - , no PDS, teve uma rápida passagem pela tucanada e agora bate cabeça com o Tio Paulo pra ver quem manda mais no PP paulista.
Em resumo, é do PP? CUIDADO!
Pelo Partido dos Trabalhadores, iremos de Aloízio Mercadante.
Aliás, iremos, não, cara pálida.
Eu não!
Primeiro, o Luiz Inácio tentou emplacar em terras bandeirantes o coronézinho Tiro Gomes, quero dizer, Ciro Gomes.
Depois, partiram pro "não tem tu, vai tu mesmo" e tiraram o coitado do Mercadante da cartola, aquele senador por São Paulo, que desde que explodiu o escândalo do mensalão, submergiu e não foi mais visto.
Até agora.
Em resumo: Mercadante? TÔ FORA!
No último sábado, a tucanada estava em festa!
Finalmente lançaram o projeto "Alckmin 3, o Desafio Final" para o governo do Estado.
A tia invejosa da janela, FHC discursou, e prometeu não atrapalhar.
Serra Nomuro continuou com sua postura "vaselina", em relação à Dona Dilma e ao PT.
Quércia, agora aliado, foi o que mais bateu: chamou Dona Dilma de despreparada para o cargo, e virgem de eleição.
De programa de governo para o estado - motivo da festança - que é bom, nada.
O Dr. Geraldo é aquele mesmo que o Mário Covas inventou tempos atrás.
Tem fortes vínculos com a organização de extrema direita abrigada na igreja católica TFP - aquela onde os membros expurgam os seus pecados se auto fragelando.
Completou o mandato de Covas, foi ele mesmo eleito, atrapalhou Serra Nomuro na última eleição presidencial, e atrapalhou o Bolinha Kassab na última eleição pra prefeito.
Em bom português: é um mala sem alça.
A tucanada vai fazer 30 anos que manda no estado.
De "melhorias", só vejo o aumento absurdo das praças de pedágio.
O ensino continua uma merda, e basta falar o nome do Geraldo ou do Serra Nomuro para um professor do estado, que você ganhará um inimigo pro resto da vida.
E sem ensino de qualidade, ninguém vai a lugar nenhum.
Tá na hora da tucanada deixar o poleiro paulista. Já deu.
E os candidatos ao senado?
Não podemos nos esquecer que, nesse ano, teremos duas vagas em disputa.
Dona Marta - aquela do "relaxa e goza" - moça fina, saiu à francesa da eleição pra governador e agora quer o senado.
Deve fazer coligação com o PC do B e seu candidato Netinho de Paula, pagodeiro, apresentador de tv e espancador de humoristas e de esposas.
Só em política mesmo, pra vermos uma sexóloga e batalhadora incansável dos direitos das mulheres, coligada com um ogro, sexista e espancador das mesmas mulheres que ela sempre defendeu.
Se esse arranjo sair mesmo, será a última pá de cal na carreira política da Marta.
Romeu Tuma ainda procura coligação pra tentar mais um mandato, e é o líder nas pesquisas.
Acontece que os podres da família Tuma finalmente estão vindo à tona.
Contrabandista chinês, amigo da família e financiador de campanha parece ser só o começo da ladeira.
Já que o Romeu pai nada fez nesse tempo todo em que está no senado - e desafio alguém a me mostrar um só projeto de autoria dele, nesses anos todos - seria bem melhor, para nós paulistas, que ele ficasse por aqui mesmo, e desse a vaga pra quem quer ao menos tentar fazer alguma coisa pelo estado na mais alta casa legislativa da República.
Gabriel Chalita foi durante muito tempo secretário do Serra Nomuro.
Ligado à igreja católica, o escritor boa pinta adoraria ser senador, e agora é de um partido coligado à Dona Marta, o que, convenhamos, é muito melhor pra ela do que o Netinho, né?
Pra passar o tempo até outubro, o rapaz de bom gosto acaba de lançar um livro, onde publica as correspondências trocadas com seu amigo íntimo, o padre-cantor-galã Fábio de Mello.
Realmente, o amor é lindo!
O manda chuva do PMDB em São Paulo, Orestes Quércia, parece que finalmente volta ao senado na coligação do Dr. Geraldo, mesmo que, a nível nacional, seu partido apóie Dona Dilma.
Sua candidatura é a segunda parte do acordo feito entre tucanos e peemedebistas paulistas, onde o PMDB apoiou Serra Nomuro pra governador e o Bolinha Kassab pra prefeito.
Quércia teve o seu nome gravado pra sempre na luta pela redemocratização deste país, e
teve papel decisivo na luta pelas Diretas Já.
Pelo MDB, foi eleito deputado estadual em 1966 e prefeito de Campinas em 1969.
Em 1974, foi eleito senador - peitando o candidato dos militares e da ARENA que tentava a reeleição, Carvalho Pinto - com votação recorde.
Em 1982 - na primeira eleição direta para governador pós militares - foi eleito vice-governador de Franco Montoro.
Em março de 1987, quando tomou posse como governador, vencendo como oponentes nas eleições de 1986 Paulo Maluf, Antônio Ermírio de Morais e Eduardo Suplicy.
Dos candidatos colocados até agora, é o melhorzinho, disparado.
E pra federal? Teremos o Cleber Bambam, O Zé do Caixão e o Marcelinho Carioca!
SOCORRO!
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Veja e ouça essa coluna, já postada no Youtube:
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