Foi assim, de cara nova, que eu recebi o meu exemplar do - ainda - melhor jornal do país, ontem.
A Folha de S.Paulo deu uma boa mexida no seu conteúdo, juntou em uma única redação o pessoal da edição de papel e da net - todos trabalham agora para a Folha.com -, aumentou o tamanho das letras, trocou meio time de colunistas e ficou muito mais interessante de se ler, principalmente o caderno de Esportes, agora num prático formato tablóide.
Porém , essa "nova Folha" tem alguns senões, que a meu ver podem comprometer todo esse esforço em se manter moderna, ágil e com conteúdo diferenciado, nesses tempos de imediatismo e internet banda larga:
. Manteve - e até deu outras atribuições na net - à colunista BÁRBARA GANCIA, que a muito tempo ocupa um bom espaço no jornal, sem nada dizer ou acrescentar.
Temas mal escolhidos, texto rasteiro, cheirando a mofo.
Seu espaço seria melhor ocupado por um colunista jovem, ou ao menos um que se recicle, sem ranços e sem padrinhos, como parece que a senhora Gancia é.
. Manteve - em nome da sua suposta "pluraridade" - como colunista o CORONÉ SARNEY - aquele! - que no auge das denúncias contra si e o filho pródigo Fernando, usava seu espaço semanal na página dois do jornal para versar sobre as estrelas, o mar e outros temas pra boi dormir.
É outro espaço precioso perdido.
. Finalmente, a jóia da coroa: a contratação como colunista do caçador de caseiros ANTONIO PALOCCI - coordenador da campanha da Dona Dilma à presidência - o que deixa aos seus leitores não uma dúvida, mas uma certeza de quem o jornal apóia para o mais alto cargo da República.
Podiam ter aproveitado e feito uma limpeza mais profunda nos porões do jornal.
Perderam uma ótima oportunidade.
Enquanto isso, o novo slogan - "Folha, o jornal do futuro" pode muito bem ser lido como "Folha, o jornal do futuro?"
Nenhum comentário:
Postar um comentário