quarta-feira, 23 de maio de 2012

A SEMANA NA DIVERSIDADE


Confira as matérias especialíssimas que você lerá nessa postagem:
RIO TEM PRIMEIRO CASAMENTO GAY OFICIALIZADO
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133 GAYS DECLARADOS CONCORRERÃO PARA VEREADOR E DOIS PARA PREFEITO
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CONGRESSO ARGENTINO APROVA LEI DE IDENTIDADE DE GÊNERO
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ATRIZ MIRIM DE 'AVENIDA BRASIL' É CRIADA POR CASAL HOMOSSEXUAL
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CURTA-METRAGEM PARA CRIANÇAS É CRITICADO POR ABORDAR ROMANCE GAY
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MARVEL COMICS ENTRA NO DEBATE SOBRE CASAMENTO GAY, AO CASAR SUPER-HERÓI COM SEU NAMORADO
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IDOSOS PAULISTAS GANHAM PROGRAMA DE VIAGENS DE GRAÇA
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SOROPOSITIVAS TAMBÉM PODEM TER FILHOS SAUDÁVEIS
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ESTUDANTE INDIANO QUE LEVOU COLEGA GAY AO SUICÍDIO PEGA SÓ 30 DIAS DE PRISÃO
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Agora, leia:

RIO TEM PRIMEIRO CASAMENTO GAY OFICIALIZADO

Um casal homossexual carioca conseguiu na Justiça a oficialização do casamento após oito anos vivendo juntos.

Este é o primeiro caso de conversão da união homoafetiva estável para o casamento registrado no Rio de Janeiro.

O pedido foi aceito por unanimidade pelos desembargadores da 8ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça (TJ-RJ) após ter sido negado, em outubro, pela Vara de Registro Público.

A decisão foi já publicada e os nomes dos beneficiados com a medida não foram divulgados pois o processo correu em segredo de Justiça.
Divulgação
Cidade maravilhosa e um dos destinos gays mais visitados do mundo

De acordo com a decisão, ficou comprovada a convivência "contínua, estável e duradoura" do casal.

O relator do caso, desembargador Luiz Felipe Francisco, levou em consideração o parecer do Supremo Tribunal Federal (STF) de 2011 que determinou que não há distinção entre as uniões hétero e homoafetivas.
"Ao se enxergar uma vedação implícita ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, estar-se-ia afrontando princípios consagrados na Constituição da República, quais sejam, os da igualdade, da dignidade da pessoa humana e do pluralismo", afirmou Francisco

Para ele, o Direito não é estático e deve "caminhar com a evolução dos tempos, adaptando-se a uma nova realidade".
Agência Estado

133 GAYS DECLARADOS CONCORRERÃO PARA VEREADOR E DOIS PARA PREFEITO

Os LGBTTs terão representantes inéditos na disputa eleitoral de 2012.

Na capital da Paraíba, João Pessoa, e em Itu, no interior de São Paulo, já foram lançadas pré-candidaturas de homossexuais ao principal cargo executivo municipal.

Em ambos os casos, os candidatos a prefeito prometem, caso eleitos, brigar pelos direitos dessas minorias.

Ponto considerado positivo pelo presidente da ABGLT - Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transsexuais -, Toni Reis, que disse acreditar que é importante ter uma plataforma de governo bem alicerçada.

Para as câmaras, o número de candidatos LGBT é bem maior: pelo menos 133 gays declarados vão disputar vagas legislativas em todo o país.

O pré-candidato de Itu, Edmilson Martins (PPL – Partido Pátria Livre), considera importante defender a igualdade social em todas as áreas e afirmou que já montou projetos para a criação de departamentos que promovam a inclusão social.

“Sou contra qualquer forma de preconceito, por isso quero trabalhar pela profissionalização e introdução ao mercado de trabalho do público LGBTT”, afirmou.
Divulgação
O  pré candidato a prefeito de Itú,  Edmilson Martins

Ele disse ainda que pretende entrar para a história do país, como o primeiro prefeito gay.
“Quero romper as barreiras e mostrar que a minha opção sexual não interfere na minha posição política e candidatura.”

Edmilson disse que sua candidatura é apoiada pelo deputado federal Jean Wyllys (PSOL), gay militante.
“Ele ainda vai estudar no partido a forma de formalizar esse apoio”, afirmou Martins.

O PSOL é o partido de Renan Palmeira, 25, que será candidato na capital paraibana - Jean Wyllys também prometeu se engajar na campanha.

Para o presidente da ABGLT, além dos candidatos é importante garantir políticos aliados para brigar pelas causas homossexuais em todo o país - já se mostraram favoráveis nomes como Fernando Gabeira (PV), Gilberto Kassab (PSD) e Antônio Imbassahy (PSDB).

Tony diz ainda que é importante conhecer os candidatos.
“Não basta ser gay, é preciso ter uma proposta de governo interessante e envolvimento com a política.”
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CONGRESSO ARGENTINO APROVA LEI DE IDENTIDADE DE GÊNERO

O Senado argentino aprovou, por ampla maioria, a lei que autoriza travestis e transexuais a escolher seu sexo no registro civil, confirmando a decisão adotada pela Câmara de Deputados, em novembro.

A iniciativa obteve 55 votos a favor e uma abstenção, ao final de três horas de debates.

A nova lei define identidade de gênero como a "vivência interna e individual tal como cada pessoa a sente, que pode corresponder ou não ao sexo determinado no momento do nascimento, incluindo a vivência pessoal do corpo".

A norma estabelece que qualquer pessoa poderá solicitar a retificação de seu sexo no registro civil, incluindo o nome de batismo e a foto de identidade.
La Nación
A fachada do Congresso Argentino

Com a vigência da medida, a mudança de sexo não necessitará mais do aval da justiça para reconhecimento, e o sistema de saúde deverá incluir operações e tratamentos para a adequação ao gênero escolhido.

A medida "dará oportunidades iguais a todos e é consequência da Lei do Matrimônio Igualitário, aprovada em 2010, garantindo que perante o Estado cada pessoa será tratada e tutelada como sente que é", destacou a governista Ada Iturrez, que preside a Comissão de Legislação Geral do Senado.

A Argentina, país amplamente católico, foi o primeiro estado latino-americano a permitir o casamento entre pessoas do mesmo sexo, a partir de 2010.

Luis Naidenoff, presidente do bloco radical, principal força da oposição, estimou que a lei faz parte de "importantes avanços na ampliação dos direitos que favorecem setores que estavam discriminados".

A senadora peronista Sonia Escudero destacou que a comunidade trans "tem uma esperança de vida de apenas 35 anos, e mais de 90% se encontram em situação de prostituição como consequência da pouca preparação e do abandono precoce da escola".

"As cifras mostram que 95% destas pessoas, em torno de 22 mil em todo o país, não têm acesso aos direitos humanos fundamentais".

Centenas de ativistas de grupos de travestis e transexuais comemoraram o resultado da votação diante do Congresso, em Buenos Aires.

O presidente da Comunidade Homossexual Argentina, César Cigliutti, disse que a lei é "mais um passo gigantesco e histórico em nosso longo trabalho pelos direitos da nossa comunidade".

"As pessoas 'trans' merecem da sociedade o tratamento adequado ao seu gênero 'autopercebido'", destacou Cigliutti.

O interventor do estatal Instituto contra a Discriminação (Inadi), Pedro Mouratian, assinalou que a medida "é o pontapé para a efetivação dos direitos das pessoas 'trans, promovendo o acesso ao trabalho, à educação, à saúde e à habitação".
AFP

ATRIZ MIRIM DE 'AVENIDA BRASIL' É CRIADA POR CASAL HOMOSSEXUAL

Revelação da novela "Avenida Brasil", a atriz Ana Karolina, de 11 anos, é órfã há sete anos e durante esse tempo vem sendo criada pelo tio biológico, Fábio Lopes, e seu companheiro, João Paulo Afonso - a informação foi divulgada em uma entrevista concedida à revista "Contigo".

Ana, que atualmente vive Ágata, a filha da megera Carminha - Adriana Esteves -, nunca conheceu o pai e perdeu a mãe, Liane Lannes, quando tinha apenas quatro anos.

Começou a carreira aos cinco anos por incentivo do tio, ao entrar para uma agência de jovens talentos.

A menina já tem no currículo participações nas novelas "Duas Caras" (2007), "Ciranda de Pedra" (2008) e "Tempos Modernos" (2010).
Marcos Rosa
Ana Karolina Lannes, 11 anos, e seus dois pais Fábio Lopes e João Paulo Afonso

Hoje, ela se divide entre a capital paulista, onde mora com os pais, e o Rio de Janeiro, onde grava a novela.

No Rio, Ana passa a semana com a meia-irmã Letícia, de 22 anos.

"Seis meses antes de a minha irmã falecer, ela pediu que, caso algo acontecesse, era para eu cuidar da Ana. Lutei muito pela guarda. O juiz não queria me dar", explica Fábio.

Sobre ser criada por dois homens, a menina demonstra tranquilidade.
"Eles têm atitudes normais de pais: educam, repreendem, dão amor, carinho, ajudam quando preciso me arrumar. Tive uma babá que falava: ''Coitada de você quando menstruar e for namorar. Imagine você sozinha com dois homens (risos)!'".
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CURTA-METRAGEM PARA CRIANÇAS É CRITICADO POR ABORDAR ROMANCE GAY

Um curta-metragem animado - voltado para crianças de 8 a 10 anos - provocou polêmica na França ao contar uma história de romance homossexual.

O desenho animado "O Beijo da Lua" conta a história do peixe Félix, que se apaixona por outro peixe, León.

O curta de 20 minutos mostra sob diferentes pontos de vista uma história de amor homossexual - o objetivo dos produtores era abordar os temas de intolerância e homofobia.
Divulgação
Cena do curta animado "O Beijo da Lua"

Uma associação conhecida como Collectif pour l'enfant criticou o desenho por abordar temas considerados por eles não apropriados para crianças.

O diretor do filme, Sébastien Watel, disse à BBC que é homossexual, e que sua intenção foi mostrar às crianças que não há diferenças entre romances gays e romances heterossexuais.

Confira um trailer da animação:


MARVEL COMICS ENTRA NO DEBATE SOBRE CASAMENTO GAY, AO CASAR SUPER-HERÓI COM SEU NAMORADO

A editora Marvel Comics, que dentre outras grandes histórias publica a saga dos mutantes de X-Men, decidiu casar Estrela Polar, super-herói gay, no número que sairá à venda hoje, nos Estados Unidos.

Estrela Polar, codinome de Jean-Paul Beaubier, é um canadense de penetrantes olhos azuis e mecha grisalha no cabelo, capaz de se deslocar e voar a velocidade sobre-humana.

Na história, ele ficará de joelhos para propor casamento a Kyle Jinadu, seu namorado há anos, na revista "Astonishing X-Men #50"
Reprodução/Marvel.com
Jean-Paul Beaubier - o Estrela Polar - fica de joelhos para pedir seu namorado, Kyle Jinadu, em casamento

Desta forma, os criadores situam seus leitores diante de um dos assuntos sociais mais comentados nos Estados Unidos atualmente, o casamento entre homossexuais, que, por sua vez, não é autorizado na maioria dos estados. 

O tema também ganhou evidência durante a campanha eleitoral dos presidenciais, já que Obama declarou publicamente seu apoio à união entre gays.

“O universo Marvel sempre refletiu o mundo fora de sua janela, então nos esforçamos para ter certeza que os personagens, seus relacionamentos e histórias fossem coerentes com a realidade”, disse o editor-chefe da editora, Axel Alonso, em comunicado.

Além do lançamento, a Marvel também confirmou que o episódio do casamento do mutante e seu namorado também será retratado na próxima edição das aventuras X-Men, que deverá chegar ao mercado no dia 20 de junho, data em que serão realizados alguns casamentos em lojas especializadas em HQ's.

Reprodução/Marvel.com
Capa da revista,  que vai às bancas nesta quarta (22)

Estrela Polar se firmou como herói da Marvel em 1979, quando se tornou um dos integrantes da equipe "Alpha Flight" e um dos antagonistas de outros populares super-heróis.

A partir de 1983, os criadores transformaram este personagem em um dos mais populares da Marvel.

Nesta época, além de ter se tornado um medalhista olímpico, Estrela Polar também aparecia como um bem-sucedido empresário. 

A identidade sexual do super-herói só foi relevada publicamente em 1992.
Reprodução/Marvel.com
A Marvel também tem outros casais gays em seus quadrinhos, como Julie Power (esq.) e Julio Esteban Richter (dir.)

"Essa história é universal e está no centro de tudo o que escrevo: um poderoso amor entre duas pessoas que precisam lutar por isso e contra todo o resto", disse uma das autoras da história, Marjorie Liu, no mesmo comunicado.

“Como escritora — e autora de romances — eu sempre achei um pouco estranho que os relacionamentos dos personagens caíssem em um limbo por anos. Certamente isso acontece na vida real — alguns relacionamentos simplesmente nunca crescem — mas a coisa mais maravilhosa sobre essas histórias é que elas tendem a mover personagens e leitores para o futuro”, disse.

Estrela Polar e Kyle namoram desde 2009, mas a Marvel não promete que eles viverão felizes para sempre.

No anúncio, a editora se pergunta:
"Será seu caminho até o matrimônio em Nova York será suave, ou haverá perigos ocultos virando a esquina?" - como se enfrentar malfeitores e salvar o mundo não fosse o bastante.

Logo BOL 
*com informações da Reuters

IDOSOS PAULISTAS GANHAM PROGRAMA DE VIAGENS DE GRAÇA

O governo de São Paulo lançou o programa “Melhor Viagem SP”, que levará milhares de idosos para visitar gratuitamente destinos turísticos do Estado.

A iniciativa tem o objetivo de promover o bem-estar do idoso pela prática da atividade turística e fomentar a economia de cidades que, durante a baixa temporada de viagens, recebem poucos visitantes e vai contemplar pessoas com mais de 60 anos que vivam em cidades com menos de 30 mil habitantes.

Os destinos a serem visitados podem ser tanto no litoral como no interior do Estado, e todos os gastos com hospedagem, alimentação e lazer serão pagos pelo governo paulista - o transporte, por sua vez, ficará a cargo das prefeituras.

As viagens terão duração de cinco dias e serão realizadas de segunda a sexta-feira, entre os meses de março e junho e agosto e novembro – época em que muitos hotéis têm baixa ocupação.
Getty Images
Idosos podem viajar de graça pelo estado de SP

“Nessa primeira fase, estamos nos concentrando na população de cidades pequenas do Estado, que abrigam grande quantidade idosos que não têm condições de viajar, mas queremos estender o projeto para todos os nossos municípios no futuro”, afirma o secretário de Turismo de São Paulo, Márcio França.

"Além da parte do bem-estar, queremos que essas pessoas voltem para casa com boas histórias para contar e ajudem a promover as cidades que visitaram para seus familiares e amigos".

Os interessados em viajar com o projeto devem preencher uma inscrição no site da Secretaria de Turismo de São Paulo, indicando seus destinos e datas preferidos.

Até o final de junho haverá 200 vagas abertas por semana e, por enquanto, os destinos disponíveis para a viagem são Caraguatatuba, Praia Grande, Vargem Grande e Mogi das Cruzes.

Para mais informações, acesse: www.turismo.sp.gov.br/ - e boa viagem!
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SOROPOSITIVAS TAMBÉM PODEM TER FILHOS SAUDÁVEIS

O desejo de ser mãe é um sonho para muitas mulheres e esse sonho vale também para mulheres soropositivas, já que toda pessoa, independentemente de viver ou não com aids, tem direito de decidir se quer ter filhos ou não, quantos e em que momento da vida.

O acesso universal ao tratamento do HIV possibilitou um novo cenário para mulheres com o vírus da aids que desejam se tornar mães.

A queda nas taxas de transmissão vertical (de mãe para filho) do HIV é uma realidade que anima as soropositivas.

As tecnologias atualmente disponíveis e recomendadas no Brasil são capazes de reduzir o risco de transmissão vertical para menos de 1%.

Entre 2008 e 2009, cerca de 6 mil mulheres que sabidamente viviam com HIV engravidaram.

Havendo desejo de paternidade ou maternidade, é necessário estabelecer um planejamento conjunto: para aqueles casais que desejam ter filhos pelos métodos naturais, é importante não ter infecções genitais (como, por exemplo, DST), apresentar estabilidade imunológica, boa adesão ao tratamento e carga viral indetectável - no Brasil, aproximadamente 80% das pessoas com aids se encontram na faixa etária reprodutiva.

Esther Vilela, coordenadora do departamento de Saúde da Mulher do Ministério da Saúde, explica que as mulheres que se encontram nessa situação podem contar com o Sistema Único de Saúde (SUS).
“Hoje, a aids não é uma doença que mata como antes. Há condições de monitorar essa gravidez, apesar de ser de alto risco. A medicina lida com isso e tenta levar o máximo de segurança possível a essa mulher. Se forem tomadas as medidas necessárias, a transmissão vertical é reduzida bastante”, afirma.

De acordo com a coordenadora, o SUS hoje conta com cerca de 200 maternidades habilitadas de alto risco.

Tetra Images/Corbis
Ser mãe é um sonho de praticamente todas as mulheres, inclusive as soropositivas

As mulheres com HIV e outros problemas de saúde mais complexos são acompanhadas nessas unidades.
“No plano de ação da Rede Cegonha estamos fazendo um desenho da rede, para que os médicos encaminhem as mães para as unidades mais próximas. O corpo de profissionais nessas unidades é maior e tem mais especialistas”, aponta Esther.

A primeira coisa a fazer para decidir sobre a gravidez nesses casos é conversar com o médico do Serviço de Assistência Especializada em HIV/Aids (SAE) que realiza o acompanhamento da mulher, que vai avaliar a condição imunológica dela para planejar o melhor momento clínico para que a gravidez ocorra com menos risco de transmissão para o bebê.

Se as condições estiverem favoráveis e for comprovada a ausência de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), o médico vai conversar com a mãe e o pai para decidirem a forma da concepção.

De acordo com Andrea Rossi, consultora técnica do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, a orientação mais fácil e sem riscos para casais sorodiscordantes (quando um apenas é positivo para HIV) é a autoinseminação.
“Com a coleta do sêmen masculino, a mulher pode introduzi-lo na vagina por meio de uma seringa. Isso não traz riscos para o parceiro”, afirma.

Para os casais soroconcordantes - onde os dois são portadores do HIV -, a orientação é que tenham relação sexual apenas em período fértil.

Caso a mulher siga todas as orientações, faça o acompanhamento pré-natal, tome antirretrovirais durante a gestação e na hora do parto e não amamente o bebê após o nascimento, reduzirá em até 99% o risco de transmissão do HIV.

Isso depende da boa adesão às recomendações.

Perto do nascimento, o médico vai avaliar a via de parto mais aconselhável.

A escolha é feita pelo médico e vai depender de uma série de fatores como a situação clínica da mulher, se ela tem outra doença e se está com DST.

No entanto, a prática mais segura, em todo caso, é a cirurgia cesariana.

Todos os procedimentos, bem como os medicamentos antirretrovirais, são oferecidos pelo SUS.

ESTUDANTE INDIANO QUE LEVOU COLEGA GAY AO SUICÍDIO PEGA SÓ 30 DIAS DE PRISÃO

Um imigrante indiano universitário acusado de filmar ilegalmente seu colega de quarto gay com uma webcam recebeu nesta segunda (21) uma condenação de apenas 30 dias atrás das grades - e não a 10 anos, como era possível.

Dharun Ravi, que compartilhou as imagens da webcam com amigos do seu dormitório na Rutgers University em Nova Jersey, também enfrentava uma possível deportação, mas o juiz disse que não recomendaria isso.

O caso gerou um debate nacional sobre o cyber bullying e os ataques a gays quando o colega de quarto de 18 anos, aparentemente perturbado, em parte pelo constrangimento da divulgação de seu encontro sexual gay, cometeu suicídio dias depois.

Ravi, agora com 20, surpreendentemente não foi acusado pela morte dele.

Antes da leve sentença, o juiz Glenn Berman, de New Brunswick, Nova Jersey, fez um duro discurso a Ravi: ele demonstrou uma "colossal insensibilidade" quando filmou Tyler Clementi em setembro 2010, disse Berman ,em comentários transmitidos ao vivo pela TruTv.

"Eu ouvi esse júri dizer 'culpado' 288 vezes - 24 perguntas, 12 jurados," disse Berman.
"Não ouvi você pedir desculpas uma só vez."

Getty Images
Dharun Ravi - esquerda - no julgamento - e Tyler Clementi, que cometeu suicídio após ter vídeo íntimo divulgado por Ravi na net

Berman disse que Ravi nunca conseguirá "expurgar a conduta ou a dor que causou" e considerou Ravi culpado de invasão de privacidade, preconceito com os gays e de tentar impedir as investigações ao deletar ou adulterar mensagens de texto e tweets que ele havia enviado.

Seu advogado argumentou que Ravi era culpado apenas por uma brincadeira que deu errado ao filmar seu colega de quarto Clementi beijando um homem, por ter enviado tweets aos amigos sobre o que viu e por tê-los convidado para assistir a um vídeo ao vivo pela webcam.

Apesar de os promotores pintarem Ravi como um valentão mesquinho, Berman observou várias vezes que o jovem imigrante não era acusado de causar a morte de Clementi - uma tragédia que chamou a atenção para o que poderia ter sido um caso de pouca repercussão.

Em um discurso emocionado antes da sentença, a mãe de Ravi lembrou como ele chegou aos Estados Unidos com apenas duas malas e "muitas esperanças".
O filho dela, disse, tinha sido um aluno dedicado que "não guardava ódio a ninguém em seu coração."

"Pelo que meu filho Dharun está passando, não há palavras para explicar. O sorriso e o brilho nos olhos dele se foram",  disse ela.

Dirigindo-se à família de Clementi, ela disse:
"É muito triste que ele tenha escolhido por fim à vida. Meu coração está com sua família."

Quando a inesperada sentença foi proferida, Ravi pareceu não reagir imediatamente, olhando atordoado e perto das lágrimas, como esteve durante a audiência.

Um grupo de defesa dos direitos dos gays de Nova Jersey, Garden State Equality, elogiou a abordagem branda do juiz, dizendo que a pena máxima seria "uma vingança além da punição e de uma mensagem para o restante da sociedade."

Um mês na prisão foi o correto, indicou o grupo, que, no entanto, acrescentou:
"Esta não é uma brincadeira de criança que deu errado. Este não foi um crime despido de preconceito".

Para mim, Ravi precipitou o suicídio de Clementi, e deveria ficar preso muito tempo por isso - simples assim.

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