Um dos atores mais requisitados do cinema, Samuel L. Jackson continua em “Os Vingadores - The Avengers” a sua interpretação do Coronel Nick Fury, o líder do time de super-heróis que ele interpretou pela primeira vez em “Homem de Ferro” (2008).
Como ele mesmo diz, é uma evolução inesperada e interessante do herói criado por Stan Lee – “mas é isso que eu acho interessante, que me motiva em tudo o que faço: a possibilidade de criar”, Jackson diz.
“Não sei pintar e tenho pavor de uma página em branco. Poder usar a mim mesmo como ferramenta criativa, como ator, é o que me faz sair da cama todos os dias”.
Continue acompanhando a entrevista que o aclamado ator, uma das lendas do cinema moderno, concedeu à Ana Maria Bahiana, do UOL, logo abaixo.
Divulgação - Marvel Films
Samuel L. Jackson como Nick Fury, em cena de "Os Vingadores - The Avengers"
UOL - Qual seu super-herói favorito?
Samuel L. Jackson - Não me ligo nisso. Sou um Jedi. Estou bem. Posso acabar com todos esses caras usando meu sabre de luz.
Por que você acha que continuamos fascinados por super-heróis?
As pessoas comuns – que somos todos nós, não é? – sempre tiveram fascínio pelas pessoas extraordinárias. Pessoas que voam. Pessoas que nadam distâncias impossíveis. Pessoas que saltam enormes distâncias. Fazem parte de nosso arsenal de sonhos e desejos, essas coisas extraordinárias. Vivemos sonhando que elas podem conviver com nossa realidade.
Nick Fury tem um papel muito difícil lidando com todos esses super-heróis. Como você descreveria o estilo de gerenciamento que ele emprega?
Nick Fury é um líder nato. Se não fosse assim, seria impossível lidar com essas personalidades imensas que, como o Homem de Ferro, não sabem brincar juntas. E cada um deles tem motivos para não confiar nos demais, para não gostar dos outros. E é claro que, pela própria natureza deles, eles são altamente competitivos. E é claro também que, ao encontrar uma pessoa como Nick Fury, vão imediatamente desconfiar que estão sendo manipulados. Meu ponto de vista como Fury era o de uma espécie de super motivador, dedicado a convencê-los de que, se eles eram ótimos individualmente, seriam invencíveis se trabalhassem juntos.
Você acha que essa abordagem tem paralelos com o seu modo pessoal de ser?
É capaz. Eu era o mais velho e mais experiente no set. E na minha vida eu tento sempre liderar pelo exemplo. Chegar no set preparado. Ser pontual. Saber meu texto. Tratar todo mundo com respeito. Cumprimentar o pessoal da equipe, os motoristas, os maquiadores, os técnicos, o pessoal do bufê, todo mundo. Fazer um filme não é muito diferente de coordenar um time de super-heróis: só se consegue alguma coisa se todos estiverem na mesma página. Não se faz trabalho algum a não ser que todos nós trabalhemos juntos.
Você conversou com Stan Lee sobre Nick Fury?
Encontrei Stan várias vezes, e tive uma conversa longa e maravilhosa sobre Nick Fury, sobre quem ele era inicialmente e como ele foi parar aqui, em 2012. Porque ele era um cara branco na Segunda Guerra Mundial, liderando os Howling Commandos. E acabou se transformando num cara negro que… sou eu, não é? O que é super legal. Eu gosto muito disso.
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