"No", filme dirigido pelo chileno Pablo Larrian e protagonizado por Gael García Bernal, ganhou nesta sexta o Art Cinema Award na Quinzena dos Realizadores, mostra paralela ao Festival de Cinema de Cannes..
Divulgação
Gael García Bernal, em cena de "No"
“No” revisita um dos mais importantes episódios da história recente do Chile: em 1988, então há 15 anos no poder, o ditador Augusto Pinochet foi obrigado, por pressão internacional, a promover um referendo para saber se o povo ainda o queria como presidente.
Gael interpreta René Saavedra, o publicitário que promoveu a campanha do “Não” a Pinochet, que saiu vencedora e deu início à redemocratização do país.
O filme mostra como a campanha da oposição teve que deixar de ser “pesada”, cheia de imagens sobre as torturas do regime de Pinochet, para abraçar a linguagem da publicidade que tomava conta da TV já naquela época.
Criou-se assim uma campanha “positiva”, cheia de humor e imagens leves.
“Meu trabalho foi fazer uma espécie de download de informações sobre a época, para entender o contexto e entrar no ritmo, nas microesferas da vida chilena”, comentou Gael García Bernal, que desde o brasileiro “O Passado” (2007) não encontrava um papel tão bom.
“Eu era criança nos anos 80. O filme retrata esse imaginário sujo que eu e outras pessoas ainda têm dessa época, uma memória cheia de dor”, explicou o diretor Pablo Larraín – que já havia dirigido os excelentes “Tony Manero” e “Post Mortem”.
De acordo com o site "The Hollywood Reporter", a Sony comprou nesta semana os direitos para exibir o filme nos Estados Unidos.
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