Seis pessoas foram indiciadas pela Polícia Civil de Alagoas na última terça-feira (27), após a conclusão do inquérito que investigou denúncias de pedofilia envolvendo três padres da Igreja Católica na cidade de Arapiraca (140 km de Maceió).
Os monsenhores Luiz Marques Barbosa e Raimundo Gomes e o padre Edilson Duarte foram indiciados pelo crime de abuso sexual de menores. Além desse crime, o padre Edilson também foi indiciado por “importunismo ofensivo ao pudor” e ameaça, enquanto o monsenhor Luiz Marques foi enquadrado por oferecer bebidas alcoólicas a menores de 18 anos. Eles podem pegar penas entre quatro e dez anos de prisão.
Além deles também foram indicados por falso testemunho mais três pessoas – todas ligadas ao monsenhor Luiz Marques: o motorista José Reinaldo, a caseira Maria Izabel e a empregada doméstica Maria Batista. Elas teriam mentido em depoimentos à polícia. Reinaldo e Izabel chegaram a ser presos, no último dia 18, por conta da acusação, mas já foram libertados.
Segundo a delegada Maria Angelita, o caso já foi enviado ao Ministério Público de Alagoas, que deve oferecer denúncia a Justiça.
“Nós encerramos o nosso trabalho e recolhemos provas importantes contra os padres. O padre Edilson confessou os abusos, enquanto os dois monsenhores negaram. Mas existiram muitos depoimentos interessantes, dando conta que eles praticaram o abuso”, explicou a delegada.
O monsenhor Luiz Marques, de 83 anos - aquele que foi filmado fazendo uma gostosa "chupetinha" num ex-coroinha, aos pés de um crucifixo - segue detido, já que teve prisão domiciliar decretada recentemente pelo juiz Rômulo Valença.
Em parecer favorável à sugestão apresentada, o deputado Luiz Couto (PT-PB), destacou o fato de a pedofilia estar alcançando "níveis alarmantes" em todo o País, sobretudo com o uso da internet como instrumento de cooptação de vítimas, o que, segundo ele, exige uma postura mais rigorosa por parte das autoridades.
"A proposta de tornar a pedofilia crime hediondo é adequada como forma de combate e punição efetiva desses crimes. Os pedófilos não podem ficar circulando livremente pelas ruas e fazendo vítimas, enquanto a Justiça decide acerca das ações penais a eles relativas", afirma o deputado.
Para o Instituto Phoenix, a pedofilia deve ser qualificada de crime hediondo por sua “repulsa social”. Segundo a entidade, esse crime é grave e revoltante, merecendo figurar entre aqueles que merecem maior reprovação pelo Estado.
Enquanto isso, em Franca(SP)...
da Agência Estado
A Justiça de Franca (400 km de São Paulo), aceitou a denúncia do Ministério Público contra o padre José Afonso Dé, de 74 anos, acusado de pedofilia.
O padre foi indiciado pela polícia por dois crimes: estupro de vulnerável (menor de 14 anos) e violação sexual mediante fraude. O juiz Wagner Carvalho Lima, da 2ª Vara Criminal de Franca, cuidará do caso, que está sob segredo de justiça. O promotor que ofereceu a denúncia é José Lourenço Alves, da região de Ribeirão Preto (SP).
Sete jovens entre 12 e 16 anos informaram à Polícia Civil que Dé teria os beijado e acariciado seus órgãos genitais neste ano. O caso chegou à Delegacia de Defesa da Mulher em meados de março, após denúncia ao Conselho Tutelar do município.
Outros dois adultos, que teriam sido molestados pelo sacerdote quando menores, foram ouvidos e também acusaram o religioso. Dé afirmou em depoimento e em entrevistas que é inocente. O religioso disse ter ficado perplexo com as acusações. "Sou afetivo, gosto de abraçar as pessoas, beijá-las. Ainda mais depois que nasceram meus netos [18, de dez filhos adotivos]. É meu modo de ser. Pode acontecer que esse meu jeito tenha gerado alguma interpretação diferente", teve a cara de pau de dizer o véio safado.
Desde 26 de março, o padre foi afastado de suas atividades pelo bispo de Franca, Pedro Luiz Stringhini. O bispo encaminhou formalmente o caso à Nunciatura Apostólica, que funciona como uma embaixada do Vaticano no Brasil.
E a CPI da Pedofilia já declarou que vai convocar o padre para prestar esclarecimentos.
Caso seja condenado, o padre pode pegar pena entre 6 e 20 anos, reduzida à metade por ele ter mais de 70 anos.
Por mim, apodreceria na cadeia.
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