quinta-feira, 8 de abril de 2010

A NOVA BATALHA NA VIDA DE MARTINA NAVRATILOVA

Com 167 títulos de simples, Martina Navratilova é a maior vencedora, entre homens e mulheres, do tênis - sua mais próxima perseguidora é sua arquirrival, Chris Evert, com 154.

Foto: Eddie Risch - 6.jul.03/Efe
Navratilova ergue o troféu de Campeã do Torneio de Wimbledon, em julho de 2003

Foi líder do ranking mundial e uma das três tenistas da história a conquistar todos os títulos possíveis nos quatro Grand Slams (simples, duplas e duplas mistas).

Mas não foi só dentro das quadras que Navratilova conseguiu notoriedade.

Corajosa, assumiu publicamente sua homossexualidade, e no auge da carreira.

Mas a ex-tenista - que sempre disse o que pensava, mesmo que isso significasse atrito com cartolas e patrocinadores - chorou ao sentir que perdeu um pouco o controle de sua vida em fevereiro, ao descobrir que sofria de câncer de mama, agora aos 53 anos.

"Foi um duro golpe. Sempre me senti no controle de minha vida e do meu corpo, mas isso está completamente fora de minhas mãos", disse ela à revista "People".

Nascida em Praga (República Tcheca) e com cidadania americana, Navratilova descobriu a doença em janeiro, em mamografia de rotina.
A biópsia confirmou o câncer em estágio inicial.
Em março, passou por cirurgia conservadora, na qual foi removida só a área doente.

Consultado, o mastologista Silvio Bromberg, do Hospital Albert Einstein, aqui de Sampa, disse, por telefone:
"Em casos assim [carcinoma ductal in situ], a curabilidade é excelente. Em torno de 98% a 100%".
Já Alfredo Barros, oncologista do Sírio Libanês, disse que "É considerado câncer, mas é totalmente inocente".

No mês que vem, a rainha das quadras deve iniciar um período de seis semanas de radioterapia, mas isso não deve impedir que ela atue como comentarista do Aberto da França (Roland Garros), a partir de 23 de maio.

Nove vezes campeã de Wimbledon em simples, Navratilova - que continua jogando tênis, pratica hóquei no gelo e disputa provas de triatlo - ) não queria tornar público seu diagnóstico, mas considerou que isso poderia ajudar outras mulheres.

"Passei quatro anos sem fazer as mamografias. Eu me mantenho em forma e como bem. Mesmo assim, aconteceu. Mais um ano e poderia estar com grandes problemas", disse ela, embaixadora de saúde de uma associação que reúne idosos americanos.

Hoje é o DIA MUNDIAL DE COMBATE AO CÂNCER, e Martina se mostra corajosa, mais uma vez.

E uma mulher admirável, como sempre.

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