quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

61ª EDIÇÃO DO FESTIVAL DE BERLIM COMEÇA AMANHÃ, COM MADONNA, ISABELLA ROSSELLINI E IRMÃOS COHEN

A 61ª edição do Festival de Cinema de Berlim começa amanhã (9), sob a presidência da atriz Isabella Rossellini.

Divulgação/BvlgariIsabella Rosselini, em propaganda da grife Bvlgari

Nesse ano, a Berlinale aposta na criatividade e na renovação, com obras do cinema autoral e experimental em 3D, a estreia de Ralph Fiennes atrás das câmeras e uma "espiadinha" no último filme de Madonna - o tapete vermelho do festival anseia por uma possível aparição da pop star, já que trechos de seu novo filme, "W.E" - que conta a história de vida da Duquesa e do Duque de de Windson - devem ser revelados antes da première mundial no circuito europeu.

Just SaredMadonna dirige "W.E." em externa em Londres

Reduzida a 16 longas-metragens apenas - contra 20 do ano passado -, a competição pelo Urso de Ouro, que será entregue no dia 19 de fevereiro, abre espaço para jovens cineastas e mulheres, de acordo com a vontade manifestada pelo diretor do festival, Dieter Kosslick.

"Uma de nossas tendências este ano envolve diretores mais jovens e também as mulheres", declarou Kosslick à imprensa.
"Queremos também descobrir novas formas de cinema, com a programação de filmes em 3D", acrescentou.

O Festival abre na noite de quinta-feira com a projeção, fora da competição, do faroeste dos irmãos Joel e Ethan Coen, "Bravura Indomita", um 'remake' de um grande clássico do gênero, assinado por Henry Hathaway (1969).

O filme totaliza dez indacações ao Oscar, incluindo as de Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Ator para Jeff Bridges, que revive o antigo papel de John Wayne como o xerife caolho, ao lado de Matt Damon.

Lorey Sebastian/APJeff Bridges, em cena de "Bravura Indômita", filme dos irmãos Cohen


Depois, na sexta, começa a competição oficial com "Margin Call", do diretor americano J.C. Chandor, estrelado por Kevin Spacey, Demi Moore e Jeremy Irons, como diretor de uma empresa financeira em plena quebra da bolsa de valores.

Em meio aos grandes sucessos hollywoodianos em 3D - de "Avatar" a "Toy Story 3" - os autores europeus ganham evidência com "Pina", o último filme do diretor alemão Wim Wenders sobre sua compatriota, a dançarina e coreógrafa Pina Bausch; com um documentário de Werner Herzog, "Cave of Forgotten Dreams"; e também a uma animação do francês Michel Ocelot, "Les Contes de la nuit".

"Estou feliz que um diretor como Wender tenha experimentado as possibilidades do 3D", revelou Lars-Olav Beier, crítico de cinema da publicação semanal Der Spiegel.
"Resta saber se o cinema autoral e experimental em 3D, que não depende a priori dos efeitos especiais como os grandes sucessos populares, vai conseguir desenvolver uma estética própria".

Outra novidade, a primeira produção do ator britânico Ralph Fiennes, que encena a tragédia de Shakespeare, "Coriolano", general romano vitorioso em rebelião contra o império.

Zoe Kravitz, filha do cantor Lenny Kravitz e da atriz Lisa Bonet, aparece em "Yelling To The Sky", de Victoria Mahoney, história de uma adolescente de 17 anos deixada por conta própria em um bairro violento de Nova York.

O diretor iraniano Asghar Farhadi, já coroado em 2009 com "À Procura de Elly", retorna com "Jodaeiye Nader az Simin", que conta a história de um casal separado e que se reencontra por causa de um evento inesperado.

Farhadi foi temporariamente proibido de filmar em seu país por ter apoiado o compatriota Jafar Panahi.

Berlinale 2006
O cineasta Jafar Panahi recebe o Urso de Prata na edição de 2006 do Festival de Berlim

Panahi foi recentemente condenado a 6 anos de prisão e 20 anos de proibição de trabalhar - a Berlinale, que havia convidado o cineasta para ser jurado, vai homenageá-lo na sexta(10), ao exibir seus filmes.

Confira a lista 22 filmes da mostra principal do evento, os diretores e os países de produção.

Dos 16 longas-metragens em competição, 13 terão estreia mundial em Berlim.

"A Torinoi Lo" (The Turin Horse), Bela Tarr, Hungria/França/Alemanha/Suíça/EUA.

"El premio" (The Prize), Paula Markovitch, México/França/Polônia/Alemanha.

"Jodaeiye Nader az Simin" (Nader And Simin, A Separation), Asghar Farhadi, Irã.

"Les contes de la nuit" (Tales Of The Night), Michel Ocelot, França.

"Margin Call", J.C. Chandor, EUA.

"Saranghanda, Saranghaji Anneunda" (Come Rain, Come Shine), Lee Yoon-ki, Coreia do Sul.

"Schlafkrankheit" (Sleeping Sickness), Ulrich Koehler, Alemanha/França/Holanda.

"The Forgiveness Of Blood", Joshua Marston, EUA/Albânia/Dinamarca/Itália.

"Un Mundo Misterioso" (A Mysterious World), Rodrigo Moreno, Argentina/Alemanha/Uruguai.

"V Subbotu" (Innocent Saturday), Alexander Mindadze, Rússia/Alemanha/Ucrânia.

"Bizim Buyuk Caresizligimiz" (Our Grand Despair), Seyfi Teoman, Turquia/Alemanha/Holanda.

"Coriolanus", Ralph Fiennes, Grã-Bretanha.

"Odem" (Lipstikka), Jonathan Sagall, Israel/Grã-Bretanha.

"The Future", Miranda July, Alemanha/EUA.

"Wer wenn nicht wir" (If Not Us, Who), Andres Veiel, Alemanha.

"Yelling To The Sky", Victoria Mahoney, EUA.

Fora de competição:

"Bravura Indômita", Joel e Ethan Coen, EUA (filme de abertura).

"Almanya - Willkommen in Deutschland" (Almanya), Yasemin Samdereli, Alemanha.

"Les femmes du 6eme etage" (Service Entrance), Philippe Le Guay, França.

"Mein bester Feind" (My Best Enemy), Wolfgang Murnberger, Áustria/Luxemburgo.

"Unknown", Jaume Collet-Serra, Alemanha/Grã-Bretanha/França.

"Pina", Wim Wenders, Alemanha/França.

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