Candidato do PSDB ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin defendeu o sistema de progressão continuada nas escolas paulistas durante sabatina promovida pela Folha e pelo UOL.
Pelo método, os alunos não são reprovados de ano em ano, mas avaliados a cada ciclo.
"Hoje, todos os indicadores mostram que [a educação em São Paulo] está melhorando", afirmou.
Confira a sabatina na íntegra:
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RESUMO:
EDUCAÇÃO - Segundo ele, a ideia da progressão continuada foi criada por Paulo Freire e implementada pelo PT, que vem criticando o sistema.
Para defendê-lo, o tucano citou eventual evasão escolar, o fato de crianças de famílias ricas terem possibilidade de ter aula particular e o risco de criar nas crianças pobres uma "cultura do fracassso".
Alckmin anunciou uma "novidade, que estava reservando para mais tarde": a criação da Fundação Universidade Virtual do Estado de São Paulo, voltada para o ensino à distância. Foi a resposta do candidato a uma pergunta de uma estudante de 18 anos, que queria saber se ele criaria novas universidades.
TRANSPORTE - Questionado sobre a lentidão na construção de novas linhas de metrô, o ex-governador de São Paulo disse que transporte de alta capacidade é prioridade, e que o governo federal não coloca dinheiro nas obras. "Não tem um centavo. O que tem é empréstimo", emendou.
Ao contrário do candidato tucano à Presidência, José Serra, que anteontem criticou os custos do trem bala Rio-São Paulo, Alckmin disse ser favorável ao projeto desde que ele se viabilize com dinheiro privado. "No que eu puder ajudar como governador, eu farei."
LULA E PT - O candidato avaliou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva amadureceu, porque "guardou as propostas do PT na gaveta, e deu continuidade às ações de Fernando Henrique Cardoso"
E disse que as relações do PT com as Farc são "públicas e notórias".
CPIs - Sobre o engavetamento de 69 CPIs durante seu governo, e o questionamento judicial de contratos, Alckmin afirmou que a maioria das investigações não se refere ao governo, e que não controla o Legislativo paulista.
PEDÁGIOS - O ex-governador de São Paulo se esquivou de responder se os pedágios do Estado são caros ou baratos.
"Quando você diz caro ou barato, é proporcional a alguma coisa", respondeu.
Questionado diretamente por pelo menos três vezes, o tucano disse apenas que "o modelo é bem elaborado" e criticou as rodovias federais, que chamou de "estradas da morte".
Apesar disso, afirmou que vai rever a tarifa em locais onde o cidadão percorre um trecho pequeno e paga a tarifa cheia.
"Eu identifiquei Paulínia, Jaguariúna [no interior de São Paulo, próximas a Campinas]. Vou corrigir", afirmou.
EVENTOS PÚBLICOS - Alckmin negou que esteja evitando eventos publicos.
A Folha publicou ontem reportagem sobre o recolhimento do tucano, que lidera as pesquisas de opinião.
O candidato disse que desde o início da campanha foi a 28 cidades e que tem participado de caminhadas em todas as cidades.
"Fizemos até um comício, coisa fora de moda", ressaltou. "Nós temos feito sim agendas públicas e temos feito as reuniões políticas."
SEGURANÇA - O tucano prometeu aumentar o efetivo da Polícia em 6.000 policiais militares. Para isso, diz estar estudando a possibilidade de o Estado contratar policiais no seu período de folga regulamentar. Hoje, o policial trabalha 12 horas e folga 36. Nesse intervalo, acabam fazendo "bicos" por fora.
Alckmin disse também que vai aumentar o salário dos PMs, mas se esquivou de dizer em quanto.
Ele prometeu ainda que o Estado de São Paulo vai ser o primeiro Estado do país a não ter um preso em cadeia. "Ficarão todos em centros de detenção provisória".
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