domingo, 25 de julho de 2010

A FALTA DE CULHÕES DE FELIPE MASSA

Ainda atônito com a cara de pau da Ferrari e a falta de culhões do Felipe Massa na corrida de hoje, deixo para quem é craque no tema dar a sua opinião: O jornalista Fábio Seixas.

Leia:

PERFIL

Fábio Seixas
Fábio Seixas, 35, editor-adjunto de Esporte daFolha, é jornalista, com mestrado em Administração Esportiva pela London Metropolitan University, da Inglaterra.

25/07/2010

Por ora, multinha barata

Enquanto a Ferrari continua insistindo que não houve nada demais e que não sabemos falar inglês, os comissários do GP da Alemanha puniram a equipe em US$ 100 mil.
Segundo os representantes da FIA, o time que não fez nada demais e que ensinou inglês para Shakespeare infrigiu dois itens do regulamento: 39.1 (ordens de equipe) e 151c (conduta antidesportiva).
Por enquanto, está barato. Mas pode ficar caro.
Porque o caso será levado ao Conselho Mundial.
Em 2002, após a marmelada da Áustria, a Ferrari não sofreu nenhuma sanção dos comissários, mas depois levou US$ 1 milhão na cabeça.
E como eu torço, agora, para que os dois pilotos sejam desclassificados do GP da Alemanha... Pelo bem do esporte.
Ou vai ver estamos todos enganados. A Ferrari não faz nada demais. Nós é que não sabemos falar inglês.

Escrito por Fábio Seixas às 13h41

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Massa tenta explicar

Massa falou aos jornalistas brasileiros em Hockenheim.
O começo da entrevista é dos mais tristes. Respostas atravessadas à repórter Mariana Becker, da Globo, como se ele não soubesse o que acabara de acontecer.
O ferrarista disse que a decisão foi dele, que fez o melhor para a equipe, que é um profissional dentro de uma empresa.
"Segundo piloto, eu não sou. Não faz parte do meu caráter correr para ser segundo."
Bom, ouçam vocês mesmos e tirem suas conclusões... Está aqui.

Escrito por Fábio Seixas às 12h42

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Alonso, uma vitória imunda

Alonso e Massa se abraçam após o GP da Alemanha (Ferrari)

Um domingo de vergonha para Massa, para Alonso, para a F-1, para o esporte.

Porque, num replay do GP da Áustria de 2002, a Ferrari deu uma ordem expressa e escandalosa para inversão de posições entre seus dois pilotos. E a ordem foi expressamente e escandalosamente cumprida.

Massa pilotava bem, liderava o GP da Alemanha, tinha enormes chances de encerrar um jejum de 27 provas sem vitória exatamente no dia em que seu acidente na Hungria completava um ano.

Mas, a 18 voltas do fim, o rádio foi acionado. E o brasileiro praticamente parou o carro para Alonso passar.

Por parte da Ferrari e de Alonso, falcatrua, marmelada, falta de esportividade. Por parte de Massa, e é triste escrever isso oito anos depois, acomodação, subserviência, falta de coragem.

Uma mancha enorme que encobrirá para sempre a prova de Hockenheim, que era razoável até então.

Pelo rádio, Massa ouviu o seguinte: "Fernando está mais rápido do que você. Você entendeu a mensagem?". A primeira frase, bem pausada, quase letra a letra. Em outras palavras, "deixe-o passar".

Metros depois, Massa praticamente parou o carro para Alonso passar. Um replay do que aconteceu no GP da Áustria de 2002.

O resto da prova não interessa. Vitória de Alonso, com Massa em segundo e Vettel em terceiro.

E enquanto o pódio sem graça acontecia, Luca Colajanni, assessor de imprensa da Ferrari, ficou nervosinho ao ser questionado sobre jogo de equipe. "Apenas dissemos que Fernando estava mais rápido. Você deveria aprender inglês", disse, nas rádios Bandeirantes e BandNews FM.

A Ferrari pensa que o resto do mundo é idiota. E talvez sejamos mesmo, de continuar acompanhando um campeonato do qual ela participa.

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