sábado, 10 de julho de 2010

ENCARETARAM A "MULHER-MARAVILHA"!

Uma das super-heroínas de que eu mais gosto, a Mulher Maravilha deixou de usar o maiô tomara-que-caia e adotou calças compridas, 69 anos depois de sua criação.

A nova imagem, "mais guerreira, chique e elegante" e que mostra muito menos o corpo, ainda incorpora elementos de seu design original, e é uma criação do artista gráfico Jim Lee, que também é co-editor da DC Comics - do grupo Time-Warner - responsável pela publicação das HQs da heroína.

Imagem: DC COMICS/BBC BRASIL
A heroína, com novo uniforme

A edição Volume 1, número 600 da revista, marca também o início de uma nova temporada sob o comando do roteirista J. Michael Straczynski, autor de vários episódios de histórias em quadrinhos ("Babylon 5", "Jornada nas Estrelas").
Ele também assina o roteiro do filme "A Troca", estrelado por Angelina Jolie.

Em entrevista ao jornal "The New York Times", Straczynski disse que a mudança do visual é consequência da necessidade de adequar a famosa personagem aos novos tempos.
"Ela veste praticamente o mesmo figurino desde que estreou em 1941. Que mulher passa esse tempo todo sem trocar de roupa?"

“É uma (nova) imagem criada para ser levada a sério, como guerreira, e em parte, uma resposta às muitas fãs femininas que durante anos perguntaram como ela conseguia lutar naquela roupa, sem que os peitos pulem para fora?’”, explicou Straczynski no site da DC Comics.

"Com jaqueta curtinha que pode ser fechada ou aberta, a nova roupa também tem bolsos, respondendo a outra pergunta constante das fãs: 'como ela consegue carregar qualquer coisa com aquela roupa?'."
“Ela pode usar acessórios... é uma imagem da Mulher Maravilha criada para o século 21”, diz Kraczynski.

A "nova" Mulher Maravilha mantém a tiara, os braceletes indestrutíveis e o laço da verdade, presenteados a ela por deuses do Olimpo, segundo sua história original - onde a heroína é uma amazona com super poderes e também o alter ego da princesa Diana de Themyscira, da "Ilha Paraíso", habitada somente por mulheres guerreiras, as amazonas.

Nesse novo recomeço, a história da Mulher Maravilha também muda.
Em vez de ter crescido em meio às Amazonas na Ilha Paraíso, ela foi retirada ainda criança de Themyscira, quando os deuses suspenderam sua proteção e a ilha foi atacada, causando a morte de quase todas as amazonas e da rainha Hipólita, sua mãe.
Diana foi então levada para os Estados Unidos, onde cresceu, dividida entre os dois mundos.

Não deixa de ser uma repaginada e tanto para uma personagem tão legal, mas já com 69 anos de estrada.

Pessoalmente, ainda prefiro ver Diana e seu corpo escultural no antigo uniforme, e acredito que essa "repaginada" tenha a ver mais pelos tempos caretérrimos que a América ainda vive - mesmo depois do W.Bush ter deixado a Casa Branca - do que um apelo moderno aos novos fãs.

Essa história de as fãs femininas perguntarem "por quê nas lutas os peitos da heroína não saltam pra fora", pra mim, tem a ver com uma única palavra: INVEJA.

A nova roupa simplesmente escondeu as duas maravilhosas "jabulanis", entremeadas pela águia dourada do seu uniforme, e que formam as letras "W W" - de "Wonder Woman", seu nome no original em inglês - e que a tornavam sempre uma das mulheres mais gostosas das HQs.

Inveja, pura e simples.

Imagem: Arquivo do Klau
A heroína, no seu uniforme tradicional

Com todos esses atributos, até hoje não entendo como a DC Comics e a Warner não conseguiram ainda fazer um filme para as telonas com a personagem, e que revele o seu altíssimo potencial.

O projeto de um filme com a amazona vem desde o tempo que Sandra Bullock era mocinha - só para vocês terem idéia do tempo que já se passou - e até agora, nada.

Assim, só nos resta revermos a reprise do seriado feito para a telinha nos anos 70, onde a personagem foi interpretada na por Lynda Carter, no auge da sua beleza.
Meus DVDs da série, por exemplo, já estão até gastos, de tanto que eu vi - e vejo.

A série durou de 1975 a 1979.
No primeiro, a heroína sai da Ilha Paraíso e vai lutar ao lado dos americanos contra os nazistas, tendo como base a cidade de Washington durante a segunda Guerra, e já adota sua identidade secreta de Diana Prince, secretária do major Steve Trevor
(o ótimo Lyle Waggoner, que quase foi o Batman na cult série dos anos 60, perdeu o papel para Adam West)

No segundo e terceiro anos, a ação se passa na Washington dos anos 70, e tem um resultado um pouco inferior ao primeiro ano. Waggoner interpreta agora Trevor Jr, filho do major da segunda Guerra, e continua seu romance platônico com Diana.

Os episódios tem ótimos roteiros - desenvolvidos por Stanley Ralph Ross, o mesmo da série "Batman" - dá para se perceber claramente o progresso de Lynda Carter como atriz, e o mocinho vivido por Lyle Waggoner é muito bom, além de um elenco afiado de coadjuvantes e vilões.

Veja um clipe feito por mim, que começa com a abertura da primeira temporada, passa por várias cenas de diferentes episódios, mostra inclusive cenas onde a heroína usa outro uniforme - uma roupa de mergulho - que cobre totalmente seu corpo, e termina com a abertura do último ano da série:



Por tudo isso, quando se fala em "Mulher-Maravilha", a imagem que nos vêm à cabeça é mesmo a de Lynda carter, gostosíssima no uniforme original da heroína.

Foto: Arquivos do Klau
Lynda Carter, e seus peitos ma-ra-vi-lho-sos! Que saudades...

Encaretaram a "Wonder Woman"! Que chato.

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